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Plano de Aula: Revisão do Conteúdo Programático 
DIREITO EMPRESARIAL III - CCJ0028 
Título 
Revisão do Conteúdo Programático 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
16 
Tema 
Revisão do Conteúdo Programático 
Objetivos 
- O aluno será capaz de revisar todo conteúdo estudado. 
Estrutura do Conteúdo 
- Revisão do Conteúdo Programática. 
 
Aplicação Prática Teórica 
CASO CONCRETO: 
Uma letra de câmbio foi sacada tendo como beneficiário Carlos e foi aceita. Posteriormente, Carlo s 
endossou a letra em preto para Débora, que, por sua vez, a endossou em branco para Fábio. Após seu 
recebimento, Fábio cedeu, mediante tradição, sua letra para Guilherme. Na data do vencimento, a letra 
não é paga e Guilherme exige o pagamento de Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que 
endossou a letra de câmbio para Débora e não para Guilherme e de que Débora é sua devedora, de 
modo que as dívidas se compensam. 
Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os fundamentos e dispositivos 
legais pertinentes. 
A) Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio? Contra quem Guilherme terá 
direito de ação cambiária? 
B) A alegação de Carlos é correta? 
 
Procedimentos de Ensino 
Contratos Bancários Impróprios: 
Arrendamento Mercantil: 
Quando mencionamos a expressão Leasing, nos vem à ideia de uma compra financiada. Isto para 
os leigos de uma forma geral. Para os estudiosos no assunto, o Leasing ou Arrendamento 
Mercantil é definido doutrinariamente como uma locação de um bem que é caracterizada pela 
faculdade que possui o locatário, ao término da locação de optar pela compra deste bem locado. 
Na realidade este contrato reúne intrinsecamente dois contratos, o da locação e o opcional de 
compra e venda. Por ato unilateral, o arrendatário ou locatário do bem, findo o prazo locatício 
pode optar pela compra deste bem pagando o chamado valor residual, ou seja, pagando o 
equivalente ao valor do bem locado debitado as prestações anteriormente pagas durante a locação 
a título de aluguel. Para efeitos tributários, somente se enquadram nesta categoria de leasing 
aqueles contratos que atenderem aos requisitos das leis fiscais e das normas do Banco Central. A 
Lei 6099/74, com seu diploma alterador da Lei 7132/83, definem o Arrendamento Mercantil, para 
fins fiscais, como o contrato que é realizado entre uma Pessoa Jurídica autorizada a realizar esta 
atividade econômica (Arrendadora) e por uma pessoa jurídica ou física (Arrendatário), tendo como 
objeto determinado bem adquirido pela Arrendadora que será locado ao Arrendatário, tendo este a 
possibilidade de compra deste bem ao término do prazo locatício. Acaso não estejam presentes 
tais requisitos, como a arrendadora pessoa física, por exemplo, o tratamento legal será o de o de 
compra e venda a prazo e não leasing para os fins fiscais. Nas várias modalidades de leasing que 
surgem no mercado, não se enquadra o self leasing e o leasing puro nesta categoria para efeitos 
fiscais. No primeiro caso, self leasing, as partes são interdependentes, no segundo caso, o leasing 
puro, a arrendadora é a própria fabricante do bem. Nestes casos, trata-se de tributação de 
compra e venda a prazo. Na terceira modalidade, o leasing back, é a arrendadora que adquire o 
bem para arrendar ou locar do próprio arrendatário, neste caso o tratamento tributário é o de 
arrendamento mercantil. 
Alienação Fiduciária em Garantia: 
É o contrato através do qual uma das partes denominada fiduciante, proprietária do bem, objeto 
do contrato, aliena-o em confiança (em fidúcia) para outra parte, denominada fiduciário, que se 
obriga a devolver a propriedade deste bem ao fiduciante, de acordo com as condições 
estabelecidas no contrato. No caso, o fiduciante é o devedor e mutuário e o fiduciário o mutuante, 
credor. Em outras palavras, dando o exemplo da compra e venda de veículos instrumentada pelo 
proprietário do bem é o fiduciante, que alienou o veículo à financeira que lhe concedeu o 
financiamento para o pagamento deste veículo. Sendo quitada a dívida pelo fiduciante, o 
fiduciário, credor ou mutuante, que é a financeira, devolve ao fiduciante a propriedade do bem. 
Dissecando a terminologia deste contrato temos: 
- Alienação: Transferência da propriedade de um bem. 
- Fiduciária: Ou seja, em confiança, em fidúcia. 
- Garantia: Ocorre a transferência do bem à financeira para garantia do pagamento do 
empréstimo financiado para a compra do bem. 
Nestes termos, o credor, mutuante, fiduciário, tem apenas o domínio resolúvel da coisa e a posse 
indireta e o devedor, mutuário, fiduciante, depositário e possuidor direto do bem. Sendo realizado 
o pagamento da dívida pelo fiduciante, este volta a ter a total e plena propriedade do bem que foi 
dado em garantia do pagamento da dívida. 
Factoring: 
O contrato de factoring encontra-se classificado como Contrato Bancário Impróprio, isto se deve 
ao fato de poder ser realizado por Instituições não Bancárias, mas devidamente autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central, de acordo com o artigo 17 da lei de Reforma Bancária (Lei 4595/64) 
estes contratos específicos, assim como o Leasing e a Alienação Fiduciária em Garantia, 
encontram-se nesta categoria, sendo sua natureza bancária bastante discutida entre 
doutrinadores, judiciário e profissionais do Direito, em razão da prática nem sempre ser realizada 
por Instituição Financeira Bancária. Assim, são definidos por muitos Professores do ramo e 
doutrinadores, em especial Fábio Ulhoa Coelho, como Bancários Impróprios. 
Também chamado de fomento mercantil, o Contrato de Faturização ou Factoring é aquele através 
do qual o faturizador (Instituição Financeira) presta ao faturizado ( Empresário) o serviço de 
administração de crédito, garantindo ao empresário o pagamento das faturas por ele emitidas. 
Nos dias atuais, em razão da grande concorrência no comércio, na indústria e na prestação de 
serviços, se o empresário não colocar à disposição do consumidor ou de seu cliente a facilitação no 
pagamento das mercadorias ou serviços, pode perdê-los para outro empresário concorrente. 
Permitindo o pagamento com prazos maiores instrumentados por cheques, promissórias ou 
duplicatas, realiza a sua atividade empresária a contento e em contrapartida, utiliza -se do 
mecanismo da faturização para a antecipação destes créditos. 
 
