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Sistema Renal

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Una pouso Alegre
Fisiologia
Renal
Professor: Joao Bosco
Aluna: Karolayne Alves 
Aluna: Luana Magalhaes 
Pouso Alegre
2017
FUNÇÃO DONÉFRON
A função essencial do néfron consiste em depurar o plasma sanguíneo das substâncias que devem ser eliminadas do organismo. O néfron filtra uma
grande proporção do plasma sanguíneo através a membrana glomerular. Cerca de 1/5 do volume que atravessa o glomérulo é filtrado para a cápsula de
Bowman que coleta o filtrado glomerular. Em seguida, à medida que o filtrado glomerular atravessa os túbulos, as substâncias necessárias, como a água.
e grande parte dos eletrólitos são reabsorvidas, enquanto as demais substâncias, como uréia, creatinina e outras, não são reabsorvidas. A água e as substâncias reabsorvidas nos túbulos voltam aos capilares peritubulares para a circulação venosa de retorno, sendo lançadas nas veias arqueadas, e finalmente,
na veia renal. Uma parte dos produtos eliminados pela urina é constituída de substâncias que são secretadas pelas paredes dos túbulos e lançadas no líquido tubular. A urina formada nos túbulos é constituida por
substâncias filtradas do plasma e pequenas quantidades de substâncias secretadas pelas paredes tubulares.
O fluxo sanguíneo através dos rins corresponde, em média, à aproximadamente 20% do débito cardíaco,
podendo variar, mesmo em condições normais. Em um adulto de 60Kg de peso, o débito cardíaco corresponde a 4.800ml/min; a fração renal do débito cardíaco será de 960ml. O fluxo sanguíneo renal é muito maior que o necessário para o simples suprimento de oxigênio. Cerca de 90% do fluxo sanguíneo renal são distribuídos pela camada cortical, onde abundam os
glomérulos e, apenas 10% se distribuem pela região medular. Os rins possuem um eficiente mecanismo
de auto regulação que permite regular o fluxo de sangue e, através dele, a filtração glomerular. Este mecanismo é capaz de manter um fluxo renal relativamente constante com pressões arteriais
que variam entre 80 e 180mmHg. Sob determinadas condições, como por exemplo, na depleção líquida ou no baixo débito cardíaco, quando o fluxo renal não pode ser mantido, o mecanismo autorregulado preserva a filtração glomerular, produzindo vasoconstrição da arteríola eferente, que mantém o gradiente trans glomerular de pressão. A resistência vascular renal se ajusta automaticamente às variações na pressão de perfusão renal. As arteríolas aferente e eferente são influenciadas por muitos dos estímulos nervosos e hormonais vasculares, embora sua resposta dependa das necessidades renais e seja moderada pelos mecanismos autoregulatórios.
A membrana glomerular possui três camadas principais: uma camada endotelial, do próprio capilar, uma camada ou membrana basal e uma camada de
células epiteliais na face correspondente à cápsula de Bowman. Apesar da presença das três camadas,
a permeabilidade da membrana glomerular é cerca de 100 a 1.000 vezes maior do que a permeabilidade
do capilar comum. A fração de filtração glomerular é de aproximadamente 125ml/minuto. Em 24 horas
são filtrados aproximadamente 180 litros de líquido por todos os glomérulos (filtrado glomerular), para
formar de 1 a 1,5 litros de urina, o que demonstra a enorme capacidade de reabsorção dos túbulos renais. O líquido reabsorvido nos túbulos passa para os espaços intersticiais renais e daí para os capilares peritubulares. Para atender à essa enorme necessidade de reabsorção,
os capilares peritubulares são extremamente porosos.
