Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ILUMINAÇÃO E PERCEPÇÃO VISUAL Professora: Heloisa Helena Feitosa GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL: Fluxo energético; Fluxo luminoso; Intensidade luminosa; Iluminância; Eficiência luminosa; Luminância; Contraste; Índice de reprodução da cor; Temperatura da cor. ILUMINAÇÃO NATURAL: Iluminância; Luminância; Contraste. GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS FLUXO LUMINOSO É a quantidade de energia radiante emitida por unidade de tempo e avaliada de acordo com a sensação luminosa produzida. O fluxo luminoso está relacionado ao fluxo energético proveniente da fonte luminosa e que excita nosso órgão de visão. O fluxo energético é energia emitida em função do tempo (Joule / segundo), no entanto o fluxo luminoso é expresso em lumens para expressar a sensibilidade seletiva do olho humano aos diferentes comprimentos de onda da luz, ou seja, o fluxo luminoso dado em lumens expressa o efeito estímulo-resposta. Fluxo Luminoso Símbolo: φ (FI) Unidade: lúmen (lm) GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS Fluxo luminoso Esfera Integradora de Ulbricht (aparelho de medição) Uma fonte luminosa emitindo energia de 1W no comprimento de onda de 555 nm (luz verde/amarela) corresponde a um fluxo luminoso de 638 lm. Este valor é o maior rendimento que se pode obter de uma fonte luminosa monocromática. Em geral, as fontes luminosas não são monocromáticas e sua energia se distribui ao longo do espectro que a constitui. A Eficiência Energética é a razão entre o fluxo emitido por uma fonte de luz e a potência consumida no processo. A eficiência energética é representada pela letra grega η(ETA). Sua unidade é o lumen/watt Uma maior eficiência energética significa mais luz com menor consumo de energia. GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS Intensidade Luminosa é o fluxo luminoso emitido numa dada direção. Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual é necessário medir o valor dos lúmens emitidos em cada direção. Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade Luminosa. Intensidade Luminosa Símbolo: I Unidade: candela (cd) GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS As fontes luminosas não emitem de maneira igual em todas as direções, portanto é necessário conhecer a intensidade luminosa em cada uma delas. A representação esquemática no espaço que envolve a fonte luminosa denominamos de diagrama fotométrico e diagrama polar. Este é fornecido pelo fabricante. O ponto x corresponde à direção de 80° e tem intensidade luminosa de 350 cd. DIAGRAMA FOTOMÉTRICO CURVA FOTOMÉTRICA HORIZONTAL CURVA FOTOMÉTRICA VERTICAL DIAGRAMA FOTOMÉTRICO ILUMINÂNCIA é a relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a superfície sobre a qual este incide. Iluminância Símbolo: E Unidade: lux (lx) Corresponde a uma densidade de fluxo de 1 lm/m2 Quantidade de luz que chega a uma superfície vinda de uma fonte (ou fontes) luminosa. O instrumento para medição de iluminância é o luxímetro. Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os pontos da área em questão. Considera-se por isso a iluminância média (Em). GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS A fórmula que expressa a ILUMINÂNCIA é: Onde: Φ é o fluxo luminoso e A é a área A iluminância é medida com um aparelho chamado luxímetro. (lumen/metro quadrado) GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS Céu ensolarado de verão em local aberto ≈ 100.000 lux Céu encoberto de verão ou inverno ≈ 20.000 lux Plano de trabalho em um recinto bem iluminado ≈ 1.000 lux Iluminação pública (vias) ≈ 20 a 40 lux Noite de lua cheia ≈ 0,25 lux ILUMINÂNCIAS GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS Unidade física que representa o nível de luz refletida em uma superfície. LUMINÂNCIA A luminância de uma superfície varia de acordo com: Quantidade de luz que incide sobre uma superfície. As propriedades da superfície. O ângulo formado entre a superfície e a linha de visão. Luminância Símbolo: L Unidade: cd/m2 GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS A Luminância é um dos principais fatores da qualidade da iluminação pois determina os contrastes, a possibilidade de boa adaptação, a presença ou ausência de ofuscamento e, em geral, a capacidade visual e o bem-estar causado pela iluminação. A Luminância pode ser medida em campo através de um aparelho chamado Luminancímetro. A Luminância será máxima quando o olho estiver na perpendicular da superfície. GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não são vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a sensação de claridade aos olhos. Essa sensação de claridade é chamada de Luminância. GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS Luminância é a intensidade luminosa produzida ou refletida por uma superfície existente. A distribuição da luminância no campo de visão das pessoas numa área de trabalho, proporcionada pelas várias superficies dentro da área (luminarias, janelas, teto, parede,piso e superfície de trabalho), deve ser considerada a fim de evitar ofuscamento. GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS A Luminância de um objeto pode ser modificada pelo ambiente onde ele se encontra. A figura abaixo mostra o efeito do fundo no brilho de um mesmo quadrado de cor cinza médio. Brilho de um elemento em função do fundo que o contém. (Fonte:Michel,1996) GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS A VISÃO HUMANA “…75% da percepção humana, no estágio atual da evolução, é visual.Isto é, a orientação do ser humano no espaço é grandemente responsável por seu poder de defesa e sobrevivência no ambiente em que vive, dependendo majoritariamente da visão. Os outros 20% são relativos à percepção sonora e os 5% restantes a todos os outros sentidos,ou seja, tato, olfato e paladar.” Lúcia Santaella SISTEMA VISUAL HUMANO A retina realiza a transformação de energia luminosa em impulsos nervosos e envia ao cérebro. A córnea, o humor aquoso e o cristalino equivalem à objetiva numa câmera fotográfica. A íris equivale ao diafragma. A retina equivale ao filme fotográfico. ANALOGIA ENTRE O OLHO HUMANO E A CÂMERA FOTOGRÁFICA Bastonetes Os bastonetes são usados em áreas de luz baixa e são mais sensíveis à luz, formas e mudanças de movimentos. Eles não detectam cores. Cones Os cones ficam localizados área central da retina e são menos sensíveis do que os bastonetes, precisando de muita luz. Eles são essenciais para a capacidade de distinguir cores SISTEMA VISUAL HUMANO Tipos de cones Existem três tipos diferentes de cones, os que detectam comprimentos de ondas de luz curtos (S), médios (M) e longos (L). Daltonismo O daltonismo ocorre quando, devido à genética, um ou mais tipos de cones são debilitados. Curiosidade Como os bastonetes ficam na parte mais exterior do olho, sua visão periférica é mais sensível à luz baixa do que sua visão central SISTEMA VISUAL HUMANO PERCEPÇÃO VISUAL Seletividade: faixa do espectro eletromagnético capaz de produzir sensação visual (comprimentos de onda de 380 à 740nm). Cada comprimento de onda percebido pelo olho corresponde a uma cor diferente. Sensibilidade: maior ao comprimento de onda entre o amarelo-esverdeado (550nm) durante o dia e menor entre o roxo (740nm) e o violeta (380nm). PERCEPÇÃO VISUAL - ACOMODAÇÃO Acomodação é a capacidade doolho em ajustar-se à diferentes distâncias dos objetos e traduzi-las em imagem nítida na retina, através da curvatura do cristalino. Para uma mesma iluminação, quanto maior a distância do objeto, menor a visibilidade. Porém a visibilidade pode ser melhorada, com a distância, através do aumento da iluminância (E): ILUMINÂNCIA E (lux) DISTÂNCIA (cm) 10 35 20 40 50 45 100 48 200 52 500 59 1000 63 (Fonte: Mascaró, 1980, p. 37). Tabela . Iluminância para manter a mesma visibilidade em função da distância PERCEPÇÃO VISUAL - ACOMODAÇÃO Este ajuste ocorre em função de diferentes curvaturas do cristalino (se o ponto de observação está próximo, a curvatura é maior do que quando está longe). A capacidade de acomomodação diminui com a idade, em decorrência do endurecimento do cristalino. VISTA