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LOGÍSTICA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

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INTRODUÇÃO Uma das principais funções da Logística consiste no controle e administração dos seus Custos. Na verdade o desafio principal consiste em administra - los em relação ao Nível de Serviço desejado pelos Clientes. Proporcionar um maior Nível de Serviço sem que isso acarrete um acréscimo substancial dos Custos e consiste num dos principais trade – offs da Logística. O grande problema é que cada vez mais os Clientes demandam um maior serviço, ao passo que não estão dispostos a pagar a mais por isso. Uma vez que o preço é um qualificador, o Nível de Serviço consiste no diferenciador perante o mercado. O conhecimento dos custos de qualquer atividade econômica tende a proporcionar uma série de possibilidades de criação de vantagens competitivas e gerenciamento dos custos da logística de distribuição vista como uma unidade de negócio contribui para a alavancagem da competitividade e do rendimento de unidades de produção que a integram como uma estratégia de agregar valor aos seus produtos e clientes. Os sistemas de custos são formados pela associação de um princípio e um método de custeio. Os princípios de custeio visam avaliar e qualificar as informações obtidas, enquanto os métodos de custeio objetivam atribuir essas informações aos produtos e/ou serviços. Existem três princípios de custeio, dentre os quais: Absorção Total, Absorção Ideal e Variável. Por outro lado, existem inúmeros métodos de custeio, sendo os seguintes métodos os mais tradicionais: Custo-Padrão, Centro de Custos, Custeio Baseado em Atividades (Activity-Based Costing - ABC) e Unidades de Esforço de Produção (UEP) (Filomena e t al., 2004). Em geral, os métodos de custeio tradicionais são inadequados para a análise da lucratividade por cliente e por mercado, pois foram criados para verificar os custos dos produtos. Além disso, tais métodos são deficientes quando utilizados na logística, pois essa se caracteriza por ser um serviço. Os sistemas de custeio auxiliam na análise e melhoria dos processos produtivos, através da identificação e mensuração dos desperdícios. As informações relativas ao verdadeiro custo do produto, o custo de atendimento aos canais de distribuição específicos e o custo do cliente, são essenciais para a manutenção das empresas no mercado. Entretanto, as informações contábeis pouco auxiliam na geração destas informações mais detalhadas, podendo prejudicar as análises gerenciais, particularmente a análise dos custos logísticos. Logo, as informações provenientes da contabilidade existente são pouco adequadas para o suporte das decisões gerenciais. 
A má qualidade da informação de custos pode trazer uma série de distorções no processo de tomada de decisão. Usualmente, são utilizadas informações da contabilidade da empresa para fins gerenciais. No entanto, o fato destas estarem direcionadas a um objetivo, sobretudo fiscais e com foco na produção, pode prejudicar, ou mesmo inviabilizar, algumas análises gerenciais. Entre as principais críticas à utilização da informação contábil para fins gerenciais, pode-se citar: Os critérios de rateio de custos utilizados; A não consideração do custo de oportunidade; Os critérios legais de depreciação. Outra evidência da falta de comprometimento dos dados contábeis com os custos logísticos são os planos de conta. Por exemplo: os custos de transporte de suprimento compõem o custo do produto vendido, como se fossem custos de material; os custos de distribuição aparecem como despesas de vendas e outros custos aparecem como despesas administrativas. Desta maneira, nenhuma informação referente às atividades logísticas é evidenciada. Este trabalho tem por objeto explicar de forma simples e concisa dois dos métodos de custeio são eles o centro de custos e o custo padrão. HISTÓRICO O surgimento dos sistemas de custeios pode ter sido originado na necessidade do homem em contar e identificar as suas necessidades de sobrevivência. Mas o despertar para a necessidade de apurar custos nas empresas se deu com o advento da Revolução Industrial, devido