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Avaliação Neuropsicologica 2017

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
MARIA INÊS FALCÃO 
Psicóloga 
CRP 06/41.888 
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: HISTÓRICO 
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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: O QUE É ? 
φ É um processo que visa identificar forças e fraquezas no 
funcionamento psicológico, com um foco na existência ou 
não de psicopatologia. 
φ A avaliação neuropsicológica objetiva 
observação da natureza e dinâmica 
dos processos cognitivos, mas também 
deve englobar os afetivo-emocionais. 
Ocampo (2005) 
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AVALIAR: PARA QUÊ E PARA QUEM? 
φ Basear uma decisão com vistas a resolver um problema. 
φ Adequar dados às necessidades dos encaminhantes, 
para que os resultados tenham o impacto que 
merecem e a avaliação neuropsicológica receba 
o crédito a que faz jus. 
Cunha (2000) 
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: OBJETIVOS 
φ Diagnóstico e Prognóstico 
 
φ Encaminhamentos 
o  Medicamentoso 
o  Psicoterápico 
o  Reabilitação psicossocial 
o  Outros 
(Cândida Camargo, apr.oral) 
φ Avaliação de 
tratamentos realizados 
φ Pesquisa 
φ Perícia 
φ DIAGNÓSTICO possibilita: encaminhamentos adequados 
 
φ TRATAMENTO permite: 
o  Modificar a ocorrência de desordens 
o  Impedir o desenvolvimento de danos maiores 
o  Orientar de forma mais útil e econômica, tanto a 
pesquisa, como indivíduos e familiares 
(Cândida Camargo, apr.oral) 
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: OBJETIVOS 
φ Estabelecer 
integração entre: 
 
φ Aferir competências. 
 
φ Inferir déficits sutis. 
 
(Cândida Camargo, apr.oral) 
COMPORTAMENTO 
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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: ALICERCE 
A CONSTRUÇÃO DA AVALIAÇÃO 
Profissional Solicitante 
Entrevistas psicológicas iniciais 
Demais profissionais envolvidos 
no caso 
Exames complementares 
 