DE PERTO VISTA DE LONGE CRISTALINO POUCO CURVADO CRISTALINO MUITO CURVADO PERCEPÇÃO VISUAL - ADAPTAÇÃO Capacidade do olho de ajustar-se automaticamente às diferentes luminâncias dos objetos através da abertura e fechamento da pupila. O olho pode adaptar-se a uma grande variação de condições luminosas através da regulação da abertura da pupila (entrada de mais ou menos luz) e mudança de sensibilidade da retina (cones e bastonetes). Funcionamento de bastonetes e cones em função da luminância do ambiente: a) 0,001 cd/m2, os bastonetes começam a operar, a pupila está bem aberta; b) 3 cd/m2, os cones começam a operar; c) 1.000 cd/m2, a pupila fecha ao seu mínimo. PERCEPÇÃO VISUAL - ADAPTAÇÃO Alguns projetos tiraram partido deste efeito do ofuscamento momentâneo causado no processo de adaptação visual. Catedral de Brasília, Oscar Niemeyer, 1970. PERCEPÇÃO VISUAL - ADAPTAÇÃO Para o olho acomodar-se à escuridão são necessários cerca de 30 minutos. Para acomodar-se à luz, 3 minutos. O olho é capaz de perceber objetos expostos a um amplo intervalo de iluminâncias. CAMPO VISUAL Limitado a 130° vertical e 180° horizontal. CAMPO VISUAL A retina possui zonas concêntricas de sensibilidade. Dentro do campo visual total podem ser distinguidas 4 zonas: campo visual central – centro da atenção, com cerca de 2°, máxima visão; zona da tarefa visual - 16° no sentido vertical e 20° no sentido horizontal; entorno – ou campo visual periférico, percebido sem necessidade de movimentação dos olhos, com cerca de 36° no sentido vertical e 44° no sentido horizontal; limite zona da visão – não tem cones, logo a percepção de cores é pouco detalhada, com cerca de 90°. TAREFA VISUAL A eficiência da tarefa visual depende dos seguintes fatores: tamanho do detalhe a ser distinguido – a distância da tarefa ao olho permitirá a visão clara dos detalhes (forma, cor, texturas); contraste de luminância e cor do detalhe em relação ao seu entorno – o fundo pode causar distração ou ajudar a captar os detalhes da tarefa visual; velocidade e cuidado requeridos no desempenho da tarefa – o tempo em que a tarefa visual ficará exposta ao olho; tempo durante o qual a tarefa é feita sem interrupção – tempo exigido de concentração na tarefa visual, ligada ao cansaço físico. ACUIDADE VISUAL Acuidade visual está ligada à visão dos detalhes. É a capacidade de ver distintamente detalhes finos com separação angular muito pequena ou a menor espessura de um traço que pode ser vista sem dificuldade. A acuidade visual depende: idade – diminui com a idade, devido à contração do diâmetro pupilar e o amarelecimento do cristalino; iluminação do objeto – detalhes muito pequenos necessitam de maior iluminação e vice-versa; tempo de exposição do objeto à vista – detalhes menores exigem maior exposição do detalhe ao olho para este perceber o detalhe; luminância do fundo – a cor do fundo e a cor do objeto devem ter um contraste adequado para facilitar a percepção do detalhe. ACUIDADE VISUAL Uma pessoa com 60 anos tem cerca de 75% da acuidade visual de outra com 20 anos, portanto ela precisará de 33% mais luz para ter o mesmo desempenho visual que a pessoa mais jovem. Uma pessoa com 80 anos, por sua vez, precisará de 50% mais luz que um jovem de 20 anos. PERSISTÊNCIA VISUAL Devido à sensibilização do olho ser de natureza química, o mesmo tem tendência a manter durante algum tempo a imagem na retina. Depende do tempo de exposição do objeto e de sua luminosidade. Quanto maior o tempo de exposição e maior for a luminosidade do objeto, mais tempo sua imagem ficará retida na retina. Esta capacidade do olho humano permite ter a noção de continuidade ao se observar um filme. PERSISTÊNCIA VISUAL Efeito estroboscópico – são objetos que o olho percebe como se estivessem parados, embora estejam em movimento de rotação. Este efeito surge quando a fonte de luz é intermitente (acende e apaga em uma determinada frequência). Quando a frequência de rotação do objeto for igual à frequência da luz, o olho não será capaz de perceber o movimento do mesmo, interpretando como se o mesmo estivesse