Buscar

Constituicoes do Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

LIBERTAS FACULDADES INTEGRADAS
CURSO DE DIREITO
FICHAMENTO: 
O CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL: UMA HISTÓRIA DE EVOLUÇÃO POLÍTICA E SOCIAL
Cap. VII da obra: DIREITOS FUNDAMENTAIS: história, evolução e problemas atuais; estudos em comemoração aos 10 anos do curso de direito da Libertas – Faculdades Integradas (pp. 201-246)
Marco Cesar de Carvalho; Michele Cia [organizadores]
Atividade valendo até 05 pontos na nota bimestral
ENTREGA NO DIA 10/2/2017, COM POSTERGAÇÃO PERMITIDA PELO PROFESSOR CONFORME CONVERSA COM O ALUNO PARA O DIA 21/02/2017.
TRABALHO DE DIREITO CONSTITUCIONAL I
Prof. MARCO CESAR DE CARVALHO
ALUNO: CRASSOS CAIO DE OLIVEIRA
SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO/2017
CARVALHO, Marco Cesar de. O constitucionalismo no brasil: uma história de evolução política e social. Direitos fundamentais: história, evolução e problemas atuais; estudos em comemoração aos 10 anos do curso de direito da Libertas – Faculdades Integradas. Marco Cesar de Carvalho; Michele Cia [organizadores]. 1. ed. Passos,MG: Gráfica e Editora São Paulo, 2015. pp. 201-246.
O autor introduz o tema tratado neste capítulo apontando a evolução política e social do Brasil, desde a colonização do Brasil.
Esta evolução passou pela forma adotada pelo Brasil, na concepção ou separação das funções ou poderes do Estado em seus textos constitucionais, e que, apesar do país ter vivenciado momentos de exceção democrática, ainda assim seus textos constitucionais continuavam a prever e até a estender a previsão daqueles direitos (humanos, sociais, econômicos, etc).
1. Histórico das constituições brasileiras (pp. 203-204)
O autor busca ressaltar que as Constituições Ocidentais atualmente são inspiradas em sua base nos modelos produzidos pelos Norte-Americanos ou pelos Franceses ou pelos Ingleses nos séculos 18. 
Hajamos visto que há um determinado consenso em matéria de direito entre um conjunto de países, a Declaração Universal dos Direitos do Homem se posta como um divisor de águas que promulga a catalisação de profundas mudanças nos textos constitucionais pelo mundo afora.
O Brasil, especificamente, durante seu curso histórico, mesmo, com textos constitucionais que asseguravam e protegiam direitos importantes do homem, assim o Estado não os respeitou conforme deveria. 
1.1 A Constituição Política do Império do Brazil, de 25 de Março de 1824 (pp. 205-209)
Neste intróito que relata um panorama geral da primeira constituição, o autor funda-se em mostrar as discrepâncias havidas naquele período. 
Conforme feita pelo imperador da época, Dom Pedro I, a constituição imperial buscou por constituir a divisão dos poderes em 4 (quatro): Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Salienta-se também que tal Carta de Lei promovia que sobre a figura do imperador não recairia nenhuma responsabilidade pelos fatos e atos ocorrentes. Entre estes Poderes, buscava-se encontrar harmonia que os fizesse coexistir para funcionamento, ao menos essa era a teoria. 
Os direitos dos brasileiros também poderiam ser excluídos, suspensos ou lesados conforme previsão da Constituição. Essa era a de um modelo com grau enorme de adaptabilidade e plasticidade, pois permitia a reforma de todos os dispositivos. Comenta-se também que ela descrevia garantias aos direitos civis e políticos. Ofereceu perspectivas populares, e por outro lado, beneficiou a hegemonia da oligarquia. 
Foi nesta época que houve a criação do Supremo Tribunal de Justiça. Entende-se que esta Constituição foi o simbólico marco de rompimento das relações com Portugal. 
1.2 A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 25 de fevereiro de 1891 (pp. 209-213)
Devido à flexibilidade da Constituição anterior, o autor recoloca que fora mais fácil, assim, que o Marechal Deodoro da Fonseca decretasse o fim da Monarquia e o começo da República.
