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Esgotos Sanitários

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128
CONSIDERAÇÕES GERAIS
As instalações prediais de esgotos sanitários destinam-se a coletar.
conduzir e afastar da edificação todos os despejos provenientes do
uso adequado dos aparelhos sanitários, dando-lhes um rumo apro-
priado, normalmente indicado pelo poder público competente.
O destino final dos esgotos sanitários pode ser a rede pública
coletora de esgotos ou um sistema particular de recebimento e
pré-tratamento em regiões (locais) que não dispõem de sistema
de coleta e transporte de esgotos.
As condições técnicas para projeto e execução das instalações
prediais de esgotos sanitários, em atendimento às exigências míni-
mas quanto a higiene, segurança, economia e conforto dos usuário
são fixadas pela NBR 8160. De acordo com a norma, o sistema de
esgoto sanitário deve ser projetado de modo a:
• Evitar a contaminação da água, de forma a garantir sua quali-
dade de consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento
e de equipamentos sanitários, como nos ambientes receptore
• Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos
introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação
de depósitos no interior das tubulações.
• Impedir que os gases provenientes do interior do sistema pre-
dial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização.
• Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior d
sistema.
• Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecioná-
veis.
• Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventila-
ção.
• Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente po
dispositivos que facilitem sua remoção para eventuais ma-
nutenções.
SISTEMAS DE COLETA E
ESCOAMENTO DOS ESGOTOS
SANITÁRIOS
SISTEMAS INDIVIDUAIS
_-ossistemas individuais de esgoto, cada prédio possui seu próprio
sistema de coleta, escoamento e tratamento, como, por exemplo,
o conjunto de fossa séptica e sumidouro. Todo sistema particular
e tratamento, quando não houver rede pública de coleta de esgo-
to sanitário, deverá ser concebido de acordo com a normalização
hrasileíra pertinente.
dimensionamento da fossa e do sumidouro deverá ser feito por
nm engenheiro, em função do número de moradores e o padrão
da construção, uma vez que os resíduos gerados são proporcionais
volume de água consumido. A fossa séptica pode ser construída
com alvenaria ou ser pré-fabricada. Nos dois casos, ela deve atender
normas NBR 7229 e 13969 da Associação Brasileira de Normas
~cnicas.
Edificação
Sumidouro
Águas servidas
Sumidouro
Caixa de Caixa de Caixa de
inspeção inspeção inspeção
m m m
iJ -s iJ
~ Q} Q}Q. Ci Ci
<ti <ti m
E E E
m m mo::: o::: Rede coletora pública o:::
SISTEMAS COLETIVOS
Nos sistemas coletivos, existem redes coletoras assentadas nas ruas
da cidade, que encaminham os esgotos até um determinado local.
para tratamento e posterior lançamento a um curso de água.
Cada edificação deve ter a própria instalação de esgoto, independen-
temente de prédios vizinhos, com ligação à rede coletora pública,
ou seja, cada edificação deve ter um só ramal predial, exceto em
construções de grande porte (shopping centers, hotéis, hospitais
etc.), que podem a critério da concessionária local, terem mais de
uma ligação de esgoto ao coletor público.
o o o
1m 1m 1m
V" V" V"
m m mu u u
<;:: <;:: ~iJ iJ -O
W W W
Rua
130
RTESCONSTITUINTES DE UMA
STALAÇÃO PREDIAL
principais partes constituintes de uma instalação predial
'" esgoto sanitário estão representadas de forma esquemática
Figuras 4.3 e 4.4 (banheiro de um prédio com mais de um
_ vímento).
Figura 4.3 Instalação de um banheiro em apartamento.
ÁH--tt--~ Tubo de queda de esgoto
/-n--.,.-'"
Coluna de ventilação
Caixa
sifonada -+-+----__.=1 4---+-~ Ramal de ventilação
t---+--+-- Ramal de esgoto
,,"'---t----1r--+ Ramal de descarga
f<Q"---jr--+Sifão
Figura 4.4 Partes constituintes de uma instalação de esgoto em
corte esquemático.
Coluna de
ventilação
Tubo de _-I-~
queda
Ramal de
ventilação
~=J;~~~~~? Vaso autossifonado
Caixa
sifonada
Ramal de
esgoto
131
132
RAMAL DE DESCARGA
Ramal de descarga é a tubulação que recebe diretamente os efluen-
tes de aparelhos sanitários (lavatório, bidê, bacia etc.). O ramal da
bacia sanitária deve ser ligado diretamente à caixa de inspeção
(edificação térrea) ou no tubo de queda de esgoto (instalações em
pavimento superior). Os ramais do lavatório, do bidê, da banheira.
do ralo e do tanque devem ser ligados à caixa sifonada. Os ramais
com efiuentes de gordura (pias de cozinha) devem ser ligados à cai-
xa de gordura (edificação térrea) ou a tubos de queda específicos.
denominados "tubos de gordura" (nas instalações em pavimento
superior). Para o dimensionamento de ramais de descarga, utiliza-
se tabela apropriada (ver item "Dimensinamento das tubulações"),
conforme recomendação da NBR 8160.
DESCONECTOR (SIFÃO)
Desconector é um dispositivo dotado de fecho hídrico, destinado
a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento
do esgoto. Nas instalações prediais de esgoto, existem dois tipos
básicos de desconetor: a caixa sifonada e o sifão. Os desconecto-
res podem atender a um aparelho somente ou a um conjunto de
aparelhos de uma mesma unidade autônoma, como, por exemplo.
a caixa sifonada.
