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GABARITANDO ATUALIDADES JUNHO/2017 Câmara notifica Michel Temer sobre denúncia por corrupção passiva A Câmara dos Deputados notificou oficialmente o presidente Michel Temer sobre a denúncia do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, por crime de corrupção passiva. O documento chegou, na quinta (29), à Câmara e foi lido em plenário. A entrega da denúncia na Câmara dos Deputados por um funcionário do Supremo deu início à tramitação do processo. Pontualmente às 14h, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estava a postos para autorizar a leitura da denúncia. Foi para um plenário praticamente vazio que a segunda-secretária leu os argumentos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para processar Temer por corrupção passiva. “Com vontade livre e consciente, o presidente da República, Michel Miguel Elias Temer Lulia, recebeu para si em razão de sua função, em comunhão de ações, unidades e desígnios e por intermédio de Rodrigo Santos da Rocha Loures, vantagem indevida de cerca de R$ 500 mil”, leu a deputada Mariana Carvalho, PSDB – RO, segunda-secretária da Câmara. A denúncia seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça. Na CCJ, o processo vai ganhar um relator. Temer terá até dez sessões da Câmara para apresentar a defesa e serão mais cinco sessões para entrega, discussão e votação do parecer. Depois dessa votação, o caso vai para o Plenário da Câmara. A estratégia do governo é concluir o processo na Câmara, se possível, antes do dia 18 de julho, quando começa o recesso parlamentar. Para isso, Temer quer rapidez e deve entregar a defesa na segunda-feira (3) ou na terça-feira (4). “Esse seria o ideal. Vejo dificuldades, até porque a oposição aposta no desgaste do governo através do prolongamento da crise, então é possível que nós não consigamos isso”, comenta o deputado Carlos Marun, PMDB-MS. A oposição vai insistir por um debate mais amplo. Quer, inclusive, ouvir na CCJ o procurador-geral da República. Raquel Dodge é a primeira mulher escolhida para comandar a PGR O anúncio do nome de Raquel Dodge na quarta-feira (28) rompeu um costume nesse processo. Desde 2003 o procurador-geral escolhido vinha sendo o primeiro nome da lista de três, apresentada pelos próprios procuradores. Temer não fez assim. E o nome de Raquel Dodge inova também em outra área, porque é a primeira mulher indicada para comandar a PGR. Raquel Dodge se comprometeu com seus pares sobre a continuidade da Lava Jato. Antes mesmo de ter sido eleita para compor a lista tríplice, já tinha mandado mensagens aos integrantes da Lava Jato os convidando para continuar nas funções. Ela foi a segunda mais votada na lista de procuradores apresentada ao presidente Michel Temer, e teve o nome escolhido por ele 24 horas depois da votação. Raquel Dodge é considerada da ala de oposição a Janot. Mas, internamente, tem o apoio de procuradores, como mostrou o desempenho dela na votação feita entre seus pares. Em nota, a associação dos procuradores destacou que “a lista foi mais uma vez acolhida e que Raquel Dodge assegura a seleção de um membro do Ministério Público Federal escrutinado pelos seus pares na sua capacidade técnica, experiência e liderança, requisitos fundamentais para a condução do MPF”. Raquel Dodge é mestre em direito pela universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e entrou no Ministério Público Federal em 1987. Tem a carreira ligada ao combate à corrupção e é reconhecida como uma especialista em matéria criminal, área em que atua no Superior Tribunal de Justiça. Raquel Dodge atuou na Operação Caixa de Pandora, que levou à prisão o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, em 2010, o primeiro governador preso no exercício do mandato. E também trabalhou na equipe que processou criminalmente o ex-deputado Hildebrando Pascoal, acusado de envolvimento com um esquadrão da morte. Nos debates com outros candidatos a procurador-geral da República, na semana passada, Raquel Dodge destacou a missão do Ministério Público no combate à corrupção. CCJ do Senado aprova relatório da reforma trabalhista; texto vai a plenário Após cerca de 14 horas de sessão, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou na quarta-feira (28) o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) favorável à reforma trabalhista e sem alterações ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados. A CCJ também aprovou o pedido de urgência para o projeto. Se o plenário confirmar o requerimento, o texto poderá ser votado pelo Senado após duas sessões. Enviada pelo governo no ano passado, a reforma estabelece pontos que poderão ser negociados entre empregadores e empregados e, em caso de acordo coletivo, terão força de lei. Com a aprovação do texto-base e a rejeição de 3 emendas (sugestões de alteração à redação), a reforma seguirá para votação no plenário do Senado, juntamente com os pareceres da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), favorável ao texto, e da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), pela rejeição da proposta. A ideia de senadores aliados do governo é colocar em votação no plenário o parecer da CAE, do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que não modifica o texto da Câmara, mas sugere alterações a serem feitas pelo presidente da República, Michel Temer, por meio de vetos e edição de medida provisória. