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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA MARIA INÊS FALCÃO Psicóloga CRP 06/41.888 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: HISTÓRICO ht tp s: //c ie nc ia do ce re br o. fil es .w or dp re ss .c om /2 01 4/ 12 /li nh a- do -te m po .p ng ?w =4 80 & h= 36 5 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: O QUE É ? φ É um processo que visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia. φ A avaliação neuropsicológica objetiva observação da natureza e dinâmica dos processos cognitivos, mas também deve englobar os afetivo-emocionais. Ocampo (2005) http://www.dialogospsicologicos.com.br/wp-content/uploads/2014/11/Psico.jpg AVALIAR: PARA QUÊ E PARA QUEM? φ Basear uma decisão com vistas a resolver um problema. φ Adequar dados às necessidades dos encaminhantes, para que os resultados tenham o impacto que merecem e a avaliação neuropsicológica receba o crédito a que faz jus. Cunha (2000) AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: OBJETIVOS φ Diagnóstico e Prognóstico φ Encaminhamentos o Medicamentoso o Psicoterápico o Reabilitação psicossocial o Outros (Cândida Camargo, apr.oral) φ Avaliação de tratamentos realizados φ Pesquisa φ Perícia φ DIAGNÓSTICO possibilita: encaminhamentos adequados φ TRATAMENTO permite: o Modificar a ocorrência de desordens o Impedir o desenvolvimento de danos maiores o Orientar de forma mais útil e econômica, tanto a pesquisa, como indivíduos e familiares (Cândida Camargo, apr.oral) AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: OBJETIVOS φ Estabelecer integração entre: φ Aferir competências. φ Inferir déficits sutis. (Cândida Camargo, apr.oral) COMPORTAMENTO https://st2.depositphotos.com/1026266/7740/i/170/depositphotos_77400110-stock-photo-character-in-suit-with-puzzle.jpg AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: ALICERCE A CONSTRUÇÃO DA AVALIAÇÃO Profissional Solicitante Entrevistas psicológicas iniciais Demais profissionais envolvidos no caso Exames complementares Técnicas investigativas apropriadas AVALIAÇÃO: ETAPAS DO PROCESSO CONCLUSÃO Entrevista Inicial Exames Complementares Resultados dos Testes Observação dos demais informantes Observação do Cliente Discussão com Profissionais AVALIAÇÃO: AMPLITUDE DO PROCESSO PSICÓLOGO DEVE RELACIONAR COM O CONTEXTO TOTAL DA PESSOA E SE VOLTAR PARA SEUS POSSÍVEIS PROBLEMAS SINGULARES http://www.minutopsicologia.com.br/uploads/posts/271/personalidade-e-o-que-nosso-cerebro-tem-a-ver-com-isso.jpg AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA φ REGRAS FUNDAMENTAIS o Paciente como único PARA O EXAME: o Avaliação contínua do processo em si Investigação flexível, aberta e criativa. Exame tecido de acordo com as necessidades, habilidades e limitações do paciente, adaptando-se a testagem de acordo com o perfil do paciente. φ Auxílio no diagnóstico diferencial das queixas cognitivas. φ Exame do funcionamento mental de modo a detalhar as repercussões das lesões e disfunções cerebrais ou mesmo a interferência de quadros psiquiátricos, como a depressão. φ Avaliação composta por testes (em geral, psicométricos) e outras provas psicológicas: tarefas que requerem uso de funções cognitivas isoladas. AVALIAÇÃO: PARA QUE SERVE ? Gil G, Busse AL. Avaliação neuropsicológica e o diagnóstico de demência, comprometimento cognitivo leve e queixa de memória relacionada à idade. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2009; 54(2): 44-50. φ Avaliação neuropsicológica não pode prescindir da avaliação de aspectos de ordem emocional repercutindo no comportamento do idoso e, muitas vezes, na dinâmica familiar. φ A análise dos resultados ocorre de forma quantitativa e, principalmente, qualitativa, através do modo peculiar do sujeito executar as tarefas solicitadas. φ A ideia de conjunto da personalidade é crucial para a interpretação dos dados. AVALIAÇÃO: PARA QUE SERVE ? φ Dúvidas quanto à interpretação dos resultados no exame de rastreio. φ Necessidade de diferenciar déficit cognitivo de patologia psiquiátrica ou comprometimento emocional. φ Compreender peculiaridade do comportamento durante a avaliação: se decorrente de quadro cognitivo ou de personalidade. AVALIAÇÃO: PARA QUE SERVE ? φ A neuropsicologia começou a tomar forma como ciência com os estudos do psicólogo russo Aleksandr Romanovich Luria (1903-1978). φ Um dos pioneiros das ciências do sistema nervoso, dedicou mais de 40 anos ao estudo de pacientes com lesões. φ Para Luria, as relações cérebro-comportamento e corpo-cérebro permitem a compreensão mais apurada da noção do Homo sapiens como um ser humano: “O cérebro contém sistemas individuais que fornecem as condições para a operacionalização da atividade mental superior que antecede toda conduta consciente humana”. PRINCÍPIOS TEÓRICOS φ A neuropsicologia estuda a expressão das disfunções cerebrais sobre o comportamento, podendo, essas disfunções, ser resultado de lesões, doenças degenerativas ou ligadas a quadros psiquiátricos e doenças que tem a disfunção neurológica como resultado secundário sem que possa ser detectada através de exames clínicos (sem comprometimento cerebral). φ Objetiva compreender as lesões ou disfunções cerebrais em termos do “estabelecimento da extensão, do impacto e das consequências cognitivas, comportamentais e na adaptação emocional e social”. (Camargo e cols, 2008) PRINCÍPIOS