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Diabetes Gestacional: Conceito e Prevalência

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Profa.: Ana Carolina e Samara Mesquita 
Disciplina: Nutrição Materno Infantil 
Aula 7: Diabetes Gestacional 
 
– Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como 
qualquer grau de intolerância à glicose com início ou 
primeiro reconhecimento durante a gravidez. 
 
– A definição se aplica aos casos de tratamento com 
insulina ou apenas com modificação dietética, bem como 
aos casos que persistem ou não após a gravidez (ADA, 
2002). 
 
– Brasil: 7,6% (MS, 2000) 
. 
 
CONCEITO E PREVALÊNCIA 
 
• História prévia de diabetes gestacional; 
• Diabetes na família com parentesco em 1º grau; 
• Baixa estatura (< 1,50 m); 
• Idade superior a 25 anos; 
• Obesidade ou grande aumento de peso durante a 
gestação; 
• Síndrome do ovário policístico e outras patologias que 
levam ao hiperinsulinismo; 
• Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, 
macrossomia ou diabetes gestacional; 
• Hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual, 
crescimento fetal excessivo e polidrâmnio. 
FATORES DE RISCO 
• Mal definida 
– Defeito funcional nas células beta: redução na secreção de 
insulina 
• DEFEITO MAIS intenso: manifestação precoce 
• DEFEITO MENOS intenso: manifestação tardia 
 
– Alteração nos receptores ?? 
 
– Desequilíbrio dos hormônios contra-regulatórios 
• Estrogênio e cortisol: antagônicos a insulina 
• Progesterona: resistência a insulina 
ETIOLOGIA 
• Primeira Metade da Gestação: 
 
– Necessidades do feto ainda pequenas, momento de 
poupar nutrientes pelo organismo materno: 
 
• “Anabolismo facilitado”. 
– Aumento dos depósitos maternos de proteínas e 
gordura devido à ação dos hormônios estrogênio e 
progesterona 
 
– Resposta insulínica exagerada após ingestão 
alimentar o que aumenta a captação de glicose e 
aminoácidos levando ao aumento dos depósitos de 
glicogênio, triglicerídeos e proteínas. 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
• Final do Segundo Trimestre: 
 
– Estado Diabetogênico: prioridade é o feto. 
 
– A insulina elevada após uma refeição não tem um efeito tão 
eficiente: aumento da resistência tecidual periférica à 
insulina: HIPERINSULINISMO. 
 
– Aumento da glicemia pós-prandial 
 
– Diminuição dos depósitos maternos de glicogênio, 
triglicerídeos e proteínas. 
• Aumento de AG livres e corpos cetônicos 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
– Maior consequência: Macrossomia fetal 
 
• Hiperglicemia materna: maior passagem de glicose para o 
feto 
 
• > produção de insulina do feto para compensar a grande 
quantidade de glicose que está recebendo: > depósito de 
gordura por parte do feto. 
 
• Aumento de hormônios adrenocorticais pela mãe favorece a 
passagem de mais glicose para o feto 
 
 
• Aumento da secreção de insulina pelo feto 
 
• Aumento da produção de GH pelo feto 
 
• Fatores hereditários 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
– LEMBRAR DOS HORMÔNIOS: 
 
• Hormônio Lactogênico Placentário: ajuda na 
transferência de glicose e ácidos graxos para o feto 
 
• Estrogênio e progesterona: antagônico e diminuição da 
eficácia da insulina 
 
• Cortisol: antagonista da insulina 
 
• Insulina: secreção aumentada no pós prandial e 
diminuída no jejum 
ALTERAÇÃOES METABÓLICAS 
Consequências: 
• A GESTANTE SEM DIABETES compensa o aumento da 
resistência tecidual periférica à insulina com o aumento 
da produção de insulina 
 
• Gestante com reserva pancreática limitada não consegue 
aumentar a produção de insulina e desenvolve DMG 
 
• Gestante com diabetes prévia à gestação apresenta 
descompensação metabólica e exige doses crescentes de 
insulina para manter sua homeostase. 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
• Não existe uma produção adequada de insulina: não 
consegue aumentar a quantidade para compensar a 
elevada resistência. 
 
