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Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
MAESTER OLM
O MUNDO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Barra do Garças-MT
2017
O MUNDO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogia. 
Orientador (a): Professora Natália Gomes dos Santos.
Barra do Garças-MT
2017
OLM, Maester. O MUNDO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2017. 26 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) –. Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Barra do Garças-MT, 2017.
RESUMO
O projeto de ensino tem como tema “O mundo lúdico na educação infantil”, na qual, aborda em seu contexto desde a origem do termo ludicidade, o processo histórico cultural sobre a infância, a importância do brincar, dos brinquedos e dos jogos para o desenvolvimento da criança, a formação de professores frente às metodologias lúdicas, até a abordagem lúdica diante da educação infantil nos dias atuais. A preocupação em desenvolver estudos a cerca do tema, se justifica pela necessidade do acadêmico estar conhecer mais sobre esse assunto tão pertinente abordado durante a graduação, e que servirá de auxilio em execuções profissionais, tão logo, as atividades lúdicas aprimoram as maneiras de conduzir a prática pedagógica alcançando resultados com enorme relevância. A problemática observada durante o processo de estudo fica por conta dos docentes, que se sentem desestimulados, acomodamos, transpassando esse desinteresse as acrianças através de metodologias tradicionais e maçantes. O objetivo é de entender as maneiras de se trabalhar o lúdico dentro da educação infantil, superando as adversidades, e fazendo prevalecer às metodologias prazerosas que conquiste as crianças e ajude-as em sua evolução cognitiva, emocional, afetiva, física e motora. Os conteúdos a serem desenvolvidos estão voltados para as atividades temáticas, leituras, raciocínio lógico, sensoriais, artísticas, físicas e motrizes, a serem executadas e avaliadas em um processo diário e contínuo, com o auxilio de recursos matérias como: Livros, revistas, cordas, caixas de papelão, reto projetor, caixa de som, brinquedos, jogos, notebook, entre outros. Esse projeto teve embasamento em autores com: Lev Semyonovich Vygotsky, Tizuko Morchida Kishimoto, Paulo Freire entre outros.
Palavras-chave: Lúdico. Educação. Infância. Brinquedos. Jogos. 
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca uma abordagem a cerca da importância da ludicidade na primeira fase da infância dentro do contexto escolar, tendo como título “O Mundo Lúdico na Educação Infantil”. O mesmo procura compreender o processo histórico e cultural que permeou ao longo dos tempos frente a ludicidade, dando ênfase as atividades voltadas aos brinquedos, as brincadeiras, e aos jogos, demonstrando que tal assunto é fundamental para o desenvolvimento da criança.
Está mais que comprovado no contexto escolar atual que as atividades lúdicas contribuem de forma significativa no processo de ensino e aprendizagem, principalmente quando frisamos a educação infantil, na qual, envolve crianças com uma faixa etária entre os dois e cinco anos, fase que a criança necessita de atividades menos complexas e mais divertidas, menos rigor e mais afeto. Diante disso a ludicidade vem a caráter suprir tais necessidades através dos brinquedos, brincadeiras, e jogos sem perder o foco no ensino, afinal qualquer atividade é passiva de se aprender algo novo.
O lúdico constrói horizontes, cria uma reflexão sobre as formas de se aprender, no entanto, a abordagem precisa ser feita com metodologias adequadas, passivas de alteração para se buscar melhores resultados, devido a isso, o estudar e investigar sobre o lúdico ajuda o docente a ser mais eficaz nas suas contribuições profissionais, diante disso, o problema enfrentado nos dias atuais, se resume a alguns professores que ficam parados no tempo, acomodados e insatisfeitos usando de métodos tradicionalistas que retratam o aluno disperso, estressado e desinteressado em sala de aula. 
O objetivo principal desse projeto é de entender as maneiras de se trabalhar o lúdico dentro da educação infantil, buscando uma visão local e global sobre as situações adversas e as formas que favoreçam a construção de um ambiente propício ao desenvolvimento educacional da criança.
Para uma boa eficácia do projeto foi levado em consideração alguns conteúdos a serem trabalhos em sala de aula, e que em uma visão mais abrangente propiciaram resultados mais expressivos devido a utilização de metodologias mais prazerosas, esses conteúdos a serem abordados são: As atividades temáticas; Atividades físicas e motrizes; Leituras deleites; Raciocínio lógico; Atividades sensoriais e Atividades artísticas.
	Na intenção de compreender melhor sobre a temática abordada durante o projeto, foi criada essa síntese que frisa as etapas do desenvolvimento, que começou através de um conceito sobre o termo “Ludicidade”, consequentemente o contexto histórico e cultural que permearam até os dias atuais, a importância do brinquedo, do brincar e dos jogos, e as formas de se trabalhar o lúdico no contexto escolar.
