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Vírus Influenza A, B e C - Microbiologia

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INFLUENZA
Ana Clara Boareto, Roberta Viana e Victoria Coelho.
vírus Influenza
 Vírus da Influenza – FLUV
 Surtos, epidemias e pandemias desde a Grécia antiga – epidemia antes do ano 412 a.C.
 Pandemia de 1918 ou gripe espanhola : mais fatal de todas – aproximadamente 50 milhões de mortos. 
 Isolamento do vírus em humanos – 1933
Biossíntese do vírus da influenza A
Processo de adsorção se inicia quando o vírus se liga ao receptor na membrana da célula hospedeira
Receptores dos vírus(segmento de HA): estrutura de SA semelhante a um guarda-chuva
Posteriormente, ocorre a endocitose via clatrinas 
Em pH ácido de um endossomo, HA realiza uma mudança conformacional e ocorre a fusão. As ribonucleoproteínas são liberados no citoplasma
No citoplasma, as ribonucleoproteínas são conduzidas ao núcleo pelas nucleoporinas
No núcleo, ocorrem os processos de transcrição e replicação do genoma viral, comandados pelo complexo polimerase formado pelas subunidades proteicas PB2, PB1 e PA -> agem sequencialmente na síntese de RNAm e de novos RNA virais
Biossíntese dos vírus da influenza das espécies B e C
Patogênese
 Transmitido pessoa a pessoa por aerossóis do SR ou contato com fomites e superfícies contaminadas.
 Os vírus penetram no SRS através da nasofaringe, sofrendo replicação nas células do epitélio ciliado, que são destruídas com consequente necrose celular e descamação;
 Mecanismo de infecção: camada de mucina, movimentos ciliares e os inibidores de proteases - prevenir a entrada do vírus e o processo de desnudamento.
 Infecção de macrófagos alveolares e células dendríticas – papel na resposta imunológica.
 Pode se manifestar de forma abrupta com: calafrios, cefaléia e tosse seca; seguidos de febre de 38 a 40 C – início no 2 ao 3 dia após infecção e dura por 3 a 7 dias.
 Mialgia generalizada, prostração intensa, anorexia, dor de 
garganta, coriza e congestão nasal.
 Pode atingir respiratório inferior, por viremia ou disseminação célula a célula – laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e pulmões.
 Inflamação difusa da mucosa e edema.
 Células ciliadas colunares tornam-se vacuoladas, perdem seus cílios e entram em descamação – edema de submucosa e hiperemia, com infiltração de leucócitos e células mononucleadas.
Fator de patogenicidade: 
especificidade de ligação por receptores em:
α 2,6 em células ciliadas do sistema respiratório superior;
α 2,3 em células ciliadas do sistema respiratório inferior.
Fatores de virulência: 
susceptibilidade de clivagem de hemaglutinina e extensão do sítio de clivagem;
Complexo polimerase;
Proteínas: PB1-F2; NS1; PB2;
Balança entre as atividades de ligação pela hemaglutinina e de clivagem pela neuraminidase;
Ativação de plasminogênio pela NA ativando apoptose. 
 NS1 fornece escape da resposta – inibe via de sinalização para ubiquitinação do RIG-I, necessária para produção e ação antiviral do IFN-I.
 Estimulam citocinas e quimiocinas inflamatórias ( IL-1b, Il-6, IL-8, TNF-A...) – liberam óxido nítrico – mutação viral e efeitos deletérios.
 NLRP3 – desencadeia maturação de interleucina-1b, envolvida na indução de celular T helper e expansão de células TCD4+.
 Proteína PB1-F2 – indutora da apoptose, regula polimerase viral e conduz a inflamação.
 3 a 5 dia após início da doença – mitose na camada basal celular e regeneração do epitélio se inicia. – Completa regressão da necrose epitelial em 1 mês.
Manifestações clínicas
Diagnóstico laboratorial
Lavado ou swab de garganta, saliva ou aspirado de sistema respiratório inferior -> fase aguda da doença somados ao histórico clinico
Amostras de soro da fase aguda e convalescente -> teste de inibição da hemaglutinacao (HI)
Detecção viral : IF – (direta ou indireta), EIA e RT-PCR
No caso da FLUVA e FLUVB -> presença viral por meio da atividade de neuraminidase
Para confirmação viral -> isolamento do vírus em sistema do hospedeiro com sorologia para pesquisa de IgG, IgM e IgA específicos
Epidemiologia
 Pico máximo no inverno.
 FLUVA E FLUVB : homens, suínos, equinos, aves, cães, gatos, focas, baleias.
 Circulação do vírus favorece surgimento de novas estirpes virais por infecção intra ou interespécies.
 Emergência de novas variantes de FLUVA é responsável pelos surtos frequentes, epidemias e pandemias de gripe.
 OMS – atinge por ano 5 a 15% da população mundial, causando 3 a 5 milhões de quadros graves e aproximadamente 500.000 mortes.
 Pandemia por influenza A H1N1, 2009 – 1ª pandemia do Sec. XXI. -Cerca de 18.500 mortes.
 H5N1 de FLUVA – potencialmente pandêmica e patogênica, com circulação inicial na Ásia e com observação pelo mundo.
 OMS de 2003 a junho de 2014 - 667 casos clínicos em 15 países, sendo que 58,9% (393 casos) deles resultaram em óbito. 
Prevenção e controle
Difícil controle por meio de imunização -> alta taxa de mutação viral
Vacinas licenciadas (produzidas com partícula viral completa ou antígenos particulados) -> grupos prioritários
Fortalecimento da infraestrutura em vigilância epidemiológica
Tratamento
Antivirais:
Oseltamivir
Zanamivir
Peramivir (pacientes hospitalizados)
Octanoato de laninamivir
Antivirais, pacientes de alto risco:
Cloridrato de amantadina
Rimantadina
Referências: 
SANTOS, Norma Suely de Oliveira. VIROLOGIA HUMANA – 3ª edição – Editora Guanabara Koogan LTDA – Rio de Janeiro – RJ – 2015.
TORTORA, Gerald J. – Funke, Berdell R. – Case, Christine L. MICROBIOLOGIA – 12ª edição – 2016.
MURRAY, Patrick R. – MICROBIOLOGIA MÉDICA – 8ª edição – ed Elsevier, 2017 – Rio de Janeiro – RJ.

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