De acordo com a NBR8160,todos os aparelhos sanitários devem
ser protegidos por desconectores. Todo desconector deve ter fecho
hídrico, com altura mínima de 50 mm, e apresentar orifício de saí-
da, com diâmetro igualou superior ao do ramal de descarga a ele
conectado. Segundo a norma, deve ser assegurada a manutenção
do fecho hídrico mediante as solicitações impostas pelo ambiente
(evaporação, tiragem térmica, ação do vento, variações de pressão)
e pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão).
O sifão é um desconector destinado a receber efiuentes da ins-
talação de esgoto sanitário. Esse dispositivo contém uma camada
líquida (altura mínima de 5 em), chamada "fecho hídrico", destinada
a vedar a passagem dos gases contidos nos esgotos. Portanto, na
compra de sifões, deve-se estar atento a essa exigência da norma.
Figura4.5 Pia com sifão.
-Sifão
EntradaNível
da
água
Fecho hídrico
H 2': 5 cm
mínimo
CAIXA SIFONADA
_-caixa sifonada é uma caixa de forma cilíndrica provida de des-
eonector, destinada a receber efiuentes de conjuntos de aparelhos
mo lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma uni-
jade autônoma, assim como as águas provenientes de lavagem de
_. os - nesse caso, devem ser providas de grelha. Sua tampa deve
ser facilmente removível para facilitar a manutenção, mesmo a
zampa dos ralos cegos.
Avedação hídrica evita que odores e insetos provenientes dos
ramais de esgoto penetrem pelas aberturas dos ralos. É fabricada
em PVC e ferro fundido, com diâmetros de 100 mm, 125 mm e
_50mm. Possui de uma a sete entradas de esgoto para tubulações
com diâmetro de 40 mm e tem apenas uma opção de saída, com
~metros de 50 mm e 75 mm.
Deve ter sua localização adequada para receber os ramais de
escarga e encaminhar a água servida para o ramal de esgoto. A
_ sição ideal para sua localização é aquela que atenda à estética
= à hidráulica.
Os desconectores em geral (sifões, caixas sifonadas) e os ralos
simples precisam ser posicionados em locais de fácil acesso, de
odo a permitir a limpeza e manutenção periódica.
Os chuveiros e as águas de lavagem de pisos podem ser co-
t.ados em ralos simples (secos), os quais devem ser ligados às 133
134
caixas sifonadas. Entretanto, devido a razões de estética, alguns
projetistas preferem localizar a caixa sifonada no box do chuvei- .
ro. Nesse caso, o ralo do box não deve ser localizado no cent
geométrico desta pequena área, pois fatalmente o usuário se posi-
cionará sobre ele, podendo danifícá-lo ou ser vítima de acidente
Portanto, deve-se posicionar o ralo num dos cantos do box, de
preferênciajunto à parede oposta à porta de acesso, não somente
para se evitar que a água saia do box, como para se eliminar 0_
problemas acima citados.
Fonte: Tigre.
RALOS
Existem dois tipos de ralo: seco (sem proteção hídrica) e sifonado
(com proteção hídrica). Normalmente, os ralos secos são utilizados
para receber águas provenientes de chuveiro (box), pisos laváveis
áreas externas, terraços, varandas etc. Não devem, entretanto.
receber efluentes de ramais de descarga.
Os ralos também são fabricados em ferro fundido e em PVC.
Existem diversos tipos e modelos de ralo em PVC, porta-grelhas.
grelhas sem suporte, grelhas com dispositivo de vedação rotativo
e grelhas em inox e em alumínio anodizado.
Figura 4.7 Ralo seco.
=Onte: Tigre.
NTIESPUMA*
:. um dispositivo que bloqueia o retorno do ralo ou caixa sifonada,
rmitindo a captação de água no local onde está instalado.
Esse bloqueio acontece porque quando a espuma começa a ser
coada pela tubulação de entrada das caixas e ralos e tenta passar
- Ia grelha, a borracha interna do antiespuma dobra e impede sua
sagem.
Além de evitar o refluxo de espuma, evita a contaminação do
ambiente por insetos, e é o único compatível com todas as caixas
. onadas do mercado. Estão disponíveis nos seguintes diâmetros:
_ 100 e DN 150.
Pode ser aplicado em ralos e caixas sifonadas instaladas nas
áreas de serviços ou até em banheiros.
MAL DE ESGOTO
ramal de esgoto recebe os efluentes dos ramais de descarga. Suas
$ções ao subcoletor ou coletor predial devem ser efetuadas por
. a de inspeção, em pavimentos térreos, ou tubos de queda, em
:virnentos sobrepostos.
Em edifícios com mais de um pavimento, o ramal de esgoto
térreo deverá ser ligado diretamente à caixa de inspeção, por
abulação independente. Para seu dimensionamento, utiliza-se
ela apropriada (ver "Dimensionamento das tubulações"), de
rdo com a NBR 8160.
• TUBOSe Conexões Tigre S.A.
Manual técnico Tigre: orienta-
ções técnicas sobre instalações
hidráulicas prediais/Tigre S.A.
Joinville:Tigre, 2008. 135
136
, . '. ,.
Tubo de queda
Ramal de
ventilaçãoRamais de -~./descarga
Ramal de esgoto
TUBO DE QUEDA
Tubo de queda é a tubulação vertical existente nas edificações de
dois ou mais pavimentos, que recebe os efiuentes dos ramais de
esgoto e dos ramais de descarga. Ele deve ser instalado, sempre que
possível, com alinhamento vertical (sem desvios) e diâmetro uni-
forme. O tubo de queda não deve ter diâmetro inferior ao da maior
tubulação a ele ligada (normalmente, o ramal da bacia sanitária..
que possui diâmetro de 100mm). O diâmetro nominal mínimo do
tubo de queda que recebe efiuentes de pias de copa, cozinha ou de
despejo é igual a 75 mm.