Em 1891, promulgou-se a nova Constituição através de desempenho do Legislativo que conferiu uma ruptura na ordem política anterior. Rui Barbosa foi uma das pessoas-chaves incumbidas no processo de fomento da 1ª Constituição Republicana. A divisão de poderes era a clássica, mentalizada por Montesquieu, apenas 3 com exclusão do Poder Moderador. A grande inovação da mesma foi à incorporação das garantias: ao Habeas Corpus, à pena capital (exceto em estado de guerra), ao banimento e abolia as penas de galés. Somado a isto, também inseria o direito à aposentadoria de funcionários públicos e outros direitos sociais. 
Houve uma elevação da importância dos municípios dentro da estrutura de governabilidade. E justo com esta que a mais alta camada da justiça passaria a chamar Supremo Tribunal Federal.
1.3 A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934 (pp. 213-219)
Para abranger como esta ocorreu, o autor explana que o exercito foi parte essencial para aferir um golpe ao depor Washington Luis e desfazer o Congresso. Foi colocado ao poder Getulio Vargas que ficou com a responsabilidade de elaborar a 2ª Constituição Republicana. Re-implantaram uma Assembléia Constituinte para realizar a Constituição. 
Para tanto, igualmente o autor cita, o anteprojeto teve como base a Constituição Alemã de 1919, a Constituição Espanhola de 1931 e a Constituição Mexicana de 1917, ao qual primava pelo Estado como responsável pelos compromissos sociais para garantir a dignidade humana. Já se denominava como o Welfare State (Estado do Bem-Estar). Visava-se proteger os interesses econômicos do país e dos trabalhadores. 
Nesta, também foram incluídos à garantia ao mandado de segurança, à persecução de direito certo e incontestável, ameaçado ou violado. Invocou-se a Deus como salvaguarda do povo brasileiro. 
Não obstante, ocorreu a proteção trabalhista e previdenciária na forma jurídica e apelidaram Getulio Vargas de ¨o pai dos trabalhadores¨. Além de estabelecer a possibilidade de recursos extraordinários sobre as decisões promovidas em foro de primeira instancia ou última quando houvesse questionamento sobre vigência ou validades de leis em contraposto à Constituição. 
1.4 A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937 (pp. 220-225)
O autor expõe que esta Constituição novamente rompeu os valores democráticos por advir de outro golpe, sem mesmo qualquer debate sobre o texto, uma vez que as casas do povo: Senado e Câmara dos Deputados foram diluídos à condição, primeiro, de inexistência e a posteriori, de insignificância. 
O manto de argüição era a necessidade de proteger o país das ameaças comunistas sob o nome de ¨Estado Novo¨. Categoricamente, tal texto constitucional replicava a Constituição da Polônia de 1935, fascista por sinal, e inspirada sobre as idéias de Mussolini e de seu aliado nazista Hitler. Tal qual, chama-se esta Constituição de Polaca. 
Houve restrições aos direitos e garantias individuais relativos aos trabalhadores. Em contrapartida os direitos sociais referentes à educação foram ampliados pela obrigatoriedade e pela gratuidade do sistema. 
O Estado de Bem-Estar fora substituído pelo Regime de Paz Política conforme mostra o autor através da extração da redação original desta Constituição. 
O Poder Estatal se confundia com o Poder da Figura do Ditador Getulio Vargas, pois a centralização e ampliação do Estado tornavam-lhe irrestrito em suas decisões. 
Tal ditador sustentava que pelo agravo da situação política face ao comunismo e sua periculosidade, a opinião do povo não caberia de importância naquele momento, ainda que houvesse um Legislativo no texto constitucional, este não supria de relevância.
1.5 A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 18 de setembro de 1946 (pp. 225-230)
 
Desferindo-se sobre esta 5ª Constituição do Estado Brasileiro, o autor suste que houve outro rompimento, porém, desta vez o modelo autoritário é colocado de lado para a promulgação de uma democrática que tratasse dos direitos e garantias individuais e da ordem social e econômica. Em direção reversa a ultima até aquele momento,não se pretendia suprimir direitos individuais. 