– Intolerância aos carboidratos 
 
– Aumento dos níveis de glicemia materna 
• Aumenta a formação da Hg glicada: hipoxia fetal 
 
– Transferência exagerada de glicose para o feto  
hiperinsulinismo fetal  macrossomia fetal. 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
 
• Sintomas clássicos de diabetes são: 
– Poliúria 
– Polidipsia 
– Polifagia e 
– Perda involuntária de peso (os “4 Ps”). 
 
• Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: 
– Fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar e 
infecções de repetição. 
SINTOMAS 
Deve ocorrer na primeira consulta .... 
 
Os testes laboratoriais mais comumente utilizados para 
suspeita de diabetes ou regulação glicêmica alterada 
são: 
– Glicemia de jejum: nível de glicose sangüínea após um jejum 
de 8 a 12 horas; 
– Teste oral de tolerância à glicose (TTG-75 g): o paciente 
recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum, e a glicemia 
é medida antes e 120 minutos após a ingestão; 
– Glicemia casual: realizada a qualquer hora do dia 
RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO 
RASTREAMENTO DA DMG 
(OMS, 1999; MS, 2006) 
• 1º passo: Rastreamento (1ª consulta de pré natal) 
– Indica a necessidade de um teste diagnóstico ou não 
RASTREAMENTO POSITIVO 
 (OMS, 1999; ADA, 2001) 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DO DMG (MS, 2006) 
Sintomas de 
diabetes 
(poliúria, polidipsia, 
polifagia ou perda de 
peso inexplicada) 
Glicemia de 2 horas 
≥ 200 mg/dl no TTG 
Glicemia de jejum ≥ 
126 mg/dl 
Glicemia casual ≥ 
200 mg/dl 
DIAGNÓSTICO DO DMG (MS, 2006) 
APÓS TTG (75g) JEJUM TTG 
NORMAL < 110mg/dL < 140mg/dL 
REGULAÇÃO GLICÊMICA 
ALTERADA 
110 a 125mg/dL 140 a 199mg/dL 
DIABETES MELITO ≥ 126 mg/dl ≥ 200 mg/dl 
 
• Adequada nutrição materna e fetal 
 
• Ganho de peso apropriado 
 
• Controle da glicemia 
– Glicemia de jejum: 110 a 125mg/dl 
 
 
 
OBJETIVOS DA TERAPIA 
 
• AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: 
 
– Plano de ganho de peso deve seguir o diagnóstico 
nutricional da gestante comum 
 
OBS: ATIVIDADE FÍSICA: 
 
– Sedentárias: caminhadas ou exercício de baixo impacto 
 
– Praticantes: manter atividade; evitar grande impacto 
 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
 
• Geral: 30 a 35 Kcal/Kg de peso ideal para idade gestacional 
 
• Calorias (ADA, 2000): 
 
– < 90% de adequação: 36 a 40 Kcal/Kg de PPG 
 
– Eutrófica: 30 kcal/kg de PPG 
 
– 120 a 150% de adequação: 24kcal/kg PPG 
 
– > 150% de adequação: 12 a 18 Kcal/Kg de PPG 
 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
 
• Distribuição no VCT: ADA (2008) 
 
– Desjejum: 10 a 15% 
 
– Colação e Ceia: 5 a 10% 
 
– Almoço e Jantar: 20 a 30% 
 
– Lanche da Tarde: 10 a 15% 
 
• Perda de peso não é recomendada 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
• Carboidratos: 
 
– 45 a 65% do VET 
 
– Mínimo de 175g 
 
– Açúcar simples (glicose, frutose e sacarose): 
• 10 a 15% do total de carboidratos 
 
• Fibras: 
– 20-35g/dia (mais solúveis) ou 14g/1.000Kcal 
 
• Proteínas: 
– 15 a 20% do VCT OU 71g/dia 
 
 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL (ADA, 2008) 
 
• Gorduras: 
– 20 a 35% VET 
 
– Saturada: < 7% 
 
– Colesterol < 200mg/dia 
 
– Desestimular gorduras trans 
 
– Estimular consumo de peixe para fornecer ômega-3 
 
 
• Adequar potássio, magnésio, zinco e cromo: 
– Deficiência pode agravar a hiperglicemia 
 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL (ADA, 2008) 
• Consumo de frutas: 2 unidades por dia ou até 300g 
 
• Não ingerir sucos de frutas como rotina e, se ingerir, devem 
ser diluídos em água 
 
• Lanche noturno (prevenir cetose à noite) 
 
• Leite semi ou desnatado 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
• EDULCORANTES: 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
FRUTOSE ADA não recomenda na forma de edulcorante. 
 
