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1- ESPIROCERCOSE – Spyrocerca lupi - Áreas tropicais e subtropicais - Adultos são encontrados em nódulos granulomatosos na região esofágica, e pode evoluir para neoplasias esofágica (tosse, regurgitação, sinais digestórios e respiratórios). HI- Besouros coprófagos HD- Cães e ocasionalmente gatos; HD PARENTERICOS (entra no ciclo mas não o termina, somente quem ingere ele que o termina) – suínos, aves, morcegos, roedores, lagartos, rãs e moluscos. Localização: - Adultos nas lesões granulomatosas na parede do esôfago e do estômago - L1, L2, L3 no HI-coleóptero, L3 encapsulada geralmente na traqueia do inseto e diferentes órgãos dos hospedeiros paratênicos (mesentério e pele) - Os ovos no fistulam o ID, são semelhantes a um clipe de papel, sua casca possui 3 camadas (+ resistência as condições ambientais), são encontrados nas fezes, urina e expectoração brônquica. *Ciclo Ovos embrionados são eliminados pelas fezes de HD e ingeridos por coleópteros coprófagos HI. As larvas L1, eclodem L2 no tubo digestório e encistam-se. Cada cisto contém uma larva de L2 desenvolve-se para L3. Os cães ingerem besouro com L3, TGI os L3 saem dos cistos e penetram na parede do estômago. Via corrente sanguínea migram para a artéria aorta (em 3 semanas) e no trajeto mudam para L4, após 7 dias de infecção as L4 viram adultos, alguns permanecem nos nódulos por muito tempo, outros após 3 meses migram para a parede do estômago e do esôfago (através da mucosa) provocando formação de nódulos fibrosos (cada nódulo possui 40 adultos). Esses nódulos possuem fístulas de comunicação com a luz do TGI, por onde os ovos passam e são eliminados com as fezes do HD. * Sinais Clínicos - Lesões granulomatosas do tamanho de uma bola de golfe, ao corte vermes róseos 8 cm de comprimento, enrolados e aderidos. - Vômito ou regurgitação - Nódulos no esôfago e estômago: gastrite, peritonite, eructações e disfagia - Nódulos na aorta: dispneia, insuficiência cardíaca, ascite, edema de membros - Nódulos nos pulmões: tosse - Perturbações nervosas - Os nódulos surgem como reação orgânica à invasão do parasita - Dimensões: 0,5 a 1,5 cm de diâmetro * Diagnóstico Clínico Laboratorial Fezes – Técnica de Flutuação Endoscopia Radiografia Necropsia (nódulos e presença de parasitas) * Tratamento Disofenol, Ivermectina, Doramectina, Levamisol * Profilaxia e controle Impedir acesso de cães aos HI e HD, vermifugação periódica. Evitar vísceras cruas aos animais. 2- DICTOFIMÍASE – Dictiophyma renale “verme gigante dos rins” Ovo – elíptico, castanho e casca espessa com depressões (eliminado na urina) - Parasita rins de canídeos e mustelídeos (HD), cães errantes e silvestres: quati, cachorro do mato, lobo guara. - HI anelídeos oligoqueta - Homem hospedeiro acidental, consumo de carnes cruas de peixes e rãs (no Irã) - Nos HD estão os parasitas adultos localizados no rim direito – eliminados pela urina; - Ovos se tornam larvados em meios aquáticos – e ingeridos pelo HI (anelídeos). HI- L1 L2 L3 L3- infectante * Ciclo - HI é ingerido por rãs ou peixes, cão ingere L3 (ingerindo os HI), ocorre migração para cavidade abdominal. Os vermes adultos ficam no rim direito do HD. Parasita penetra pela capsula renal, invadindo o parênquima que é totalmente destruído por ação histolitíca da secreção produzida nas glândulas esofagianas do nematódeo. Reduz o tamanho do rim e dentro da capsula o parasita, rim esquerdo atrofia para compensar - Complicações: dilatação da pelve renal e obstrução uretral * Sinais clínicos Apatia, prostração, perda de peso progressiva, arqueamento do dorso, hematúria, aumento de volume palpável na região renal, peritonite, uremia, insuficiência renal. * Diagnóstico Pesquisa de ovos do parasito no exame de sedimento urinário; diagnóstico por imagem (RX, ultrassom); necropsia do parasita. * Tratamento Cirúrgico- unilateral; realizar urografia excretora antes- para avaliar a função renal; vermifugação periódica. 