Para o dimensionamento de tubos de queda, deve ser consul-
tada tabela específica (ver "Dimensionamento das tubulações').
de acordo com recomendações da NBR 8160.
~ . < r.: •.:+::?'~ ;;.# < '"- ,~. ..: • ;:'.;:J;: ;~~J;".*'~
Figura 4.10 Tubo de queda em edifícios com mais de dois pavimentos. ',' ~ , ::~' " .. ~:_~',,;:~'
Térreo
'<lI==~Subcoletor
Subsolo
UBO VENTILADOR ECOLUNA DE
ENTILAÇÃO
-=- bo ventilador é aquele destinado a possibilitar o escoamento de
da atmosfera para o interior das instalações de esgoto e vice-
- a, com a finalidade de protegê-Ias contra possíveis rupturas do
echo hídrico dos desconectores (sifões),
Quando desenvolvido por um ou mais pavimentos, esse tubo
=- omina-se "coluna de ventilação", Sua extremidade superior,
e caso, deve ser aberta à atmosfera e ultrapassar o telhado ou
.2ajede cobertura em, no mínimo, 30 em.
Para impedir a entrada de folhas, água de chuva e outros tipos
- obstrução na coluna de ventilação, a TIGRE oferece os "Terrni-
. de Ventilação," fabricados nos diâmetros de 50, 75 e 100 mm. 137
138
Esses dispositivos dispensam a colocação de cotovelos com telas
proteção (ver figo4.13) nas extremidades das colunas de ven .
De acordo com a NBR 8160, a extremidade aberta de um
ventilador ou coluna de ventilação deve situar-se a uma altura
nima igual a 2 m acima de terraço, no caso de laje utilizada
outros fins além da cobertura. Com relação ao projeto arquitetô -
não deve estar situada a menos de 4 m de qualquer janela,
ou vão de ventilação, salvo se elevada pelo menos 1m das verz;
dos respectivos vãos.
O tubo ventilador e a coluna de ventilação devem ser verticais -
sempre que possível, instalados em uma única prumada. Devem
diâmetros uniformes, sendo que, em casas, normalmente, ado ~
como diâmetro o valor de 50 mm e, em edifícios com mais de
pavimentos, o mínimo de 75 mm. Para o dimensionamento -
colunas de ventilação, devem ser consultadas tabelas apropri -
(ver "Dimensionamento das tubulações"), conforme recomenda -
da NBR 8160.
RAMAL DE VENTILAÇÃO
É o trecho da instalação que interliga o desconector, ou ramal -
descarga, ou ramal de esgoto, de um ou mais aparelhos sanitá -
a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário.
A ligação do ramal de ventilação a uma coluna de ventilação
(tubo ventilador primário) deve ser feita de modo a impedir o ace -
de esgoto sanitário ao interior dele. Dessa maneira, toda tubulação
de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1% , de mo
que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar pos -
escoar totalmente, por gravidade, para dentro do ramal de descarga
ou de esgoto em que o ventilador tenha origem. O ramal deve Se!
ligado a coluna de ventilação 15 em, ou mais, acima do nível de
transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários
(referente aos aparelhos sanitários com seus desconectores ligados
à tubulação de esgoto primário, como bacias sanitárias, pias de
cozinha, tanques de lavar, máquinas de lavar etc.), excluindo-SE
os que despejam em ralos ou caixas sifonadas de piso.
A distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação
ao tubo de esgoto e a conexão de mudança do trecho horizontal
para a vertical deve ser a mais curta possível, sendo que, entre a
saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação, a
distância deve ser igual a, no mínimo, duas vezes o diâmetro do
ramal de descarga.
Tabela 4.1 Distância máxima de um desconector ao tubo
ventilador.
Diâmetro nominal do ramal Distância máxima (m)de descarga
40 1,00
50 1,20
75 1,80
100 2,40
Figura 4.11 Detalhes da ventilação.
VP
Telhado
Laje
. -. ... -. .... -. -. -. ... -. .... -. .... -. -
•.•• " - ••• " - ••• " -. 11. ,. _ ••• ,. _ ••• "f - ••• " •' •• _ •••• _ ••••• e __•••• .., •••••• _._a •.•••• _
2,00 m
VP
Terraço
- -. ..-.... - ._. __ _.,
139
~300 mm
Cobertura
140
Figura 4.12 Ventilação do ramal de esgoto.
Coluna de
ventilação
Tubo de
queda
t
DET.
Terminal de
ventilação
~150 mm
Último
pavimento
Figura 4.14 Detalhe da ligação do ramal de
ventilação.
EsgotoVem do vaso
Ramal de ventilação
Corte AA
SUBCOLETOR
Subcoletor é a tubulação horizontal que recebe os efiuentes de um
ou mais tubos de queda ou de ramais de esgoto. Devem ser cons-
truídos, sempre que possível, na parte não edificada do terreno. No
caso de edifícios com vários pavimentos, normalmente, são fixados
sob a laje de cobertura do subsolo, por meio de braçadeiras. Nesses
casos, devem ser protegidos e de fácil inspeção.
