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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV Planos de Aula

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
Plano de Aula 01
 1a Questão: 
Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? 
Sim, pois se trata do princípio do menor sacrifício do executado, conforme art. 805, NCPC, devendo ser promovida a execução do modo mesmo gravoso para o executado, ou seja, se houver outro meio de execução o devedor deverá escolher o menos gravoso.
Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) 
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. 
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. 
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. (Resposta)
Plano de Aula 02
 1a Questão: 
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. 
A fraude à execução só ocorre quando há uma execução em curso, caso contrário será uma Fraude contra credores ou fraude pauliana, a qual possui uma ação própria (Ação Pauliana), neste caso existem 2 requisitos necessários para sua ocorrência: o objetivo, insolvência do devedor, causando dano (eventus damni) e subjetivo, a boa-fé nas relações, caso contrário teremos uma fraude (consilium fraudis).
Questão nº 2. 
Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. 
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
b) o responsável tributário, assim definido em lei; 
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. (Resposta)
Plano de Aula 03
 1a Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? 
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b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? 
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Questão nº 2. 
Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial: 
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; (Resposta)
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
c) a nota promissória; 
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
Plano de Aula 04
1 a Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta.
Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Haja vista o acolhimento do vicio na citação alegada durante a fase cognitiva, este pronunciamento judicial não põe termo ao processo ou a qualquer de suas fases, tendo assim natureza de decisão interlocutória, a qual tem como recurso cabível o Agravo de Instrumento, nos termos do Art.1015, parágrafo único CPC/15. 
Questão nº 2. 
Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença:
a) incompetência relativa;
b) impossibilidade jurídica do pedido; (Resposta)
c) ilegitimidade da parte;
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
Plano de Aula 05
1a Questão: 
Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. 
Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? 
Sim, a exceção de pré-executividade poderá ser proposta a qualquer momento, tendo em vista que trás consigo matéria de ordem pública, art.803, podendo o devedor apresentar essa peça, sendo que o juiz poderia ter reconhecido de ofício a qualquer tempo ou grau de jurisdição.
Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
É feita através de simples petição juntada aos autos, não tendo previsão legal expressa e com isso não possui comoregra efeito suspensivo.
2a Questão: 
Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo:
a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação;
b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; (Resposta) Art. 915 CPC
e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos.
Plano de Aula 06
1a Questão: 
Como se procede ao cálculo da coisa julgada ilíquida, para a obtenção da quantia certa destinada à execução? Quais as modalidades de liquidação procedimental da coisa julgada ilíquida previstas na Lei nº 13.105/15 (NCPC)?
O cálculo procede-se através da liquidação, já que a obrigação não precisará estar revestida de certeza e exigibilidade apenas, sendo necessário a liquidez desta, segundo Alexandre Câmara, não se trata da liquidação da sentença em si, e sim, a obrigação é que deverá revista pela liquidez. Assim, podemos indicar duas modalidades de liquidação, sendo: por arbitramento ou por procedimento comum( quando há que alegar fato novo ou produzir provas).
O autor Alexandre Câmara, dispõe sobre essas 2 modalidades, ressaltando que o objeto da cognição é limitado, em qualquer dos dois casos, à determinação do quantum debeatur, não havendo possibilidade em se rediscutir o que já foi ou poderia ter sido discutido na decisão judicial, conforme Art.509, parágrafo 4º CPC/15.
Questão nº 2. 
Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial:
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; (Resposta)
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
c) a nota promissória;
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
Plano de Aula 07
1a Questão: 
Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 
Deve-se destacar a chamada Prescrição Intercorrente, consoante Art.921 e parágrafos c/c Art.924 do CPC. 
2a Questão. 
A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta: 
a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; 
b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito; (Resposta)
c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; 
d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens penhoráveis.
Plano de Aula 08
1a Questão: 
Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. 
Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? 
Sim, a exceção de pré-executividade poderá ser proposta a qualquer momento, tendo em vista que trás consigo matéria de ordem pública, art.803, podendo o devedor apresentar essa peça, sendo que o juiz poderia ter reconhecido de ofício a qualquer tempo ou grau de jurisdição. 
Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
É feita através de simples petição juntada aos autos, não tendo previsão legal expressa e com isso não possui como regra efeito suspensivo.
2a Questão: 
Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: 
a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; (Resposta)
e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos.