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que pretende colocar o projeto em votação antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17 de julho. Eunício afirmou que, "se for possível", a análise da proposta será concluída já na próxima semana. No relatório aprovado, Jucá rejeitou todas emendas (sugestões de alteração) apresentadas ao texto. Mais de 200 propostas de modificação foram apresentadas na CCJ. A estratégia do governo é aprovar no Senado o mesmo texto aprovado pela Câmara, evitando mudanças, o que provocaria a devolução da proposta à Câmara. Decreto que barra entrada nos EUA de cidadãos de 6 países já vigora Entrou em vigor na quinta-feira (29), às 21h pelo horário de Brasília, o decreto do presidente americano Donald Trump que barra a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana nos Estados Unidos. Quem é a sua família? O governo americano teve que responder a essa pergunta na quinta-feira (29) e é claro que isso causou controvérsia. É porque a Suprema Corte liberou na segunda-feira (26) o decreto de Donald Trump que barra gente de seis países: Irã, Síria, Iêmen, Somália, Sudão e Líbia. Só que fez uma ressalva: gente que tivesse ligação autêntica com os Estados Unidos não poderia ser barrada. Familiares de quem mora no país, por exemplo. Na ocasião, dois juízes até levantaram a bola: como definir o que é uma ligação autêntica com os Estados Unidos? Então, na noite de quarta-feira (28), o Departamento de Estado apresentou uma lista mais detalhada das pessoas desses países que vão poder entrar nos Estados Unidos. E começou tendo que definir quem é família. Segundo o decreto, são familiares próximos pais, sogros, filhos, genros, noras e irmãos. Agora, avós, não e nem netos, nem tios ou sobrinhos, primos, cunhados ou noivos. Ativista diz que o decreto fere a estrutura familiar e que o governo não é responsável por definir o que é família. Podem entrar também estudantes que já tenham sido aceitos por uma universidade, trabalhadores contratados por uma empresa e também jornalistas e palestrantes. Isso vai valer por 90 dias. Uma vitória para Donald Trump. Ele já tentava barrar esses imigrantes desde janeiro, mas juízes de instâncias inferiores consideraram que o decreto vai contra a liberdade religiosa porque todos os países vetados são muçulmanos. Ataque de helicóptero é visto como atentado pelo governo da Venezuela O governo da Venezuela está à procura de um policial que atacou, na terça (27), os edifícios da Suprema Corte e do Ministério do Interior. Mas os opositores do presidente Nicolás Maduro envolveram esse episódionum clima de desconfiança. Um helicóptero da polícia surge no céu de Caracas e se ouve uma explosão. Ele sobrevoa o Supremo Tribunal de Justiça, onde os magistrados são fiéis a Maduro. Lançou lá quatro granadas e quinze tiros contra o Ministério do Interior. Em fotos mais nítidas do helicóptero sequestrado, se vê uma faixa onde se está escrito “350” e um único rosto descoberto: o do piloto militar Oscar Perez. Ele é ator e já foi chamado de James Bond venezuelano. Depois do ataque publicou esta mensagem: “Somos uma coalisão de militares, policiais e civis, contra esse governo criminoso. Não temos tendência partidária. Esse combate não é contra as forças de segurança do estado, mas contra a tirania do governo”. Ele explica a faixa que a gente viu no helicóptero: é uma referência ao artigo 350 da constituição venezuelana que diz que a população deve ir contra qualquer regime autoritário. O ataque foi horas depois de o presidente Nicolás Maduro dizer que pegaria em armas caso sofresse mais ameaças. Depois da ação, Maduro fez um discurso: disse que era a esse tipo de ataque a que se referia. E que já pediu pra prenderem os responsáveis pelo que chamou de atentado terrorista. Nas ruas, opositores acusaram o governo de encenar o ataque com o helicóptero. O presidente do parlamento, Julio Borges, disse que a ameaça de Maduro de pegar em armas é uma prova de que a Venezuela já vive uma ditadura. Banco Mundial reduz para 0,3% a previsão de crescimento do Brasil em 2017 A economia brasileira crescerá 0,3% no atual exercício, dois décimos a menos que o esperado, segundo as previsões do Banco Mundial. O dado indica que a recuperação econômica do país se manterá ainda a um ritmo lento, apesar do triunfalismo do Governo, que deu por encerrada a recessão, depois que o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre, após dois anos de fortes quedas. Para 2018, o Banco Mundial é mais otimista e mantém o prognóstico de que a economia do Brasil avançará 1,8%. A economia mundial se recupera. É o prognóstico do Banco Mundial, que assinala que a expansão alcançará este ano 2,7% em todo o planeta graças à melhoria do comércio e da confiança na estabilização do valor das matérias- primas. São três décimos a mais que em 2016 e chegará a 2,9% no ano que vem, para ficar nesse patamar em 2018. Mas a recuperação, adverte a instituição, continua sendo frágil. A mesma leitura é feita para a América Latina. De uma contração de 1,4% em 2016 e de 0,8% em 2015, voltará a crescer 0,8% este ano graças à saída do Brasil e da Argentina técnica da recessão. Depois voltará a se expandir, com crescimento de 2,1% em 2018 e chegando a 2,5% em 2019. Mas a recuperação é menor do que a antecipada em janeiro. Houve um corte de quatro décimos na projeção para este ano e de dois na do ano que vem. A Argentina tem uma melhor previsão que o Brasil. Para este ano a expansão será de 2,7% e de 3,2% para o próximo, do mesmo modo que o estimado em janeiro. Ao tratar do impulso, o Chile também é citado: crescerá 1,8% este ano e 2% no próximo. O México segue tendência inversa. O crescimento cairá dos 2,3% do ano passado para o 1,8% projetado para 2017, embora a economia volte a se expandir em 2018 (2,2%) e 2019 (2,5%). A projeção para este ano ficou inalterada. Houve um corte de três décimos no prognóstico para os exercícios sucessivos por causa da contração dos investimentos decorrente da incerteza sobre a política comercial e de imigração dos Estados Unidos. No ano passado havia quatro países da região em recessão. Neste ano são dois: o Equador, com uma