Os subcoletores deverão possuir um diâmetro mínimo de 100
mm para uma declividade de 1% (mínima), intercalados por caixas
de inspeção ou conexões que possuam dispositivos para tal finali-
dade. Esses elementos de inspeção deverão ser previstos sempre
que houver mudança de direção do subcoletor ou quando houver
a interligação de outras tubulações de esgoto. Os subcoletores
podem ser dimensionados pelo somatório das Unidades de Hunter
de Contribuição (UHC), conforme a tabela extraída da NBR 8160
(ver "Dimensionamento das tubulações").
Figura 4.15 Rede coletora no subsolode um prédio.
TO-1Pelo teto
'------++-1 CIf---l~
TO-6
Caixa de
inspeção
o
'ã)
'"'"roa..
Figura 4.16 Detalhe de pé de coluna.
~------~r-------------------------~--------~CI~--l~
..:.- ..-
Curva 87° 30' curta
com bolsas para pé de coluna
Obs. prever visita de inspeção
Fonte: Tigre.
ê Tubo de queda
Zo Laje-. -_. • -' ••
DN-100 Subcoletor
141
",-
O.i: .
'1;$
.'t:
c::
1;$
rJl
'".s
O
Sfu.I
142
CAIXAS DE INSPEÇÃO EGORDURA
CAIXA DE INSPEÇÃO
É a caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução
das tubulações de esgoto. É instalada em mudanças de direção e
de declividade ou quando o comprimento da tubulação de esgoto
(subcoletor ou coletar predial) ultrapassa 12 m. Pode ser de con-
creto, alvenaria ou plástico. Quanto à forma, pode ser prismática,
de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 60 em,
ou cilíndrica, com diâmetro mínimo de 60 em.
A profundidade máxima dessa caixa deve ser de 1m. A tampa
deve ficar visível e nivelada ao piso e ter vedação perfeita, impe-
dindo a saída de gases e insetos de seu interior. Em lugares como
garagens, a caixa deve ser localizada de forma a não ser afetada
pelo peso dos veículos.
Em prédios com vários pavimentos, as caixas de inspeção não
devem ser instaladas a menos de 2 m de distância dos tubos de
queda que contribuem para elas.
Figura 4.17 Caixa de inspeção.
Tampa de
concreto armado
+
Nível-s=
===::J c::=:
Reves
E- ~
com
Alven
.•~ assen
cimen
Scm 0
0 j-
I·. ° 0.'.", 1.' 0.' '.' 1
L Lastro de
timento interno
arg. cimento/areia
aria de tijolos de barro
tes com argamassa de
to/areia
Corte concreto
0
V 0.. •
~
Planta
60 x 60 (min.)
CAIXA DE GORDURA
É a caixa destinada a reter, em sua parte superior, as gorduras,
graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem
ser removidas periodicamente, evitando, dessa maneira, que es-
ses componentes escoem livremente pela rede de esgoto e gerem
obstrução.
Nas instalações residenciais, é usada para receber esgotos
que contêm resíduos gordurosos provenientes de pias de copa e
cozinha. Sua utilização é exigida em alguns códigos sanitários es-
taduais e posturas municipais. Quando o uso da caixa de gordura
não for exigido pela autoridade pública competente, sua adoção
ficará a critério do projetista. No uso corporativo (hospitais,
restaurantes, indústrias) a sua obrigatoriedade abrange todo o
território nacional.
As caixas de gordura pré-fabricadas ou pré-moldadas podem
ser construídas em concreto armado, argamassa armada, plástico
ABS, fibra de vidro, cerâmica, placas de PVC,polietileno, polipro-
pileno ou outro material comprovadamente resistente à corrosão
provocada pelos esgotos.
As caixas de gordura pré-moldadas em concreto apresentam o
inconveniente de não se adaptarem aos tubos em PVC, provocan-
do trincas com o passar do tempo e posteriores infiltrações. Já as
fabricadas em plásticos (ABS, PVC) ou mesmo, em fibra e vidro,
permitem a conexão de anel de PVC flexível.
De acordo com a NBR 8160, para a coleta de apenas uma
cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena (CGP) ou
uma caixa de gordura simples (CGS). A CGP é cilíndrica, com as
seguintes dimensões mínimas: diâmetro interno de 30 em; parte
submersa do septo de 20 cm; capacidade de retenção de 18 litros;
diâmetro nominal da tubulação de saída de 75 mm. A CGS tam-
bém é cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas: diâmetro
interno de 40 cm; parte submersa do septo de 20 cm; capacidade
de retenção de 31 litros e diâmetro nominal da tubulação de saída
de 75mm.
Em edifícios com pavimentos sobrepostos, os ramais de pias
de cozinha devem ser ligados em tubos de queda independentes
(tubos de gordura), que conduzirão os efluentes para uma caixa de
gordura coletiva, localizada no pavimento térreo. Nesses casos, não
é permitido o uso de caixas individuais em cada pavimento.
144
Tabela 4.2 Caixa de gordura prismática (base retangular).
Quantidades Dimensões internas mínimas (em)
Número de Número de Capacidade Comprimento Largura Altura Altura da
cozinhas refeições da caixa (L) (c) (L) (H) saída
(n) (a x c x L) (A)
l' 18'
, , , ,
-
2 - 31 44 22 47 32
3 - 44 50 25 50 35
4 - 50 52 26 52 37
5 - 56 54 27 53,5 38,5
6 - 63 56 28 55 40
7 - 71 58 29 57,5 42,5
8 - 77 59 29,5 59 44
9 - 83 60 30 61 46
10 - 9}l 62 31 62 47
,
11 - 97 64 32 62,5 47,5
12 - 105 66 33 63 48
13 - 111 68 34 63 48
14 - 118 70 35 63 48
15 - 124 72 36 63 48
16 a 28 100 216 90 40 75 60
29 a36 125 288 120 40 75 60
37 a43 150 360 120 50 75 60
44 a57 200 432 120 60 75 60
58 a 73 250 504 120 70 75 60
74 a 86 300 588 140 70 75 60
87 a 100 350 756 140 90 75 60
101 a 115 400 810 150 90 75 60
116 a 129 450 918 170 90 75 60
*Informações a respeito de caixas de gordura menores e/ou de formato cilíndrico constam da
norma NBR 8160 - Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário - Projeto e Execução.