	Recursos a serem utilizados para o desenvolvimento do projeto se resume a parte humana proporcionada pelo docente, e pelos recursos materiais a serem usados durante todo o ano letivo como: Canetões, lousa branca, gizes, livros, massa de modelar, tinta, pincel, revistas, jornais, cordas, caixas de papelão, papel sulfite, data show (reto projetor), cola, tesoura, caixa de som, pen drive, tira de pano, brinquedos, jogos, apito, guizo, notebook, entre outros.
 	O processo de avaliativo ocorrerá de forma diária e contínua, levando em conta a observação e o registro dos níveis de aprendizado do aluno, considerando os aspectos de interação com os demais colegas, a criatividade, o interesse, e principalmente observação crítica por parte do educando.
	Os principais autores que ajudaram com seus estudos embasando a elaboração desse projeto foram: Yvette Datner – Significado da palavra lúdico; Sonimar Carvalho de Faria – Criança era percebida de acordo coma época; Philippe Ariès – Concepção do homem em miniatura; Maria Lúcia de Arruda Aranha – Sentimento de infância; Marta Maria Azevedo Queiroz – Pressupostos antropológicos; Platão e Aristóteles – importância do lúdico; Tizuko Morchida Kishimoto – Importância dos jogos brinquedos e brincadeiras; Olivette R. B. Aguiar – Real sentido da educação lúdica; Lev Semyonovich Vygotsky – Importância do lúdico; Paulo Nunes de Almeida – Técnica e jogos pedagógicos; Antônio Sampaio da Nóvoa – Formação de professores; Sandra Regina Dallabona – O lúdico e a educação infantil; Paulo Freire – Práticas educativas; Celso Antunes – Múltiplas inteligências; Rúbia Renata das Neves Gonzaga – Formação lúdica para professores.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O termo ludicidade por muito tempo nem ao menos existia, ou melhor, não se tinha o conhecimento quanto a sua concepção. Na busca pelas primeiras definições sobre o seu significado etimológico, foi realizado uma análise em função da origem semântica da ludicidade, na qual, se observou que a mesma deriva da palavra em latim = LUDUS, que significa jogo, divertimento, entretenimento, brincadeira, exercício ou imitação.
A palavra ludus, em latim e em outros idiomas, acumula dois significados: jogar e brincar. Podemos, assim, atribuir serenidade ao jogar somada a leveza do brincar sem infantilizar as atividades, nem exigindo dos participantes adultos que se tornem crianças por algumas horas. Os adultos como as crianças prestam-se ao jogo por prazer. (Dartner, p.2006, 25)
Quando se aborda o contexto sobre o termo ludicidade pensando na importância que o mesmo tem na atualidade, seja em ambientes formais ou não formais, precisa-se primeiramente compreender o desenrolar que o mesmo teve no tempo, que em parte,só pode ser levada em consideração quando se conhece o processo histórico e cultural.
Faria (1997, p.9) destaca que “a criança será percebida pela sociedade de forma diversificada ao longo dos tempos, conforme as determinações das relações de produção vigentes em cada época”.
Como já foi salientado anteriormente, o termo ludicidade nos dias atuais ganhou grande destaque e as atividades lúdicas ultrapassaram os muros das escolas, passando a serem desenvolvidas em diversos segmentos da sociedade, no entanto, essas atividades voltadas para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e sensório-motor das crianças, nem sempre tiveram essa relevância, principalmente se voltarmos no tempo antecedendo o século XVII, quando as crianças em relação a sua infância não eram valorizadas, apenas reconhecidas como pessoas pequenas ou como adultos em miniatura, com uma força física correspondente a sua estatura “A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14). 
Já que não existia esse sentimento de infância por parte dos adultos quanto às crianças, más considerando que faziam parte de uma coletividade, a ideia principal era que mesmas se ocupassem de tarefas domésticas e que crescessem o mais rápido possível, para ganhar tônus muscular e passassem a participar dos trabalhos mais pesados e de outras atividades do mundo adulto, o que dificultava a sua sobrevivência.
Durante a revolução industrial as atividades voltadas ao capital econômico ganharam grande ênfase, nesse período as brincadeiras e os jogos eram observados como coisas fúteis, principalmente pela falta de tempo dos adultos, que se dedicavam exclusivamente ao trabalho que era incessante. Nessa época as concepções religiosas tinham grande enfoque na sociedade, e considerava tudo aquilo que era ligado ao lazer e que proporcionasse prazer, como fonte de pecado e consequentemente perda de salvação, logo então, as atividades lúdicas eram consideradas supérfluas e causadoras dos desvios de conduta.
Essa concepção foi mudando com o passar dos anos, principalmente, quando ainda na antiguidade, surge à preocupação com os cuidados voltados a criança, “nasce um sentimento de infância, a preocupação com o pudor e o cuidado em não corromper a inocência infantil”. (ARANHA, 1996 p.60)
Educadores da época começam a desenvolver atividades voltadas para ludicidade, porém, apenas como meios recreativos, já que não viam ou entendiam a real utilidade do brinquedo como recursos educacionais. 