A grande permeabilidade da membrana glomerular é dependente da estrutura daquela membrana e das
numerosas fendas e poros existentes, cujo diâmetro permite a livre passagem das pequenas moléculas e impede a filtração das moléculas maiores, como
as proteínas. O filtrado glomerular possui aproximadamente a mesma composição do plasma, exceto em relação às proteínas. Existem no filtrado glomerular, diminutas quantidades de proteínas, principalmente as de baixo peso molecular.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
A filtração do plasma nos glomérulos, obedece às diferenças de pressão existentes no glomérulo. A
pressão nas artérias arqueadas é de aproximadamente 100mmHg. As duas principais áreas de resistência ao fluxo renal através do néfron são as arteríolas
aferente e eferente. A pressão de 100mmHg na arteríola aferente, cái para uma pressão média de 60mmHg nos capilares do glomérulo, sendo esta a
pressão que favorece a saída do filtrado do plasma para a cápsula de Bowman. A pressão no interior da cápsula de Bowman é de cerca de 18mmHg. Como nos capilares glomerulares 1/5 do plasma filtra para o interior da cápsula, a concentração de proteínas aumenta cerca de 20% à medida que o sangue
passa pelos capilares do glomérulo, fazendo com que a pressão coloido-osmótica do plasma se eleve de 28 para 36mmHg, com um valor médio de 32mmHg, nos capilares glomerulares. A pressão no interior da cápsula de Bowman e a pressão coloido-osmótica
das proteínas do plasma são as forças que tendem a dificultar a filtração do plasma nos capilares glomerulares. Dessa forma a pressão efetiva de filtração nos capilares glomerulares é de apenas 10mmHg, ou seja, a diferença entre a pressão arterial média nos capilares (60mmHg) e a soma da pressão da cápsula de Bowman com a pressão coloido-osmótica
do plasma.
FLUXO SANGUINEO RENAL 
O fluxo renal do sangue diminui progressivamente 1200 mL/minuto de 30 a 40 anos para 600 mL/minute na idade 80 anos. O fator preliminar é a diminuição da rede renovascular. Entretanto, a redução no fluxo não reflete simplesmente a massa renal diminuída porque o fluxo por grama do tecido renal diminui progressivamente após a idade 30 a 40. Esta diminuição é resultante das mudanças anatômicas fixas e maior que ao vaso espasmo reversível, como mostrado por estudos com agente vasoativos. Estudos histológicos mostram a perda seletiva da vasculatura cortical com idade, com diminuição significativa do fluxo cortical e o fluxo medular preservado, demonstrado por estudos fisiológicos com drogas vasoativos. Estas mudanças da vasculatura esclarecem provavelmente o defeito cortical vistos geralmente em cintilografia renal de pessoas idosas saudáveis.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
A filtração do plasma nos glomérulos obedece às diferenças de pressão existentes no glomérulo. A
pressão nas artérias arqueadas é de aproximadamente 100mmHg. As duas principais áreas de resistência ao fluxo renal através do néfron são as arteríolas
aferente e eferente. A pressão de 100mmHg na arteríola aferente, cái para uma pressão média de 60mmHg nos capilares do glomérulo, sendo esta a
pressão que favorece a saída do filtrado do plasma para a cápsula de Bowman. A pressão no interior da cápsula de Bowman é de cerca de 18mmHg. Como nos capilares glomerulares 1/5 do plasma filtra para o interior da cápsula, a concentração de proteínas aumenta cerca de 20% à medida que o sangue
passa pelos capilares do glomérulo, fazendo com que a pressão coloido osmótica do plasma se eleve de 28 para 36mmHg, com um valor médio de 32mmHg, nos capilares glomerulares. A pressão no interior da cápsula de Bowman e a pressão coloido-osmótica
das proteínas do plasma são as forças que tendem a dificultar a filtração do plasma nos capilares glomerulares. Dessa forma a pressão efetiva de filtração nos capilares glomerulares é de apenas 10mmHg, ou seja, a diferença entre a pressão
arterial média nos capilares (60mmHg) e a soma da pressão da cápsula de Bowman com a pressão coloido-osmótica do plasma Diversos fatores podem afetar a
filtração glomerular. O fluxo sanguíneo renal aumentado, pode aumentar o coeficiente de filtração e a quantidade final de urina produzida. O gráu de vaso constrição das arteríolas aferentesdos glomérulos faz variar a pressão glomerular e consequentemente a fração de filtração glomerular. O mesmo ocorre na estimulação simpática neurogênica ou através de drogas simpáticas como a adrenalina, por exemplo. O
estímulo pela adrenalina produz constrição intensa das arteríolas aferentes, com grande redução da pressão nos capilares glomerulares que podem reduzir drasticamente a filtração do plasma e consequente formação de urina.
