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Relações étnico-raciais no Brasil

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UNIDADE I Entendendo as relações étnico-raciais no Brasil através das legislações atuais
Desde a colonização as relações entre brancos com índios e negros foi de dominação, não considerando os indígenas e negros como cidadãos iguais detentores de direitos. Somente recentemente essa história começa a mudar.
Para se ter uma ideia somente em 1845 começa a haver um controle do tráfico de escravos por navio negreiro, e quem o fazia era a Inglaterra, devido a lei chamada Bill Aberdeen. No Brasil, o tráfico se torna ilegal apenas em 1850, mas a venda e a escravidão continua internamente, apenas não era mais permitido o tráfico da África para o Brasil. Em 1871 surge a Lei do Ventre Livre, que faria com que os filhos de escravos nascido a partir de então se tornassem livres. E finalmente, em 1888, surge a Lei 3.353, conhecida como Lei Aurea, assinada pela Princesa Isabel, extinguindo a escravidão. Nesse momento os negros seriam considerados livres do trabalho escravo, mas apenas isso, não havia direitos e outras liberdades aos negros.
Por 100 anos pouco se fez para a integração dos negros na sociedade brasileira, muitas políticas buscavam diminuir e tirar os negros da sociedade nacional. Em 1988, surge a Constituição Cidadã, e a partir de então a história começa a mudar. Na constituição, em seu artigo 5º, inciso XLII, prevê que "a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei".
E é a Lei CAÒ, nº 7.716 de 05 de janeiro de 1989 que define no seu artigo 1º " Serão punidos, na forma desta Lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional." Alteração realizada pela LEI N. 9.459, DE 13 DE MAIO DE 1997
Entende-se por discriminação e preconceito o ato de impedir, negar ou recusar: o uso de transportes, ou o acesso a cargos públicos ou empregos privados, o acesso a estabelecimento comercial, esportivo, cultural ou de serviços, o acesso ao serviço das forças armadas, ou o acesso ao casamento. E a pena é a reclusão de 1 a 5 anos. 
A percepção da invisibilidade e dos desrespeitos aos direitos dos índios e negros na nossa história que trouxe, junto com os movimentos sociais a necessidade de repensar o papel da escola na construção de uma sociedade mais democrática e é ai que entram as Leis 10.639 de 9 de Janeiro de 2003, e 11.645 de 10 de março de 2008. Para lê-las na íntegra acesse o documento a seguir
A partir da invisibilidade do negro e do índio na história, na cultura e na sociedade brasileiras são definidas em legislação as seguintes diretrizes para o Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas e dos Afrodescendentes no Brasil.
As Leis 10639/03 e 11645/08: O Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas e dos Afrodescendentes no Brasil.
Lembre-se a “Lei 10.639/2003 altera a Lei nº 9.394/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/9.394/96), para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira"
Em específico os arts. 26-A e 79-B.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra.
Ao que se refere a Lei 11.645/2008:
Altera a LDB 9.394/1996, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas  no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
Para esclarecer e orientar a introdução desses conteúdo nos currículos escolares foi elaborada:
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica.
          A Educação escolar Indígena e o ensino de história e cultura dos povos Indígenas brasileiros são definidos a partir da Resolução nº 5 de junho de 2012 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação Escolar Indígena na Educação Básica. Para ler na íntegra acesse
O documento aponta para;
O direito a uma educação escolar diferenciada para os povos indígenas, assegurado pela Constituição Federal de 1988; pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Povos Indígenas e Tribais, promulgada no Brasil por meio do Decreto nº 5.051/2004; pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 da Organização das Nações Unidas (ONU); pela Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas de 2007; pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), bem como por outros documentos nacionais e internacionais que visam assegurar o direito à educação como um direito humano e social;
            O Art. 1º desta resolução define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica, oferecida em instituições próprias. Além do ensino deve estar pautado pelos princípios da igualdade social, da diferença, da especificidade, do bilinguismo e da interculturalidade, fundamentos da Educação Escolar Indígena.
            No Art. 2º estão os objetivos:
I - orientar as escolas indígenas de educação básica e os sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na elaboração, desenvolvimento e avaliação de seus projetos educativos;
II - orientar os processos de construção de instrumentos normativos dos sistemas de ensino visando tornar a Educação Escolar Indígena projeto orgânico (manter a sua cultura), articulado e sequenciado de Educação Básica entre suas diferentes etapas e modalidades, sendo garantidas as especificidades dos processos educativos indígenas;
III - assegurar que os princípios da especificidade, do bilinguismo e multilinguismo, da organização comunitária e da interculturalidade fundamentem os projetos educativos das comunidades indígenas, valorizando suas línguas e conhecimentos tradicionais (respeito à língua indígena);
IV - assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas indígenas leve em consideração as práticas socioculturais e econômicas das respectivas comunidades, bem como suas formas de produção de conhecimento, processos próprios de ensino e de aprendizagem e projetos societários (princípio da educação, da identidade; etnia, respeito às culturas); (...).
VII - orientar os sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a incluir, tanto nos processos de formação de professores indígenas, quanto no funcionamento regular da Educação Escolar Indígena, a colaboração e atuação de especialistasem saberes tradicionais, como os tocadores de instrumentos musicais, contadores de narrativas míticas, pajés e xamãs, rezadores, raizeiros, parteiras, organizadores de rituais, conselheiros e outras funções próprias e necessárias ao bem viver dos povos indígenas; (...)
 