O brinquedo e a brincadeira tiveram sua ascensão na França paralelamente as grandes transformações da civilização ocidental, no entanto, os primeiros estudos que colocam a ludicidade como fonte de desenvolvimento educacional dando relevância ao jogo e ao brincar, permearam em Roma e na Grécia Antiga, através da visão de filósofos como, Platão e Aristóteles, que tinham uma forma de pensar bem parecida.
Dos pressupostos antropológicos que embasam a pedagogia, os romanos assim como os gregos representam a tendência essencialista, que atribui à educação a função de realizar ‘o que o homem deve ser, a partir de um modelo, portanto, os modelos eram tão importantes para os antigos. (QUEIROZ, 2009. p. 15)
Platão, em Les Lois (1948, p. 39-40) discute a importância do aprender utilizando a brincadeira e se opondo ao uso da violência e da opressão. Platão (427- 348) apud. Paulo Nunes de Almeida- 1998, ainda afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos, sob vigilância e em jardins da infância. Ainda em Les Lois (1948, p. 97) nesta mesma premissa, Aristóteles sugere para o desenvolvimento educacional, jogos que imitem atividades sérias, similares às práticas adultas, preparando assim as crianças para a vida futura, (KISHIMOTO, 1994 p. 39). Ou seja, Aristóteles se preocupava que as brincadeiras tivessem propósitos/objetivos e que não fossem meros momentos de lazer.
[...] As ações realizadas pelas crianças no desenvolvimento do brincar proporcionam o primeiro contato com o meio, e as sensações que produzem constituem o ponto de partida de noções fundamentais e dos comportamentos necessários à compreensão da realidade. Dentre as várias formas de apropriação a luta pela sobrevivência ganha destaque especial (AGUIAR, 2006, p. 23).
Nesse período ficou claro que as atividades ligadas às brincadeiras e aos jogos passavam a ganhar grande relevância, devida a notória evolução cognitiva e motora por parte dos aprendizes, o que ajudava em suas tarefas diárias. Diante disso, percebeu-se, o quanto o lúdico poderia ser uma ferramenta fundamental no âmbito educacional, principalmente se frisarmos à criatividade e a facilidade de assimilação que cada criança apresenta quando brinca ou joga. O lúdico gera no educando um sentimento de satisfação e prazer, ajudando-o no desenvolvimento do seu ego, na capitação e memorização dos fatos, além de proporcionar uma saúde física e mental, servindo de trampolim para família e consequentemente pra a sociedade.
[...] o jogo as obriga a diversificar de forma ilimitada a coordenação social de seus movimentos e lhes ensina flexibilidade, plasticidade e aptidão criativa como nenhum outro âmbito da educação. (VIGOTSKI, 2003, p. 106).
A partir desse momento em que as atividades voltadas para os métodos lúdicos passaram a ganhar espaço, muitos educadores acreditando nos bons resultados já obtidos, adotaram e difundiram em suas atividades educacionais, já que as mesmas facilitam e promovem melhorias no processo de ensino- aprendizagem. No entanto, o educador deve estar ciente e saber mediar essa inclusão usando das formas apropriadas. 
O sentido real, verdadeiro, funcional, da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso à diante (ALMEIDA, 2000, p.63).
Nóvoa (1991) ressalta que não é possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente. Mas isso não quer dizer que o educador seja o único responsável pelas ações educativas, no entanto, é um dos responsáveis pelo sucesso da ação. Neste sentido, Dallabona (2004, p 3), ressalta que a brincadeira basicamente se refere à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada; jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras; brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar; já a atividade lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores. E é nesse ponto que a escola entra como protagonista para a realização da ludicidade, passando a ser uma referência para o desenvolvimento do ato de brincar. 
Conforme o brinquedo e as brincadeiras se evoluem, enxergamos uma mudança rumo à realização consciente de sua finalidade. É necessário idealizar o brinquedo e as brincadeiras como atividades com propósitos que direcionam as ações da criança. 
Às vezes, observamos que durante as brincadeiras, as crianças são livres para determinar suas próprias ações, e em outras situações, seus atos não passam de uma mera liberdade ilusória, devido a suas atuações serem realmente subordinadas ao significado dos objetivos, executadas de acordo com a atitude acintosa do educador. As atividades devem estar voltadas para as finalidades pedagógicas do brincar, uma vez que é este o ponto de vista do desenvolvimento da criança. 
Através das brincadeiras elas situam o imaginaria servindo como meio para desenvolvimento do pensamento abstrato. Logo o brincar reforça a sua assimilação infantil que por sua vez direciona seu pensar de maneira cada vez mais equilibrada, favorecendo a aprendizagem ao longo do seu crescimento. Ao ampliar suas potencialidades, a criança exercita ainteração com outros, vencendo suas dificuldades e consequentemente passando a tomar decisões nas situações conflituosas com mais naturalidade. Por exemplo, o brinquedo se torna desafio que seduz a novas descobertas, o brinquedo se torna algo a ser explorado minuciosamente.