contração de 1,3%, e a Venezuela, de 7,7%. A República Bolivariana será a única no vermelho em 2018, com uma recessão de 1,2%. O relatório de perspectivas econômicas projeta, porém, uma expansão da economia venezuelana de 0,7% em 2019, embora seja por não verem como se degradar mais. FBI vai investigar concessão de Copas para Rússia e Catar A investigação da Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) sobre a suposta corrupção na Fifa inclui a análise de como a entidade reguladora do futebol mundial concedeu a Copa do Mundo de 2018 à Rússia e o torneio de 2022 ao Catar, declarou um agente da lei norte-americano. A análise seria parte de um inquérito que vai além das alegações de suborno em um indiciamento do Departamento de Justiça dos EUA a dirigentes da Fifa anunciado uma semana atrás, disse à Reuters o funcionário, que falou sob condição de anonimato. Na ocasião, as autoridades norte-americanas declararam estarem investigando um caso de suborno de 150 milhões de dólares, enquanto promotores suíços anunciaram seu próprio inquérito criminal sobre as campanhas vencedoras de 2018 e 2022. Rússia e Catar negaram qualquer delito na condução de suas campanhas. No caso do Catar, houve alguma surpresa com a concessão da sede do Mundial a um pequeno país desértico sem tradição futebolística e onde as temperaturas durante o dia no verão podem ultrapassar os 40 graus Celsius. O ministro das Relações Exteriores do Catar, Khaled al-Attiyah, disse que de maneira nenhuma o país será privado do direito de sediar a Copa porque fez a melhor proposta. De sua parte, a Rússia minimizou os temores de que possa perder o direito de organizar o evento. “A cooperação com a Fifa está em andamento e, o que é mais importante, a Rússia continua com os preparativos para a Copa de 2018”, declarou Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin. Entre as questões que o FBI está examinando está a liderança do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que na terça-feira anunciou subitamente estar renunciando pouco antes de vir à tona que ele mesmo está sendo investigado pelas autoridades norte-americanas – que na semana passada disseram que sua investigação irá continuar. Uma fonte próxima à Fifa disse que foram os assessores de Blatter que o aconselharam a abandonar o posto. Críticos apontaram como possíveis razões a investigação criminal cada vez mais abrangente, o desassossego entre os patrocinadores e a pressão da Uefa. EUA identificam "potenciais preparativos" de ataque químico "Se o Presidente sírio, Bashar al-Assad, lançar um novo ataque ele e o seu exército vão pagar caro", disse porta-voz da Casa Branca Os Estados Unidos afirmaram, na segunda-feira, ter identificado "potenciais preparativos" por parte do regime sírio para o lançamento de um novo ataque com armas químicas. Os Estados Unidos "identificaram potenciais preparativos para um outro ataque com armas químicas por parte do regime sírio", "que poderá resultar no massacre de civis, incluindo crianças inocentes", afirmou o porta-voz da Casa Branca Sean Spicer. "Se o Presidente sírio, Bashar al-Assad, lançar um novo ataque ele e o seu exército vão pagar caro", indicou, num comunicado divulgado na noite de segunda-feira. Sean Spicer afirmou que as atividades detetadas, sobre as quais não facultou detalhes, "são idênticas" às que precederam o ataque químico de 04 de abril. Os Estados Unidos responsabilizaram o regime e retaliaram, dias depois, com o disparo de 59 mísseis "Tomahawk" contra a base aérea síria donde terão partido os aviões que lançaram armas químicas sobre Khan Sheikhun, na província de Idlib, uma região controlada maioritariamente pelos rebeldes e fações islâmicas, no noroeste da Síria. O Governo de Damasco e a oposição culparam-se mutuamente pelo ataque que fez mais de 80 mortos e centenas de feridos. Novo ataque cibernético atinge bancos, aeroportos e até Chernobyl Empresas em vários países foram alvo de mais um grande ataque cibernético na terça-feira (27). Quem tentou sacar dinheiro de caixas eletrônicos na Ucrânia foi saudado com uma mensagem dos hackers, exigindo o equivalente a R$ 1 mil para ter acesso à conta bancária. Lá o vírus se espalhou tanto que já é considerado o pior ataque cibernético da história do país. Até a usina nuclear desativada de Chernobylfoi atingida. Os testes de radiação, que são constantemente realizados de forma eletrônica, estavam sendo feitos manualmente. O site e o painel de voos do aeroporto da capital, Kiev, saíram do ar e dezenas de voos atrasaram. Os ataques se alastraram também pela Rússia, Noruega, Romênia, Espanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos. O Departamento de Segurança Interna americano está monitorando a ameaça. Nos Estados Unidos, pelo menos duas empresas - uma do setor farmacêutico e um escritório de advocacia multinacional – declararam ter sido alvo dos hackers. Há pouco mais de um mês, o vírus WannaCry atingiu mais de 230 mil computadores em 150 países. Especialistas veem semelhanças entre o ataque de maio e o desta terça. Nos dois casos, criminosos sequestram dados digitais e pediram resgate. Em maio, a rede de computadores dos hospitais públicos ingleses foi derrubada. Agora em junho, foi a vez do vírus Petya paralisar as oito unidades do Hospital de Câncer de Barretos, espalhadas pelo Brasil. Juiz Moro condena ex-ministro Antonio Palocci a 12 anos de prisão O juiz Sérgio Moro condenou o ex-ministro petista Antonio Palocci a 12 anos e 2 meses de prisão. De outros 14 acusados de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, dois foram absolvidos. Na sentença, o juiz Sérgio Moro afirmou que o ex-ministro Antonio Palocci administrava uma conta de propina da Odebrecht com o Partido dos Trabalhadores. O valor chegou a R$ 200 milhões. Palocci é