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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. APELAÇÃO autos do processo N.º________________ ANTONIO MOURA, já qualificado por seu advogado que esta subscreve nos autos da ação de EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. Em sede de apelação, que lhe move MAGNA ALVES MOURA igualmente qualificada, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista o Venerando Acórdão de fls... E com fundamento nos artigos 105, III da Constituição Federal, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO pelas razões anexas; Requer seja recebido o presente recurso no seu regular efeito devolutivo (art. 1013, § 3º III do Código de Processo Civil) com a posterior remessa ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça. Requer a juntada da inclusa guia de preparo devidamente recolhida. Termos em que, pede deferimento. Belo Horizonte/MG, 21 de novembro de 2017. ADVOGADO OAB/UF EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL Recorrente: ANTÔNIO MOURA Recorrida: MAGNA ALVES MOURA Origem: 4ª TURMA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS autos do processo N.º________________ Colenda Câmara, D.D. Ministro Relator. RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL I – EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DO DIREITO O Recorrente Antônio entrou com a Ação de Exoneração de Alimentos, visto que sua filha Magna a Recorrida, casou-se com o Promotor de Justiça Anderson o que mudou objetivamente a sua condição de vida, passando então a conviver com o cônjuge em casa própria, e não mais na republica alugada na faculdade, tendo no momento outra condição social, tanto que viaja com frequência a diversos destinos. Tendo agora com o casamento, outra condição social o Requente entrou em contato com a Requerida solicitando a exoneração de alimentos, sendo infrutífera a conversa, entrou com a Ação de Exoneração de Alimentos, no autos do processo de alimentos, não sendo reconhecido o direito da aplicabilidade do art. 1708 CC/2002, recorrendo ao Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que manteve a decisão de 1ª Instância. II. DEMONSTRAÇÃO DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: II.1 - DA TEMPESTIVIDADE Consoante se depreende dos autos, o recorrente foi intimado do acórdão aos... E protocolizou o presente recurso aos..., portanto dentro do prazo de 15 dias úteis previsto no artigo 219 do Código de Processo Civil 2015. II.2 PREPARO O preparo compreende o pagamento das custas processuais e do porte de remessa e retorno dos autos. Esses valores – cujo pagamento é disciplinado no âmbito do STJ pela Resolução 2/2017 – foram recolhidos exclusivamente por meio da GRU Cobrança (em anexo). II.3 - PREQUESTIONAMENTO Conforme consta do acórdão de fls... Verifica-se que foi amplamente debatido e decidido sobre a questão da aplicabilidade do Art. 1708 CC/2002. Justamente a matéria objeto do presente recurso. Portanto, demonstra-se prequestionada a matéria, e preenchido dessa forma, o requisito constitucional. Aliás preconiza súmula: 282 do Superior Tribunal Federal: É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada. II.4 – CABIMENTO Trata-se de decisão que violou a Constituição Federal, na medida em que não houve a aplicabilidade do Art. 1708 CC/2002. E, portanto cabível, no caso, recurso extraordinário. Aliás, é o que preconiza o artigo 105 III alínea “a”, da Constituição Federal 1988: Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; III. RAZÕES DA REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA A decisão recorrida encontra lapso da não aplicação do Art. 1708 CC/2002: Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos. Este raciocínio harmoniza com os Art. 1694 que diz “Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.” e Art. 1699 “Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.”. E combinando no caso com o Art. 1708 “Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos”, sendo TAXATIVO cessar o dever de pagar alimentos em função da mudança das condições sócio econômica da Requerida. Por estas razões, não resta alternativa a Vossa Excelência, se não dar a devida vigência ao Art. 1708 CC/02 como medida da mais lidima justiça. IV - PEDIDO Com base nos argumentos acima a Reforma da Decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, para acolher o pedido do Recorrente, no sentido da desoneração do dever de pagar alimentos a Recorrida. Nestes termos, Pede deferimento. Belo Horizonte/MG, 21 de novembro de 2017. ADVOGADO OAB/UF
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