            Na Seção II o Art 27 está citado o termo “territórios etnoeducacionais” são espaços institucionais que devem se constituir entre os entes federados, as comunidades indígenas, as organizações indígenas e indigenistas e as instituições de ensino superior pactuarão as ações de promoção da Educação Escolar Indígena efetivamente adequada às realidades sociais, históricas, culturais e ambientais dos grupos e comunidades indígenas.
            § 1º Os territórios etnoeducacionais objetivam promover o regime de colaboração para promoção e gestão da Educação Escolar Indígena, definindo as competências comuns e privativas da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal, aprimorando os processos de gestão e de financiamento da Educação Escolar Indígena e garantindo a participação efetiva das comunidades indígenas interessadas.
            § 2º Para a implementação dos territórios etnoeducacionais devem ser criados ou adaptados mecanismos jurídico-administrativos que permitam a sua constituição em unidades executoras com dotação orçamentária própria, tais como os consórcios públicos e os arranjos de desenvolvimento educacionais.
            § 3º Os territórios etnoeducacionais estão ligados a um modelo de gestão das políticas educacionais indígenas pautadas pelas ideias de territorialidade, protagonismo indígena, interculturalidade na promoção do diálogo entre povos indígenas, sistemas de ensino e demais instituições envolvidas, bem como pelo aperfeiçoamento do regime de colaboração. (devemos respeitar, e não tentar desconstruir).
            § 4º As comissões gestoras dos territórios etnoeducacionais são responsáveis pela elaboração, pactuação, execução, acompanhamento e avaliação dos planos de ação definidos nos respectivos territórios.
            § 5º Recomenda-se a criação e estruturação de uma comissão nacional gestora dos territórios etnoeducacionais, com representações de cada território, para acompanhamento e avaliação das políticas educacionais instituídas nesses espaços.
 
Acesse:
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 5, de 22 de junho de 2012 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. Brasília, MEC, 2012. 
 