apontado pelo Ministério Público como o “Italiano”, que dá nome à planilha do departamento de propinas da Odebrecht. Ele nega. Moro detalhou alguns repasses que constam na planilha, como a compra de um terreno para o Instituto Lula, e recusado mais tarde; pagamentos para campanhas no Brasil, e pagamentos aos ex-marqueteiros do PT João Santana e Mônica Moura. A sentença desta segunda-feira (26) tem relação justamente com parte do pagamento para o casal de marqueteiros. Segundo os investigadores, Palocci intermediou o repasse de US$ 10 milhões da Odebrecht para Mônica Moura e João Santana no exterior. Em troca, a Odebrecht, segundo os procuradores, foi favorecida em contratos de sondas. Datafolha: aprovação do governo de Michel Temer cai para 7% A pesquisa do Datafolha, publicada no jornal Folha de S. Paulo, mostra que a aprovação do governo do presidente Michel Temer caiu para 7%. É o menor índice desde 1989 - quando o então presidente José Sarney tinha 5% de popularidade, no meio da crise da hiperinflação. O nível de confiança do levantamento é de 95%. Significa que, considerando a margem de erro, a chance de o resultado retratar a realidade é de 95%. A margem de erro é de dois pontos pra mais ou pra menos. Em julho do ano passado, 31% dos entrevistados achavam o governo do presidente Michel Temer ruim ou péssimo, em dezembro 51%. Em abril deste ano, 61%. E agora, 69%. E 42% consideravam o governo regular. Em dezembro, 34%. Em abril, 28%. Agora, são 23%. Em julho do ano passado, 14% consideravam o governo ótimo ou bom. Depois, 10%, 9% em abril. E agora 7%. E 13% não souberam responder em julho de 2016. 5% em dezembro. 3% em abril deste ano. E agora 2%. Foram entrevistadas 2.771 pessoas de quarta-feira até sexta-feira (23). Governo tenta reverter decisão dos EUA de barrar importação de carne O governo começou, na sexta-feira (23), uma ofensiva para tentar reverter a decisão americana de barrar as importações de carne in natura do Brasil. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos alegou preocupação com a segurança dos consumidores americanos. Quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, em março, muito brasileiro ficou preocupado com a carne que comia. O governo americano também ficou. A inspeção sanitária começou a examinar cada pedaço de carne brasileira que chegava aos Estados Unidos. E recusou 11% da nossa carne in natura, ou seja, carne crua, não processada. Para gente comparar, os fiscais americanos recusam, em média, 1% da carne dos outros países. O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, disse que, embora o Brasil seja um velho parceiro comercial, a prioridade dele é proteger os consumidores americanos. A nota do Departamento de Agricultura afirma que estão suspensas “todas as importações de carne fresca do Brasil por causa de frequentes preocupações sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado americano”. Os lotes de carne foram rejeitados “devido a preocupações de saúde pública, condições sanitárias e problemas de saúde animal”. Os portos americanos não vão receber carregamentos de carne in natura do Brasil enquanto o governo brasileiro não tomar providências para resolver o problema, providências que o Departamento de Agricultura considere satisfatórias. Três sindicatos ligados aos produtores de carne dos Estados Unidos aplaudiram a proibição à carne brasileira. Um deles até questiona: “Por que o secretário da Agricultura não suspende, também, as importações de carne pré-cozida do Brasil?” Estados Unidos e Brasil são os dois maiores produtores de carne bovina do mundo. Temer é recebido na Noruega em clima de cobrança e até comete gafe A primeira-ministra da Noruega cobrou na sexta-feira (23) do presidente Michel Temer providências contra a corrupção no Brasil. Foram dois dias de aproximações e uma série de reclamações. Ao lado do presidente Michel Temer, em um pronunciamento, a primeira-ministra Erna Solberg confirmou que a ajuda que a Noruega dá ao Fundo de Preservação da Amazônia vai cair pela metade em 2017 por causa do desmatamento. “Existem forças querendo diminuir a proteção ambiental no Brasil”, a primeira- ministra reclamou. E o presidente Michel Temer se explicou: “Nós vetamos medidas que ampliavam enormemente áreas propícias, digamos assim, para o desmatamento.” Na frente da residência oficial da primeira-ministra, ambientalistas brasileiros e noruegueses protestaram. Eles diziam que o legado de Temer vai ser ainda mais desmatamento. “O governo tem que fazer a parte dele é a parte é cumprir a legislação ambiental que existe e não retroceder”, diz Sônia Guajajara, representante indígena. Ativistas do Greenpeace e do Rainforest, da Noruega, querem mudanças imediatas nas políticas ambientais do governo. O presidente Michel Temer passou os últimos dois dias em Oslo tentando convencer os noruegueses de que o pior da crise brasileira já passou e que existe no Brasil um ambiente jurídico, político e econômico favorável aos investimentos. Mas a Noruega, oitavo maior investidor no nosso país, assiste apreensiva aos escândalos de corrupção. A primeira-ministra Erna Solberg disse que está muito preocupada com a Lava Jato. “É importante a limpeza. É preciso encontrar uma boa solução”, afirmou. Temer quis transmitir confiança aos noruegueses: “As instituições no Brasil, só para tranquilizar a todos, funcionam com uma regularidade extraordinária. O Legislativo, o Executivo, o Judiciário, com uma liberdade, volto a dizer, extraordinária. Então, as instituições estão funcionando.” Antes de se despedir, o presidente Temer cometeu duas gafes trocando as nacionalidades do parlamento e do rei da Noruega: “Mais adiante, com o parlamento brasileiro e, um pouco mais adiante, com sua majestade, o rei da Suécia, eu já tenho a mais firme convicção