3 – TRICURÍASE - Trichuris vulpis “verme chicote” Regiões quentes e úmidas Ceco e colón HD: Cães, canídeos silvestres (parasita intestinal) HI e HI paratênico: não há HA: Humanos - Os ovos tem forma elíptica, com casca tripla e tonalidade castanha, medem 5—55 de comprimento. Bioperculado com dois tampões mucoides um em cada extremidade. * Ciclo Vermes adultos no IG do hospedeiro, reprodução e eliminação dos ovos pelas fezes, em condições favoráveis no ambiente se tornam embrionados em 9-10 dias. Ovo embrionado com larva infectante L1, opérculos mucoides se desenvolvem pela ação do suco digestivo. - Cão-ceco/colón- fezes – embriona no ambiente – ingere os ovos e são dissolvidos no IG liberando larvas. * Patogenia Inflamação diftérica da mucosa oral (alta carga parasitária); Sinais clínicos: Maioria assintomática, cargas parasitarias maiores: diarreia com sangue, vômito, dor abdominal, animais jovens prolapso retal. * Diagnóstico Exame parasitológico de fezes: método de flutuação, coproparasitológico Parasitas (somente na necropsia), vermes adultos não são visualizados estão aderidos há mucosa do intestino. * Tratamento Febendazole, associar a adequada higiene ambiental e remoção diária das fezes. 4- ANCILOSTOMOSE - Ancylostoma caninum: cães, gatos e canídeos silvestres - Larva migrans cutânea: zoonose - Ancylostoma brasiliense: cães, gatos, canídeos silvestres e homem - Ancylostoma duodenale: cães, homens e ocasionalmente suínos Formas de infecção: - Ativa: pele- penetração - Ingestão (passiva)- água e alimentos - Transplacentária - Transmámaria * Ciclo Ovos L1-L2-L3 na circulação (infec. Ativa pele) – pulmão (tec. Somáticos – latência de 240 dias) – ID – adulto. Feto – 1/3 gestação – parto (adulto) Leite – 20 dias após o parto – ID (adulto) Latência – fatores imunológicos e frio Verão – baixa viabilidade das larvas (aumenta movimentação e perdas energéticas) * Patogenia: Larvas – edema, eritema, dermatite (infec. Secundária) – penetração ativa – migração pulmonar – pequenas hemorragias que facilitam infecções; Adulto – hematófago (lesão mais grave) – anemia devido a hematofagia (crônica e aguda) – espoliação da mucosa – hemorragia com difícil estancamento (subst. Anticoagulante na capsula bucal do parasito) – perda de ferro, problemas na hematopoese e imunodepressão. - Prurido, edema e ascite, eritema, mucosas pálidas, anorexia, diarreia escura, desidratação e emagrecimento. * Diagnóstico - Anamnese - Sinais clínicos - Técnica de flutuação (WM ou MC máster) - Exame direto – falso negativo * Tratamento Mebendazol, Febendazol, Albendazol, Benzomidazóis (morte embrionária ou teratogênicas), Disofenol (não usado em final de gestação); Fêmeas – Febendazol mais seguro, baixa eficácia alti-helmíntica durante a gestação * Profilaxia e controle Diagnóstico periódico; evermifugação antes da cobertura; filhotes semanal – após cada 4 a 6 meses; higiene das instalações (vassoura de fogo – larvas e ovos). 5- DIROFILARIOSE – Dirofilaria immitis “verme do coração” Parasita do sistema circulatório (coração e grandes vasos), sistema linfático, tecido subcutâneo, cavidade peritoneal ou mesentério de canídeos. Em zonas quentes e temperadas do globo e em cães de áreas litorâneas HD – cães HI – mosquitos (Anopheles, culex, aedes), microfilárias ficam na probide dos mosquitos HE – canídeos silvestres, felídeos HA – humanos, sem microfilaremia (lesões mais localizadas que se calcificam) - Vermes brancos com 30 cm de comprimento, formas adultas podem permanecer viáveis por meses ou anos no coração do cão, na artéria pulmonar, ventrículo e aurícula direita, veias cava e hepática. Machos – menores, extremo