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Projeto CNE/UNESCO 914BRA1136.3 – Desenvolvimento, Aprimoramento e Consolidação de uma Educação Nacional de Qualidade: Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas. Brasília, MEC, março de 2013.
 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais
            Resolução nº 1, de junho de 2004 estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
            O parecer busca:
[...] oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas, isto é, de políticas de reparações, e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura, identidade. Trata, ele, de política curricular, fundada em dimensões históricas, sociais, antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca combater o racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros. Nesta perspectiva, propõe à divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial - descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.
            Entre as ações estão as Políticas de Reparações, de Reconhecimento e Valorização, de Ações Afirmativas.
A demanda por reparações visa a que o Estado e a sociedade tomem medidas para ressarcir os descendentes de africanos negros, dos danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista, bem como em virtude das políticas explícitas ou tácitas de branqueamento da população, de manutenção de privilégios exclusivos para grupos com poder de governar e de influir na formulação de políticas, no pós-abolição. Visa também a que tais medidas se concretizem em iniciativas de combate ao racismo e a toda sorte de discriminações.
Acesse:
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Parecer CNE/CP 3/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, MEC, 2004.
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/003.pdf
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
            A Resolução nº 8  Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
            No Art. 1º Fica estabelecida as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, na forma desta Resolução.
§ 1º A Educação Escolar Quilombola na Educação Básica:
I - organiza precipuamente o ensino ministrado nas instituições educacionais
fundamentando-se, informando-se e alimentando-se:
a) da memória coletiva;
b) das línguas reminiscentes;
c) dos marcos civilizatórios;
d) das práticas culturais;
e) das tecnologias e formas de produção do trabalho;
f) dos acervos e repertórios orais;
g) dos festejos, usos, tradições e demais elementos que conformam o patrimônio
cultural das comunidades quilombolas de todo o país;
h) da territorialidade
Leia em:
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 8, de 20 de novembro de 2012 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Brasília, MEC, 2012.
http://www.seppir.gov.br/arquivos-pdf/diretrizes-curriculares
Leituras obrigatórias:
BRASIL. Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Ministério da Educação e Cultura: Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. (Texto 1A)
BRASIL. Lei 11.645 de 10 de março de 2008. Presidência da República: Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. (Texto 1B)
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 5, de 22 de junho de 2012 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. Brasília, MEC, 2012. (Texto 2A)
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Projeto CNE/UNESCO 914BRA1136.3 – Desenvolvimento, Aprimoramento e Consolidação de uma Educação Nacional de Qualidade: Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas. Brasília, MEC, março de 2013. (Texto 2B)
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Parecer CNE/CP 3/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, MEC, 2004. (Texto 3A)
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 8, de 20 de novembro de 2012 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Brasília, MEC, 2012. (Texto 3B)
Questão:
A Lei 11.645 de 10 de março de 2008, altera a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9.394/96) e estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para  incluir no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-Brasileira e Indígena. Entre as alterações o art. 26-A está  a obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensinofundamental e médio, oficiais e particulares, o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e indígena.
A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira. Entre as recomendações estão:
O conteúdo programático incluirá também diferentes aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população.  O conteúdo abarcará temas de diferentes grupos étnicos, pois a sociedade brasileira é composta de diferentes raças.
O conteúdo programático incluirá diferentes aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira. O conteúdo abarcará temas a partir de dois grupos étnicos, os negros e os povos indígenas do Brasil.
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.
 Entre os conteúdos obrigatórios de estão o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
Estão corretas as seguintes afirmações:
A)   I e II.
B)   III e IV
C)   I,II,III
D)   II, III, IV
E)   I,II,III,IV
Comentário: Alternativa correta D
No documento da Lei de diretrizes e bases da educação não continha no artigo 26a a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. A Lei nº 10.639/2003, alterou o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96, tornando obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. Em 10 de março de 2008, foi sancionada a Lei nº 11.645/08 que ampliou a Lei 10.639/03 incluindo também o ensino da história e da cultura dos povos indígenas brasileiros.
Com a alteração o artigo 26a passou a vigorar com as proposições contidas nas alternativas II, III e IV . A proposição I está incorreta, pois o termo raça não existe, o certo seria grupos étnicos.
	Todas as afirmações abaixo apresentam justificativas que explicam por que o termo raça não pode ser compreendido 
segundo uma perspectiva biológica, exceto:
	A
	Segundo os estudos mais recentes da genética, não existem raças, somos uma única raça humana.
	B
	A explicação dada pela biologia para o termo raça faz parte das concepções construídas pelo chamado 
racismo científico, durante o século XIX.
	C
	Não se pode atribuir características determinadas pela natureza a aspectos que são resultados de um 
processo cultural.
	D
	Todas as raças humanas devem ser respeitadas e merecem tratamento específico da lei.
	E
	A perspectiva racialista pressupõe uma hierarquização entre as diferentes raças, o que é inconcebível 
para qualquer área do conhecimento.
	Estudamos no módulo 1 que o racismo possui alguns pressupostos, que estão explicitados nas alternativas que se seguem, exceto:
	A
	A doutrina racialista prevê a existência de raças humanas, ordenadas de modo hierarquizado, a partir das diferenças morais, psicológicas, físicas e intelectuais.
	B
	Uma vez que os seres humanos são colocados num gradiente hierárquico, consequentemente, uns serão considerados superiores aos outros, criando por conseguinte, a inferiorização de alguns grupos.
	C
	Quando convicções preconceituosas são expressas publicamente, podem ser consideradas como discriminação.
	D
	O estado de desigualdade social em que se encontra a população negra no Brasil é uma demonstração evidente do racismo ainda vigente em nossa sociedade.
	E
	No Brasil, uma pessoa preconceituosa pode expressar publicamente seus pensamentos racistas, tendo em vista que não existe uma legislação específica a respeito dessa questão.
	A implantação das Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 é preciso proceder à revisão dos currículos do ensino fundamental e médio a fim de adequá-los às normas legais.  Todavia, não é necessário ser criada uma disciplina específica para abordar a temática. Os conteúdos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar do ensino fundamental e médio, em especial nas áreas de Educação Artística, Literatura e História do Brasil. Mas não há impedimentos que esse estudo seja abordado em outras áreas de conhecimentos de forma interdisciplinar. Cabe considerar que, com a inclusão do estudo sobre a cultura indígena, os procedimentos pedagógicos a serem implementados por estados e municípios devem contemplar as duas temáticas.
 