de que, embora muita rápida nossa visita, ela estreita cada vez mais os laços do Brasil com a Noruega.” Temer fez uma visita rápida ao parlamento da Noruega, almoçou com o rei da Noruega, Harald V, e voltou ao Brasil. Presidente do Conselho de Ética arquiva pedido de cassação de Aécio O presidente do Conselho de Ética do Senado mandou arquivar o pedido de cassação do mandato do senador afastado Aécio Neves, do PSDB. O pedido para cassar o mandato de Aécio Neves chegou às mãos do presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto, do PMDB, na segunda-feira (19).A representação foi feita pelos partidos Rede e PSOL. No mesmo dia, João Alberto já dava sinais de que o processo poderia não seguir adiante, mas que esperaria a decisão do supremo sobre o pedido de prisão de Aécio feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e também sobre um pedido de Aécio para retornar ao mandato do qual foi afastado por ordem do ministro Luiz Edson Fachin, do STF. A decisão do STF foi adiada porque poucas horas antes do julgamento a defesa de Aécio recorreu para que o caso fosse julgado não pela turma do tribunal, mas por todos os ministros, no plenário. Aécio Neves foi denunciado no início deste mês pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à Justiça. A denúncia se baseia nas delações dos empresários da JBS, que afirmam que o senador recebeu R$ 2 milhões em dinheiro para que defendesse os interesses da empresa. Além disso, na quinta-feira (22), o ministro Marco Aurélio Mello autorizou abertura de um outro inquérito para apurar se houve lavagem desse dinheiro que teria sido repassado pela JBS. Bloqueio ao Catar está prejudicando combate ao Estado Islâmico, diz Tillerson O secretário de Estados dos Estados Unidos, Rex Tillerson, pediu que a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein aliviem o bloqueio ao Catar, que estaria dificultando as operações da base militar norte-americana naquele país. Segundo Tillerson, o bloqueio está prejudicando o combate ao grupo extremista Estado Islâmico, também que é feito a partir desse entreposto militar. Ele também reiterou a disposição dos EUA em mediar, junto com o Kuwait, a crise diplomática entre as nações na região. Os EUA pedem que "não haja nova escalada" das tensões entre as nações, afirmou Tillerson, que também pediu ao Catar para responder aos questionamentos pedindo que seja mais rígido no controle ao financiamento de grupos extremistas na região. Chamas do incêndio em Portugal podiam ser vistas do espaço Em Portugal, o maior incêndio da história do país só foi controlado na última quinta-feira (22). Sessenta e quatro pessoas morreram. Autoridades ainda investigam como o fogo começou. O presidente da Liga dos Bombeiros não acredita que a causa tenha sido a faísca de um raio na vegetação seca. Ele fala em atitude criminosa. As chamas estavam tão altas que puderam ser vistas do espaço. Em imagens de satélite, é possível identificar os focos de incêndio, além da fumaça que cobriu parte do país. Na Rússia, Temer assina acordo com Putin Na Rússia, no segundo dia de visita oficial, o presidente Temer evitou falar sobre a crise política. A coroa de flores depositada no monumento em memória ao soldado desconhecido tinha as cores do Brasil. Mais tarde, já dentro do Kremlin, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu o presidente do Brasil, Michel Temer. Os dois assinaram uma declaração conjunta. No acordo, a Rússia se compromete a apoiar pleito do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Em contrapartida, o Brasil passará a apoiar a posição russa na ONU de não intervir na soberania de países em conflito. “Compartilhamos do entendimento de que as instituições internacionais devem ser mais representativas e eficazes e intercambiamos visões sobre alguns dos temas mais prementes tangendo de paz e segurança internacionais”, disse Temer. Os dois países também trataram de acordos comerciais. O presidente Vladimir Putin disse que vai incentivar a cooperação de empresas russas com o Brasil, principalmente na área de energia nuclear, e nos setores aeroespacial e de ferrovias. Os atos assinados na tarde desta quarta-feira (21) no Kremlin unem os governos do Brasil e da Rússia em questões para o futuro, desconsideram a atual crise política no Brasil. O presidente Michel Temer não deu entrevista à imprensa brasileira. Evitou falar de temas incômodos ao governo, mas tentou mostrar confiança. Temer veta MPs que reduzem área protegida de floresta no Pará Antes de embarcar para a Rússia, o presidente Michel Temer vetou duas medidas provisórias que reduziam áreas protegidas na Amazônia. Mas, no Congresso, essa discussão ainda vai continuar. A Floresta Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará, a 1.800 quilômetros de Belém, seria a mais atingida. Os projetos que saíram do Congresso reduziriam em mais de um terço o tamanho desse santuário de 1,3 milhão de hectares. É que 37% do que hoje são floresta nacional seriam transformados em APA – Área de Proteção Ambiental. Nessa categoria, o nível de proteção é menor porque é permitida a ocupação de terras para atividades rurais e de mineração. Também foram vetados trechos de outra medida provisória que alterava os limites do Parque Nacional do Jamanxim para a passagem de uma estrada de ferro. De acordo com a Presidência, essa modificação poderia “comprometer e fragilizar a preservação ambiental em uma região sensível da Amazônia”. A floresta do Jamanxim já vem sofrendo com a constante ameaça do desmatamento. Só nos últimos dois anos perdeu 16 mil hectares de mata. Na semana passada, o Jornal Nacional mostrou que apenas na área onde se pretendia criar a nova APA, o Instituto Imazon descobriu 334 ocupações embargadas pelo Ibama por desmatamento ilegal. Ao todo, são 71 