REABSORÇÃO TUBULAR 
O filtrado glomerular que alcança os túbulos do néfron flui através do túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e canal coletor, até atingir a pelve renal. Ao longo desse trajeto mais de 99% da água filtrada no glomérulo é reabsorvida, e o líquido que penetra na pelve renal constitui a urina propriamente dita. O túbulo proximal é responsável pela reabsorção de cerca de 65% da quantidade de água filtrada nos capilares glomerulares, sendo o restante reabsorvido na alça de Henle e no túbulo distal. A glicose e os aminoácidos
são quase inteiramente reabsorvidos com a água enquanto outras substâncias por não serem reabsorvidos no túbulos, tem a sua concentração no líquido tubular aumentada em cerca de 99 vêzes.
A reabsorção da glicose exemplifica bem os mecanismos de reabsorção de determinadas substâncias dentro dos túbulos renais. Normalmente não existe glicose na urina ou no máximo, existem
apenas ligeiros traços daquela substância, enquanto no plasma a sua concentração oscila entre 80 e 120mg%.
Toda a glicose filtrada é rapidamente reabsorvida nos túbulos. À medida que a concentração plasmática de glicose se aproxima dos 200mg%, o mecanismo reabsorvido é acelerado até atingir o ponto máximo, em que a reabsorção se torna constante, não podendo ser mais aumentada. Esse ponto é chamado limiar de reabsorção da glicose. Acima do valor plasmático de 340mg%, a glicose deixa de ser completamente
Absorvida no sistema tubular e passa para a urina, podendo ser facilmente detectada pelos testes de glicosúria. Os produtos terminais do metabolismo,
como a uréia, creatinina e uratos tem outro tratamento nos túbulos renais. Apenas quantidades moderadas de uréia, aproximadamente 50% do total filtrado, são reabsorvidos nos túbulos enquanto a creatinina não é reabsorvida. Os uratos são reabsorvidos em cerca de
85%, da mesma forma que diversos sulfatos, fosfatos e nitratos. Como todos são reabsorvidos em muito menor
proporção que a água, a sua concentração aumenta significativamente na urina formada. A reabsorção nos túbulos renais obedece à diferença de concentração das
substâncias entre o espaço intersticial peri-tubular e os vasos retos peritubulares. A reabsorção de água é dependente da reabsorção de íon sódio, que é o soluto mais reabsorvido nos túbulos renais. Existem ainda dois mecanismos de intercâmbio muito importantes. O
primeiro se refere à troca de íon sódio (Na+) pelo íon hidrogênio (H+), nos túbulos, como parte dos mecanismos de regulação renal do equilíbrio ácido básico. Quando há necessidade de eliminar íon hidrogênio, os túbulos secretam ativamente o hidrogênio para a luz, dentro do filtrado e, em troca, para manter o equilíbrio iônico absorvem o íon sódio. O outro mecanismo de intercâmbio corresponde à reabsorção de íons cloreto (Cl-) quando há necessidade
de se eliminar ácidos orgânicos pelo mecanismo de secreção tubular. Os mecanismos de transporte na
reabsorção tubular podem ser ativos ou passivos, dependendo da necessidade de utilizar energia celular para a sua realização. O sódio, a glicose, os fosfatos
e os aminoácidos estão entre as substâncias cujo transporte é feito com utilização de energia celular, transporte ativo, enquanto o transporte da água,
uréia e cloretos não necessita consumir a energia das células(transporte passivo). 
SECREÇÃOTUBULAR
A secreção tubular atua em direção oposta à reabsorção. As substâncias são transportadas do interior dos capilares para a luz dos túbulos, de onde são eliminadas pela urina. Os mecanismos de secreção tubular, à semelhança dos mecanismos de reabsorção, podem ser ativos ou passivos, quando incluem a utilização de energia pela célula para a sua execução ou não. Os processos de secreção mais importantes estão relacionados à secreção tubular de íon hidrogênio, potássio e amônia. Determinadas
substâncias são eliminadas do organismo pelos mecanismos de secreção tubular, após metabolização no fígado.
