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1. INTRODUÇÃO Inicialmente deve-se estabelecer o tipo de abordagem, determinar o local a ser utilizado, a equipe e o tipo de técnica. Centro cirúrgico Ambiente externo Ambiente controlado Contaminação hospitalar Preparação adequada Ambiente desconhecido Pós operatório monitorado em relação ao campo Necessidade de equipamentos Infecção hospitalar Após a escolha do local determinar um ambiente confortável para você e para o animal. Além disso o centro cirúrgico tem a vantagem de ter uma equipe anestésica em prontidão, coisa que não ocorre no campo. Cria-se um roteiro determinando o tempo cirúrgico (Diérese, hemostasia e síntese), para determinar anestésico e precauções a serem tomadas. 1. Pré-Operatório: ✓ Planejamento da cirurgia. ✓ Quem é o paciente? ✓ Qual o problema? ✓ Eu sei o diagnóstico? E se não sei é uma cirurgia exploratória? ✓ Exames laboratoriais e de imagem em prontidão. ✓ Fazer antibiótico terapia profilática no caso de uma cirurgia de mais de 12 horas. ✓ Determinar a técnica anestésica e cirúrgica. 2. Tras-Operatório: ✓ MPA, Indução anestésica. ✓ Tempo cirúrgico ✓ Diérese, incisão, afastar com tesoura, pinça, dedo, punção, aspiração. ✓ Hemostasia: Pinçamento (importância do lugar, se é uma artéria, veia, o calibre do vaso), ligadura simples, transfixação , compressão, garrote, sutura sobre o vaso com um tecido, equipamentos eletrônicos, térmicos, bisturi supersônico, ferro quente. ✓ Síntese: sutura, grampeador, cola, paciente não tem tecido o suficiente para fechar. 3. Pós-Cirúrgico: ✓ Ter conhecimento das complicações possíveis para saber o que fazer caso ocorra. 2. CELIOTOMIA É a abertura cirúrgica da cavidade abdominal. Incisão na linha alba, linha reta no abdome ANATOMIA CIRÚRGICA DO ABDOME 1. Divisão – epigástrica, mesogástrica e hipogástrica. 2. Músculos – obliquo abdominal externo e interno do abdome, reto e transverso. 3. Serosa – peritônio parietal (ligamento falsiforme). INDICAÇÕES: • Realização de procedimentos cirúrgicos específicos. Ex: 1. Ovariohisterectomia; 2. Enterotomia; 3. Redução de hérnias, etc. • Fins exploratórios 1. Quando os sinais clínicos e os exames complementares não são conclusivos e há suspeita de comprometimento visceral abdominal. 2. Quando o paciente não responde ao tratamento clínico e o quadro continua a agravar-se. 3. Em traumas severos com suspeita de lesão visceral. Ex.: Ruptura intestinal TÉCNICA CIRÚRGICA Incisão na linha alba para menor sangramento, deve ser feita a tricotomia e assepsia. • Incisão antes do umbigo – Pré-umbilical. • Incisão depois do umbigo – Préretroumbilical. Incisão deve ser feita na altura do umbigo ao fim do prepúcio ou o sulco na glândula mamária, o onde seu limite cranial é a cartilagem xifoide e caudal ao prepúcio e glândula mamaria. A cavidade abdominal é aberta com bisturi, após a parede muscular ter sido pinçada com pinça de Allis e tracionada dorsalmente, evitando-se com essa manobra a perfuração de vísceras. A incisão deve então ser ampliada com tesoura de Mayo reta ponta romba. Após ter completado o procedimento para o qual procedeu-se a celiotomia, inicia-se o fechamento da cavidade abdominal. • O subcutâneo é suturado com pontos simples contínuo (fio absorvível 3.0 a zero). • A parede abdominal é suturada com pontos Sultan, fio de mononylon, com a espessura variando conforme o tamanho e o peso do paciente (pequenos animais-3.0 a zero, grandes animais-2 a 4). Procura-se incluir na sutura apenas a bainha externa do músculo reto do abdome e peritônio. • Pele aproximada com pontos em zigue-zague (fio absorvível 3.0 a 2.0). A síntese de pele é com pontos isolados simples (fio mononylon 3.0 a zero PA, nylon monofilamento 0.50 ou 0.80 GA). Lembrando que a síntese é dividida em planos 3. LAPAROTOMIA Abertura através do flanco, onde o acesso pode ser feito pelo lado direito e esquerdo, lado esquerdo é mais utilizado para acesso ao rúmen, porém é de difícil acesso, e o direito para outros órgãos/estruturas. Em cavalos há pouca utilização de cirurgia no flanco pelo tamanho. Para incisão no flanco deve-se lembrar que há uma importante artéria, artéria circunflexa, descendente da ilíaca externa, onde no ruminante deve ser feito anestesia em L invertido ou anestesia paravertebral e tranquilização do animal, no ruminante a incisão é horizontal | e no equino vertical /. TÉCNICA CIRÚRGICA A laparotomia de flanco é mais frequentemente realizada em bovinos. A escolha do flanco direito ou esquerdo está na dependência do procedimento a ser efetuado e da preferência do cirurgião. É feita uma incisão cutânea vertical, ventral aos processos transversos lombares, os músculos oblíquos externo e interno do abdome são seccionados