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11 - Arrependimento Posterior

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
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AEPCON Concursos Públicos 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos. 
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Sumário 
 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
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AEPCON Concursos Públicos 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos. 
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Arrependimento Posterior e Crime Impossível 
Arrependimento Posterior 
O arrependimento posterior está previsto no art. 16 do Código Penal, é uma causa obrigatória 
de diminuição da pena (minorante genérica), aplicada nas hipóteses em que o agente, por ato 
voluntário, repara o dano ou restitui integralmente a coisa, até o recebimento da denúncia ou da 
queixa. 
Ele parte de um pressuposto: a consumação do crime. Portanto, se tem arrependimento 
posterior, significa que o crime está consumado. 
ATENÇÃO! Não confundir arrependimento posterior com arrependimento eficaz. O 
arrependimento eficaz impede a consumação do crime, o agente encerra todos os atos executórios 
e impede a ocorrência da consumação, tanto que o seu efeito é excluir a forma tentada do delito, 
porque foi o próprio agente que, depois de encerrada a execução, arrependendo-se, foi lá e impediu 
a consumação do crime. No arrependimento posterior, há a consumação e não existe a 
possibilidade de desfazê-la. Crime consumado está. Ninguém desfaz a consumação do crime, mas 
pode tentar diminuir as consequências do crime que cometeu. 
 
Ex.: Síndico que inventa uma taxa extra apenas para extorquir os condôminos. Os moradores 
descobrem os atos ilícitos do síndico e, com isso, ele devolve os valores adquiridos ilicitamente. 
Por o crime já estar consumado, há o arrependimento posterior e o síndico poderá diminui as 
consequências do crime devolvendo os valores. 
Requisitos 
O arrependimento eficaz é uma causa de diminuição genérica, ou seja, uma causa de 
diminuição de pena. Ele possui três requisitos para configura-se: 
1) Ser Ato Voluntário - O arrependimento não precisa partir de um "peso na consciência". Isto é, 
não precisa ser espontâneo, basta ser voluntário. 
2) Reparação do Dano ou Restituição da Coisa - O ressarcimento meramente parcial do dano não 
é suficiente para a incidência da causa de diminuição. 
Ex.: Alguém que furta um celular o devolve ao dono. 
3) O Arrependimento Ocorrer Até o Recebimento da Denúncia - Se ocorrer depois da denúncia, 
não poderá configurar-se o arrependimento posterior. 
Efeitos 
Efeitos: Redução da pena de 1/3 a 2/3. 
Ex.: Autor de um crime de furto restitui a coisa subtraída até o recebimento da denúncia. Ele terá 
a pena diminuída de 1/3 a 2/3. 
NOTE! A recusa do ofendido em aceitar a reparação do dano não exclui o benefício do 
arrependimento posterior. 
Crime Impossível 
O crime impossível previsto no art. 17 do Código Penal, é aquele em que há ineficácia 
absoluta do meio ou impropriedade absoluta do objeto. É denominado de “impossível” porque a 
ação do agente jamais poderia gerar a consumação do crime. 
Pode se manifestar de duas formas: 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos. 
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AEPCON Concursos 
Públicos 
a) Por ineficácia absoluta do meio. Consiste num meio de execução impossível de levar o crime à 
consumação. É quando uma pessoa se vale de um meio absolutamente ineficaz para cometer um 
crime. Por isso, não existe crime. 
Ex.: Matar alguém com pistola de água. A água é um meio absolutamente ineficaz para produzir 
a morte de alguém, nesse caso. 
b) Por impropriedade absoluta do objeto. Nesta hipótese, não existe bem jurídico a ser protegido. 
O meio é eficaz, mas falta aquilo que deve ser atingido para que o crime venha a se caracterizar. 
Ex.: Matar um cadáver ou abortar um feto que não existe. 
Nas duas hipóteses, o legislador adotou a teoria objetiva temperada, segundo a qual o crime 
impossível não deve ser punido, por não gerar nem mesmo um perigo de lesão a um bem jurídico. 
Assim, o fato é considerado atípico, não havendo a forma tentada. A antiga teoria “subjetiva” (não 
mais adotada, depois da reforma de 1984) sustentava que o agente deveria ser responsabilizado 
por causa de sua periculosidade. 
Além disso, também existe a absurda teoria subjetiva, que diz que deve-se levar em 
consideração a intenção do agente. Essa teoria não foi adotada de CP. 
ATENÇÃO! Se um indivíduo pratica rouba contra estabelecimento que possui sistema de 
vigilância eletrônica, poderá configura-se crime impossível? A jurisprudência entente que não! 
Ela entende que estará sim configurado o crime, pois existe a possibilidade do meio ser eficaz.

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