SORBITOL ADA considera uso seguro. 
 
ASPARTAME 
40mg/Kg/diaNão é carcinogênico e não está associado a 
desordens neurológicas. Não ultrapassa a 
placenta. 
SACARINA 
5mg/kg/dia 
Alguns autores recomendam a restrição devido a 
passagem pela placenta. ADA não proíbe. 
• EDULCORANTES: 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
CICLAMATO Proibido pela ADA devido ao poder 
carcinogênico. 
SUCRALOSE 
5mg/Kg/dia 
Não é metabolizada. Uso permitido pela 
ADA. 
 
ESTEVIOSÍDEO ADA não recomenda o uso como 
edulcorante. Não é metabolizado. 
ACESSULFAME K 
15mg/Kg/dia 
Não é metabolizado. Uso permitido pela 
ADA. 
• Associação Americana de Diabetes (ADA): 
– Iniciar terapia com insulina: 
• Quando a terapia nutricional não consegue manter os 
níveis aceitáveis de glicemia após duas semanas de dieta. 
 
• Hipoglicemiantes orais não são permitidos durante a 
gestação. 
 
• A grávida diabética deve ser monitorada quanto à 
glicemia, cetonúria, apetite e ganho de peso. 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
 
• Sem uso de insulina: quando a insulina não é 
prescrita, a ingestão de alimentos é distribuída 
uniformemente durante o dia, de acordo com a 
preferência do paciente, atividade e padrão de 
alimentação. 
 
• Insulina regular: a insulina de ação imediata é dada 
antes das refeições, a quantidade é ajustada para 
combinar com a alimentação ideal e tamanho do 
lanche. Ingestão: 30 minutos após ter recebido 
insulina regular 
 
 
 
 
RELAÇÃO: Dieta x Insulina 
 
 
• Insulina de ação intermediária (NPH, lenta) – a ação dessas 
insulinas é intermediária em duração e intensidade. 
 
– Quando administrada antes do café da manhã: é necessária 
uma alimentação por volta das 15h ou 16h, pois essa 
insulina tem o pico de ação de 8 à 12h após serem injetadas. 
– Uma alimentação antes de dormir (ceia) geralmente é 
necessária se houver uma segunda administração de NPH 
antes do jantar. 
 
• Insulina de ação prolongada (ultralenta): Uma alimentação à 
noite (ceia) é geralmente necessária para prevenir 
hipoglicemia durante a noite ou de manhã cedo. 
 
 
 
 
RELAÇÃO: Dieta x Insulina 
 
RELAÇÃO: Dieta x Insulina 
• Mãe: 
– Hipoglicemia 
– Cetoacidose diabética 
– Retinopatia, Nefropatia 
– Pielonefrite 
 
• No recém nascido: 
– Prematuridade, Macrossomia 
– Síndrome do desconforto respiratório: devido a 
hiperinsulinemia fetal, que compete com o cortisol, levando 
ao retardo da maturação pulmonar 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES EM CURTO PRAZO 
 
• Mãe: 
– Diabetes (principalmente tipo II): 40 a 60% após 15 a 20 anos 
• Manter o peso e exercícios 
– Hipertensão crônica 
 
• Criança: 
– Obesidade 
– Tolerância diminuída à glicose na vida adulta 
– Diabetes na adolescência ou início da idade adulta. 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES EM LONGO PRAZO 
• ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em 
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009. 
 
• VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio 
de Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 628p. 
 
• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 
Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: 
atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2005. 163 p. 
 
 
 
Referências da Aula

Outros materiais