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DIREITO PENAL II
Profa. Marcelle Carvalho
Direito Penal II
Penas restritivas de direitos
São penas autônomas que visam a evitar a imposição de uma pena privativa de liberdade, substituindo-a. Eventualmente podem surgir cominadas de forma independente a um tipo penal, conforme verificamos, por exemplo, no art. 28 da Lei n. 11.343, de 2006.
São elas (art. 43 do CP):
Prestação pecuniária (inciso I)
Perda de bens e valores (inciso II) 
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (inciso IV)
Interdição temporária de direitos (inciso V)
Limitação de fim de semana (inciso VI)
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Requisitos para a substituição (art. 44, CP):
Pena privativa de liberdade de até 4 anos (concretamente aplicadas)
Delito cometido sem violência física ou grave ameaça
Não reincidência em crime doloso
Prognose de suficiência da substituição
OBS: Os dois primeiros requisitos não se aplicam aos crimes culposos. A reincidência também pode ser flexibilizada, caso a medida seja socialmente recomendável (art. 44, § 3º, CP).
Penas restritivas de direitos
Direito Penal II
Pena de multa
Arts. 49 a 52 do CP e 164 a 170 da Lei n. 7.210, de 1984 (LEP). Trata-se do pagamento de uma quantia, fixada de acordo com o sistema dos dias-multa, ao Fundo Penitenciário Nacional. Pode ter cominação cumulativa com a pena de prisão, alternativa à mesma pena, ou isolada.
SISTEMA DOS DIAS-MULTA (art. 49 do CP)
determinação do número de dias-multa aplicável à hipótese (10 a 360); 
estipulação do valor de cada dia-multa (1/30 a 5X o maior salário-mínimo mensal vigente à época do fato); 
multiplicação entre o número de dias-multa e o respectivo valor de cada um deles.
Direito Penal II
AUSÊNCIA DE CONVERSIBILIDADE
Transitada em julgado a sentença condenatória, a pena de multa passa a ser considerada dívida de valor. Respeitará as regras concernentes à dívida ativa da Fazenda Pública (art. 51, CP).
Enunciado n. 521 do STJ: “a legitimidade para execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública”.
Pena de multa
Direito Penal II
Suspensão condicional da pena
É o sobrestamento, por certo período, de pena privativa de liberdade fixada. Consiste em um direito subjetivo.
REQUISITOS (art. 77, CP)
pena privativa de liberdade igual ou inferior a 2 anos; 
não reincidência em crime doloso; 
análise da culpabilidade, dos antecedentes, da conduta social e da personalidade do agente, bem como dos motivos e circunstâncias do crime, de modo a averiguar a viabilidade da concessão (valoração positiva); 
impossibilidade de substituição da pena de prisão por pena restritiva de direitos (caráter subsidiário do sursis).
Direito Penal II
Direito Penal II
ESPÉCIES
Comum – pena de até 2 anos / período de prova de 2 a 4 anos
Especial – igual ao comum + reparação do dano + circunstâncias inteiramente favoráveis = condições mais leves
Etário – pena de até 4 anos / período de prova de 4 a 6 anos / condenado com idade superior a 70 anos
Humanitário – pena de até 4 anos / período de prova de 4 a 6 anos / justificação por razões de saúde
REVOGAÇÃO – Obrigatória (art. 81 do CP) ou facultativa (art. 81, § 1º, CP)
LEI DE DROGAS – Vedação para alguns crimes (art. 44 da Lei n. 11.343). Constitucionalidade duvidosa.
Suspensão condicional da pena
Direito Penal II
Livramento condicional
Colocação do condenado em liberdade após cumprimento de parcela da pena privativa de liberdade. Requisitos:
a) Pena privativa de liberdade, fixada em sentença transitada em julgado, igual ou superior a 2 anos. Penas relativas a vários crimes podem ser unificadas para a finalidade do livramento condicional (art. 84 do CP). 
OBS: Súmula n. 715 do STF: “A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução”. 
OBS 2: Súmula n. 441 do STJ: “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional”. 
b) Cumprimento de parcela da pena – 1/3 da pena (condenado não reincidente em crime doloso e com bons antecedentes - inciso I do Art. 83); 1/2 da pena (reincidente em crime doloso - inciso II); 2/3 da pena (crime hediondo ou equiparado, , salvo se reincidente específico em crimes desta natureza - inciso V).
Direito Penal II
Livramento condicional
c) Comprovação de comportamento satisfatório durante a execução da pena, de bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e de aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto (inciso III). 
 
d) Reparação do dano causado pela infração penal, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo (inciso IV). 
CONDIÇÕES – Art. 132, § 1º (obrigatórias) e § 2º (facultativas) da LEP
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO – Obrigatória (art. 86, CP) e facultativa (art. 87, CP)
Direito Penal II
AÇÃO PENAL
- Condições da ação: art. 43 do CPP:
. legitimidade das partes
. interesse de agir
. possibilidade jurídica do pedido
. justa causa
 
- Espécies de ação penal:
. ação penal de iniciativa pública (incondicionada e condicionada)
. ação penal de iniciativa privada (personalíssima, propriamente dita, subsidiária da pública)
 
- irretratabilidade da representação – art. 102, CP
 - decadência do direito de queixa e representação – art. 103
 
Direito Penal II
- Princípios informadores da ação penal pública ( DEUNCIA PELO PROMOTOR):
. obrigatoriedade
. indisponibilidade
. indivisibilidade
. intranscendência
 
- princípios informadores da ação penal privada (QUEIXA-CRIME PELO ADVOGADO):
. oportunidade
. disponibilidade
. indivisibilidade
 
AÇÃO PENAL
Direito Penal II
Medidas de segurança
São espécie do gênero sanção penal, em regra aplicáveis aos inimputáveis por doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26 do CP), ou, excepcionalmente, aos casos de semi-imputabilidade e de superveniência de doença mental. Têm unicamente a função de prevenção especial.
ESPÉCIES: internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou estabelecimento assemelhado, ou tratamento ambulatorial. O CP determina que o tratamento ambulatorial seja subsidiário. Assim, o tratamento ambulatorial somente será possível se o fato praticado for punível com pena de detenção (art. 97 do CP). Contudo, como as medidas de segurança tem caráter curativo, deve ser usado o tratamento que for mais adequado (precedentes do STJ).
Direito Penal II
DURAÇÃO: Duração mínima de 1 a 3 anos (art. 97, § 1º, in fine, CP). Esse é o prazo da primeira perícia médica, para a constatar a cessação da periculosidade do agente. A partir daí, a perícia se torna anual, podendo ser realizada em tempo menor, se assim determinar o juiz (art. 97, § 2º, CP). Discussão quanto ao prazo máximo. Art. 97, § 1º: duração por tempo indeterminado. O dispositivo viola a Constituição (vedação a sanções de caráter perpétuo). 
DESINTERNAÇÃO, LIBERAÇÃO E EXTINÇÃO: Constatada a cessação da periculosidade do agente por perícia médica, será ele desinternado ou liberado. Durante o prazo de um ano, verificar-se-á se, de fato, ele deixou de ser perigoso. Caso pratique qualquer ato indicativo de periculosidade, a medida de segurança é restabelecida. Caso não haja qualquer comportamento indicativa do retorno dessa periculosidade, a medida de segurança é extinta.
Medidas de segurança

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