TEÓRICOS φ De acordo com Luria, a atividade humana representa um sistema complexo efetuado por meio de uma combinação de estruturas cerebrais que funcionam “em ‘concerto’: “cada uma das quais dá a sua contribuição peculiar para o sistema funcional como um todo”. φ Luria denominou tais estruturas como “unidades funcionais” e a elas atribuiu as características de variabilidade e plasticidade. φ Estas características permitem a estruturação sistêmica de processos psicológicos complexos. PRINCÍPIOS TEÓRICOS PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA φ Regulação do tônus, da vigília e dos estados mentais, promovendo o equilíbrio do sistema autonômico, a regulação interna do organismo e a seletividade dos processos mentais (regiões subcorticais e formação reticular). φ Regula os processos metabólicos do organismo em relação à homeostase e às condutas instintivas – sexual e alimentação. φ Responsável pelo alerta do indivíduo diante de mudanças que o meio oferece. φ A formação de intenções e metas só é possível através de certa quantidade de energia e mobilização de esforços. SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA φ Auxiliar no funcionamento coordenado dos vários analisadores e na produção de esquemas-base para as atividades cognitivas complexas (córtex posterior, incorporando regiões: occiptais (visual), temporais (auditiva) e parietais (sensorial geral), através de: φ Recebimento de informações: recebe impulsos dos órgãos sensoriais e faz a mediação da percepção de mudança física básica tanto no ambiente externo como interno. φ Análise: as diferentes informações sensoriais recebidas são simultaneamente integradas e se reflete em atividades como encontrar um caminho, entender as estruturas gramaticais complexas e as operações aritméticas, p.ex. φ Armazenamento das informações: para posterior utilização. TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA φ Responsável pela programação, regulação e verificação da atividade humana (regiões anteriores dos hemisférios: córtex frontal, que corresponde ao primeiro terço do cérebro). φ Reúne informações necessárias para a ação, planeja o amplo arcabouçono qual a ação é realizada e verifica sua eficácia. φ Comparação dos efeitos de suas ações com as intenções originais e programa posteriores correções, caso necessário. AS TRÊS UNIDADES FUNCIONAIS DE LURIA φ As três unidades funcionais representam um sistema funcional complexo. “A percepção ocorre por meio da ação combinada de todas as três unidades funcionais do cérebro: o A Primeira fornece o tono cortical necessário o A Segunda leva a cabo a análise e a síntese de informações que chegam o A Terceira provê os requeridos movimentos de busca controlados que conferem à atividade perceptiva o seu caráter ativo”. (Luria, 1981) O LOBO FRONTAL NOS ANIMAIS φ Superestrutura acima de todas as outras partes do córtex cerebral que desempenha função mais universal de regulação geral do comportamento, comparativamente à Segunda Unidade, uma vez que possui associações com todo o córtex. φ Síntese de informações ambientais. φ Regulação de comportamentos complexos. φ Inibição de respostas imediatas a estímulos irrelevantes. φ Plano de ações presentes e futuras. φ Caráter organizador da ação. (Stuss & Benson, 1986) O LOBO FRONTAL NO HOMEM φ Atividade humana consciente: regulada através do desenvolvimento da linguagem. φ Animais inferiores: maior participação dos lobos frontais relacionada à regulação de processos motores, sem predominância hemisférica. φ Evolução da espécie: ↑circunvoluções cerebrais ⇒ ↑n° neurônios ⇒ ↑n° sinapses. φ Progressiva corticalização das funções: processos de programação, regulação e verificação da atividade consciente são dependentes emum grau muito maior das partes pré-frontais do cérebro humano que dos outros animais. (Luria, 1966) φ A linguagem torna o Homem capaz de organizar ideias e de introjetar ações e intenções: o Vygotisky (1956,1960): uma ação, inicialmente compartilhada por duas pessoas, posteriormente torna-se um elemento do comportamento individual. o Luria (1966): origem social das funções mentais superiores e a natureza social dos fenômenos psicológicos, anteriormente considerados como puramente individuais. o Silveira (1966): O Homem isolado no tempo e no espaço é mera abstração. O LOBO FRONTAL NO HOMEM φ A possibilidade de reorganizar informações e de criar estratégias para resolução de novos problemas depende não apenas da regulação dos atos reflexos, mas sim da ativação de um anel reflexo (ou sistema auto- regulador), com elementos aferentes e eferentes, demonstrando que a atividade mental possui um caráter complexo e ativo, que permite monitorar o comportamento de acordo com a situação. φ Assim, os lobos frontais “não desempenham apenas a função de síntese de estímulos externos, de preparação para a ação e de formação de programas de ação, mas também a de levar em conta o efeito da ação levada a cabo e de verificar que ela tenha tomado o curso adequado”. (Leontev, 1959, apud Luria, 1966; Luria, 1981) O LOBO FRONTAL NO HOMEM PORTANTO: aumentam as possibilidades de atuação não mais reprodutiva ou “imprintada” mas, sim, criativa e individual. COGNIÇÃO E EMOÇÃO ht tp :// cd n. bl og da ar qu ite tu ra .c om /w p- co nt en t/u pl oa ds /2 01 5/ 09 /b ra in st or m .jp g O B R I G A D A ! ! !
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