no mesmo sentido da incisão da pele. Os vasos hemorrágicos deverão ser pinçados e ligados (categute 2.0). O músculo transverso é cuidadosamente seccionado com tesoura no sentido vertical, após a fáscia transversal e peritônio terem sido elevados e seccionados com pinça dente de rato. Deve-se cuidar para não seccionar as vísceras adjacentes. A incisão é ampliada com tesoura de Mayo reta romba. • A ferida cirúrgica é suturada em 3 ou 4 planos. • O peritônio e a fáscia transversal são suturados em conjunto com o músculo transverso do abdome, empregando-se pontos em colchoeiro e simples contínuo sobre a crista formada (categute 2); • Os músculos oblíquos com pontos Sultan (categute 2); • Sutura o subcutâneo sutura em cuching, contínua (categute 0, 2-0, tendo obrigatoriamente que ser fio absorvível) • Pele com pontos isolados simples ou Wolff (nylon monofilamento 0.50 ou 0.60). 4. ENTEROTOMIA É a abertura e o fechamento cirúrgico do intestino. Identificar o problema Identificar o problema por laparotomia exploratória, se baseando por estruturas fixas como Baço, Rim, Flexura Pélvica, onde avalio primeiro essas estruturas para depois avaliar se há algum problema ou deslocamento no intestino; Se a alça intestinal está torcida ou fora do lugar deve ser feito o reposicionamento de alça. No caso de uma alça normal irá ter o ciclo de Krebs, ou seja, irá ter a presença de digestão aeróbia, se a alça está torcida não ira ter o ciclo e não irá ter O², assim a alça irá produzir ácido lático e O²; e quando faz a correção de uma alça torcida deve ter cuidado com a síndrome de reperfusão, produção de H²O² (água oxigenada). Deve-se ter em mente que o intestino possui 4 camadas (mucosa, submucosa, muscular e serosa) para uma correta correção e sutura. TÉCNICA CIRÚRGICA O paciente é colocado em decúbito dorsal e o abdome é abordado através de incisão na linha mediana ventral. Os intestinos são revisados de maneira sistemática (inspeção e palpação) e a alça do intestino delgado que contém o corpo estranho é tracionada para fora do abdome. Pinças intestinais atraumáticas são colocadas cranial e caudalmente à área onde decide-se por fazer a incisão. Pode-se ocluir temporariamente (pinça vascular) os vasos mesentéricos da porção a ser incidida, para diminuir o sangramento no momento da incisão intestinal. A incisão é feita de preferência no tecido sadio imediatamente oral ou aboral ao corpo estranho, e não no tecido comprometido acima deste. A parede intestinal é seccionada longitudinalmente no lado anti- mesentérico. Após a remoção do corpo estranho, a enterorrafia é executada. Os fios indicados são os absorvíveis nº 4.0 ou 3.0, e as técnicas de sutura podem variar entre Schimieden e Cushing, Schimieden e Lambert, apenas uma sutura invaginante, isolado simples, Crushing, entre outras. Após a sutura intestinal pode-se proceder a omentalização da ferida cirúrgica. A laparotomia é fechada de forma usual. 5. ENTERECTOMIA É a retirada de um segmento do intestino seja por má perfusão do órgão, áreas isquêmicas, síndrome de perfusão. Antes de se fazer a retirada do segmento deve-se avaliar a coloração, palpar os vasos para ver se há pulso. Deve ser feita a copro estase – Pode-se utilizar pinças coproestáticas (não causa lesões vasculares), pode usar luvas estéril, Observações: Sua principal limitação é fazer a exteriorização de alça por não poder ser feita cirurgias intestinais na cavidade abdominal. Aposição Invaginante Evaginante ESTRUTURAS INTESTINAIS Duodeno -> Jejuno -> Íleo -> Cólon ventral direito -> Cólon ventral esquerdo -> Flexura Pélvica -> Cólon dorsal esquerdo -> Flexura Diafragmática -> Cólon dorsal direito -> Cólon Transverso -> Cólon menor -> Reto COMO DEFINIR O QUE É VENTRAL E DORSAL Enrugado = ventral Liso = dorsal No caso de manipulação excessiva a alça intestinal pode apresentar edema de mucosa. Faz Pinçamento dos vasos e ressecção. 6. ENTEROANASTOMOSE Aproximação das bordas intestinais, pode possuir comprometimento vascular e pode ser feito em 3 técnicas diferentes: • Término-terminal: Aproximação das 2 extremidades por 2 planos de sutura Latero – Lateral: aproximação de uma borda em cima da outra Término lateral: 7. JEJUNOCECOSTOMIA Isola o íleo e junta o jejuno ao ceco, sutura acima da valva íleo cecal. 8. RUMINOTOMIA Acesso ao rúmen, faz a incisão da pele, oblícuo abd. Externo, interno, reto do abd. Faz a pexia (fixação) do rúmen na cavidade abd. Para síntese há 3 maneiras: • Deixa o rúmen aberto • Fecha o rúmen, fecha a pele porém deixa ele aderido • Fecha o rúmen, separa a pexia, e fecha a pele. Dentre as complicações há: hemorragia, evisceração por infecção, peritonite inflamatória.
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