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Trabalho sobre Ansiedade av2

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Psicofarmacologia
Ansiedade
O ser humano normal é dotado de um equipamento psico-biológico suficiente para fazê-lo sentir ansiedade diante de situações específicas e que exigem uma atitude mais incisiva e imediata, entretanto, assim que tal situação se resolve, tudo voltará ao normal fisiologicamente.
Porém, para algumas pessoas ansiedade é algo incontrolável e não deixa de existir, simplesmente, quando a situação que a deveria causar ansiedade deixa de exisitir.
O ansioso sente um medo, apreensão e tensão constante, além do normal. Muitas vezes existe uma razão concreta para a pessoa estar reagindo à vida com ansiedade, como por exemplo, quando há estresse provocado por algum acontecimento externo ou conflito interno, quando há alguma doença em curso, uma emergência de vida, etc. Mas, existem situações de ansiedade onde não se detecta nenhum motivo aparente, inclusive nenhuma doença física que possa justificar esse estado emocional, nenhum acontecimento estressante.
Ansiedade
Nesses casos sem razão aparente, os sintomas da ansiedade surgem espontaneamente, muitas vezes sob a forma de ataques de ansiedade, ataques de pânico, fobias, transtorno obsessivos, somatizações e doenças psicossomáticas.
Dependendo da forma como essa ansiedade patológica se apresenta nesta pessoa, ela poderá se mostrar ora hipocondríaca, ora evitando freqüentar lugares onde possa se ver em situações de pânico, pode ser inclinada a usar álcool para aliviar a sensação de insegurança, enfim, pode apresentar algum comprometimento de seu modo de vida. ansiedade. A ansiedade pode se apresentar de várias formas.
Há também uma completa descrição do tema em DSM.IV e no CID.10, duas classificações internacionais de doenças. No DSM.IV o assunto é dividido da seguinte maneira:
1. Agorafobia Ataque de Pânico
2. Transtorno de Pânico Sem Agorafobia
3. Transtorno de Pânico Com Agorafobia
4. Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico
5. Fobia Específica 
6. Fobia Social
7. Transtorno. Obsessivo-Compulsivo
8. Transtorno. de Estresse Pós-Traumático 
9. Transtorno. de Estresse Agudo
10. Transtorno. de Ansiedade Generalizada
11. Transtorno. de Ansiedade por uma Condição Médica Geral
12. Transtorno. de Ansiedade Induzido por Substância
13. Transtorno. de Ansiedade Sem Outra Especificação.
Na ansiedade sob a forma de Síndrome do Pânico, a pessoa tem crises onde começa a apresentar um pavor exagerado de passar mal, perder o controle, morrer de repente, não poder ser socorrido, enfim, medo de sofrer alguma coisa grave que se manifesta em determinadas situações. Essas crises normalmente são acompanhadas de palpitação, sudorese e mal-estar, etc.
Outra forma de ansiedade é a chamada Ansiedade Generalizada, onde a pessoa está continuadamente desesperada, aflita, assustada e inquieta, sempre achando que alguma coisa de mal vai pode acontecer com ela, com seus filhos...
A ansiedade também pode se manifestar através de sintomas Obsessivo-compulsivos. Nessa situação, a pessoa é invadida por pensamentos torturantes, exigentes, absurdos e desagradáveis, conseqüentemente ela repete várias vezes o mesmo ato impulsivamente para tentar aliviar-se dos pensamentos. É o caso das pessoas que conferem várias vezes se fecharam o gás do fogão, a porta da casa, são pessoas que lavam as mãos várias vezes e continuam achando que as mãos ainda estão sujas, pessoas que se preocupam exageradamente com a simetria das coisas, etc.
Outras pessoas expressam suas ansiedades através de Fobias. São conhecidas várias formas de fobias, como a claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de sair de casa e ficar em público), fobias sociais (como o medo de ser ridicularizado em público) e outras.
Além dessas formas de ansiedade, a pessoa também pode passar por algum trauma e continuar sentindo todo o mau estar mesmo depois do problema ter acontecido. Esse tipo de ansiedade é conhecido como Estresse Pós-traumático, que pode aparecer logo após a pessoa ter sofrido um trauma e persistir até 6 meses depois. A pessoa passa a reviver o trauma repetitivamente, ter insônia, pesadelos, dificuldade para se concentrar, entre outros sintomas
O tratamento pode variar conforme o tipo de ansiedade, entretanto, o conceito do tratamento deve ser sempre o mesmo. Isso significa que não nos preocupamos, exatamente, com a existência do tipo de Transtorno da Ansiedade em si, mas com o por quê esse determinado paciente é portador dessa doença.