à importância de identificar os custos de produção com o propósito de aplicar os recursos da melhor maneira possível e desta forma conseguir preços mais competitivos para os seus produtos. À medida que aumentava a necessidade de informação gerencial sobre os custos de produção e o custo a ser atribuídos à avaliação de estoques o mesmo acontecia com a necessidade de sistemas de custos. Assim ao longo do tempo os sistemas de custos foram evoluindo e surgiram vários métodos de custeio, cabendo às empresas se adequarem ao método mais indicado gerencialmente, de acordo com o seu ramo de atividade. Na Administração Pública a cultura de custos ainda é incipiente e a maioria dos gestores públicos não detém conhecimento básico sobre mensuração e gestão de custos (COMISSÃO INTERMINISTERIAL DE CUSTOS, 2006). Neste cenário, o trabalho se justifica por abordar a importância da apuração de custos logísticos e verificar a viabilidade de sua utilização em um órgão da Administração Pública, um Batalhão de Suprimento do Exército, como estímulo à avaliação constante do desempenho da gestão, que vem requerendo cada vez mais a mensuração dos objetivos, metas e resultados alcançados, tanto em relação ao proposto e planejado, como em relação aos custos despendidos e pelo fato de que nos últimos anos, a abordagem sobre a mensuração de custos no setor público vem ganhando cada vez mais destaque. O Custo padrão se aplica para a identificação das diferenças nos custos de matéria-prima e mão-de-obra direta, mas para as demais categorias de gastos seu emprego é questionado em virtude de possíveis rateios que têm que ser realizados e, com os quais, os dados resultantes podem ser pouco confiáveis. Apenas os custos de matéria-prima são analisados com esse tipo de método, os demais itens de custo são trabalhados pelo KW (Centro de Custos), ABC e UEP. Ele não calcula o custo do produto ou do processo, apenas guia o processo de detecçãoe análise dos desvios. ELEMENTOS DOS CUSTOS LOGÍSTICOS De acordo com Bio, Robles e Faria (2002), os elementos fundamentais dos custos logísticos são: Nível de Serviço ao Cliente – Custos das vendas perdidas devido à falta do produto, problemas nos prazos de entrega ou outras falhas. Este é sem dúvida o mais difícil de quantificar. Custos de Lotes – Custos para a produção ou aquisição dos itens de custos de preparação de produção, movimentação, programação e expedição de materiais e capacidade perdida na mudança das máquinas. Lotes grandes podem ocasionar falhas diversas como: produção inadequada; ineficiência devido à quebra de máquinas; ineficiência no planejamento de produção etc. Custos de Embalagem – Correspondem ao acondicionamento do produto para sua distribuição aos clientes, facilitando o manuseio e a armazenagem, promovendo melhor utilização do equipamento de transporte. Custos de Armazenagem – São gastos aplicados nas estruturas e condições necessárias para que a empresa possa guardar seus produtos adequadamente, como os custos fixos das instalações (aluguéis, taxas), aquisição de paletes, custo com pessoal do armazém, etc. Custos de Manutenção Estoque – Custos de serviços (seguros e impostos), de riscos (perdas e roubos), depreciação e, o mais expressivo no Brasil, custo de oportunidade do capital. Custos de Processamento de Pedido e Tecnologia de Informação – Custos de transmissão de pedidos, entradas, processamento e movimentações, pois, o pedido dá início a todo o funcionamento do sistema logístico. São considerados custos com emissão de pedidos, o salário do comprador, o aluguel do espaço destinado ao setor de compra, os papéis usados na emissão de pedidos etc. O investimento em tecnologia busca integrar as informações entre fornecedores e clientes, oferecendo melhorias de resultados na cadeia de suprimento. Essas atividades estão na interface entre o cliente e a empresa e envolve a maneira pela qual a informação de venda é fornecida, o que é transmitido e como é feita a comunicação. Custos com Planejamento e Controle de Produção – Gastos com a sincronização das entradas (materiais), para que as necessidades de saídas (produtos) sejam atendidas. Custos de Transportes – Os maiores custos isolados da cadeia