Técnicas investigativas apropriadas 
 
AVALIAÇÃO: ETAPAS DO PROCESSO 
CONCLUSÃO 
Entrevista Inicial 
Exames 
Complementares 
Resultados dos 
Testes 
Observação dos 
demais informantes 
Observação do 
Cliente 
Discussão com 
Profissionais 
AVALIAÇÃO: AMPLITUDE DO PROCESSO 
PSICÓLOGO DEVE 
RELACIONAR COM O 
CONTEXTO TOTAL DA 
PESSOA E SE VOLTAR 
PARA SEUS POSSÍVEIS 
PROBLEMAS 
SINGULARES 
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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
φ  REGRAS FUNDAMENTAIS o Paciente como único 
PARA O EXAME: o Avaliação contínua do processo em si 
Investigação flexível, aberta e criativa. 
Exame tecido de acordo com as 
necessidades, habilidades e limitações do 
paciente, adaptando-se a testagem de 
acordo com o perfil do paciente. 
φ Auxílio no diagnóstico diferencial das queixas cognitivas. 
φ Exame do funcionamento mental de modo a detalhar as 
repercussões das lesões e disfunções cerebrais ou mesmo a 
interferência de quadros psiquiátricos, como a depressão. 
φ Avaliação composta por testes (em geral, psicométricos) 
e outras provas psicológicas: tarefas que requerem 
uso de funções cognitivas isoladas. 
AVALIAÇÃO: PARA QUE SERVE ? 
Gil G, Busse AL. Avaliação neuropsicológica e o diagnóstico de demência, 
comprometimento cognitivo leve e queixa de memória relacionada à idade. Arq 
Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2009; 54(2): 44-50. 
φ Avaliação neuropsicológica não pode prescindir da avaliação 
de aspectos de ordem emocional repercutindo no 
comportamento do idoso e, muitas vezes, na dinâmica familiar. 
φ A análise dos resultados ocorre de forma quantitativa e, 
principalmente, qualitativa, através do modo peculiar do 
sujeito executar as tarefas solicitadas. 
φ A ideia de conjunto da personalidade é crucial 
para a interpretação dos dados. 
AVALIAÇÃO: PARA QUE SERVE ? 
φ Dúvidas quanto à interpretação dos resultados no exame de 
rastreio. 
φ Necessidade de diferenciar déficit cognitivo de patologia 
psiquiátrica ou comprometimento emocional. 
φ Compreender peculiaridade do comportamento 
durante a avaliação: se decorrente de quadro 
cognitivo ou de personalidade. 
AVALIAÇÃO: PARA QUE SERVE ? 
φ A neuropsicologia começou a tomar forma como ciência com os estudos 
do psicólogo russo Aleksandr Romanovich Luria (1903-1978). 
φ Um dos pioneiros das ciências do sistema nervoso, dedicou mais de 40 
anos ao estudo de pacientes com lesões. 
φ Para Luria, as relações cérebro-comportamento e corpo-cérebro 
permitem a compreensão mais apurada da noção do Homo 
sapiens como um ser humano: 
“O cérebro contém sistemas individuais que fornecem 
as condições para a operacionalização da atividade 
mental superior que antecede toda conduta 
consciente humana”. 
PRINCÍPIOS TEÓRICOS 
φ A neuropsicologia estuda a expressão das disfunções cerebrais 
sobre o comportamento, podendo, essas disfunções, ser resultado 
de lesões, doenças degenerativas ou ligadas a quadros psiquiátricos 
e doenças que tem a disfunção neurológica como resultado 
secundário sem que possa ser detectada através de exames clínicos 
(sem comprometimento cerebral). 
φ Objetiva compreender as lesões ou disfunções cerebrais em 
termos do “estabelecimento da extensão, do impacto e das 
consequências cognitivas, comportamentais e na 
adaptação emocional e social”. 
(Camargo e cols, 2008) 
PRINCÍPIOS TEÓRICOS 
φ De acordo com Luria, a atividade humana representa um sistema 
complexo efetuado por meio de uma combinação de estruturas 
cerebrais que funcionam “em ‘concerto’: “cada uma das quais dá a sua 
contribuição peculiar para o sistema funcional como um todo”. 
φ Luria denominou tais estruturas como “unidades funcionais” e a 
elas atribuiu as características de variabilidade e plasticidade. 
φ Estas características permitem a estruturação sistêmica 
de processos psicológicos complexos. 
PRINCÍPIOS TEÓRICOS 
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA 
φ Regulação do tônus, da vigília e dos estados mentais, promovendo o 
equilíbrio do sistema autonômico, a regulação interna do organismo e a 
seletividade dos processos mentais (regiões subcorticais e formação 
reticular). 
φ Regula os processos metabólicos do organismo em relação à 
homeostase e às condutas instintivas – sexual e alimentação. 
φ Responsável pelo alerta do indivíduo diante de mudanças 
que o meio oferece. 
φ A formação de intenções e metas só é possível através 
de certa quantidade de energia e mobilização de esforços. 
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA 
φ Auxiliar no funcionamento coordenado dos vários analisadores e na 
produção de esquemas-base para as atividades cognitivas complexas 
(córtex posterior, incorporando regiões: occiptais (visual), temporais 
(auditiva) e parietais (sensorial geral), através de: 
φ Recebimento de informações: recebe impulsos dos órgãos sensoriais e 
faz a mediação da percepção de mudança 
física básica tanto no ambiente externo como interno. 
φ Análise: as diferentes informações sensoriais recebidas são 
simultaneamente integradas e se reflete em atividades 
como encontrar um caminho, entender as estruturas 
gramaticais complexas e as operações aritméticas, p.ex. 
φ Armazenamento das informações: para posterior utilização. 
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA 
φ Responsável pela programação, regulação e verificação da atividade 
humana (regiões anteriores dos hemisférios: córtex frontal, que 
corresponde ao primeiro terço do cérebro). 
φ Reúne informações necessárias para a ação, planeja o amplo 
arcabouçono qual a ação é realizada e verifica sua eficácia. 
φ Comparação dos efeitos de suas ações com as intenções 
originais e programa posteriores correções, caso 
necessário. 
AS TRÊS UNIDADES FUNCIONAIS DE LURIA 
φ As três unidades funcionais representam um sistema funcional complexo. 
“A percepção ocorre por meio da ação combinada de todas as três 
unidades funcionais do cérebro: 
o  A Primeira fornece o tono cortical necessário 
o  A Segunda leva a cabo a análise e a síntese 
de informações que chegam 
o  A Terceira provê os requeridos movimentos 
de busca controlados que conferem à 
atividade perceptiva o seu caráter ativo”. 
(Luria, 1981) 
O LOBO FRONTAL NOS ANIMAIS 
φ Superestrutura acima de todas as outras partes do córtex cerebral que 
desempenha função mais universal de regulação geral do 
comportamento, comparativamente à Segunda Unidade, uma vez que 
possui associações com todo o córtex. 
φ Síntese de informações ambientais. 
φ Regulação de comportamentos complexos. 
φ  Inibição de respostas imediatas a estímulos irrelevantes. 
φ Plano de ações presentes e futuras. 
φ Caráter organizador da ação. 
(Stuss & Benson, 1986) 
O LOBO FRONTAL NO HOMEM 
φ Atividade humana consciente: regulada através do desenvolvimento 
da linguagem. 
φ Animais inferiores: maior participação dos lobos frontais relacionada à 
regulação de processos motores, sem predominância hemisférica. 
φ Evolução da espécie: 
↑circunvoluções cerebrais ⇒ ↑n° neurônios ⇒ ↑n° sinapses. 
φ Progressiva corticalização das funções: processos de 
programação, regulação e verificação da atividade 
consciente são dependentes emum grau muito maior 
das partes pré-frontais do cérebro humano que 
dos outros animais. (Luria, 1966) 
φ A linguagem torna o Homem capaz de organizar ideias e de introjetar 
ações e intenções: 
o  Vygotisky (1956,1960): uma ação, inicialmente compartilhada por 
duas pessoas, posteriormente torna-se um elemento do 
comportamento individual. 
o  Luria (1966): origem social das funções mentais superiores 
e a natureza social dos fenômenos psicológicos, 
anteriormente considerados como puramente individuais. 
o  Silveira (1966): O Homem isolado no tempo e 
 no espaço é mera abstração. 
O LOBO FRONTAL NO HOMEM 
φ A possibilidade de reorganizar informações e de criar estratégias para 
resolução de novos problemas depende não apenas da regulação dos 
atos reflexos, mas sim da ativação de um anel reflexo (ou sistema auto-
regulador), com elementos aferentes e eferentes, demonstrando que a 
atividade mental possui um caráter complexo e ativo, que permite 
monitorar o comportamento de acordo com a situação. 
φ Assim, os lobos frontais “não desempenham apenas a função de 
síntese de estímulos externos, de preparação para a ação e 
de formação de programas de ação, mas também a de 
levar em conta o efeito da ação levada a cabo e de 
verificar que ela tenha tomado o curso adequado”. (Leontev, 1959, apud 
Luria, 1966; Luria, 1981) 
O LOBO FRONTAL NO HOMEM 
PORTANTO: 
aumentam as 
possibilidades de atuação 
não mais reprodutiva ou 
“imprintada” mas, sim, 
criativa e individual. 
COGNIÇÃO E EMOÇÃO 
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