E qual seria o conceito básico a termos em mente para o tratamento de qualquer tipo de Transtornos de Ansiedade? Primeiro, é importante ter uma boa noção do fenômeno da ansiedade em si, em seguida do estresse. Toda ansiedade tem início quando o indivíduo toma contacto com um agressor psicossocial. Ora, então o problema da ansiedade patológica só pode ser devido à:
1. O estressor é maior que a capacidade de adaptação da pessoa;
2. O estressor persiste por muito tempo e esgota a capacidade da pessoa se adaptar;
3. A sensibilidade da pessoa está temporariamente muito acentuada, a ponto de transformar fatos corriqueiros em fatos estressantes;
4. A pessoa tem um traço de personalidade capaz de superestimar fatos cotidianos como se fossem fatos estressantes;
5. Uma combinação de mais de um desses fatores.
Objetivos do tratamento para Ansiedade
1. Diminuir os sintomas mórbidos para o pacientes readquirir a indispensável sensação de segurança;
2. Fortalecer a sensibilidade (afetividade) da pessoa para ser capaz de suportar melhor os estresses da vida;
3. Procurar resolver seus conflitos íntimos;
4. Se possível, lidar com os estressores.
Tratamento
Nos casos das fobias, além da terapia medicamentosa, também as psicoterapias comportamentais e cognitivas são de grande valor. Enquanto os medicamentos minimizam os sintomas, reforçam a segurança pessoal e melhora a auto-estima, corrigem desequilíbrios orgânicos, a psicoterapia busca promover uma conscientização da situação e uma dessensibilização sistemática (adaptação ou superação) da pessoa diante da situação que lhe causa o estresse. Pretende-se que a pessoa vá, aos poucos, aprendendo a relaxar e controlar-se diante daquela situação que lhe causa ansiedade.
Para os casos de Pânico estão indicados os ansiolíticos, antidepressivos e, igualmente, a Terapia Cognitiva-Comportamental. A grande maioria dos casos de Pânico são beneficiados com o uso de antidepressivos.
Também no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), a farmacoterapia associada à terapia comportamental e cognitiva é considerado tratamento ideal. Infelizmente o TOC não mostra ainda um bom prognóstico terapêutico, apesar desses esforços. É, de fato, uma doença grave e a maioria dos pacientes apresenta apenas uma resposta parcial ao tratamento. Por este motivo tem sido quase unânime a recomendação de que se utilize simultanea
mente o tratamento medicamentoso e psicoterápico.
A combinação de farmacoterapia e psicoterapia tem sido a melhor opção para tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada.
Farmacoterapia 
Benzodiazepínicos - Ansiolíticos
Os benzodiazepínicos foram, no passado, e continuam sendo ainda muito utilizados como tratamento da Ansiedade Generalizada. Em nossa opinião pessoal, sua ação é muito mais sintomática que terapêutica, propriamente dita. No entanto, não se pode, absolutamente, prescindir de sua utilização para o alívio imediato dos molestos sintomas da ansiedade
ANSIOLÍTICOS BENZODIAZEPÍNICOS DISPONÍVEIS NO BRASIL
Nomequimico
Nome comercial
Alprozalam
Apraz
,Frontal,Traquinax,
Bromazepan
Lexotam,Somalium,Sulpam
Buspirona
Ansitec,Bromoprim,Buspanil
Clobazan
Urbanil,Frizium
Clonazepan
Rivotril,Clonotril
Clordiazepóxido
Psicosedim
Cloxazolam*
Olcadil,Elum
Diazepam
Diazepam,Noam,Valium,Ansilive
Lorazepam
Lorax,Lorium,,mesmerim
Efeito dos Ansiolíticos
Aparentemente o efeito ansiolítico dos Benzodiazepínicos está relacionado com um sistema de neurotransmissores chamado gabaminérgico do Sistema Límbico. O ácido gama-aminobutírico
(GABA) é um neurotransmissor com função inibitória, capaz de atenuar as reações serotoninérgicas responsáveis pela ansiedade. 
Os Benzodiazepínicos seriam, assim, agonistas (simuladores) deste sistema agindo nos receptores gabaminérgicos. Assim, quando, devido às tensões do dia-a-dia ou por causas mais sérias, determinadas áreas do cérebro funcionam exageradamente, resultando num estado de ansiedade, os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é, inibem os mecanismos que estavam funcionando demais e a pessoa fica mais tranqüila e menos responsiva aos estímulos externos.
Como conseqüência desta ação, os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro que se caracteriza por:
1) diminuição de ansiedade;
2) indução de sono;
3) relaxamento muscular;
4) redução do estado de alerta.
É importante notar que os efeitos dos benzodiazepínicos podem ser fortemente aumentados pelo álcool, e a mistura álcool + benzodiazepínico pode ser prejudicial.

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