Havia um ponto em comum em relação à anterior, a invocação de Deus como protetor do país. 
Características liberais foram inseridas para abarcar de modo previsto as concessões de serviços públicos. Foi considerada como a melhor Constituição já feita até aquele presente momento, pois se consolidava em limitar o poder do Estado e respeitar os direitos fundamentais não somente aos brasileiros, mas também aos estrangeiros. 
Neste ponto da história em que ocorreu forte industrialização do país, construção de Brasília e modernização nos setores de energia e transporte sob o comando do Presidente Juscelino Kubitschek. 
1.6 A Constituição da República Federativa do Brasil, de 24 de janeiro de 1967 (pp. 230-235)
Salienta o autor que foi esta a primeira constituição conclamar o país como Federação. Sabe-se que ainda que existisse uma Assembléia Nacional Constituinte para promulgá-la, atendia dedicadamente aos interesses obscuros do Governo Militar Vigente que havia aplicado um golpe de estado no ano de 1964. 
Restrição de liberdades públicas e outros direitos foram práticas freqüentes, já que a Regime Militar usava de Atos Institucionais e Decretos-Leis para reprimir ou suprimir os opositores. 
Por mais que na Constituição estivesse posto os direitos e garantias individuais, econômicas e sociais, o Regime Militar transfigurado de Poder Executivo exercia grande impacto divergente à Constituição em suas leis em prol da segurança nacional. 
O trabalhador não obteve seu direito alterado, contudo foi-lhes quitado a participação dos lucros empresariais. 
Há uma discussão que a Emenda Constitucional 01 de 1969 possa parecer como uma nova Constituição, porém o autor entende que ela, apesar de mudar vários prismas de abordagem dos dispositivos, apenas pretendeu a alteração da mesma devido ao recesso parlamentar imposto pelo AI-5. Usurparam-se direitos que outrora todos reconheciam como essenciais à vida em detrimento de um regime militar. 
2. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988 (pp. 235-242)
O autor menciona que mediante a ¨Carta de Poços de Caldas¨ ao qual conclamava a população brasileira à adesão do movimento das ¨Diretas Já¨, a democracia foi incorporando-se ao pensamento do povo que já manifestava tal idéia fora nas rua ou fora nas formas associativas dentro da sociedade. 
Realizou-se uma Assembléia Constituinte com a liderança de Ulysses Guimarães, e foi-se promulgada a proclamada Constituição Cidadã, visando positivar e alcançar os direitos a todos os cidadãos. O autor ressalta que não era um ponto de chegada, a nova constituição, e sim um ponto de partida. A redemocratização era o alvo a buscar-se, por mais que esta Constituição fosse extensa e detalhista. 
Como a reposição do Estado do Bem-Estar, ela organizava o Estado para: proteger e defender à população, organizar a economia, regulamentar a vida social e garantir serviços públicos, sempre com o objetivo de preservação ao bem comum e à dignidade humana. 
Erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir desigualdades sociais e regionais, acessibilidade ao judiciário para todos e a gratuidade aos mais necessitados financeiramente, criação do sistema de saúde pública, dentre tantos os direitos foi a intenção para um Brasil mais livre, mais justo e mais solidário. 
O autor posta que já se passaram 28 anos após ela ter sido promulgada, e, existe uma percepção e discussão dos estudiosos sobre a efetividade desta. 
Conclusão (pp. 242-243)
Como diz o autor, não há como negar uma evolução política e social do país durante este período de promulgações de 7 textos constitucionais. Com o intercambio entre regimes democráticos e ditatoriais, o Brasil experimentou tantas proteções aos direitos igualmente supressões à estes.
Mesmo que se adotaram princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito na última Constituição, está a olho nu, que, o Estado não cumpre e efetiva tais direitos democráticos, fato ao qual de antemão já se configura que o próprio Estado vai de contra ao que ele próprio estabelece. 
Para tanto, o autor finda não se pode pensar que por mais que haja falta de cumprimento e efetividade, tais direitos não devem ser vistos como apenas promessas ou expectativas de direito, e, portanto, a real força normativa da Constituição de 1988 deve-se fazer valer. 
5

Outros materiais