mil hectares de terras invadidas. A decisão dos vetos foi anunciada pelo presidente Temer em uma rede social em que ele se dirigiu à modelo Gisele Bündchen. Gisele havia publicado mensagens pedindo ao presidente que vetasse os projetos. Mesmo com os vetos, o governo não descarta reabrir a polêmica com novo texto para o Congresso. Em vez de uma medida provisória, um projeto de lei pode ser a nova ameaça à preservação da Amazônia. Terceiro ministro de Temer na pasta da Cultura pede demissão O ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, pediu demissão na sexta- feira (16). É o terceiro na pasta no governo Temer. O substituto só vai ser anunciado depois que o presidente Michel Temer retornar da viagem à Rússia e à Noruega, na semana que vem. A crise política foi tema de um encontro entre Temer, o ministro da Justiça e um ex- presidente do Supremo. O Palácio do Planalto intensificou os preparativos para a defesa do presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal. Temer aproveitou o feriado prolongado para se reunir com o ex-presidente do Supremo Carlos Velloso, que chegou ao Palácio do Jaburu acompanhado do ministro da Justiça, Torquato Jardim. O presidente pediu a Velloso conselhos sobre os caminhos jurídicos que poderiam ser adotados pela defesa. Em fevereiro, Velloso chegou a ser convidado por Temer a assumir o Ministério da Justiça, mas recusou. Na agenda oficial, apenas despachos internos, entre eles, receber a carta de demissão de mais um ministro. João Batista de Andrade, que ocupava de forma interina o Ministério da Cultura, informou ao presidente que estava deixando o governo porque não tinha interesse em ser efetivado no cargo. Escreveu ainda que ajudará na transição até que o novo secretário executivo - função exercida por ele antes de virar ministro - seja nomeado. Mas o que pesou na decisão foi o fato de o governo já estar negociando há semanas o cargo de ministro com partidos da base aliada. João Batista de Andrade substituiu Roberto Freire, do PPS, que deixou o cargo em maio, por causa do envolvimento de Temer nas gravações da JBS. Apaixonados por tecnologia lotam a Campus Party, em Brasília Os brasilienses aproveitaram o feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (15/6), para prestigiar a Campus Party, maior evento de tecnologia do país. Pela primeira vez em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a feira tecnológica trouxe novidades do mundo nerd e uniu leigos e experientes na área. A professora Mônica Barbosa levou toda a família para apreciar as novidades "hight tech". Os filhos, Pedro, 11 anos,e Maria Clara, 9, são apaixonados por novidades da era da informática. Ambos já acompanham tudo do gênero em diversos canais do YouTube. Os dois assistiram e vibraram o campeonato de rockey de robôs na Campus. Inspirado, Pedro já sabe o que vai fazer quando crescer: "quero criar um robô que ajude a operar pessoas", disse o futuro médico. O rockey de robôs foi a principal atração da área externa da feira. Até o próximo sábado, de 14h até 20h30, o público poderá assistir partidas que acontecem de meia em meia hora. Do lado de fora do evento, na área gratuita, além das partidas de rockey, visitantes também podem acompanhar competições de drones, brincar em simuladores, novas invenções de estudantes e se deliciar na praça de alimentação, recheada de foodtrucks. Ex-governadora do RN, Wilma de Faria morre em Natal A ex-governadora do Rio Grande do Norte Wilma de Faria morreu, aos 72 anos, em Natal na noite desta quinta (15). Wilma de Faria cumpria mandato de vereadora da capital potiguar na atual legislatura, mas estava afastada das funções desde o dia 18 de abril para tratamento de um câncer. Wilma de Faria era professora e começou a carreira na política em 1986 quando foi eleita deputada federal. Em 1988,foi eleita prefeita de Natal. Voltou a ser eleita prefeita da capital em 1996 e reeleita em 2000. Em abril de 2002, Wilma renunciou à prefeitura para disputar o governo do estado e foi eleita, se tornando a primeira mulher a comandar o governo do Rio Grande do Norte. Ela foi reeleita governadora em 2006. Wilma ainda se candidatou ao senado em 2010, mas não venceu. Em 2012 saiu candidata a vice-prefeita na chapa de Carlos Eduardo. A chapa foi eleita e ela cumpriu o mandato. Em 2014, voltou a tentar uma vaga no senado, mas foi derrotada por Fátima Bezerra. Em 2016, ela deixou o PSB, assumiu a presidência do PTdoB e se candidatou a vereadora de Natal. Trump anuncia revisão do acordo dos EUA com Cuba selado por Obama O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira (16) o cancelamento do acordo que o ex-presidente americano Barack Obama tinha fechado com Cuba. Em Little Havana, reduto cubano em Miami, o presidente Donald Trump anunciou: “Estou revertendo completamente a política do governo anterior, que só beneficiava Cuba”. Trump prometeu negociar um novo acordo, melhor para os cubanos e para os Estados Unidos. “Não vamos suspender o embargo até que todos os presos políticos sejam soltos, a liberdade de expressão seja respeitada, todos os partidos políticos sejam legalizados e eleições livres sejam marcadas”, afirmou. Mas nem tudo vai voltar à estaca anterior à reaproximação dos dois países, anunciada em dezembro de 2014. As embaixadas em Havana e Washington vão permanecer abertas, e a compra de charutos e rum para quem visita a ilha continua liberada. O que a nova política quer é limitar a quantidade de dólares que americanos têm despejado nos negócios controlados pelo exército cubano. O presidente estava em casa, num dos bairros onde venceu com margem mais folgada. E ouviu até um desajeitado parabéns, com dois dias de atraso. A demonstração de apoio da comunidade cubana veio num momento delicado para o governo Trump. Os advogados da