Filtração + Secreção – Reabsorção = URINA
CONCENTRAÇÃO E DILUIÇÃO DA URINA
Cerca de 1/5 dos néfrons, localizados na região justa-medular, tem as alças de Henle imersas na medula renal e retornam ao córtex. Nestes glomérulos cerca de 65% do filtrado glomerular é reabsorvido no túbulo proximal como solução isotônica. Na porção mais espessa da alça de Henle, em que o epitélio é relativamente impermeável à água, o cloreto de sódio é ativamente transportado do lumen para o espaço intersticial da medula, criando um ambiente hipertônico e um gradiente osmótico que propicia mecanismos de secreção e reabsorção ditos contracorrente, capazes de permitir aos rins a produção de urina concentrada ou diluída, conforme a necessidade de eliminar substâncias dissolvidas na urina e a necessidade de preservar água. Os mecanismos físico-químicos envolvidos são bastante complexos e são baseados nas diferenças de concentração do sódio entre o interstício e os capilares peritubulares e vasos retos. A filtração e a produção de urina dependem de diversos fatores dentre os quais o mais importantes é a auto regulação do fluxo de sangue através os glomérulos. Dentre de limites fisiológicos a produção diária de urina por um adulto oscila entre 1 e 1,5 litros/dia. A diurese mínima, capaz de manter a adequada eliminação de dejetos do metabolismo, equivale a 0,5 a 1 ml/Kg/ Hora em crianças e aproximadamente30 a 40 ml/hora para os adultos. Os rins são fundamentais na regulação
do volume e da composição do líquido extracelular (intersticial), através de mecanismos complexos que incluem variações das pressões vasculares, variações dos volumes filtrados, alterações da osmolaridade e ação de hormônios.
Os receptores existentes na parede dos átrios, direito e esquerdo, quando distendidos pela hipervolemia, alteram a frequência dos impulsos emitidos produzindo uma redução da atividade simpática, que resulta em dilatação das arteríolas aferentes e consequente aumento da filtração glomerular. Simultaneamente,
na hipófise posterior, é inibida a secreção de hormônio antidiurético, reduzindo a reabsorção de água nos túbulos distais e, portanto, aumentando o volume da urina eliminada. O hormônio antidiurético é
responsável pelo aumento dar e absorção de água nos túbulos distais, como parte dos mecanismos reguladores do volume urinário. Um pequeno segmento do túbulo distal, pós alça de Henle, se insinua nongulo entre as arteríolas aferente e eferente nos glomérulos, formando uma região especial, conhecida como aparelho justa-glomerular. 
(5.4)
Neste aparelho as células tem uma densida de maior que as demais, constituindo a região chamada de
máculadensa. Amáculadensaé capaz de detectar a concentração de sódio no túbulo distal e estimular a
produção de renina, pelas células do aparelho justa-glomerular. A renina catalisa a formação de angiotensina I ‘a partir do angiotensinogênio produzido no fígado. A angiotensina I origina a
angiotensina II, um potente vasoconstritor
das arteríolas renais. A angiotensina II, por seu turno, estimula a produção da aldosterona pela glândula
supra-renal, que promove a reabsorção de sódio e a eliminação de potássio nos túbulos distais, conforme demonstra o esquema da figura 5.4.
Clarence Renal 
 
A função renal normal depende da integridade de quatro aspectos da fisiologia renal: o fluxo sangüíneo, a filtração glomerular, a função tubular e a permeabilidade das vias urinárias. O rim tem como função básica a conservação de fluidos, ou, em outras palavras, a concentração da urina. 
Além dessa função básica, possui três importantes papéis, quesão a depuração de substâncias tóxicas, a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico interno e a produção de hormônios.
A função geral do rim pode ser avaliada pelo clearance (depuração) renal de uma determinada substância. Por definição teórica, o clearance é o volume de plasma a partir do qual uma determinada substância pode ser totalmente depurada (eliminada) na urina em uma determinada unidade de tempo. Esse processo depende da concentração sérica, da taxa de filtração glomerular e do fluxo plasmático renal. É calculado a partir dos valores sérico e urinário da substância e do volume urinário em 24 horas, sendo corrigido em relação à superfície corporal.
O clearance de moléculas pequenas não-ligadas à proteína que são filtradas livremente pelos glomérulos, e não são secretadas ou reabsorvidas pelo sistema tubular, como a inulina, fornece uma avaliação fiel da taxa de filtração glomerular. Na prática, o clearance de creatinina é o escolhido para a avaliação da função renal. Sua excreção não é influenciada pela dieta e é filtrada livremente pelos glomérulos. Entretanto, além da secreção glomerular, há também uma secreção tubular ativa que é contrabalançada por um mecanismo de reabsorção tubular. Assim, é possível utilizar o clearance de creatinina para avaliar adequadamente a taxa de filtração glomerular, sendo um índice precoce da avaliação da função renal superior à avaliação sérica isolada dos níveis de uréia e de creatinina. Além de avaliar a função renal, são úteis também para o acompanhamento da evolução da lesão renal e da resposta a terapêuticas.