Para Vygotsky (1984) é necessário atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
Vygotsky conclui que ao utilizar o termo “brinquedo”, num sentido amplo, atribui principalmente á atividade, ao ato de brincar, porém é necessário ressaltar que embora ele analise o desenvolvimento do brinquedo e mencione outras modalidades, como os jogos esportivos, o mesmo se preocupa em destacar o jogo de papeis ou as brincadeiras do faz-de-conta, como por exemplo, o brincar de amarelinha, o brincar de polícia e ladrão, entre outros, que são brincadeiras muito antigas, mas na qual, durante suas execuções a criança passa a estimular o seu equilíbrio, sua agilidade, seu pensamento, e sua socialização mostrando que poderá brincar com uma ou mais crianças. Tal fato se justifica pela importância dessas brincadeiras nas crianças que aprendem a falar e que, portanto, já são capazes de representar simbolicamente, envolvendo-se em situação imaginaria.
A brincadeira, portanto passa a refletir a possibilidade de solução do problema ocasionado, por um lado, pela carência de ação da criança e, de outro, por sua incapacidade de executar os procedimentos exigidos por essas práticas. Assim, por meio do brinquedo, a criança se lança nas atividades dos adultos, procurando ser compreensível com os papéis expostos, e encontra oportunidades de desenvolver suas capacidades e habilidades, expandindo o conhecimento de mundo e das pessoas que as rodeiam. 
Kishimoto (1999) ressalta a importância do jogo na educação infantil e em suas pesquisas, procura discutir sua função lúdica e pedagógica, ressaltando a distinção entre o jogo e o material pedagógico, fazendo uma avaliação sobre a realidade do jogo educativo, indagando se o mesmo é utilizado realmente como jogo ou ele é simplesmente um recurso para o alcance de um objetivo.
[...] se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras, sua utilização deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais prevalece a incerteza do ato e não se buscam resultados. Porém, se os mesmos objetos servem como auxiliar da ação docente buscam-se resultados em relação à aprendizagem de conceitos e noções. Nesse caso, o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica deixa de ser brinquedo para se tornar-se material pedagógico (KISHIMOTO, 1999, p. 78).
Kishimoto (1999) dando significado ao jogo na educação atual relata que o mesmo se diverge em relação ao jogo educativo, que estaria relacionando simultaneamente a duas finalidades. A primeira é a função lúdica do jogo, expressando o conceito de que sua vivência proporciona a diversão, o prazer, e é facultada a escolha pela criança. A segunda é a função educativa, quando a prática do jogo induz a criança ao desenvolvimento do seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão de mundo. O equilíbrio entre as duas funções seria então o objetivo do jogo educativo. Portanto, ao se utilizar o jogo como recurso pedagógico, é importante refletir sobre quais dificuldades podem ser enfrentadas quando se desenvolve algum tipo de jogo com os alunos em sala de aula. 
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia à ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p.130).
Essa verdadeira viagem a cerca da ludicidade, destacou o quanto ela foi descompreendida ao longo da história, más graças aos vários estudiosos, hoje é reconhecida e tem caracterizada a sua real finalidade, cabe ao professor utilizar-se dos métodos que envolvam as brincadeiras e os jogos às atividades educacionais, implicando em uma significativa evolução do educando frente ao aprendizado, e de certa forma a continuar proporcionando prazer, afinal, o brincar e o jogar faz parte da vida até mesmo para o ser já adulto, quanto mais ainda para uma criança, e quando há a possibilitamos de aprender brincando, isso reflete muito além do ato em si, propicia a ela uma possibilidade de vida melhor. Seguindo esses passos expandimos a essa criança, a chance de uma evolução natural e efetiva, uma forma de interação social resultante tão somente do brincar, além das possibilidades de se reconhecer como ser, de manifestar e consumar originalmente seus desejos, suas carências e suas abstrações durante a infância. 
Essa experiência do brincar, que em outras épocas foram praticamente banidas, são essenciais em qualquer faixa etária, é claro que tem maior relevância durante a infância, principalmente se frisarmos as crianças com idades entre três e cinco anos, que fazem da brincadeira uma constante em suas vidas, interatuam com a realidade, descobrindo o mundo que as cercam. Dessa forma, o brincar, o brinquedo e o jogo, já não estão mais nas escolas e nas creches como aquelas atividades utilizadas pelo professor apenas para recrear as crianças, estas agora fazem parte de um processo de ensino aprendizagem.
[...] a criança muito pequena está limitada em suas ações pela restrição situacional, desde que a percepção que ela tem de uma situação não está separada da atividade motivacional e motora. Todavia, na brincadeira, os objetos perdem sua força determinadora sobre o comportamento da criança, que começa a poder agir independentemente daquilo que ela vê, pois a ação, numa situação imaginária, ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que a afeta de imediato, mas também pelo significado dessa situação. (Vygotsky, 1984, p.109- 110).