equipe de transição do presidente pediram que todos os documentos relacionados à investigação sobre a suposta interferência da Rússia na eleição de 2016 sejam preservados. E na sexta-feira (16), Trump reconheceu que está sendo investigado. Como de costume, foi numa rede social que ele escreveu: “Estou sendo investigado por demitir o diretor do FBI pelo homem que me disse para demitir o diretor do FBI! Caça às bruxas”, disse. O “homem” seria Rod Rosenstein, vice-procurador-geral que assinou uma carta divulgada pela Casa Branca recomendando a demissão de James Comey. Mas quem está investigando Trump não é Rosenstein e, sim, Robert Mueller. E o próprio presidente reconheceu numa entrevista que já tinha decidido demitir o ex- diretor do FBI muito antes da recomendação em maio. Brasil sediará Olimpíada Internacional de Matemática e seis são escolhidos Em julho, o Brasil vai sediar, pela primeira vez, a Olimpíada Internacional de Matemática. Na terça-feira (13), foram anunciados os seis estudantes escalados para a seleção brasileira. É uma conta simples, de somar, que Davi nunca fez. Quantas medalhas ele tem em casa? “Meu pai falou 19, né? Acho que deve ser isso mesmo”, conta Davi. E antes que alguém pense que ele não gosta de calcular, vamos olhar mais de perto. São medalhas olímpicas, de olimpíadas de matemática. “Eu vejo mais como uma diversão. Eu vejo os problemas. Eu tento entender eles. É um processo muito divertido”, disse o estudante. George também se diverte preenchendo o caderno com fórmulas que quase nem cabem na página. Ele até se lembra do dia em que se apaixonou por um número pela primeira vez. Foi depois de uma prova. “Eu fiquei tipo ‘uau, como eu consegui uma nota dessa’, foi um 10”, diz George. De 10 em 10, as notas viraram aplausos. George, Davi e outros quatro estudantes vão representar o Brasil, na Olimpíada Internacional de Matemática. Nosso time é composto pelos paulistas André Hisatsuga e Pedro Henrique de Oliveira; pelo mineiro, João César Vargas, que é o mais velho da equipe, com 19 anos. Os outros três craques são do Nordeste: o George Lucas e Bruno Meinhart, do Ceará; e o Davi Sena, de Pernambuco. Em 2014, a Copa. Em 2016 a Olimpíada. Os atletas do Brasil se acostumaram a jogar em casa. Agora chegou a hora dos gênios da matemática. Eles vão raciocinar com o apoio da torcida pela primeira vez. Eles vão enfrentar mais de 500 jovens de 110 países. E não é exagero chamá-los de atletas. “A gente passa por uma peneira, várias provas, é selecionado. Entra pra equipe. Vai representar o Brasil numa olimpíada internacional”, diz o participante Davi Sena. Em 2016, o Brasil ficou em 15º lugar, a melhor colocação da história. Rede pede anulação do julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer O partido Rede Sustentabilidade pediu ao Supremo Tribunal Federal a anulação do julgamento do TSE que absolveu a chapa Dilma-Temer. Na reclamação, a Rede Sustentabilidade afirma que a maioria dos ministros do TSE contrariou uma decisão do Supremo Tribunal Federal ao não aceitar incluir provas da delação da Odebrecht no processo. O argumento do partido baseia-se no artigo 23 da Lei de Inelegibilidades. que permite ao juiz considerar fatos públicos e notórios mesmo que não alegados pelas partes, e já julgado e mantido pelo STF. A Rede pede ao Supremo que o TSE considere fatos e provas colhidos nos depoimentos dos executivos da Odebrecht, a suspensão do processo até que seja proferida decisão final na reclamação e que, no mérito, seja cassada a decisão do TSE. O ministro Luiz Fux votou pela condenação da chapa. Na segunda-feira (12), em São Paulo, ele voltou a defender o entendimento da validade das provas fornecidas pela Odebrecht e disse que mantém a mesma posição, caso o assunto volte ao Supremo. “Só não muda de opinião quem já morreu, mas nesse caso específico eu tenho um ponto de vista muito firmado, um ponto de vista que o entendimento jurídico que eu consagrei no código que eu tive a oportunidade de eligir, e estou convencido que eu votei da melhor forma possível. Se hoje o Supremo Tribunal Federal me submetesse essa questão, eu julgaria da mesma maneira”, disse Fux. Para o governo, o que importa é que Michel Temer foi absolvido pelo TSE. E a semana começou com agenda leve. O presidente esteve por alguns minutos na reunião com coordenadores do fórum de mudanças climáticas. Teve reuniões com ministros, empresários e aliados. Fora da agenda, no Palácio da Alvorada, Temer teve uma conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Depois, ele gravou um vídeo, que foi publicado nas redes sociais. Temer defendeu a independência dos poderes, asreformas e o respeito às leis. Morre aos 88 anos o ator Adam West, o eterno Batman da TV Morreu na noite da sexta-feira (9), aos 88 anos, o ator americano Adam West – protagonista da série Batman, que na TV marcou várias gerações. West lutava contra uma leucemia. O Batman da TV era um super-herói divertido. Meio trapalhão. Quase sempre passado pra trás pelos vilões. Mas, pelo bem da justiça, vencia no final. Claro. Interpretado pelo ator Adam West como um personagem cômico. Apesar de ter sido exibida em apenas três temporadas, a série filmada a cores, teve muito sucesso na TV americana entre 1966 e 1968. No Brasil, a TV ainda era em preto e branco. Mas também atraiu muitos fãs. O Batman das revistas em quadrinhos, criado na década de 1930, era bem diferente. Meio sinistro, ele combatia o crime em Gotham City, cidade inspirada na Nova York da época. O herói acabou suplantado por outros e ia ser tirado de circulação quando o sucesso da série na TV ressuscitou o personagem. Adam West parecia não levar muito a sério o personagem, o que fica evidente nas cenas em que ele faz o milionário Bruce Wayne, que vira Batman quando veste a roupa de