logística envolvem todos os custos com fretes do fornecedor para a empresa, da empresa para o cliente, e podem ser analisados por modo (rodoviário, aéreo, ferroviário, cabotagem e hidroviário), transportador, canal ou produto. Incluem ainda os custos com a depreciação dos veículos, pneus, combustíveis, manutenção e custo de oportunidade dos veículos etc. Custos Tributários – Custos com impostos e taxas nas operações de aquisição e venda. Cabe ressaltar, conforme descrito na introdução deste artigo, que o sistema de custeio utilizado para quantificar cada um destes custos terá influência nos resultados alcançados. Supondo que todas as empresas utilizem o mesmo sistema, uma vez identificado os custos logísticos, as empresas devem atentar para aqueles mais relevantes. Deve-se ter especial atenção com os custos de armazenagem, estoque e transporte além de analisar o custo de oportunidade do capital imobilizado na estrutura. É importante destacar que todos os elementos dos custos logísticos devem ser integrados, de forma a estabelecer trocas compensatórias. MÉTODOS DE CUSTEIO Antes que se discutam os métodos de custeio é relevante apresentar alguns conceitos usados em Contabilidade de Custos, cuja aplicação se faz em qualquer dos métodos, assim definidos por Martins (2001): - Custos Diretos: “Podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilograma de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra utilizadas e até quantidade de força consumida)”. - Custos Indiretos: “Outros realmente não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias etc.)”. - Custos Variáveis: “[...] o valor global de consumo de materiais diretos por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos são Custos Variáveis”. - Custo Fixo: “Por outro lado, o aluguel da fábrica em certo mês é de determinado valor, independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume elaborado de produtos. Por isso, o aluguel é um Custo Fixo”. MÉTODO DE CENTROS DE CUSTOS O método dos centros de custos tem como principal característica a divisão da empresa em centros de custos, que coincidem, geralmente, com os diversos departamentos ou áreas funcionais. Os custos são alocados a estes centros de custos e, posteriormente, distribuídos aos produtos. Este método apresenta as suas limitações quando se trata de apurar custos de atividades relacionadas às áreas de apoio. No caso da logística de distribuição, por exemplo, um departamento ou centro de custos executa várias atividades envolvendo diversos clientes e produtos. O método dos centros de custos não possibilita a identificação dos custos destas atividades especificamente. Eles são determinados: Pelo organograma da empresa: Cada setor pode ser um centro de custos; Pela localização: Cada local pode ser um centro, quando há filiais, por exemplo; Pelas responsabilidades: Cada gerente pode ter sob sua responsabilidadeum centro de custo; e Pela homogeneidade: Os produtos que passam pelo centro sofrem o mesmo tipo de trabalho. Ainda podem ser: Diretos: São aqueles que trabalham direto com os produtos; Consegue-se uma boa alocação dos custos dos centros de produtos. Indiretos: São aqueles que prestam apoio aos centros diretos e serviços para a empresa em geral; Seus custos são relacionados a outros centros. MODELO DE CENTRO DE CUSTOS 
 
CUSTO PADRÃO O método do custo padrão fornece um padrão de comportamento dos custos que serve como suporte para o controle dos mesmos na organização. Ao final do período de apuração, comparam-se os custos ocorridos com este padrão. Serve como um parâmetro para identificar e analisar os desvios de custos. Este método é utilizado no controle de custos com materiais, MDO direta ou insumos mais relevantes, sendo inadequado na apuração e controle de custos indiretos. O método de custo padrão tem por objetivo: 1- Fixar um custo padrão, o qual servirá de referência para a análise dos custos; 2- Determinar o custo real incorrido; 3- Levantará a variação (desvio) entre o padrão e o real; 4- Analisar a variação, a fim de auxiliar a procura de suas causas. De acordo com Martins (1998), a fixação do padrão de custeio pode ser realizada com maior ou menor rigidez, o critério