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Slides aula 11/12 - Poder Executivo

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Poder Executivo
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Sistema Presidencialista
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Legitimidade popular direta do Chefe do Poder Executivo (77, 28, caput e 29, I e II, CF): escolhido pelo majoritário em dois turnos com exceção da dupla vacância nos dois últimos anos do mandato, em que a eleição é indireta 
Unipessoalidade da Chefia do Executivo (84, CF): o Presidente da República exerce a chefia de Estado e a Chefia de Governo
Separação entre Poder Executivo e Poder Legislativo (art. 2º, CF): não há entre eles relação de confiança. O Legislativo não pode demitir o Presidente por quebra de confiança, nem o Presidente pode dissolver o Congresso.
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Legitimidade popular indireta do Chefe de Estado e do Chefe de Governo: (1) república: o Chefe de Estado (Presidente da República) e o Chefe de Governo (Primeiro ministro) são escolhidos pelo Parlamento; (2) monarquia: o Parlamento escolhe o CG, pois a CE é exercida por um rei ou uma rainha
Dualidade da Chefia do Poder Executivo: há uma divisão da chefia de Estado e da Chefia de Governo entre duas autoridades diferentes
Relação de confiança entre Parlamento e Governo: um depende do outro para permanecer no poder
Moção de censura e voto de desconfiança: o Parlamento pede a demissão dos Ministros ao Conselho de Estado
Dissolução do Parlamento: os Ministros podem pedir ao CE caso se recusem a aceitar a demissão
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Requisitos constitucionais para o exercício do cargo e de Vice (artigos 12, §3º, I; 14, VI, a, CF):
brasileiro nato
idade mínima de 35 anos
pleno exercício dos direitos políticos
Preenchimento das condições gerais de elegibilidade + não incidência em hipótese de inelegibilidade
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Sistema eleitoral majoritário em dois turnos (art. 77, CF):
maioria absoluta de votos, não computados os votos em branco e os nulos
se antes do segundo turno ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação
remanescendo, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso
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A posse do Presidente e do Vice (art. 78)
Substituição do Presidente (art. 79 e 80): 1º - Vice-Presidente, 2º - Presidente da Câmara, 3º - Presidente do Senado e 4º - Presidente do Supremo Tribunal Federal
Sucessão do Presidente: somente o Vice-Presidente
Dupla Vacância (art. 81): cargos de Presidente e Vice ficam vagos:
Dois primeiros anos do mandato (art. 81, caput): o povo escolhe um novo Presidente e Vice no prazo de 90d
Dois últimos anos do mandato (art. 81, §1º): o CN escolhe um novo Presidente e Vice no prazo de 30d
Mandato do sucessor (art. 81, §2º): completa o do seu antecessor
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A indelegalibilidade das funções presidenciais e suas exceções (art. 84, §único): pode delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao Advogado-Geral da União as competências previstas no art. 84, VI, XII e XXV 1ª parte
A Chefia de Estado: age em nome do país (exemplo: celebra tratados, declara guerra, celebra paz)
A Chefia de Governo: age em nome do governo federal, exercendo (1) função administrativa típica, (2) função legislativa atípica. 
Expede decretos executivos 
Os decretos autônomos (que inovam a ordem jurídica) como regra é inconstitucional, com exceção daquele previsto no art. 84, VI, CF.
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Responsabilidade do Presidente da República
(art. 85 e 86)
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Irresponsabilidade penal relativa ou imunidade formal relativa em relação ao processo penal (86, §4º, CF): não pode ser processado por crimes estranhos ao exercício das funções presidenciais durante a vigência do mandato: 
(1) crimes praticados antes da posse
(2) crime praticados durante o mandato, mas sem relação com as funções presidenciais. 
O processo deve ser suspenso e somente volta a tramitar quando encerrar o mandato.
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Imunidade formal relativa em relação à prisão (86, §3º, CF): a prisão depende de decisão judicial transitada em julgado, vedada a prisão cautelar ou em flagrante.
Prerrogativa de foro no STF por infrações penais comuns (102, I, b, e 86, caput, CF) 
Prerrogativa de foro no Senado Federal por crimes de responsabilidade (52, I e 86, caput, CF) 
Licença (autorização) da Câmara dos Deputados para recebimento da denúncia e instauração do processo de impeachment (51, I, CF)
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Conceito e abrangência: Infrações penais comuns praticadas in officio (no desempenho do mandato) ou propter officium (em razão do mandato) - crime comum, crime eleitoral ou contravenção penal
Denúncia: oferecida pelo Procurador-Geral da República se ação penal pública
Juízo de admissibilidade da acusação: Câmara dos Deputados (51, I, CF)
Prerrogativa de foro: Supremo Tribunal Federal (102, I, b, CF)
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Conceito e abrangência: Crimes de responsabilidade ou infrações político-administrativas
Denúncia: oferecida por qualquer cidadão no exercício do direito de petição (5º, inc. XXXIV, a, CF)
Juízo de admissibilidade da acusação: Câmara dos Deputados (51, I, CF)
Prerrogativa de foro: Senado Federal (52, I, CF)
Penas no processo político perante o Senado: Perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública por 8 anos (52, parágrafo único, CF)
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Consequência do recebimento da denúncia pelo STF e instauração do processo pelo Senado: Suspensão das funções presidenciais (86, §1º, CF)
Não conclusão do processo em 180 dias: Retorno ao exercício do cargo (86, §2º, CF)
Penas no processo jurisdicional perante o STF: Penas da legislação penal e suspensão dos direitos políticos (15, III, CF)
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Requisitos constitucionais para o exercício do cargo (artigos 87, caput e 12, §3o, VII, CF): Brasileiro, maior de 21 anos e pleno exercício dos direitos políticos
Atribuições (87, parágrafo único, CF): a referenda ministerial
A convocação de Ministros pelo Poder Legislativo (50, CF)
A responsabilidade dos Ministros de Estado:
 Prerrogativa de foro no STF pela prática de infração penal comum e crime de responsabilidade que não seja conexo com aquele praticado pelo Presidente ou pelo Vice
 Prerrogativa de foro no Senado Federal pela prática de crime de responsabilidade conexo com aquele praticado pelo Presidente ou pelo Vice
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Governadores
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Requisitos constitucionais para o exercício do cargo (14, §3º, CF): brasileiro nato ou naturalizado, idade mínima de 30 anos e pleno exercício dos direitos políticos
Sistema majoritário em dois turnos (28, caput, CF)
O Governador pode assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta? 