 A taxa de filtração glomerular é maior nos homens do que nas mulheres, já que eles possuem uma massa renal maior. Durante a gravidez, a taxa de filtração aumenta em torno de 50%, retornando ao normal após o parto. Encontra-se diminuída nos recém-nascidos e nas crianças até 5 meses de idade, por uma imaturidade anatomofisiológica dos glomérulos. Os níveis da taxa de filtração glomerular começam a diminuir progressivamente a partir da meia-idade, em conseqüência da arterionefroesclerose, que leva à diminuição progressiva do número de glomérulos. O clearance estará diminuído quando aproximadamente 50% dos néfrons estiverem lesados, indicando comprometimento da filtração glomerular.
A coleta de sangue deve ser realizada em jejum ao final da coleta da urina de 24 horas para a correlação dos níveis séricos e urinários. Clearance = Creatinina na urina (mg/dL) x Vol. (mL/min) / 
Creatinina no soro (mg/dL)Clearance Corrigido = Clearance x Fator (corrigido pela superfície corporal, calculado em função do peso e da altura).
Reflexos da Micção 
Dois esfíncteres musculares circundam a uretra. O esfíncter superior, composto por múscolo liso, denomina-se esfíncter interno da uretra. O esfíncter inferior, composto por músculo esquelético voluntário, é denominado esfíncter externi da uretra. As ações desses esfíncteres são reguladas no processo de micção.A micção é controlada por um centro reflexo localizado no segundo, terceiro e quarto níveis sacrais de medla espinhal. O enchimento da bexiga urinária ativa receptores de estiramenti que enviam impulsosno centro da micção. Com consequência, neurônios parasimpáticos são ativados, produzindo contrações rítmicas do músculo detrusor da bexiga urinária e o relaxamento do exfíncter interno da uretra. Nesse ponto, uma sensação de urgência é percebida pelo encéfalo, mas ainda  existe um controle voluntário sobre esfíncter externo da uretra. Quando a micção é permitida voluntariamente, tratos motores descendentes ao centro da micção inibem fibras somáticas motoras que inervam o esfíncter externo da uretra. Esse músculo então relaxa, e a urina é expelida. A capacidade de inibir voluntariamente a micção geralmente se desenvolve em torno dos dois ou três anos de idade.
Tampão fisiológico 
Entende-se por solução tampão aquela que não sofre alteração quando em contato com soluções ácidas ou básicas, tudo se explica pela sua composição. Existem basicamente dois tipos de tampão. Um deles é formado por uma mistura de ácidos fracos e base (par ácido/base), como por exemplo, H2CO3/HCO-3 (ácido carbônico/bicarbonato). O outro tipo de tampão é composto por espécies anfotéricas. Essas espécies em algumas soluções apresentam comportamento de ácido e noutras soluções, comportamento de base. Daí o porquê da solução tampão não ser alterada na presença de acidez ou basicidade. 
Agora que já sabe o que é uma solução tampão, vamos saber como ela se faz presente em nosso corpo. Os pares ácido-base são muito comuns no organismo. O tampão composto por ácido carbônico/bicarbonato ajuda a controlar o pH sanguíneo. 
Mas por outro lado, o efeito tampão pode causar danos à saúde. Se você é um praticante de esporte precisa saber disso: em razão dos intensos exercícios físicos, seu organismo libera grandes quantidades de ácido láctico na corrente sanguínea, o sangue então se torna ácido (pH < 7). Se o efeito tampão não liberar base bicarbonato suficiente para neutralizar esta acidez, o indivíduo sofrerá de “acidose”. Os sintomas iniciais podem ser a cefaleia (dor de cabeça) e a sonolência. 
E não é só a acidez que nos traz danos, o excesso de bases no corpo também causa doenças como a “alcalose”, por exemplo. Sabe aquela respiração ofegante de quem respira muito rápido? Ela é responsável pela saída de grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) do corpo, um déficit deste ácido no sangue implica numa diminuição da acidez no mesmo. Quando o sangue se torna básico (pH > 7), surge a alcalose. Os sintomas da doença são: confusão mental, enjoos, náuseas, tremores, espasmos musculares e inchaço no rosto.