Quanto maiores e mais amplas forem às experiências vivenciadas pela criança durante a infância, maior será o conteúdo acessível á sua imaginação e consequentemente a sua concepção. Podemos considerar que é justamente durante a infância, que ser humano tem uma maior agilidade e facilidade na absorção e evolução nos aspectos de aprendizagens, ou seja, tanto as crianças quanto os adultos são capazes de aprender algo novo, logo, o processo sempre vai exigir mais repetições, tentativas e erros. A diferença é que, durante a infância, não é necessário repetir tantas vezes, o cérebro compreende mais rápido como deve reagir a cada estímulo e logo cria uma reação padrão. Diante disso, há a obrigação do docente de acrescentar, consideravelmente, fatores que impulsione a vivencia do educando com o ambiente físico, através dos brinquedos, brincadeiras, jogos e interação com outras crianças.
A Primeira Infância compreende a fase do 0 aos 6 anos e é um período crucial no qual ocorre o desenvolvimento de estruturas e circuitos cerebrais, bem como a aquisição de capacidades fundamentais que permitirão o aprimoramento de habilidades futuras mais complexas. Crianças com desenvolvimento integral saudável durante os primeiros anos de vida têm maior facilidade de se adaptarem a diferentes ambientes e de adquirirem novos conhecimentos, contribuindo para que posteriormente obtenham um bom desempenho escolar, alcancem realização pessoal, vocacional e econômica e se tornem cidadãos responsáveis. (NCPI, 2014 p.3)
Durante a infância não se pode esquecer que o aspecto físico-motor é primordial para o desenvolvimento. O ambiente escolar deve ser propicio a atividades que proporcione essa articulação, e o educador deve ser consciente ao ponto de propor exercícios lúdicos diversificados, na busca por uma mobilidade corporal de modo orientado e calculado, podendo assim movimentar-se em diferentes espaços tendo como orientação espacial o próprio corpo. Exemplos de atividades como brincadeiras de pular corda, andar em linhas demarcadas, imitar os movimentos de animais, pular com um pé só, pintar, desenhar, etc. contemplam as vontades dos educandos e ajudam-nos na evolução motriz com maior prazer. 
	Nesse período, também se torna fundamental a interação escola e família, na qual, os professores expõem aos familiares à importância do deixar brincar durante a infância, já que torna as crianças mais felizes, aumentando com isso suas capacidades físicas, motoras, sensórias e cognitivas. Essa forma de estimular tende a trazer maiores vantagens na aprendizagem.
Essa interação escola família é frisada, tendo em vista, o que está acontecendo nos dias atuais, que em alguns casos a criança é corriqueiramente sobrecarregada por deveres e afazeres, sobrando pouco tempo para as práticas lúdicas, diminuindo as chances de se reconhecer, de construir seu ego afetivo e fazer suas próprias escolhas por meio da brincadeira.
Esses problemas podem causar interferências significativas no processo de aprendizado durante a fase infantil, o professor com ações pedagógicas deve tentar conhecer e entender os problemas dos educandos, e buscar constantemente meios inovadores para minimizar ou solucionar as adversidades. O ato de buscar explicações e aprimorar metodologias diferenciadas faz parte da formação docente pedagógica, então essa reformulação esta interligada a esse meio profissional, o que não pode deixar acontecer é o comodismo, quando o profissional estaciona em uma zona de conforto não se comprometendo com as situações adversas. 
Antes de qualquer tentativa de discussão de técnicas, de materiais, de métodos para uma aula dinâmica assim, é preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache “repousado” no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano. É ela que me faz perguntar, conhecer, atuar, mais que perguntar, reconhecer (Freire 2006, p.86).
Nessa fase infantil dentro do contexto escolar, a ideia é que o professor através da ludicidade crie principalmente dentro da sala de aula, um ambiente prazeroso, apaixonante, diminuindo assim as atividades sofríveis, maçantes e repetidas, de modo a fascinar o aluno, fazendo com que o mesmo esteja sempre disposto à participação e interação, isso tudo sem perder o foco voltado ao aprendizado. Toda via, deve ser levado em consideração que nem toda criança age ou aprende da mesma forma, portanto, nem sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia, e, pensando na possibilidade da função lúdica perder o seu real sentido dentro do ensino aprendizado, (ANTUNES, 2002, p. 37), salienta que “jamais pense em usar jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento”.
A prática pedagógica quando é devidamente planejada, tende a favorecer as atividades lúdicas, e à medida que vai se desenvolvendo e modificando o ambiente, a relação entre educador/educando naturalmente vão se estreitando e cria a tal relação de confiança, nesse sentido o professor se torna um aliado na construção do conhecimento, o que traduz a vontade do aluno em querer cada vez mais aprender brincando e brincar aprendendo.
[...] a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica. Gonzaga (2009, p. 39) 
Desse ponto de vista, o ato de educar por parte da docência se resume as situações de precaução, brincadeiras e aprendizagem direcionada de forma constituída e que sejam capazes de colaborar para o crescimento das habilidades na fase infantil, dando ênfase às relações interpessoais, que tornam esse ser, parte de uma coletividade com comportamento básico de aceitação, respeito e confiança, criando um acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Esses fatores concluem que o educando sempre será o protagonista, no entanto, o educador será o elo durante o processo de intermediação, esse não se limitará em repassar apenas informações repetitivas ou mostrar apenas uma direção, pelo contrário, ele ofertará inúmeros mecanismos que deixem o sujeito à vontade, podendo escolher a qual caminho possa seguir.