Plano de Aula 09
1a Questão: 
Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do NCPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 
O magistrado deve decidir conforme o art. 8 96, do NCPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não 
alcança pelo menos 80 % (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e 
administração d e depositário idô neo, adiando a alienação por p razo não superior a 1 ano. P ortanto, a 
arrematação não foi válid
Resposta:
O magistrado deve decidir conforme o art. 896 do NCPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não alcança pelo menos 80 % (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano. Portanto, a arrematação não foi válida.
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2a Questão. 
A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta: 
a) o seguro de vida; 
b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
Justificativa: O art. 833, NCPC (Lei nº 13.105/15), enumera as hipóteses de impenhorabilidade dos bens. A afirmativa incorreta está em desacordo com o inciso II
d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor.
Plano de Aula 10
1a Questão: 
Geisa, servidora pública estadual, promove demanda emface da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? 
Resposta: Conforme o art. 534, § 2°, do NCPC, a multa prevista no art. 523, § 1°, do NCPC, não se aplica à Fazenda Público. Portanto, esse pleito deverá ser negado.
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2a Questão. 
Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública: 
a) incompetência relativa; 
b) impossibilidade jurídica do pedido; 
c) ilegitimidade da parte; 
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
Justificativa: O art. 535, NCPC (Lei nº 13.105/15), contempla as matérias que podem ser apresentadas em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública, não prevendo a possibilidade de se alegar a impossibilidade jurídica do pedido. Esta impossibilidade jurídica do pedido, por sinal, deixa de ser considerada como uma das condições da ação, eis que o NCPC apenas prevê a legitimidade e o interesse de agir (v.g. art. 17 e art. 485, VI
Plano de Aula 11
1a Questão: 
O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer?
A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. Para tanto o credor deverá apresentar no cartório d e protesto certidão de teor da decisão, que será fornecida n o prazo de três dias, indicando o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data do decurso do prazo para pagamento voluntário. Portanto não foi cor reta a decisão do magistrado.
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2a Questão. 
Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla meio executivo, de coerção ou de sub-rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de pagar alimentos:
a) prisão civil;
b) protesto do título judicial;
c) desconto em folha de pagamento;
d) mandado de imissão.
Plano de Aula 12
1a Questão: 
Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo?
Sim, O processo coletivo foi criado com o intuito de alcançar a celeridade e a efetividade contribuindo para a racionalização da atividade jurisdicional. Sendo assim, o processo coletivo não prejudica o particular que opta pelo ajuizamento de demanda individual. Com o julgamento do processo coletivo impede-se novo processo coletivo evidentemente, exceto se o primeiro foi julgado improcedente por falta de provas (art 16 – Lei 7347/85) desta forma, considerando-se que estamos diante de ações distintas com partes, causas de pedir e objetos diferentes, nada impede a propositura da demanda individual. 
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2ª Questão. 
Quanto aos processos coletivos, assinale a alternativa correta:
a) a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal;
b) no mandado de segurança coletivo, a improcedência do pedido por falta de provas faz coisa julgada em relação aos interesses individuais dos substituídos;
c) a ação popular, cuja legitimidade é atribuída aos cidadãos, só pode ser ajuizada em caso de atos ilegais e lesivos ao patrimônio público;
d) os direitos individuais homogêneos são considerados como direitos difusos.
Justificativa: letra A. Mas, alerta-se que a jurisprudência não é inteiramente pacífica, por vezes negando que em processo coletivo ocorra à instauração de um controle difuso de constitucionalidade em primeira instância, como se observa em: STJ. Embargos de declaração no RESP no 1.331.675/DF. Rel. Min. Mauro Campbell Marques. DJ 22/08/2013.
Plano de Aula 13
1a Questão: 
Associação de Consumidores do Estado do Paraná ingressou com uma ação coletiva em face do Hipermercado Novo Horizonte, na Comarca do referido estado, visando obter tutela específica no sentido de determinar a abstenção do mercado de comercializar leite da marca Vacaboa, fora do prazo de validade e com alto índice de formol, cumulado com pleito indenizatório por danos morais e materiais decorrentes para os consumidores que adquiriram o referido produto. O juiz deferiu tutela específica, nos termos do art.84§3º do Código de Defesa do Consumidor, para determinar a abstenção do réu em comercializar o produto e condenou o réu a indenizar os consumidores prejudicados pelos danos materiais e imateriais sofridos, cujo quantum será apurado em sede de liquidação de sentença. Diante do caso discuta as seguintes indagações:
a) Considerando queo Hipermercado possui diversas filiais em todo Brasil, os consumidores do Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais poderão promover a liquidação da referida sentença genérica?