Figura 4.18 Caixa de gordura.
mpa removível de
oncreto armado
Ta
QJ C>
'ro
~ 00
~ $f
r~astr, conc
I . . . . , ,. .' I.. ........", "
---------------
o -s.:~0~_ { ~:i~;~:'
norma local
L- ---.J
, 111..
o de
reto
PlantaCorte
CAIXA MÚLTIPLA
É uma caixa de plástico desenvolvida pela Tigre, que pode ser uti-
lizada como caixa de gordura, de inspeção e de águas pluviais. De
acordo com o fabricante, o produto consiste de kits com componen-
tes intercambiáveis, que, em função da necessidade da instalação,
podem ser montados para uso de qualquer uma das três versões.
As caixas já vêm pré-montadas, bastando completar com tampa ou
grelha e com prolongadores, se necessário. Para a montagem, basta
encaixar as peças por meio das juntas elásticas.
A caixa múltipla apresenta algumas vantagens em relação às
tradicionais de concreto e alvenaria: pelo fato de ser fabricada em
PVC, não sofre ataque químico do esgoto sanitário; é facilmente
adaptável em qualquer tipo de terreno; possui um isolamento que
impede a passagem de odores; fácil acabamento com o piso, pois o
formato quadrado das tampas facilita o acabamento para qualquer
tipo de piso (cimentado, cerâmico, pavimentado) permite ligação
em desnível (através de prolongadores podem ser criadas entradas
em alturas diferentes das demais ligações); profundidade ajustável
(de 1 em em 1 em, através dos prolongadores sem entrada); é fácil
transportar em função da leveza do material; fácil de limpar (a
superfície lisa não gera incrustação de gordura e impurezas). Além
dessas vantagens, as juntas elásticas previnem contra vazamentos
de esgoto para o solo (que podem poluir os lençóis de água e fazer
o solo ceder) e garantem que a água do solo não entre na caixa,
como acontece em regiões com nível do lençol de água muito ele-
vado -litoral, por exemplo.
L
145
148
de esgoto sanitário, materiais ou componentes não constantes da
normalização brasileira.
Devido a suas vantagens o PVCé o material mais utilizado nos
sistemas prediais de esgoto. Para as tubulações aparentes, instala-
das na horizontal e suspensas em lajes, é recomendável a utilização
de tubos mais reforçados, como da Linha Série R, da Tigre. Nos
pontos críticos da instalação, como nos pés de coluna (tubos de
queda), podem ocorrer choques provocados pela queda de resíduos
sólidos normalmente encontrados nos esgotos. As curvas daLinha
Série R da Tigre, para pé de coluna, foram fabricadas com um
reforço extra de espessura de parede. Por isso, são especialmente
indicadas para uso nesses pontos críticos.
Os tubos de ferro fundido são incombustíveis e possuem alta
resistência a choques. Por essa razão, é mais utilizado nas insta-
lações aparentes, particularmente em garagens de subsolos ou
pilotis, onde exista a possibilidade de ocorrer acidentes. Também
apresentam como vantagens: alta resistência a produtos químicos;
alta durabilidade; resistênciaa altas temperaturas. As manilhas
cerâmicas são mais utilizadas para receber efiuentes industriais e
solventes orgânicos e também possuem resistência à ação de solos
agressivos e de correntes eletrolíticas.
TRAÇADO DAS INSTALAÇÕES
É de fundamental importância uma análise minuciosa dos pro-
jetos de estrutura e arquitetura, antes de elaborar o traçado das
instalações.
As prumadas de esgoto e ventilação, assim como as de água
fria e quente, devem ser definidas pelo profissional de instalações,
para adequar-se às barreiras impostas pelo projeto de estrutura e
integrar-se de forma harmônica ao projeto arquitetônico.
As canalizações embutidas não devem estar solidárias às peças
estruturais do edifício. Deve-se condicionar a escolha dos pontos
de descida dos tubos de queda para o mais próximo possível de
pilares, ou da projeção dos pilares e paredes do térreo.
Com relação às conexões, deve-se utilizá-Ias de forma racional,
evitando, sempre que possível, as mudanças bruscas de direção no
traçado das redes. É preferível a utilização de caixas de passagem
(inspeção) nas mudanças de 90°, em trechos horizontais.
Para a escolha do posicionamento da caixa sifonada com grelha,
devem-se levar em consideração aspectos estéticos, já que o piso
deverá apresentar declividade favorável ao escoamento das águas
para a caixa. De forma geral, quanto mais próxima a caixa sifonada
(ralo) estiver da ligação com o ramal de esgoto, mais simples será
a instalação da ventilação.
AFigura 4.21 apresenta uma sequência de passos a ser seguida
no traçado de uma instalação sanitária.*
Figura4.21 Sequência de passos para o traçado de uma instalação de esgoto.
A - Identificação dos elementos estruturais
(previsão de shaft).