Quais são as temáticas citadas pelas referidas leis:
 
	A
	A inclusão do estudo da história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas no currículo escolar.
	B
	   A língua inglesa e francesa deve ser obrigatória nos currículos do ensino fundamental e médio.
	C
	A inclusão do estudo da historia geral alemã e italiana nos currículos do ensino fundamental e médio
	D
	A inclusão da temática sobre a propriedade e os conflitos de terras no Brasil.
	E
	A valorização e a construção do pensamento histórico dos não negros no Brasil.
	(PECFAZ – 2013) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação, para a formação de cidadãos conscientes e atuantes no contexto multicultural e pluriétnica do Brasil.
Nesse contexto, é correto afirmar:
 
	A
	o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros. 
	B
	caberá ao Conselho Nacional de Educação desenvolver as Diretrizes Curriculares Nacionais.
	C
	o ensino sistemático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica refere-se, em especial, aos componentes curriculares de Educação Artística, Língua Portuguesa, Geografia e História do Brasil.
	D
	os sistemas de ensino incentivarão pesquisas sobre processos educativos orientados por valores, visões de mundo, conhecimentos afro-brasileiros, não cabendo pesquisas de mesma natureza junto aos povos indígenas. 
	E
	os estabelecimentos de ensino devem evitar estabelecer canais de comunicação com grupos do movimento negro, cujas finalidades diferem das Diretrizes Curriculares Nacionais. 
	Ambas as leis são instrumentos de orientação para o combate à discriminação e, ao mesmo tempo, ações afirmativas, no sentido de que reconhecem a escola como lugar da formação de cidadãos e destaca sua importância para promover a necessária valorização das matrizes culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que é. Compõem um conjunto de dispositivos legais indutores de uma política educacional voltada para a afirmação da diversidade cultural e da concretização de uma educação das relações étnico-raciais nas escolas.
A partir dos fragmentos de textos pode-se afirmar:
I.                    Os fragmentos de textos referem-se: à lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e à lei nº 11.645, de 10 de março de 2008.
II.                  A lei nº 10.639 alterou a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional.
III.                A lei nº 11.645 alterou a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional.
IV.                A lei nº 11.645 alterou a Lei nº 10.639 acrescentando a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
 