Enfim a partir das observações desses autores citados durante o texto, cria se um resumo da importância da ludicidade dentro do ensino fundamental, no qual, os mesmos discutem as brincadeiras, os brinquedos e os jogos como meios que a criança possa utilizar-se para estar interagindo no âmbito físico e social onde se inserem, estimulando sua motivação e aumentando seus conhecimentos e suas capacidades, nos aspectos fisiológicos, sociais, culturais, afetivos, emocionais e cognitivos, justificando a relevância que deve ser dada à experiência na educação infantil, que engloba a primeira fase da infância.
O que traz enorme tristeza é a de saber que ainda nos dias atuais, existem escolas que não reconhecem o mundo imaginário e as atividades motoras próprias dessa fase infantil, o que nos da a entender, que infelizmente o contexto do adulto em miniatura até o momento não foi cem por cento superado. Os conceitos de ludicidade nesses ambientes estão profundamente centrados no processo ensino aprendizagem ligados às metodologias tradicionais o que invoca a expressão “consciência bancária”, intitulada por Paulo Freire (1979, p. 38) que segundo o autor, “O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita”. A partir dessa percepção o sujeito homem perde os princípios da ludicidade, que sugere um ser criativo e ativo em suas expressões, tornando-o alienado a um sistema que o coloca como mero espectador, ou seja, um simples objeto para compor a sociedade. Conclui-se então a importância do lúdico no universo infantil frente à sociedade e principalmente dentro da organização pedagógica escolar.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa
	O projeto de Ensino busca ressaltar o valor significativo do Lúdico na Educação Infantil. Esse tema é indispensável e de estrema importância, devido o mesmo estar inteiramente ligado às propostas das temáticas que foram apresentadas durante o curso de graduação, além de fazerem parte das concepções metodológicas atuais que buscam educar com qualidade, interesse e satisfação sem perder o brio da infância.
	A abordagem a cerca do tema trouxe uma enorme relevância para o acadêmico no âmbito pessoal e principalmente profissional, já que expõem as dificuldades vivencias pelos docentes no âmbito escolar e instigam o mesmo a seguir se atualizando em busca de meios inovadores voltados para métodos lúdicos que o ajude no repasse dos conhecimentos.
3.2 Justificativa
O principal motivo pela escolha do tema se deriva do fato que o curso de pedagogia aborda constantemente esse pensamento relativo à ludicidade, isso acaba por efetivar de forma natural com que o acadêmico, futuramente, venha a agir em razão de metodologias voltadas para a aquisição do saber de forma prazerosa, saindo daquele enfoque tradicionalista que implica as atividades maçantes e estressantes com resultados pouco eficazes.
As escolas sempre foram importantes em meio à sociedade, más o enfoque nos dias atuais é bem maior, e mediante ela a ludicidade passa a ser reconhecida globalmente servindo como trampolim para a evolução da humanidade e o fato de aborda-lalogo na infância, traduz uma liberdade de expressão muito significativa para toda a vida do sujeito.
3.3 Problematização
O curso de pedagogia em si, ensina e ajuda o acadêmico a desenvolver metodologias para serem trabalhadas com o sujeito em diferentes fases da vida. Más quando frisamos a educação infantil a primeira coisa que nos vem à tona, enquanto, futuros pedagogos são as atividades lúdicas a serem abordadas. No entanto, essa realidade não é inteiramente adotada em algumas escolas deixando prevalecer à tendência tradicionalista, talvez isso, se derive pelo fato da abordagem lúdica exigir uma maior dedicação por parte dos educadores ou porque os mesmos possam estar acomodados, parados no tempo sem incentivo para procurarem atualizações. 
A problemática aqui é a de saber conduzir a ludicidade dentro da educação infantil em escolas tradicionais, se embasado em teorias de estudiosos e conteúdos que foram repassados durante o curso de graduação que exponham formas de abordagens mais eficazes e interessantes. 
3.4 Objetivos
A ideia inicial é a de abordar assuntos voltados para ludicidade durante a fase infantil, que venham a contribuir com o ensino e aprendizado, derivando-se do confrontamento de ideias de inúmeros estudiosos.
Diante desse aspecto os objetivos específicos a serem alcançados são: 
Expor a importância do aprender brincando e brincar aprendendo.
Reconhecer a criança em seu mudo infantil como um ser diferenciado que necessita de uma atenção própria da sua faixa etária.
Proporcionar situações através de jogos, brinquedos e brincadeiras que desenvolvam as capacidades físicas, motrizes, criativas, afetivas, sociais, culturais e de raciocínio lógico.
3.5 Conteúdos
Todos os conteúdos a serem trabalhados permearão através da ludicidade, voltados exclusivamente à educação infantil, sendo eles: As atividades temáticas; Atividades físicas e motrizes; Leituras deleites; Raciocínio lógico; Atividades sensoriais; e Atividades artísticas. 