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Qual modalidade de liquidação de sentença poderá ser utilizada neste caso? 
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Qual o juízo competente para promoção da execução do julgado para os consumidores de Minas Gerais e do Rio de Janeiro?
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2ª Questão
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro ingressou com uma ação coletiva em face do Estado do Rio de Janeiro pleiteando o pagamento imediato dos pensionistas do estado que tiveram seus pagamentos suspensos indevidamente pelo governo. Nesta hipótese, o mérito da respectiva ação coletiva trata de:
a) direitos difusos, por se tratar de direitos transindividuais e ligados a um número indeterminado de pessoas;
b) direitos coletivos, transindividuais e determinado pelo grupo ou classe de pessoas;
c) direitos individuais homogêneos, estando os pensionistas cujo os fatos possuem a mesma origem comum;
d) direitos individuais que, em nenhuma hipótese, admite a defesa através da referida ação coletiva.
Plano de Aula 14
1a Questão: 
O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão da Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais. 
Pergunta-se: 
1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? 
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2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas.
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2ª Questão. 
Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial, após a vigência da Lei nº 13.105/15.
a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado;
b) estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado;
c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais;
d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz;
e) os embargos de declaração poderão ser empregados para a correção de erro material e nova valoração sobre as provas produzidas.
Plano de Aula 15
1a Questão: 
Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telegráfos) e da empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, em sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a instauração do presente processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou suas atividades, embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha sendo utilizada por seus sócios para a prática de diversos ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o CPC trata deste incidente como uma modalidade de intervenção de terceiros (art. 132 e art. 137), o que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei nº 9.099/95). Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de reformá-la. 
Indaga-se: os magistrados lotados no órgão revisor, analisando as normas constantes no CPC, deverão conceder ou negar a segurança? Por quais fundamentos?
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2ª Questão. 
Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos por determinado Município, para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial fazendário estadual.
a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado;
b) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de dez dias, em razão de a Fazenda Pública ter a prerrogativa de praticar atos com o prazo em dobro (art. 183, NCPC);
c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais fazendários estaduais, por ausência de previsão legal;
d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz;
e) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de cinco dias, pois não há prerrogativa de prazo em dobro para a Fazenda Pública no sistema dos juizados especiais.
Plano de Aula 16
Questão Discursiva
Max ingressou com uma ação indenizatória em face do Banco X visando obter reparação pelos danos decorrentes de negativação indevida de seu nome. O feito tramitouperante o juízo cível da Comarca de Duque de Caxias e após a instrução o réu foi condenado a pagar a quantia de R$150.000,00. Transitada em julgado a decisão, o exequente promove a execução do julgado, devidamente atualizado, cujo valor perfaz a quantia de 195.000,00. O devedor discorda do valor exequendo e pretende se defender alegando excesso de execução. Diante do caso Indaga-se:
a) Qual meio de defesa deverá ser utilizado pelo devedor e em que prazo? Justifique.
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b) A defesa apresentada pelo devedor acarretará a suspensão da execução do julgado? Justifique
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c) Caso a alegação do devedor seja acolhida qual o recurso cabível para impugnar a respectiva decisão e em qual prazo? Justifique.
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2ª Questão
Maria Carolina ajuizou ação em face do cirurgião plástico, José Mathias, em razão dos danos estéticos e morais decorrentes do insucesso de cirurgia de redução de mama. O juiz condenou o réu ao pagamento do valor de R$30.000,00 a título de danos morais e estéticos. No decorrer do cumprimento de sentença a exequente identifica outros danos vasculares, decorrentes da cirurgia, que não haviam sido diagnosticados à época do julgamento. 
Neste caso:
a) Maria deverá ajuizar nova ação considerando a existência de coisa julgada material.
b) Deverá Maria promover a liquidação por arbitramento considerando a necessidade de conhecimento técnico para fixação da indenização referente aos danos mencionados.
c) Deverá Maria propor a competente ação rescisória para incluir na sentença os pedidos referentes à indenização pelos danos vasculares causados pela imperícia do cirurgião.
d) Maria deverá promover a liquidação pelo procedimento comum, tendo em vista que se trata de hipótese de fato novo não apurado por ocasião do julgamento da ação ajuizada.

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