Tubo de
queda
Coluna de
ventilação
C - Ligação do tubo de queda à bacia sanitária
TQ -I=!!::/,..+-,,.......c"'-----j
CV ~~--------------------~------~~
Ralo seco
I
E - Ligação da caixa sifonada ao ramal da bacia
Ralo seco
I
G - Ligação do tubo ventilador ao ramal
de esgoto
B - Escolha do ponto de descida do tubo de
queda e de subida da coluna de ventilação
Ralo seco
I•
Ralo seco
I
D - Localização do ralo seco e da caixa sifonada
F - Ligação do ralo seco e dos ramais de
descarga à caixa sifonada
Ralo seco
I fÕ
H - Colocação dos diâmetros
* Eugênio Foresti & C. E.
Blundi. Instalações prediais
de esgotos sanitários. Escola
de Engenharia de São Carlos.
USP, 1980. Publicação 066/93. 149
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'"o.•...
O
OJ:)
'"I.U
150
DIMENSIONAMENTO DAS
TUBULAÇÕES
As vazões de água servidas Cesgotos) que escoam pelas tubulações
são variáveis em função das contribuições CUHC)de cada um dos
aparelhos. AUnidade Hunter de Contribuição CUHC)é um numero
que representa a contribuição de esgotos dos aparelhos sanitários
em função da sua utilização habitual. Cada aparelho sanitário pos-
sui um valor de UHCespecífico, conforme pode ser visto na Tabela
4.3, fornecida pela norma NBR 8160.
O dimensionamento das canalizações é bastante simples. As
tubulações têm diâmetro dependente do número total de UHC
associadas aos aparelhos sanitários a que servirem. A NBR 8160
fixa os valores dessas unidades para os aparelhos mais comumente
utilizados. A bacia sanitária, por exemplo, possui maior vazão que
o lavatório. Dessa maneira, entende-se que, para vazões maiores,
teremos maiores diâmetros.
Assim, com base na contribuição de cada aparelho e nas decli-
vidades preestabelecidas, dimensiona-se todo o sistema.
Como o sistema de esgoto funciona por gravidade, as decli-
vidades devem ser especificadas em projeto. Em geral, adota-se
declividade mínima de 2% para tubulações com diâmetro nominal
igualou inferior 75mm; 1%para tubulações com diâmetro nominal
igualou superior a 100 mm, com exceção dos casos previstos na
tabela de coletores e subcoletores da NBR 8160.
Isso faz com que, em pavimentos sobrepostos, exista a necessi-
dade de prever uma altura adequada de pé-direito para a colocação
de forros, para esconder as tubulações sob a laje do andar superior.
Tabela 4.3 UHC dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de
descarga (NBR 8160/99).
Diâmetro nominal
Aparelho sanitário Número de UHC mínimo do ramal
de descarga
Bacia sanitária 6 100
Banheira de residência 2 40
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
Chuveiro De residência 2 40
Coletivo 4 40
Lavatório De residência 1 40
De uso geral 2 40
Mictório Válvula de descarga 6 75
Caixa de descarga 5 50
Descarga automática 2 40
De calha 2* 50
Pia de cozinha residencial 3 50
Pia de cozinha industrial Preparação 3 50
Lavagem (panelas) 4 50
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar louças 2 50"
Máquina de lavar roupas 3 50"
Obs. * Mictório (por metro de calha) - considerar como ramal de esgoto (ver tabela) .
•• Devem ser consideradas as recomendações dos fabricantes.
Tabela 4.4 Aparelhos não relacionados na Tabela 4.2 (NBR 8160/99).
Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de UHC
40 2
50 3
75 5
100 6
151
152
Tabela 4.5 Dimensionamento de ramais de esgoto (NBR 8160/99).
Diâmetro nominal mínimo do tubo Número máximo de HUC
4Q 3
50 6
75 20
100 160
Tabela 4.6 Dimensionamento de tubos de queda (NBR 8160/99).
Número máximo de UHC
Diâmetro nominal do tubo Prédio com mais de trêsPrédio de até três pavimentos pavimentos
40 4 8
50 10 24
75 30 70
100 240 500
150 960 1900
200 2200 3600
250 3800 5600
300 6000 8400
Tabela 4.7 Dimensionamento de subcoletores e coletor predial (NBR 8160/99).
Diâmetro nominal Número máximo de UHC em função das declividades mínimas (%)
do tubo 0,5 1 2 4
1-
100 - 180 216 250
150 - 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12 000
Tabela 4.8 Dimensionamento de ramais de ventilação (NBR 8160/99).
Grupo de aparelhos sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias
Número de UHC Diâmetro nominal do Número de UHC Diâmetro nominal doramal de ventilação ramal de ventilação
Até 12 40 Até 17 50
13 a 18 50 18 a 60 75
19 a 36 75 - -
Tabela 4.9 Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação (NBR-8160/99).
