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2. SENTENÇA ATOS DESCISÓRIOS

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II
Sentença - Atos Decisórios
7º Período “A”
SENTENÇA / ATOS DECISÓRIOS
# Art. 381 - 391 CPP
1. Conceito:
	O Código de Processo Penal não apresenta conceito específico de sentença ou atos decisórios, portanto será usado de forma subsidiária o Código de Processo Civil. Para tratarmos dessa temática utilizaremos o Art. 3 CPP e Art. 203 do NCPC.
	O CPC terá aplicação no CPP, por não haver previsão no CPP a respeito desta matéria. Portanto, não havendo dispositivo no CPP pode-se aplicar o CPC quando houver lacunas.
	Art. 3o CPP - A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
	Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
	O Art. 3º do CPP utiliza-se da interpretação extensiva (existe norma/dispositivo, porém é limitado, tendo a interpretação estendida), analogia (não existe norma/dispositivo que regule), princípios gerais de direito no processo penal, porque está tratando da “liberdade” de alguém, mas do procedimento/processo. “Onde existe a mesma razão, terá o mesmo procedimento”
	A SENTENÇA é um ato praticado pelo juiz, que põe fim a fase cognitiva/conhecimento.
	A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, é uma decisão que não põe fim o processo, pode até por fim em uma fase do processo, mas não é a decisão final. Ex.: decisão de indeferimento de uma prova. 
	O Despacho são todos os demais pronunciamentos do juiz. O que não se enquadra como sentença, nem como decisão interlocutória, são os despachos, que dão seguimento ao processo, fazendo que siga seu curso natural, sem cunho decisório. 
1.1 - Partes 
	A sentença é dividida em partes, o Art. 381 CPP em seus incisos constará as necessidades que a sentença deve ter, como deve ser elaborada uma sentença.
	Art. 381.  A sentença conterá:
        I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las;
        II - a exposição sucinta da acusação e da defesa;
        III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
        IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
        V - o dispositivo;
        VI - a data e a assinatura do juiz.
Relatório - haverá qualificação das partes, e um breve relato do que aconteceu - cabeçalho, origem da decisão, número do processo, acusado, vítima, relato dos fatos, nome ou elementos que possa indicar o sujeito que está sendo acusado, para que a sentença não seja inexequente, não podendo ser executada. O juiz pode pular o relato e parti logo para a decisão (não obrigatório). 
Fundamentação - A fundamentação é parte obrigatória em uma sentença, respaldada pelo Princípio da Motivação das Decisões Judiciais (Art. 93, IX CF/88). Mostrar “quem, como, quando, contra quem” chegou a determinada decisão. A fundamentação funciona como “freios e contrapesos”, pois são públicas e fundamentadas, sob pena de nulidade. Mostrar fidedignamente como chegou a aplicação do cálculo da pena. Ex.: se teve qualificadora, agravante, sempre se baseando na teoria geral da pena. 
	Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Dispositivo - É a conclusão da sentença, o juiz fará a dosimetria da pena, finalizando com a condenação ou absolvição, caso deixe de fazer, não terá validade no plano jurídico. 
	Sentença Autofágica: apenas declara a extinção da punibilidade, se encerra/consome em si mesmo qualquer ato de perseguição do sujeito, não entra no mérito, apenas faz uma declaração. 
	Sentença Suicida: é aquela que há colisão entre fundamentação e dispositivo. Ex.: faz fundamentação por “furto” e no dispositivo coloca “roubo”. 
1.2 - Princípio da Identidade Física do Juiz - Art. 399, § 2º CPP
Juiz que presidir a instrução deverá julgar (contato direto com a prova)
	O CPP com a reforma de 2008, trouxe modificações. O juiz embora tenha o poder de decisão não pode ignorar a prova produzida, é necessário que ele tenha contato com as provas, envolvimento no processo, constituindo um dos princípios que norteia o processo penal. O princípio do juiz natural, diz que obrigatoriamente o juiz que presidir a instrução, tem que decidir, sob pena de nulidade, pois o novo juiz não teve nenhum contato com as provas, o que foi produzido no processo, os depoimentos. Com exceção dos casos de “substituição legal”, que já está prevista na composição, determinando que será o juiz substitutivo. Não é permitido juiz de exceção, ou tribunal de exceção (não é o titular, nem o substitutivo).
	 Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
1.3 - Sentença Condenatória:
	A que declarará a procedência da denúncia/queixa.
	Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
        I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;
        II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;
        VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal).
	  Art. 385.  Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
1.4 - Sentença Absolutória:
	Julga a improcedência da denúncia/queixa
# Absolutória Própria - Art. 386 CPP: é aquela que existe causa de excludente de ilicitude, culpabilidade ou falta de elementos para condenar.
	  Art. 386.  O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desdeque reconheça:
        I - estar provada a inexistência do fato;
        II - não haver prova da existência do fato;
        III - não constituir o fato infração penal;
        IV –  estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
        V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
        VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
        VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
        Parágrafo único.  Na sentença absolutória, o juiz:
        I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
        II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
        III - aplicará medida de segurança, se cabível.