parado. Uma pessoa caminhando em ambiente escuro,com uma lâmpada piscando em uma certa frequência,passa sensação de que a mesma esta parada,em locais distintos,pois você vai vê-la apenas nos momentos em que a luz se acende. EFEITO ESTROBOSCÓFICO Deve-se ter especial cuidado com este efeito em indústrias de torneamento (metalúrgicas, por exemplo) e serrarias, que pode causar acidentes graves, especificando uma iluminação que não cause este efeito, principalmente lâmpadas fluorescentes. Evita-se o uso de reatores com apenas uma lâmpada, usando-as aos pares ou usam-se reatores de alta frequência e de alta confiabilidade. SENSIBILIDADE AO CONTRASTE É a capacidade do olho humano em discernir luminâncias diferentes para diferentes superfícies. Dependendo da proximidade entre as luminâncias das superfícies ou elementos próximos, o olho terá maior ou menor capacidade em discernir estas luminâncias. Por exemplo: Maior contraste – letras pretas sobre papel branco. Quanto menor o contraste, mais difícil se torna a leitura. Fonte: Costa, 1998. Menor contraste – letras verdes sobre papel azul. SENSIBILIDADE AO CONTRASTE Em situações de baixo contraste, é necessário aumentar a iluminação. Dia completamente claro – distinguimos uma diferença de luminância de menos de 1%. Condições de iluminação pobre – superfícies com até 10% de diferença de luminâncias podem ser percebidas como iguais. SENSIBILIDADE AO CONTRASTE O contraste de luminâncias é um requisito fundamental de conforto visual. Existe uma luminância ideal entre a tarefa visual e o seu entorno imediato. Fonte:Mascaró, 1980. 3:1 – objeto e superfície de trabalho 10:1 – superfície de trabalho e seu entorno imediato (espaço circundante). 40:1 – máxima diferença no campo visual total. SATURAÇÃO Acontece quando a luminância média do campo de visão é igual ou superior a aproximadamente 25.000 cd/m2. Pode ser: Relativa – contrastes altos entre as superficies do campo visual,não impede o desenvolvimento da tarefa visual (ambiente geral escuro e brilho de uma janela ensolarada). Absoluta – brilho da fonte é muito alto , impedindo o desenvolvimento da tarefa visual (visão direta do sol). De adaptação – não houve tempo para o olho acostumar- se a luminâncias diferentes (entrar em um ambiente iluminado saindo de um muito escuro). SATURAÇÃO Saturação relativa Saturação absoluta PERTUBAÇÕES VISUAIS O desconforto Visual/Lumínico ocorre principalmente por erros de concepção projetual, que resultam em: Má distribuição da luz no ambiente; Excesso de luz ealto contraste: Ofuscamento; Direcionamento do olho para fonte de luz . PERTUBACÕES VISUAIS Ofuscamento: Falta de adaptação do olho provocada por luminância ou contraste excessivo no campo visual; PERTUBAÇÕES VISUAIS O ofuscamento é função: da luminância da fonte; da luminância do fundo; do tamanho relativo da fonte; da posição relativa da fonte em relação à direção da visão; do número de fontes presentes no campo de visão. O ofuscamento pode ocorrer devido à: visão direta da fonte de luz; por reflexão. PERTUBAÇÕES VISUAIS •Ofuscamento por contraste: caso a proporção entre as luminâncias de objetos do campo visual seja maior do que 10:1 * •Ofuscamento por saturação: neste caso o olho é saturado com luz em excesso; esta saturação ocorre normalmente quando a luminância média da cena excede 25.000 cd/m2. *As proporções indicam a diferença de luminância entre duas zona do campo de visão total. PERTUBAÇÕES VISUAIS Contraste maior que 1/5 no campo visual imediato. Maior que 1/30 no campo periférico. Gera ofuscamento e desconforto Melhor uniformidade de iluminação. Contraste entre mesa e fundo da sala < 1/10 Alcance e aumento da luz no fundo da sala. Contraste < 1/2. Aparência uniforme. PERTUBAÇÕES VISUAIS Medidas para se evitar o ofuscamento: reduzir a luminância da fonte; colocação de elementos de controle na fonte de luz; posicionamento da fonte de luz fora do ângulo normal de visão; eliminação de reflexões indesejáveis que possam ser percebidas na tarefa visual ou entorno imediato; aumentar a luminância do entorno até um máximo aceitável