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10 Culpa

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AEPCON Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Culpa ....................................................................................................................................................................2
Conceito ..............................................................................................................................................................................2
Elementos ............................................................................................................................................................................2
Modalidades .......................................................................................................................................................................2
Espécies ...............................................................................................................................................................................3
Diferenças Entre O Dolo Eventual E A Culpa Consciente ...........................................................................................3
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Culpa 
Conceito
O crime culposo surge da inobservância de um dever de cuidado objetivo (diligência) que todas 
as pessoas devem ter. É quando uma pessoa deixa de observar um dever de cuidado que ela deveria 
ter observado, pois um homem médio teria tido mais cuidado.
Quando uma pessoa desenvolve uma conduta que consiste na inobservância de um dever de 
cuidado e gera um resultado previsto na norma penal, haverá a figura denominada figura culposa do 
crime.
Elementos
Seu conceito é composto dos seguintes elementos: 
a) conduta humana voluntária de fazer (ação) ou não fazer (omissão); 
b) inobservância de dever de cuidado objetivo, por imprudência, negligência ou imperícia. 
c) ausência de previsão (previsibilidade objetiva) - a pessoa não tinha a consciência que a sua 
conduta iria produzir o resultado
Ex.: Exceder a velocidade limite de uma via. Nesse caso, há a previsibilidade objetiva de que a 
pessoa pode causar um acidente. Isso é culpa.
d) resultado involuntário; 
e) nexo causal. - a inobservância de um dever de cuidado objetivo gerará um resultado e existe 
um nexo causal entre eles.
ATENÇÃO! A previsibilidade objetiva é diferente da previsão. Nesta, antes de agir, o indivíduo 
pensa na conduta, ou seja, imagina a conduta causando o resultado. Isso é dolo. Naquela, a pessoa 
não sabia que a sua conduta iria produzir um resultado.
Ex.: “A” está conduzindo um veículo em uma via movimentada. Em determinado instante, “A” 
recebe uma ligação. Entretanto, no momento em que o seu celular toca, ele avista um ciclista a sua 
frente e, com isso, imagina que, talvez, se atender o celular, ele pode causar um acidente e atropelar o 
ciclista. Todavia, mesmo assim, ele atende o telefone. Nessa situação houve a previsão, pois o agente 
imaginou o resultado se concretizando.
Modalidades
As modalidades do crime culposo são:
a) Imprudência - É a inobservância de um dever de cuidado que consiste num fazer. É um fazer 
ou uma ação positiva.
b) Negligência - É o deixar de fazer. Quando a pessoa deixa de observar um dever de cuidado 
objetivo, deixando de fazer algo a que estava obrigada.
Ex.: Adormecer na direção de veículo automotor e viajar com os pneus do carro carecas.
c) Imperícia - Falha em relção às normas técnicas básicas que a pessoa deveria conhecer em razão 
da sua atividade, profissão ou ofício.
Ex.: Motorista de ônibus que avista uma placa que simboliza que há óleo na pista, mas não 
entende a sinalização e acaba causando um acidente, pois não diminuiu a velocidade.
NOTE! Não é por que um indivíduo está no exercício da profissão que a sua atitude será imperita. 
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Ela pode tanto ser imprudente, como, também, negligente. 
Ex.: Motorista de ônibus que, como no exemplo passado, viu a placa. Porém, nessa outra situação, 
ele entendeu o que a placa significava, mas, mesmo assim, a ignorou e não diminuiu a velociade, 
causando um acidente. Nesse caso, ele foi negligente.
Ex.: Médico cigurgião que esquece pinça dentro de um paciente. Ele foi negligente, visto que ele 
esqueceu um material no corpo do paciente. Se ele tivesse falhado na técnica cigúrgica, teria sido 
imperito.
Espécies
Quanto às espécies, a culpa pode ser:
a) inconsciente, quando o agente não prevê o que era previsível; 
b) consciente, quando o resultado é previsto, embora o agente não o aceite. Ele tem a plena cons-
ciência que a sua conduta pode gerar o resultado. O agente desenvolve uma ação, mas acredita plena-
mente na sua capacidade de evitar o resultado.
Diferenças Entre O Dolo Eventual E A Culpa Consciente
Qual a diferença entre a culpa consciente e o dolo eventual? A culpa consciente difere do dolo 
eventual, porque neste o agente prevê o resultado, mas não se importa que ele ocorra (ex.:”não 
importa”; “o que tiver de ser será”; “a sorte está lançada”). Na culpa consciente, embora prevendo 
o que possa vir a acontecer, o agente repudia essa possibilidade (“estou certo de que isso, embora 
possível, não ocorrerá”; “acredito na minha capacidade de evitar o resultado”).
A segunda classificação das espécies de culpa as divide em culpa própria e culpa imprópria.
Culpa própria é a comum, em que o resultado não é previsto, em bora seja previsível. Nela o 
agente não quer o resultado nem assume o risco de produzi-lo.
Culpa imprópria, também denominada culpa por extensão, assimilação ou equiparação, é a 
culpa onde o resultado é previsto e querido pelo agente, que labora em erro de tipo inescusável ou 
vencível. São casos de culpa imprópria os previstos nos arts. 20, § 1º, § 2º parte, e 23, parágrafo único, 
parte final.
Ex.: “A”, encontra-se em sua casa, à noite, e percebe um vulto no jardim, atirando em direção ao 
mesmo, imaginando tratar-se de um assalto. Logo depois, verifica que atingiu o próprio filho, e não 
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um ladrão. “A” não responderá por homicídio doloso, e sim por homicídio culposo. Note-se que o re-
sultado (morte da vítima) foi querido. O agente, porém, realizou a conduta por erro de tipo vencível 
ou inescusável, pois, se tivesse mais atenção e cautela, teria notado seu filho. “A” responde por homi-
cídio culposo. 
Crime preterdoloso (ou preterintencional) é uma espécie de crime qualificado pelo resultado. O 
agente quer praticar um crime, mas acaba excedendo-se e produzindo culposamente um resultado 
mais gravoso do que o desejado. É o caso da lesão corporal seguida de morte, na qual o agente deseja 
apenas lesionar a vítima, mas acaba matando-a (art. 129, § 3. °, do CP). 
Em síntese, existe dolo no antecedente e culpa no consequente. A conduta inicial é dolosa, 
enquanto o resultado final dela advindo é culposo.
	Culpa 
	ConceitoElementos
	Modalidades
	Espécies
	Diferenças Entre O Dolo Eventual E A Culpa Consciente

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