Regulação da reabsorção de água A reabsorção de água pelos rins está sob controle do hormônio antidiurético, também conhecido pela sigla ADH. Esse hormônio é sintetizado no hipotálamo (uma região do encéfalo) e liberado pela parte posterior da glândula hipófise. O ADH atua sobre os túbulos renais, provocando aumento da reabsorção de água do filtrado glomerular. Quando bebemos pouca água, o corpo se desidrata e a tonicidade do sangue aumenta. Certas células do encéfalo percebem a mudança e estimulam a hipófise a liberar ADH. Como consequência há maior reabsorção de água pelo túbulos renais. A urina torna-se mais concentrada e a quantidade de água eliminada diminui. A ingestão de grandes quantidades de água tem efeito inverso. A tonicidade do sangue diminui, estimulando a hipófise a liberar menos ADH. Em consequência, é produzido maior volume de urina mais diluída.
A função dos rins na regulação da pressão arterial Os rins são, de longe, o mais importante órgão para a regulação a longo prazo da pressão arterial. Os rins podem regular a pressão arterial pelo aumento ou pela diminuição do volume sanguíneo. Essa regulação é por meio de um mecanismo hormonal, chamado sistema renina-angiotensina-aldosterona. Quando a pressão cai até valores inferiores a normalidade, o fluxo sanguíneo pelos rins diminui, fazendo com que o rim secrete a importante substância chamada renina para o sangue. A renina atua como uma enzima convertendo uma das proteínas plasmáticas, o substrato da renina, no hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem efeito pouco intenso sobre a circulação e é rapidamente convertido em um segundo hormônio, a angiotensina II, por meio da enzima conversora (ECA). Essa enzima conversora é encontrada apenas nos vasos de menor calibre nos pulmões. A angiotensina II permanece no sangue por pouco tempo, apenas de 1 a 3 minutos, por ser inativada por outras enzimas, encontradas no sangue e no tecido, e chamadas coletivamente de angiotensinas. Não obstante seu reduzidotempo de ação,e que está circulando no sangue, a angiotensina II produz vasoconstrição nas arteríolas, fazendo a pressão aumentar até o seu valor normal. Além do mecanismo hormonal dos rins, um outro importante sistema hormonal também participa da regulação da PA: É a secreção de aldosterona pelo córtex da supra-renal. Esse córtex secreta hormônios corticóides, um dos quais, a aldosterona, controla o débito renal de água e de sal. A aldosterona participa da regulação da seguinte forma: quando a pressão arterial cai a valores muito baixos, a falta de fluxo sanguíneo ideal pelo corpo faz com que os córtices supra-renais secretem a aldosterona. Uma das causas desse efeito é a estimulação das glândulas supra-renais pela angiotensina II que é formada quando ocorre a baixa da PA. Essa aldosterona exerce efeito no rim. Como consequência a água e o sal ficam retidos no sangue, aumentando o volume sanguíneo, normalizando a PA. De modo inverso, a PA aumentada inverte esse mecanismo, de modo que os volumes líquidos e, consequentemente a pressão arterial, diminuam.
Mecanismos da cede O único mecanismo natural capaz de reverter volemia é o mecanismo da sede. A sede é uma expressão comportamental do mecanismo de regulação volêmica e, portanto do controle da pressão arterial a longo prazo, do controle da osmolaridade e intrinsecamente ligado ao controle da volemia. Uma substância muito potente na estimulação da sede é a angiotensina II, que estimula, no hipotálamo, a sensação de sede. 
 
 
Referencias 
http://www.ceaclin.com.br/exames/clearance.shtml
http://www.medicinapratica.com.br/tag/fluxo-sanguineo-renal/ 
http://fisiologiarenalhumana.blogspot.com.br/2013/06/reflexos-da-miccao.html
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/solucao-tampao-no-corpo-humano.htm 
https://sites.google.com/site/tudoensinomedio/unifei/calendario-1/biologia-3/reinos/fisiologia-animal/osmorregulacao-e-excrecao/excrecao/regulacao-da-reabsorcao-de-agua
Guyton, Arthur C.. Fisiologia humana. 6.ed. RIO DE JANEIRO: Guanabara Koogan, 1988. 564p.
www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_renal/volemia_hipertensao.pdf
www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_renal/volemia_hipertensao.pdf

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