posterior em espiral. Fêmeas – cauda arredondada, elimina L1 para circulação. - Larvas L1 – sem bainha, cauda pontiaguda e reta 218-340 um - Microfilária – circulando no sangue, pico máximo no verão, fim de tarde *Esfregaço (pareceum fiapos de gaze), encontradas no baço, câmara anterior do olho, artérias cerebrais, artérias das extremidades dos membros posteriores. * Ciclo Mosquitos inoculam no subcutâneo do animal L1, o mosquito adquiriu microfilárias ao picar o cão – desenvolve-se no mosquito e tornam-se forma infectante L1-L3 no cão L3 – coração L3-L4 1-3 gatos – 1-250 – cães (vermes) * Sinais Clínicos Cães – doença crônica, lesões no endotélio vascular e obstruções: presença dos vermes adultos, principalmente na artéria pulmonar e ventrículo direito do coração. Elevado número de adultos na veia cava caudal processo agudo mortal. (Associação com Wolbachia spp; complicações inflamatórias) Cardiopatia obstrutiva e alterações circulatórias: perda de peso, ascite, tosse, cansaço após exercícios leves, edema de membros, hipertensão, edema pulmonar, congestão passiva, dispneia, ICC, alterações tromboemboliticas, hepáticas e renais. * Diagnóstico Clinico – epidemiológico Pesquisa de microfilárias - Esfregaço sanguíneo ou tecido do microhematocrito (Triagem) – utiliza pouca quantidade de amostra, 1 gota de sangue ou plasma. Pode resultar em falsos negativos em até 5-6 meses de infecção. - Teste de Knott ou teste de filtração (Triagem) – maior quantidade de amostra, 1 ml, lisam hemácias, maior sensibilidade - Testes rápidos (qualitativa – kits comerciais), detecção de anticorpos contra cutícula do verme adulto – não detecta microfilárias Teste de eleição ELISA – teste direto, maior sensibilidade (detecção de antígeno) – detecta proteína excretadas por fêmeas adultas, mesmo quando ainda há ausência de microfilaremia - Podem ocorrer falsos-negativos - Laudo positivo ou abaixo do limite detectável (nunca como negativo) - Negativo: somente quando com 3 exames negativos com intervalo de 6 meses entre si * Associar as técnicas de identificação de microfilarias maior acurácia no diagnóstico - Diagnóstico por imagem (RX, ultrasson, ecocardigrama) - Necropsia (parasitas adultos) - PRC * Tratamento Objetivo morte das microfilárias, eliminação de Wolbachia spp; morte dos parasitos adultos. Riscos: processo inflamatório intenso e generalizado, tromboembolismo - TETRACICLINA: 2 semanas antes, ajuda na eliminação de microfilárias - DICLORIDRATO DE MELARSOMINA: 2,5 mg/kg 1º - 2º - 3º DOSES 0 30 31 – DIAS * O animal deve ficar hospitalizado por 24horas a cada aplicação para avaliação, restrição de exercícios - LACTONAS MACROCICLICAS: Moxidectina, Ivermectina – L3 e adultos. Aplicação 2-3 meses antes de levar o cão a áreas endêmicas, considerar risco de choque anafilático em animais com alta microfilaria, alguns contem Ivermectina +pirantel. Selemectina (top spot) - TRATAMENTO CIRÚRGICO: Indicado para animais com alta carga parasitária pelo risco de tromboembolismo; com síndrome da veia cava quando a tratamento adulticida e contra indicado (realizar antes exames por imagem), remoção por um fórceps aligátor flexível através da veia jugular, terapia adulticida deve ser realizada algumas semanas após a cirurgia. * Profilaxia e controle Coleiras repelentes (amitraz, deltamectina) Produtos inseticidas Tratamento antes de levar o animal a áreas endêmicas Ação prolongada de alguns princípios ativos 6-12 meses DIPETALONEMA RECONDITUM Cauda em anzol, presente em áreas quentes HD: canídeo HI: pulgas carrapatos (R. sanguíneos) PP – 2 meses Localizado no: Tecido conjuntivo, peri-renal e cavidade peritoneal Diagnóstico de microfilárias no sangue – Tec. de gota espessa; tec. Modificada de Knott; Tec. de filtração
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