3.6 Processo de desenvolvimento
Para as atividades temáticas, serão sugeridos conteúdos com temas correspondentes ao período que à abordagem será feita. Ex.: Mês de setembro, propício para se abordar os temas, “Dia da Independência do Brasil” ou “Dia da Árvore”. Usando como referência o dia da árvore, as atividades podem estar ligadas à pintura, ao recorte e a colagem, nesse momento o professor poderá estar entregando folhas sulfites com desenhos já impressos, no qual a criança irá primeiramente colorir, depois usando de revistas e jornais velhos, ela deverá recortar pequenos papeis e fazer bolinhas que simbolizarão frutos, consequentemente será efetuada a colagem no desenho. Está atividade aguçará a atenção, a criatividade e os movimentos motrizes. Outra atividade proposta para abordar a temática sobre o dia da árvore é a de assistir vídeo, o professor deverá buscar um filme ou desenho animado que reflita a história da árvore, poderá ser desenvolvida em sala de aula com o auxilio de retro projetor e caixa de som, após a atividade o docente deverá interagir sobre o assunto com os educandos. Está atividade despertará o sentido de respeito, afetividade e de interação.
Para as atividades físicas e motrizes, se propõem brincadeiras em ambientes espaçosos ou que não tenham interferências com mobiliários como, quadra poliesportiva, pátio ou áreas que não atrapalhem nas execuções dos movimentos. Exemplo de brincadeiras: Pular-corda, saltar amarelinha e queimada, consiste em execuções que implicam tanto a parte física quanto a motora, além de auxiliar no raciocínio e interação, já que necessita de outras crianças para estar brincando. Demarcar o chão com uma fita ou giz em linha reta, consequentemente, induzir a criança a andar sobre a mesma sem deixar de pisar a linha, ajudará no seu equilíbrio. Musica e dança, essa atividade poderá ser executada em sala de aula, desde que as mesas e cadeiras não estejam obstruindo os movimentos, cabe ao professor escolher uma musica que tenha uma coreografia fácil, e com o auxilio de caixa de som para toca-la, o mesmo efetuará os movimentos para que as crianças o imite. A atividade desenvolverá o movimento rítmico, sensorial, equilíbrio, orientação espacial, físico e motor.
Para as abordagens a cerca das leituras deleites, fica como sugestão a escolha de livros que contenham inúmeras gravuras, de preferência os livros com imagens grandes. A ideia é que o professor faça um círculo em sala e comece a contar à história, ao mesmo tempo vá mostrando as imagens. O gesticular e o interagir faz parte desse processo, nesse sentido não se deve reprimir a criança durante a atividade caso ela queira argumentar algo. Após o termino da leitura deixe que as crianças façam ponderações, que questionem sobre a história, o professor também pode perguntar se algum dos alunos queira contar a história deixando que o mesmo exponha sua criatividade através das gravuras já que nessa fase ainda não se tem o dominar da leitura escrita. O ideal é que essa atividade seja adotada diariamente, no entanto, uma abordagem três vezes por semana já terá grande relevância bastante. Esse tipo de atividade busca promover à concentração, a oralidade, a criatividade, a abstração e principalmente o interesse em si pela leitura. 
Para as atividades voltadas ao raciocínio lógico, se propõem jogos como o tão conhecido quebra-cabeças, pelo fato de incitar o aluno a estar associando as peças para alcançar o objetivo que é a de formar o quebra-cabeça. Essa atividade pode ser realizada em sala de aula individualmente, em grupo ou coletivamente. Outra atividade que toda criança adora e que já é muito usada durante as práticas pedagógicas é o famoso brinquedo Lego, as peças de encaixe incentivam as crianças a criarem figuras ou a construírem algo como casas, castelos, robôs, uma infinidade de coisas. Também pode ser desenvolvida individualmente, em grupo ou coletivamente. As atividades propostas estimulam além do raciocínio logico, a interação, a criatividade, a coletividade, a abstração entre outros.
Quanto as abordagem sobre atividades sensoriais, pode se desenvolver através de brincadeira como a cabra-cega, que se resume em vedar a criança e estimular que o mesmo consiga agarrar outro participante, de preferencia que seja feito em ambientes abertos. A caixa sensorial é um recurso didático confeccionado pelo docente de modo que só se tenha um buraco pequeno na caixa que caiba a mão da criança, a intenção é de se colocar diferentes coisas dentro dela e conforme a criança for tocando-as, pergunta-las o que é, se lisa, se áspero, etc. Outra atividade que pode ser feita está relacionado a degustação, a audição e o olfato, no qual veda-se a criança e a expõe comidas, pra que através do gosto ela diga o que é, o mesmo pode ser feito com flores, perfumes ou qualquer coisa que exale cheiro para testar o olfato, além de usar de guizos, apitos ou ouros sons para que elas identifiquem por meio da audição. Essas atividades tendem a aguçar os sentidos e ajudam na interação, equilíbrio e orientação espacial.