morcego. O ator nunca conseguiu sucesso em outro papel. Mas acabou imortalizado como o Batman. Ao ganhar uma estrela com o nome dele na Calçada da Fama, lembrou que bateu o recorde de ator que representou Batman mais vezes: foram mais de 170. Espirituoso, disse que o sucesso da série se devia ao humor. “Embora não fosse nada engraçado usar a roupa de Batman 18 horas por dia. Coçava muito”, ele brincou. Hoje, a série do Batman na TV virou cult. É um retrato bem-humorado do fim dos anos 60. Theresa May perde maioria conservadora no Parlamento britânico A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que vai se manter no cargo, apesar da derrota política que sofreu nas urnas. Se pudesse voltar no tempo, Theresa May não anteciparia as eleições. A primeira- ministra tinha um mandato até 2020 e uma maioria para aprovar praticamente todas as leis. Mas as negociações finais do Brexit, saída da União Europeia, coincidiriam com a campanha; a oposição dificultava a sua vida e volta e meia era contrariada por rebeldes dentro do próprio partido. Theresa May queria ganhar mais dois anos no cargo, ampliar a maioria e neutralizar os “do contra”. Mais do que isso. Precisava de legitimidade para negociar com os europeus. Na última eleição, em 2015, David Cameron era o líder dos conservadores. Uma motivação extra foi a rebelião no Partido Trabalhista contra o líder Jeremy Corbyn, que se fragilizou no cargo. Bem avaliada em abril, resolveu apostar: jogou tudo para o alto e convenceu o Parlamento a antecipar as eleições. Em 45 dias tudo mudou: deslizes, fuga de debates e, depois de mais dois atentados, o corte de 20 mil policiais pesou nos seus ombros. Ao fim da votação, ficou claro que a prática venceu a teoria. Os conservadores perderam 13 lugares no Parlamento e agora faltam oito para formar maioria. O Reino Unido volta a um lugar que conhece: um Parlamento suspenso, pendurado. Sete anos atrás foi assim: os conservadores só conseguiram maioria numa aliança com um partido menor. As alternativas são voltar a um governo de coalizão, tentar governar com minoria mesmo ou chamar novas eleições. Depois de receber a permissão da rainha para governar, a primeira-ministra fez o discurso da vitória amarga. Ela disse que vai correr atrás de dez deputados do Partido Unionista, que é contra direitos de homossexuais e que nega o aquecimento global. O líder trabalhista, fortalecido com 31 deputados a mais, pede a renúncia de Theresa May. Ela afirma que fica no poder. O gato do gabinete dos primeiros-ministros já espera na porta: já viu muito governo subir no telhado. Setor agrícola tem o melhor resultado em 21 anos e impulsiona o PIB O setor agrícola teve o melhor resultado em 21 anos e foi fundamental para a melhora da economia. E as exportações fizeram a diferença para que a indústria voltasse a crescer. A lavoura foi a grande estrela da economia no primeiro trimestre, com crescimento de 13,4%. A safra agrícola deve crescer este ano quase 25%, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento. Com São Pedro jogando a favor, o Brasil produziu mais. Sozinha, a agropecuária responde por uma parcela pequena do Produto Interno Bruto (5,5%), mas ela teve um papel de gigante no começo de 2017. O agricultor fez o plantio e investiu na compra de adubos e insumos, um movimento que ajudou outros setores da economia. Uma indústria química que faz defensivos agrícolas em Londrina, no Paraná, já está com uma produção 40% maior este ano e mais gente foi contratada. “Estar empregado é muito importante para qualquer pessoa, ainda mais na época em que a gente vive que está tão difícil o emprego. Então, mudou completamente”, diz a técnica em segurança do trabalho Josiane Lemes. E a empresa ainda precisa de reforço. “Nós ainda temos este ano 37 posições em aberto para diversas áreas. Temos na administração, finanças, na área de tecnologia, temos no marketing e especialmente lá no campo, na área comercial”, explicou o diretor de Recursos Humanos Johannes Castellano. A colheita brasileira também ajudou a impulsionar as nossas exportações. O resultado foi recorde atrás de recorde na balança comercial. Em maio, o superávit foi de US$ 7,6 bilhões. E foi o mercado externo um dos motores para a melhora de outro setor da economia: a indústria. As vendas para outros países subiram quase 5% no primeiro trimestre na comparação com o trimestre anterior. No Supremo, quatro ministros votam pela limitação do foro privilegiado Quatro dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram a favor de limitar somente para atos ligados ao cargo o chamado foro privilegiado, direito que parlamentares e ministros têm de serem investigados e processados criminalmente apenas na Corte. O julgamento, porém, foi interrompido na quinta-feira (1º) pelo ministro Alexandre de Moraes, que pediu mais tempo para analisar o assunto. Não há data para a continuidade do julgamento e uma decisão final do STF que venha a mudar a atual regra. Até a interrupção, já haviam votado pela restrição do foro os ministros Luís Roberto Barroso (relator do caso), Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Cármen Lúcia. A alteração da regra depende de ao menos seis votos dentre os 11 ministros. Ainda faltam votar, além de Moraes, os ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Atualmente, qualquer ocupante de cargo de ministro no governo ou mandato parlamentar só pode ser investigado ou processado criminalmente no STF, por atos que tenha praticado em qualquer tempo, mesmo se não relacionados ao cargo. A proposta em discussão no STF limita o foro somente para os casos em que os fatos investigados estejam diretamente relacionados ao exercício do cargo ocupado pela autoridade e que tenha ocorrido durante o mandato.
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