# Absolutória Imprópria - Medida de Segurança: decorre da inimputabilidade do indivíduo, que é encaminhado para manicômio judiciário. Será declarada a “sentença absolutória imprópria”, não condena, aplica a medida de segurança, não há prazo específico para fica em liberdade, durará até ter possibilidade de voltar ao convívio social, não passando de 30 anos, pois no nosso país não existe pena perpétua. 
Hipótese de Absolvição Sumária - Art. 397 CPP
	Absolve no início do processo. Com a reforma de 2008, a absolvição sumária, caberá nos procedimentos ordinários e sumário, não aplicando como regra ao “juri”, apesar do procedimento ordinário ter tratamento especial, não se declara no início, no júri, só absolve no final da primeira fase. Há um questionamento a respeito, porque há ocasiões que sabe da absolvição desde o início, sem necessidade, de espera o final da primeira fase.
	 Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Hipótese de Absolvição Meritória - Art. 396 CPP
	O processo vai até o final para verificar se o indivíduo é culpado, será verificada as provas, só será decidido realmente no mérito. 
	Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Correlação entre Acusação e a Sentença - Arts. 383 /384 CPP
Princípio que será aplicado não pode ser abaixo, acima nem criar outro, tem que ter relação de causa e efeito com a ação petitória. Determina que não pode sentenciar nem além, nem a quem e nem criar nova sentença. 
	Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
2. Emendatio Libelli - Art. 383 CPP
Narra roubo
Alteração da Classificação Jurídica 
Denuncia por furto
	
	A regra é que haja uma decisão correlata ao que foi apresentada na queixa/denúncia, porém, pode ocorrer de sair diferente do que foi acusado, nesse caso o juiz irá verificar podendo modificar a capitulação jurídica, permanecerá os mesmos fatos, só mudará a capitulação jurídica.
	Se o juiz verificar que no processo foi relatado uma situação de roubo, com violência e grave ameaça, porém, coloca a capitulação jurídica como crime de furto.
	No nosso ordenamento prevalece o Princípio do Direito Penal dos Fatos, que nasceu na fase constitucionalista, porque antigamente a pessoa era presa pelo que era, hoje só poderá ser presa pelos “fatos” efetivamente praticados, tendo que indicar o tipo penal praticado, com direito de constituir sua defesa.
	Na denúncia/queixa tem que narrar os fatos, com todas as suas circunstâncias, narrando o suposto autor do crime e as testemunhas. 
	 Na Emendatio Libelle o juiz deixa de aplicar pela queixa do MP e fundamenta com base no Art. 383, julgando com base na descrição fática, mesmo que a pena seja mais grave.
	Não é necessário o aditamento/modificação para inclusão de algo que não existia, apenas o juiz irá na hora que verifica o erro, reformular a capitulação jurídica, aplicando justificando que que vai emendar com base na emendatio libelli. 
	Art. 383 CPP
# Precisa dar vista? Ver NPCPC - Art. 9 e 10 - Proibição de decidir sem prévia manifestação das partes.
	Não é necessário a defesa/advogado dar vista, nem é preciso fazer aditamento.
3. Mutatio Libelli - Art. 384 CPP
Alteração Fática
Fatos iniciais apontam para furto
Verifica-se fatos mais graves
	É uma forma diferenciada de mudança nos fatos narrados. Ex.: vai acusar por furto, e no curso do processo se verifica que o crime cometido foi roubo. Nesse caso, o juiz tem que devolver o processo para o MP/parte para que faça aditamento e coloque a imputação correta.
	O momento para juiz solicitar o aditamento é após a instrução, quando termina a instrução e testemunha diz que não foi furto, foi roubo, o juiz remeterá os autos para o MP/parte para que adite a petição. Logo após tem de dá vista ao advogado/defesa, sob pena do procedimento ser considerado nulo, pois houve cessamento de defesa, no prazo de 05 dias.
	Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Observação: Obrigatório:
Aditamento
Vista ao defensor
4 - No Tribunal - Recurso
	Se algumas das partes se sentiu prejudicada pode recorrer, pois vivemos no sistema da falibilidade humana, e o juiz também é passível de errar, por isso existe o duplo grau de jurisdição. Entra com recurso para devolver toda matéria para ser analisada pelo tribunal, podendo ter a decisão completamente reformada. 
Proibição de Reformatio In Pejus
Direta: É o procedimento comum, natural, proibido modificar para prejudicar no procedimento comum, quando o recurso for exclusivo da defesa.
Indireta: Só ocorre no “júri”, os jurados só podem aplicar a pena igual ou menor, se exclusivamentea defesa recorrer. Portanto, se já houve condenação, com estipulação de pena, a nova decisão dos jurados só valerá se for para aplicar a mesma pena ou inferior a ela. 
	As partes podem entrar com recurso alegando que não caberia a aplicação da emendatio libelli ou a mudatio libelli, podendo suscitar a “reformatio in pejus”, quando a nova decisão for prejudicar o sujeito.