 
 
 
Recursos Físicos 
 Quadro e Pincel; 
 data show; 
 internet 
Avaliação 
A. O examinando deverá demonstrar conhecimento sobre a definição de portador legítimo da letra de 
câmbio objeto de endossos sucessivos (artigo 16 da LUG), assim como as possibilidades que dispõe o 
endossatário em branco em relação à transferência do título sobre (artigo 14 da LUG). Exige-se também 
conhecimento sobre a responsabilidade solidária do aceitante e dos endossantes, tanto em branco quanto 
em preto, perante o portador da letra de câmbio (art. 47 da LUG). Assim, Guilherme é considerado 
portador legítimo do título e justifica seu direito pela série de endossos regular, ainda que um deles seja 
em branco (princípio da literalidade). Guilherme 
poderá promover ação cambial em face do sacador, do aceitante, de Carlos (endossante) e de Débora 
(endossante). 
Fábio não é legitimado passivo na ação cambial porque não endossou o título, apenas realizou a tradição 
do mesmo a Guilherme, autorizado pelo art. 14, 3º, da LUG. Por conseguinte, pelo princípio da 
literalidade, não se obriga como devedor cambiário. 
B. O examinando deverá identificar que, pelo princípio da inoponibilidade das exceções pessoais, 
eventuais exceções fundadas sobre relações pessoais do devedor em face de portadores anteriores ao 
atual não podem ser opostas a esse. Portanto, a alegação de Carlos sobrea compensação de dívidas 
não é procedente, porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas não em face do 
portador/endossatário Guilherme, com fundamento no Art. 17 da LUG, nos termos do artigo 17 da LUG. 
 
Considerações Adicionais

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