Diâmetro nominal Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
de tubo de queda Número de UHC 40 50 75 100 150 200 250 300ou do ramal de
esgoto Comprimento permitido (m)
40 8 46 - - - - - - -
40 10 30 - - - - - - -
50 12 23 61 - - - - - -
50 20 15 46 - - - - - -
75 10 13 46 317 - - - - -
75 21 10 33 247 - - - - -
75 53 8 29 207 - - - - -
75 102 8 26 189 - - - - -
100 43 - 11 76 299 - - - -
100 140 - 8 61 229 - - - -
100 320 - 7 52 195 - - - -
100 530 - 6 46 177 - - - -
150 500 - - 10 40 305 - - -
150 1100 - - 8 31 238 - - -
150 2000 - - 7 26 201 - - -
150 2900 - - 6 23 183 - - -
200 1800 - - - 10 73 286 - -
200 3400 - - - 7 57 219 - -
200 5600 - - - 6 49 186 - -
200 7600 - - - 5 43 171 - -
250 4000 - - - - 24 94 293 -
250 7200 - - - - 18 73 225 -
250 11000 - - - - 16 60 192 -
250 15000 - - - - 14 55 174 -
300 7300 - - - - 9 37 116 287
300 13000 - - - - 7 29 90 219
300 20000 - - - - 6 24 76 186
300 26000 - - - - 5 22 70 152
tilo.;:
'113."!:c
113
<J'J
til.s
o
0.0
til
1.1.I
153
154
INSTALAÇÕES EM PAVIMENTOS
SOBREPOSTOS
As instalações prediais de esgotos sanitários em pavimentos sobre-
postos se diferenciam das instalações em pavimentos térreos, pela
presença do tubo de queda. Nas residências térreas, por exemplo,
o ramal de esgoto do vaso sanitário é ligado diretamente à caixa
de inspeção. Em pavimentos sobrepostos, é necessário prever, no
projeto arquitetõnico, a localização do tubo de queda e da coluna
de ventilação, além do forro rebaixado, para esconder os ramais de
esgoto. A parede escolhida para o posicionamento dessas pruma-
das deverá ter uma largura maior que o diâmetro das tubulações.
A ligação do vaso sanitárioé feita diretamente ao tubo de queda,
e este é ligado à rede subcoletora de esgoto no subsolo do edifício.
Nas instalações em pavimentos sobrepostos, o forro de gesso
ou similar, eliminando os antigos rebaixas em lajes, é fundamental
para a qualidade de um projeto, pois simplifica a execução, diminui
a carga da estrutura, reduz custos e facilita a posterior manutenção.
De acordo com NBR 8160, deve ser evitada a passagem das
tubulações de esgoto em paredes, rebaixas e forros falsos de am-
bientes de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem
ser adotadas medidas no sentido de minimizar a transmissão de
ruído para os referidos ambientes.
Figura 4.22 Instalação de banheiro (pavimento térreo).
c.s
1------------,
0100 : ;---------:
I---=-'-='----~: CI :
, ,, ,
, J
Figura 4.23 Instalação de banheiro (pavimento tipo).
c.s
RESIDÊNCIAS ASSOBRADADAS
Na elaboração do projeto arquitetônico de residências assobradadas
ou de pavimentos sobrepostos, é muito comum não se pensar nas
instalações de esgoto. Essa falta de previsão acarreta a diminuição
do pé-direito dos ambientes localizados sob essas instalações e a
consequente colocação de forros rebaixados.
Os fluidos de esgoto são escoados por gravidade e necessitam
de um tubo de queda para transportá-los para a parte térrea da
edificação. Portanto, se um sanitário for projetado sobre uma sala
de grandes dimensões, é evidente que a tubulação de esgoto terá
um percurso maior sob a laje, até encontrar um pilar ou uma pare-
de mais próxima para sua descida. Nesse caso, coloca-se forro na
sala inteira, para esconder o ramal dessa tubulação, aumentando,
dessa maneira, os custos da obra, além de diminuir o pé-direito
previsto em projeto.
Por essa razão, deve-se estudar com muito cuidado o posiciona-
mento dos compartimentos sanitários localizados nos pavimentos
superiores das edificações.
Na elaboração do projeto arquitetônico, por ocasião da pre-
visão de um forro, deverá haver espaço disponível para a passa-
gem de tubulações de hidráulica, ar-condicionado, instalação de
luminárias e de outros sistemas. A altura do forro é determinada
considerando-se as dimensões de vigas e espaços ocupados pelos
sistemas de serviço. É recomendável que o pé-direito livre abaixo
do forro tenha, no mínimo, 2,80 m.
155
Figura 4.24 Pé-direito em sala sob banheiro.
156
LV
Tubulação
Laje do pavimento superior
Forro rebaixado
H1 H1 < H2
Sala
~/~ Cobertura
- Piscina I Dreno,Ralol ,/
x " Tubulação-c-I Forro ----1
-
Último pavimento
_~---.IJ
-
Pav. tipo
x " "
-j
Forro----1
Térreo
oo
(V)
oo
(V)
o
o
(V)
oo
(V)
Figura 4.25 Previsão de forro (térreo e último pavimento).
H2
/~
oo(vi
o
L()..-
A
AV
v
o
Lrl....-
o Interpavimentos técnicoso, Obs. muito caro. Justificável
(V) em alguns locais específicos
o tL()..-
oo
(V)'
o
L()..-
oo,
L()
Figura 4.26 Pavimentos técnicos de manutenção.
EDIFíCIOS
Geralmente, não ocorrem problemas com relação ao pé-direito dos
banheiros e demais compartimentos dos pavimentos de edifícios,
porque os compartimentos são sobrepostos, com previsão de forros
rebaixados.
No último pavimento tipo de um edifício, porém, costumam
ser esquecidas as tubulações de esgoto e águas pluviais do terraço
e da piscina localizados na cobertura. Nesse caso, deve ser previs-
to um pé-direito maior do pavimento, para a colocação de forros
necessários para a passagem dessas tubulações. Deve-se prever
também um pé-direito maior no pavimento térreo, em função dos
desvios dos tubos de queda e subcoletores de esgoto.
157
158
NíVEIS DO TERRENO E REDES DE
ESGOTO
Os níveis projetados da edificação devem ser convenientemente
estudados pelo arquiteto com relação ao escoamento do esgoto
por gravidade.
Muitas vezes, com a intenção de aproveitar o perfil natural do
terreno, acaba-se comprometendo a ligação da rede de esgoto ao
sistema público, sendo necessário, em alguns casos, o bombea-
mento do esgoto de pontos localizados abaixo do nível da rua. Esse
sistema é bastante complexo e, por esse motivo, deve ser evitado
sempre que possível.
