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BIOSSEGURANÇA Prof. Ezequiel de Deus Macapá, 23 de Agosto de 2016 1 Iniciou-se na década de 70 na reunião de Asilomar na Califórnia, onde a comunidade científica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade; Na década de 70, a O.M.S. (WHO, 1993) a definia como "práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o homem". O foco de atenção voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos riscos biológicos no ambiente ocupacional. HISTÓRICO Já na década de 80, a própria OMS (WHO, 1993) incorporou a essa definição os chamados riscos periféricos presentes em ambientes laboratoriais que trabalhavam com agentes patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, mecânicos e ergonômicos. Nos anos 90, verificamos que a definição de biossegurança sofre mudanças significativas. HISTÓRICO DEFINIÇÃO Biossegurança é o conjunto de medidas que visam prevenir, minimizar ou neutralizar os riscos inerentes ao trabalho que possam comprometer a saúde dos homens, animais e meio ambiente. Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) Tem por objetivo prevenir, reduzir ou neutralizar a exposição da equipe de um laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral, aos agentes potencialmente perigosos. Contenção primária: Práticas e técnicas laboratoriais; Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Contenção secundária: Projeto e construção das instalações; Equipamentos de Proteção Coletivo (EPC). Contenção em biossegurança Níveis 1 a 4: Classificação dependente do microrganismo Patogenicidade para o homem; Virulência do microrganismo; Via de transmissão; Existência ou não de profilaxia e tratamento eficazes. Níveis de Biossegurança (NB ou BSL) 6 Capelas de biossegurança Equipamentos de proteção: Luvas Máscaras Protetor de olhos e face Aparelhos de pipetagem Centrífugas de segurança Requerimentos Gerais NB-1 – Agentes nunca descritos como causadores de doenças no homem e que não constituem risco para o meio ambiente. Baixo risco individual e coletivo. Ex. Laboratórios didáticos Bacillus subtilis NB-2 – Agentes associados com doença humana com pouco risco para os profissionais de laboratório. Moderado risco individual e baixo risco coletivo. Ex. Maioria dos laboratórios de pesquisas biomédicas Shistossoma mansoni Níveis de Biossegurança (NB ou BSL) NB-3 – Aplica-se aos microrganismos que podem representar um risco se disseminado na comunidade. Risco individual elevado e coletivo moderado, podendo causar enfermidades graves em profissionais de laboratórios. Ex. Laboratórios para pesquisa de AIDS e tuberculose Níveis de Biossegurança (NB ou BSL) NB-4 – Agentes perigosos / exóticos que causam graves doenças para o homem e representam, devido a sua transmissibilidade e patogenicidade, sério risco para os profissionais de laboratório e para a coletividade. Ex. Laboratórios que trabalham com agentes altamente infecciosos e que se propagam facilmente, como o vírus Ebola entre outros . Níveis de Biossegurança (NB ou BSL) Boas práticas laboratoriais NB - 1 Barreiras Primárias EPI: Proteção de face Proteção de olhos Luvas Máscaras Jaleco NB - 1 Barreira Secundária Construção: Localização – não separada Estrutura – construção normal Ventilação - sem NB - 1 Barreiras primárias EPI: EPI guardados separadamente das roupas comuns Uso de calçados fechados NB - 2 14 Barreiras secundárias Uso de capelas de segurança para trabalhos envolvendo: Grandes volumes contendo o agente Infeccioso; Altas concentrações do agente infeccioso. NB - 2 Barreiras secundárias (cont.) Superfícies facilmente laváveis Bancadas impermeáveis Cabines de segurança biológica Iluminação adequada Descartes de resíduos adequadamente Portas trancáveis Pias e lava-olhos Localização separada de áreas públicas NB - 2 Práticas especiais Precauções no uso e descarte de materiais pérfuro-cortantes; Não misturar com outros materiais, ou reutilizar seringas e agulhas. NB - 2 EPI (Barreiras primárias) NB-1, NB-2 mais Proteção respiratória NB - 3 Barreiras secundárias NB-1, NB-2, mais: Prédio separado ou local isolado Porta dupla Cabines de segurança para equipamentos geradores de aerossol Portas trancadas Parede, piso e teto impermeáveis e de fácil desinfecção NB - 3 Barreiras primárias NB-1, NB-2, NB-3, mais: Roupas hermeticamente fechadas com suporte artificial de oxigênio. NB - 4 Barreiras secundárias NB-1, NB-2, NB-3, mais: Cabines de segurança biológica de classe 3 para manipular materiais infecciosos. NB - 4 Barreiras secundárias (cont.) Prédio separado Portas duplas Equipamento de exaustão e descontaminação Portas permanentemente travadas Paredes, piso e teto selados. NB - 4 NB - 4 VOLTANDO... “Biossegurança é um conjunto de medidas voltadas para a prevenção de riscos....” O que é Risco? Biossegurança PERIGO: Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes. RISCO: Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso. Perigo é a fonte geradora e o Risco é a exposição a esta fonte. Biossegurança De onde vêm o Risco ? Instrução inadequada; Supervisão ineficiente; Práticas inadequadas; Mau uso de EPI; Trabalho falho; Não observação de normas. O que é Risco? Entende-se por agente de risco qualquer componente de natureza Física, Química ou Biológica que possa “Comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos” Para que tenhamos AÇÃO em Biossegurança, é imprescindível realizar uma AVALIAÇÃO DE RISCO! Mapa de Risco Simbologia em Biossegurança Comunicar imediatamente ao professor Cuidados com o ferimento: -Exposição percutânea ou cutânea: Lavagem com água corrente e sabão -Exposição em mucosas: lavagem com soro fisiológico ou água destilada. Identificação da fonte Determinação do material biológico envolvido Classificação da gravidade da lesão Exames solicitados Acompanhamento do acidentado e notificação – CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) Condutas mediante a um acidente com material biológico em Lab./Escola Para que as ações de biossegurança sejam efetivas é necessário que todos os envolvidos em atividades de risco estejam devidamente informados acerca das diretrizes atuais, bem como aptos a colocá-las em prática de maneira correta.
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