de rigidez relaciona-se com os objetivos estabelecidos pelas empresas. Um padrão mais rígido ou padrão ideal se presta a uma meta de longo prazo, este padrão não é muito empregado devido a desmotivação e à dificuldade em ser estabelecido. A fixação de um padrão mais realista considera as deficiências relativas ao processo produtivo, podendo minimizar o problema da desmotivação. Este padrão, chamado de corrente, é estabelecido em conjunto pela Engenharia Industrial e a Contabilidade de Custos. A sistemática do custo padrão é aplicada a todos os custos da empresa, somente para os custos de matéria-prima ou mão-de-obra direta. Fixam-se os padrões de custos e, ao final do período, procede-se à comparação com os custos realmente ocorridos. As diferenças entre o padrão e o real são encontradas e analisadas de forma que as correções sejam realizadas o mais rápido possível. O Custo Padrão não precisa estar integrado no sistema de custos da empresa, sendo assim, as variações podem ser analisadas à parte do sistema formal de custos. Este método é melhor detalhado por (BORNIA, 1995) e (MARTINS, 1998). O Custo-Padrão não se constitui num método, propriamente dito, de apuração de custos, uma vez que ele por si só não se sustenta, necessitando de uma metodologia de apoio para que seja possível definir os padrões e os custos realmente ocorridos, para fazer a comparação e identificar as diferenças e os desvios, o que constitui o seu objetivo. (GASPARETTO, 1999) Por necessitar de uma metodologia de suporte para apurar os custos realmente ocorridos em cada período, o Custo-Padrão apresenta os mesmos problemas do Método dos Centros de Custos ou do Custeio Variável, se estes forem utilizados para suportá-lo. As metodologias que as empresas vinham utilizando tradicionalmente foram desenvolvidas para serem utilizadas em ambientes fabris. Não sendo projetadas para prover informações além dos limites da fábrica, de modo que grande parte da cadeia logística permanece fora de sua abrangência. O tratamento simplificado dado a algumas categorias de gastos e a visão vertical da empresa, que predomina em todos esses métodos, são outros problemas que podem ser apontados e que os tornam inadequados no provimento de informações para o gerenciamento das empresas. CONCLUSÃO Os custos logísticos têm sido importantes na avaliação de resultados das empresas. Além disso, sabe-se que em diferentes fases do processo decisório, são necessários informações com diferentes níveis de detalhamento e para os custos logísticos a mesma análise é valida. As ferramentas tradicionais tratam os custos por natureza, direcionados para o produto, serviço, e por departamentos, enfatizando a unidade fabril, sendo que nas ferramentas contemporâneas surge a perspectiva de apurar os custos logísticos por meio de suas atividades. É necessário entender de que forma os métodos de evidenciação a serem propostos vão contribuir para que seja possível, em cada elo da cadeia de valor, identificar quais atividades agregam valor e quais os trade-offs logísticos que dão melhor rentabilidade tanto no curto quanto no longo prazo. Observa-se que as práticas contábeis fiscais estão voltadas para fornecer informações aos investidores e às autoridades tributárias, pois a forma como é identificado, classificado e relatado é a principal dificuldade para se apurar os custos logísticos. É preciso reestruturar o plano de contas, classificando-o por cada elemento de custo logístico, e agrupando a cada elemento a sua atividade. Além disso, as práticas contábeis gerenciais estão voltadas para as informações relacionadas aos produtos e não a evidenciação dos custos logísticos ou dos processos. Os custos logísticos não podem continuar ocultos nos relatórios contábeis, devendo-se criar métodos que os tornem visíveis. Para atender às necessidades aqui descritas esta pesquisa continua sendo desenvolvida a fim de apresentar, futuramente, ao meio acadêmico, o método proposto. A terceira e última fase da pesquisa concentrar-se-á na investigação e aplicação em campo do modelo a ser proposto, identificando os problemas relacionados à operacionalização dos mesmos.

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