Não. Excepcionalmente, em se tratando de cargo efetivo, pode tomar posse, mas em seguida, deve se licenciar (art. 28, §1º c/c 38, I, IV e V, CF) 
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Princípio da simetria: complexa aplicação
Prerrogativa de foro no STJ pela prática de infrações penais comuns (105, I, a, CF) e no Tribunal Misto (deputados estaduais e desembargadores, presidido pelo TJ) pela prática de crimes de responsabilidade (78, §3º, da Lei 1079/50)
Licença da Assembleia Legislativa para recebimento da denúncia(*) e instauração do processo de impeachment.
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O STF afastou necessidade de prévia autorização de Assembleia Legislativa para o recebimento de denúncia ou queixa-crime e instauração de ação penal contra governador de estado. Ministros do STF declararam a inconstitucionalidade de normas estaduais que condicionavam a instauração de ação penal contra o governador ao crivo parlamentar.
O entendimento do Supremo foi firmado no julgamento das ADIs 4764, 4797 e 4798, em maio deste ano. Na ocasião, o Plenário fixou a tese de que é vedado às unidades federativas instituírem normas que condicionam a instauração de ação penal contra governador. O Pleno fixou ainda a possibilidade de os ministros deliberarem monocraticamente sobre outros casos semelhantes em trâmite.
Nesse sentido, o ministro Alexandre de Moraes julgou procedentes as ADIs 185 e 218, da Paraíba. Mesma decisão foi aplicada pelo ministro Edson Fachin na ADI 4781, de Mato Grosso do Sul. A ministra Rosa Weber deu provimento
às ADIs 4775 e 4778, do Ceará e da Paraíba, respectivamente. A ADI 4804, do Tocantins, foi julgada procedente pelo relator, ministro Celso de Mello.
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Conceito e abrangência: Infrações penais comuns - crime comum, crime eleitoral ou contravenção penal
Denúncia: oferecida pelo Procurador-Geral da República se ação penal pública (art. 37, I, e 48, II, LC 75/1993)
Prerrogativa de foro: Superior Tribunal de Justiça
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Conceito e abrangência: Infrações político-administrativas tipificadas na Lei 1079/50
Denúncia: oferecida por qualquer cidadão no exercício do direito de petição (5º, inc. XXXIV, a, CF)
Juízo de admissibilidade da acusação: Assembleia Legislativa
Prerrogativa de foro: Tribunal Misto composto por 5 deputados estaduais e 5 desembargadores sob a Presidência do Presidente do TJ (78, §3º, Lei 1079/50)
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Prefeitos
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Requisitos constitucionais para o exercício do cargo (14, §3º, CF): brasileiro nato ou naturalizado, idade mínima de 21 anos e pleno exercício dos direitos políticos
Sistema majoritário em dois turnos para Municípios com mais de 200.000 eleitores e sistema eleitoral majoritário simples em Municípios com menos de 200.000 eleitores (art. 29, II,CF)
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Princípio da simetria: complexa aplicação
Prerrogativa de foro no Tribunal de Justiça (art. 29, X, CF e Súmula 702 do STF): 
“A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual, nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau”
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Prerrogativa de foro no Tribunal Regional Federal (Súmulas 208 e 209 do STJ): 
“Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita à prestação de contas perante órgão federal” 
“Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”)
Prerrogativa de foro no Tribunal Regional Eleitoral por crimes eleitorais
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Prerrogativa de foro no Tribunal de Justiça por crimes de responsabilidade “impróprios” (infrações de natureza administrativa): crimes de ação penal pública, punidos com a pena de reclusão de dois a doze anos (art. 1º, I e II do Decreto-Lei 201/67) ou detenção de três meses a três anos (art. 1º, III a XV, Decreto-Lei 201/67), em ambos os casos perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública por 5 anos
Prerrogativa de foro na Câmara de Vereadores por crimes de responsabilidade “próprios” (infrações de natureza penal): crimes tipificados no art. 4º, do Decreto-Lei 201/67 sancionados exclusivamente com a cassação do mandato

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