As atividades artísticas devem ser desenvolvidas constantemente, pelo simples fato de se trabalhar com crianças da educação infantil, algumas atividades propostas podem estra relacionadas ao desenho livre, quando o docente entrega ao educando uma folha sulfite em branco e propõem que o mesmo crie algo do seu interesse ou sugestione alguma coisa relacionado ao seu cotidiano. Outra atividade pode estar relacionada massa de modelar, quando a criança usa de sua criatividade e confecção objetos ou coisas referente ao seu dia-a-dia. Essas atividades ajudam no processo de evolução cognitiva, destacando a criatividade, a abstração, a interação, entre outros.
3.7 Tempo para a realização do projeto
O tempo proposto será em parte bem subjetivo devido às atividades estarem ligadas a um processo contínuo, sendo este executado durante todo o ano letivo.
Cronograma
	ATIVIDADES 
	1ºSEMESTRE
Início 05/02 - Término 25/05.
	2ºSEMESTRE
Início 06/08- Término 30/11
	TEMÁTICAS
	Será abordado conforme as datas comemorativas, tempo em média de três horas por semana.
	Será abordado conforme as datas comemorativas, tempo em média três horas por semana.
	FÍSICAS E MOTRIZES
	Será abordado duas vezes por semana, tempo em média de três horas por semana.
	Será abordado duas vezes por semana, tempo em média de três horas por semana.
	LEITURAS DELEITES
	Será abordado de duas a três vezes por semana, tempo em média de três a quatro horas semanais.
	Será abordado duas a três vezes por semana, tempo em média de três a quatro horas semanais.
	RACIOCÍNIO LÓGICO
	Será abordado três vezes por semana, tempo em média de três horas semanais.
	Será abordado três vezes por semana, tempo em média de três horas semanais.
	SENSORIAIS
	Será abordado uma vez por semana, tempo em média de duas horas ao dia.
	Será abordado uma vez por semana, tempo em média de duas horas ao dia.
	ARTÍSTICAS
	Será abordado duas vezes por semana, tempo em média de três horas semanais.
	Será abordado duas vezes por semana, tempo em média de três horas semanais.
 Recursos humanos e materiais
Recursos humanos a ser utilizado, somente o docente. Quanto aos recursos matérias deverão serem usados: Canetão, lousa branca, gizes, livros, massa de modelar, tinta, pincel, revistas, jornais, cordas, caixas de papelão, papel sulfite, data show (reto projetor), cola, tesoura, caixa de som, pen drive, tira de pano, brinquedos, jogos, apito, guizo, notebook, entre outros.
3.9 Avaliação
A avaliação deve fazer parte de um processo diário e contínuo, que busque observar e registar os níveis de aprendizado do aluno, levando em consideração a interação com os demais colegas, a criatividade, o interesse, e principalmente a observação crítica por parte do educando.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	
O desenvolvimento desse projeto de ensino trouxe a tona, através das pesquisas embasadas em estudiosos, fatos que esclareceram a importância que tem o trabalho lúdico para o desenvolvimento educacional infantil. Também expôs as dificuldades vividas pelas crianças em outras épocas quando as mesmas ainda não tinham sua infância reconhecida, e além de colocar em xeque o trabalho que está sendo desenvolvido nos dias atuais em prol da ludicidade. 
O estudo provocou uma análise e reflexão a respeito do assunto, e deixou bem visível a importância de se trabalhar os brinquedos, as brincadeiras e os jogos, no âmbito escolar, já que eles traduzem o teor da ludicidade, e principalmente se levarmos em consideração a fase infantil, na qual, se aplicará o projeto. Essas atividades servem de estimulo por serem prazerosas, aguçando o interesse, a interação, o cognitivo, o emocional, o físico e a parte motriz da criança. 
Vale frisar que ainda nos dias atuais existem questões a serem resolvidas, uma delas é o simples fato de que muitos profissionais mesmo sabendo trabalhar a as metodologias lúdicas, procuram deixá-las de lado e adotam os métodos tradicionalistas por acharem mais fácil de se executar, isso se deriva do comodismo e do desinteresse, o que implicará nos resultados do ensino aprendizado.
Em suma a elaboração do projeto foi muito propicia, pois ajudará o acadêmico, futuro pedagogo, a ter ciência da importância de se trabalhar atividades que busquem o interesse e a atenção de seu público alvo, que no caso são os educandos. Vale ressaltar que a inclusão da ludicidade no planejamento escolar e nas atividades desenvolvidas na sala de aula, provoca o crescimento de uma educação flexível direcionada e diversificada para a qualidade do ensino.
Por fim acredito ter alcançado todos os objetivos propostos diante deste projeto, vou procurar levar os aprendizados adquiridos durante os estudos por toda a vida, seja no âmbito profissional, como no pessoal, uma vez que o lúdico se resume as brincadeiras e os jogos, e ambos fazem parte da vida do sujeito, independente do local que o mesmo se encontre.
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