de contraste. PERTUBAÇÕES VISUAIS Evitar a posição do usuário na região limitada por um ângulo de 45° entre o eixo central da luminária e o eixo da visão. Utlizar luminarias com elementos que impeçam a visualização direta da fonte de luz (ex:aletas,difusor…). Dentro do ângulo de 45° ocorrerá ofuscamento indireto. *Uma fonte de luz causa menos desconforto visual quanto maior for o ângulo entre a mesma e a linha de visão (Fonte: Abilux, 1992, p.31) QUANTIDADE X QUALIDADE Um dos fatores mais significativos da substituição da ABNT NBR 5413 pela NBR 8995-1 foi a inclusão de requisitos qualitativos para o projeto de iluminação. Dentre eles, um dos mais relevantes é o controle do nível de desconforto por ofuscamento. Nova edição foi baseada na Norma Internacional ISO-8995-1: Lighting of Workplaces. A Norma nos fornece o nível de iluminância necessário para cada tipo de atividade. A nova norma agora aborda Temas como o controle de ofuscamento (UGrl), Índice de reprodução de cor ( Ra), Temperatura de Cor, manutenção das lâmpadas e luminárias. NBR 8995-1 A norma enfatiza a importância de limitar o Ofuscamento, pois pode causar fadiga visual, erros e até mesmo acidentes. O Ofuscamento pode ser classificado como: Desconfortável - surge diretamente de luminárias brilhantes ou janelas no interior de locais de trabalho. Inabilitador – mais comum na iluminação externa, mas também pode ser experimentado em iluminação pontual ou fontes brilhantes intensas, tais como uma janela em um espaço relativamente pouco iluminado. Refletido - causado por reflexões em superfícies especulares, também sendo conhecido como reflexão veladora. NBR 8995-1 A Comissão Internacional de Iluminação (CIE) define o UGR (Unified Glare Rating), como Índice de Ofuscamento Unificado e tornou-se referência na nova norma brasileira para controle do ofuscamento. Quanto ao ofuscamento os valores são adotados na seguinte escala de valores:13 – 16 – 19 – 22 – 25 – 28, em que 13 representa o ofuscamento desconfortável menos perceptível e cada escala anteriormente representa uma mudança significativa no efeito do ofuscamento. Os índices individuais de UGR em um sistema de iluminação podem ser calculados utilizando-se os programas computacionais de cálculo luminotécnico. Dessa forma, o projetista poderá verificar se seu projeto atenderá às recomendações de limitação do ofuscamento que estarão definidas na revisão da norma. NBR 8995-1 Norma NBR 8995-1,com os valores mínimos de iluminância, IRC e Ofuscamento Limite,de acordo com os ambientes, e suas respectivas funções. ILUMINAÇÃO X SAÚDE E BEM ESTAR Entende-se que luz causa um grande impacto psicofisiológico nos seres humanos, interferindo em seus sentimentos. Uma iluminação inadequada pode ser prejudicial causando alguns problemas como baixa produção, baixo aprendizado, acidentes, stress entre outros danos. Mas do mesmo modo que uma iluminação inadequada é prejudicial uma iluminação adequada traz inúmeros benefícios. ILUMINAÇÃO X SAÚDE E BEM ESTAR Uma longa exposição à iluminação inadequada, durante o dia e à noite contribui para a perda de ordem temporal interna ou perturbação cronológica. Podem estar associados a problemas como depressão, insônia, câncer e doenças cardiovasculares. Segundo a OMS (2014), a forte exposição à luz está relacionada com alterações nas taxas metabólicas, resultando em obesidade, diabetes tipo II e doenças cardíacas. Relação de causa e efeito entre alterações no sistema imunológico, alguns casos de câncer com exposição exagerada à luz e a baixos níveis de melatonina. TRABALHO PARA PRÓXIMA AULA Diante das afirmações anteriores à respeito da influência da iluminação sobre à saúde e o bem estar do ser humano, faça uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto e desenvolva um relatório com as suas conclusões, abordando tantos os aspectos positivos como negativos que a iluminação natural e artificial podem propiciar. Este deverá ser entregue impresso com no mínimo duas folhas, sem contar com a bibliografia. Faremos uma discursão em sala sobre o tema proposto.
Compartilhar