O arquiteto deve verificar se a cota de nível do coletor predial
de esgoto é suficiente para sua ligação ao coletor público, por
gravidade. Deve-se informar, na concessionária local, antes da
execução do projeto, o nível em que se encontra o coletor público.
Geralmente, a profundidade do coletar varia de 1,5 m a 2 m. Tam-
bém é importante conhecer o posicionamento do coletor público
em relação ao lote.
Figura 4.28 Rede coletora de esgoto em terreno com declividade acentuada para o fundo.
(decl. mino = 2%) Rede pública
(esgoto)
a) 580 'I.s: ~
65
Conduíte 02'~t
~ 490
1:
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-- or-,
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I
I
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I
I I II
L ~
/ ""L ~/
.ll: II II Jl
I~I .I. 300 ,
[. 660
Fonte: SPV Hidrotécnica Brasileira Ltda.
REÚSO DA ÁGUA SERVIDA NAS
EDIFICAÇÕES*
* Marianne Wenzel. "A gota
d'água". In.: Revista Arquitetura
& Construção, jun. 2003,
São Paulo, Abril, p. 96-99.
Danilo Costa. "Com todo o
respeito, aproveite a natureza".
In.: Revista Arquitetura &
Construção, novo 2004, São
Paulo, Abril, p. 74-77.
Gisele Cichinelli. "Soluções
não potáveis". In.: Revista
Téchne, n.133,abr.2008,São
Paulo, Pini, p. 54-57.
Além de a água potável não ser utilizada racionalmente, seu escoa-
mento pelos ralos também pode ser considerado uma forma de
desperdício. Uma alternativa criativa para evitar isso pode ser o
reúso da água doméstica.
O reúso consiste em direcionar a água servida de lavatórios,
chuveiros, bacias sanitárias, máquinas de lavar roupa e de lavar 159
160
pratos para uma "miniestação de tratamento" (a água, quando
utilizada em outras atividades que não o consumo, não precisa
apresentar todas as características que a tornam potável). Depois
de tratada, a água é reconduzida para outras utilizações que não
demandam água potável como: descargas em bacias sanitárias,
irrigação de jardins e lavagem de pisos.
Para evitar o desperdício, nas edificações, vários modelos de
reutilização da água estão sendo estudados. Alguns modelos, ainda
em fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento, chegam a econo-
mizar até 40% do fornecimento de água potável.
A configuração esquemática de um projeto para o reúso da
água servida nas edificações prevê um sistema de coleta, subsis-
tema de condução da água (ramais, tubos de queda e condutores),
unidade de tratamento da água (gradeamento, decantação, filtro
e desinfecção), reservatório de acumulação, sistema de recalque,
reservatório superior e rede de distribuição.
Tabela 4.10 Classificação e destinação das águas.
Tipo. de água Aplicação. Exigências mínimas da água não. potávelde reúso
Classe 1 Descarga de bacias • Não deve deteriorar • Não deve ser • Não deve
os metais sanitários abrasiva apresentar mau
• Não deve manchar cheiro
Lavagem de veículos • Não deve conter superfícies • Não deve propiciar
sais ou substâncias infecções ouLavagem de pisos remanescentes após contaminações por
secagem vírus ou bactérias
Fins ornamentais • Deve ser incolor prejudiciais à saúde
• Não deve ser turva humana
Lavagem de roupas • Deve ser livre de nem deteriorar os
algas, de partículas metais sanitários e
sólidas e de metais equipamentos
Classe 2 Lavagem de • Não deve alterar as características de
agregados, resistência dos materiais nem favorecer o
preparação aparecimento de eflorecências de sais
de concreto,
compactação de solo,
controle de poeira
Classe 3 Irrigação de áreas • Não deve conter componentes agressores
verdes e rega de às plantas ou que estimule o crescimento de
jardins pragas
Classe 4 Resfriamento de • Não deve: apresentar mau cheiro, ser
equipamentos de ar-abrasiva, manchar superfícies, deteriorar
condicionado máquinas, formar incrustações
Fonte: Manual de Conservação de Água do SindusCon-SP
É importante lembrar que os custos dos sistemas podem variar
de acordo com a finalidade e, consequentemente, com o grau de
potabilidade da água a ser usada. A relação é direta: quanto maior
a qualidade exigida, maior o investimento. A implantação desses
sistemas, no entanto, não é simples e implica acréscimos de custo
significativos à obra.
Alguns modelos ainda estão em fase de estudos e, portanto,
não foram liberados. De qualquer maneira a especificação de
componentes como reservatórios, sistemas de tratamento e redes
de distribuição exclusivas exige projetos criteriosos que devem
ser acompanhados por engenheiros especializados, além de mão
de obra capacitada para fazer a correta manutenção dos equipa-
mentos.
Figura4.30 Reúso de águas cinzas.
Coleta de águas cinzas
(chuveiro e lavatório) ••
1 ..- Tubo de queda ~
Reservatório exclusivo
t para reúso e desinfecção-t t- tt ~ t- Torneiras de uso geral(acesso restrito)t t ~---
t t--- --- Uso para rega de jardimETE e lavagem de piso
161
Fonte: www.planetaverde.org.br.
162
{
Água do banho passa
,--------- por um filtro com cloro
{
Fil~rada e clorada, a ~~ua
vai para um reservatono
Quando a descarga é
acionada, a água chega
até o vaso impulsionada
por uma motobomba
que não faz barulho
0,..------,.,.

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