	No entanto, só não poderá prejudicar o indivíduo, quando o recurso for interposto EXCLUSIVAMENTE pela defesa, não podendo ser modificada pelo tribunal, a menos que a nova decisão favoreça ou mantenha o que já foi sentenciado, porém a reforma nesse caso não pode ser para prejudicar, sob pena ser declarada sua nulidade.
	Se somente tiver recurso da defesa para o tribunal, o tribunal não poderá aplicar os institutos da emendatio libelli e mudatio libelli para prejudicar o acusado - Princípio da Proibição da Reforma.
	Se a acusado e defesa recorrem ao tribunal, é possível a emendatio libelli e mutatio libelli, mesmo prejudicando o acusado. 
COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
	# CPP com CPC - Arts. 238 - 258
	O processo surge e a pessoa precisa tomar conhecimento, seja para se defender, testemunhar, etc. Para regular a comunicação dos atos usaremos subsidiariamente o código de processo civil. É necessário comunicar a alguém que ele está sendo acusado, pois a justiça aceitou o pedido do acusador.
1. Citação:
	É um meio pelo qual se chama alguém para se defender. É o “chamamento para a defesa”, o querelante/MP está apresentando a queixa/denúncia, precisa se defender, no prazo de 10 dias. 
Citação ≠ Intimação
	A intimação é um comunicado no processo, é gênero de citação, porém, na intimação não é chamado para se defender, apenas é comunicado ato que foi realizado no processo. Ex.: comunica a data da audiência.
	Resumindo: A Citação é chamamento para defesa, já a Intimação é comunicação de ato realizado. 
1.1 - Pessoal ou Real
	Efetivamente a pessoa tomou conhecimento da citação, tendo a “contrafé”, quando o acusado assina que recebeu a citação. Na citação conta a pessoa, o local e motivação, dando o prazo de dez dias para se defender. Caso se recuse a assinar, o oficial chama duas testemunhas, ou certifica nos autos, porque goza de fé pública.
Por Mandato - Oficial de Justiça
	É pessoalmente
Precatória - Art. 353 CPC
	Quando o indivíduo está fora da jurisdição do juiz competente. Ex.: sujeito mata em Maceió e está morando em Rio Largo, o juiz deprecante expede uma carta precatória para o juiz deprecado para citar o acusado, depois de devidamente citado, o deprecante devolve a carta para deprecante, para ter a comprovação que o acusado foi devidamente citado. 
	Art. 260.  São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;
III - a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;
IV - o encerramento com a assinatura do juiz.
Obs.: Precatória Itinerante - Quando a carta demora e quando chega o indivíduo não está mais naquela jurisdição, mudou de endereço, o juiz toma apontamento para onde ele foi e coloca em certidão e manda de volta para o juiz deprecante, que irá mandar carta rogatória para a jurisdição que foi informada. A precatória itinerante modifica mais de uma vez da comarca competente.
 Cita o Acusado
Recebe a denúncia
Judiciário
 Policia 
Judiciária
Policia Federal
Policia Civil
Investigado 
Cita para o acusado se defender, nascendo então o processo penal, o processo só está perfeito com a citação, passando de investigado para acusado.
Reconstrução
Da história
Aponta a autoria e materialidade - violação do bem jurídico.
Rogatória - Art. 368 CPC
	O acusado está fora do território nacional, portanto, o juiz não pode violar a soberania do outro país, então, através da rogatória, comunica a justiça do país onde se encontra o acusado e pede que cite o indivíduo que está lá. 
Carta de Ordem - Foro por prerrogativa de função
	Ocorre por quem tem prerrogativa de função. Ex.: deputado, o tribunal de Alagoas expede uma carta de ordem para o deputado ser citado lá em Brasília. 
1.2 - Hora Certa
02 Tentativas
	Haverá duas tentativas de citar o acusado em seu endereço, se nas duas houver negativa, certifica e fala para os vizinhos, parentes que encontrar, que voltará no dia seguinte, e determinada hora, para avisar o acusado. Se ainda assim não conseguir realizar a citação certifica e encaminha para o juiz, que tomando conhecimento, vai solicitar a publicação por edital, publicado no mural da vara, diário da justiça eletrônica, para que no prazo de 15 dias tome conhecimento e se defenda.
	Art. 252.  Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único.  Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.
Art. 253.  No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
§ 2o A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado.
§ 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4o O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia.
Art. 254.  Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
1.3 - Edital ou Ficta
Réu não localizado
Réu inacessível
	O indivíduo não é pessoalmente citado, porque não foi localizado ou se encontra em local inacessível. O juiz vai solicitar a publicação por edital, publicado no mural da vara, diário da justiça eletrônica, para que no prazo de 15 dias tome conhecimento e se defenda. Se ainda assim, o acusado não se apresentar, nem constituir advogado, será aplicado o efeito 366 CPP - suspensão do prazo prescricional e do processo e decretar prisão preventiva (decorrer de 20 anos). Enquanto tiver foragido não haverá prescrição, terá seu registro no banco de dados nacional, e se for encontrado será conduzido a comarca que corre o processo. 
	Isso só ocorrerá se não houver citação, nem a habilitação do advogado. 
	Art. 256.  A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicosou de concessionárias de serviços públicos.
Art. 257.  São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único.  O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.

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