É correto apenas o que se afirma em:
	A
	I, II, III, IV
	B
	I, II, III
	C
	I, III, IV
	D
	I, II, IV
	E
	I e II
	(Município de Porto Alegre, concurso público para professor da Educação Básica dos Anos Finais / Número 493 - 2013)
A Lei 11.645/08, que altera o artigo 26-A da Lei 9394/96, anteriormente alterado pela Lei10.639/03, inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, e estabelece:
 
	A
	A obrigatoriedade do ensino da temática somente nas escolas públicas.
	B
	As disciplinas de História, Língua Portuguesa e Literatura como responsáveis pelo trabalho com os conteúdos referentes à temática.
	C
	A inserção do estudo dos povos europeus formadores do povo brasileiro no currículo escolar.
	D
	O estudo da escravização dos povos africanos e indígenas como propulsor do estudo das culturas Afro-brasileira e Indígena.
	E
	O estudo da história e da luta dos povos negros e indígenas, bem como de suas culturas, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política.
	As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e indígena, estão no sentido da política de ações afirmativas,. É correto afirmar sobre a política de ações afirmativas:
I- São políticas de reparações, de reconhecimento e valorização da cultura, da história afro descendente e da identidade afro-descendente e indígena no Brasil.
II- Tem como objetivo ampliar a participação de grupos sociais em espaços tradicionalmente por eles não ocupados, quer seja em razão de discriminação direta, quer seja por resultado de um processo histórico a ser corrigido.
III- São medidas tomadas com o objetivo de reforçar as desigualdades historicamente construídas, garantindo direitos desiguais para uns em prejuízo de outros.
IV- Visam combater os efeitos acumulados em razão de discriminações ocorridas no passado.
Estão corretas apenas as assertivas:
 
	A
	I, III e IV
	B
	II, III e IV
	C
	I e II
	D
	I, II e III
	E
	I, II e IV
	Tendo como base as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais, indique as afirmativas que definem corretamente o termo “raça” apontado nesse documento:
	A
	o termo raça foi ressignificado pelo Movimento Negro que, em várias situações o utiliza com um sentido  político e de valorização do legado deixado pelos africanos.
	B
	o conceito biológico de raça prevalece desde o século XVIII para designar as diversas raças humanas.
	C
	o termo raça deixou de ser usado no Brasil a partir da constatação que só existe uma raça para os homens: a raça humana.
	D
	no Brasil o termo raça é usado para se referir ao reconhecimento, valorização e resgate da história e cultura africana e afro-descendente.
	E
	o uso do termo raça ficou proibido no Brasil a partir da constituição de 1988.
	Observe os dados e opte pela alternativa correta entre as que seguirão a ele.
	A
	A evolução do número de escolas aponta a dispensabilidade da Lei 11645/2008.
	B
	A evolução apontada indica que a União já está desobrigada de colaborar com a oferta, conforme Resolução 5/2012 prevê.
	C
	Os dados oferecidos pelo censo garantem o cumprimento das normas de organização requeridas nas diretrizes.
	D
	Os dados remetem à importância da construção do currículo atrelado ao Projeto Político Pedagógico previsto na Resolução 5/2012.
	E
	Será a avaliação do governo quem orientará a continuidade do crescimento ou não dessas escolas, conforme a Resolução 5/2012.
	 De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana é correto afirmar que políticas de Ações afirmativas são:
	A
	São ações assistencialistas e servem para reparar as desigualdades, somente pode ser utilizada pelos deficientes brancos.
	B
	Medidas especiais por tempo interminável com o objetivo de maximizar as desigualdades. Decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos e de gênero.
	C
	Políticas de reparações, e de reconhecimento e valorização da história, cultura, identidade e, busca combater o racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros.
	D
	São políticas públicas que integram apenas cotas em universidades públicas para o povo cigano e português.
	E
	Podem ser definidas como um conjunto de políticas privadas de caráter voluntário, concebidas com vistas ao combate à discriminação contra a população portuguesa de origem nacional.
	Quando pensamos em comunidades indígenas imediatamente pensamos que os primeiros humanos a habitar o continente americano foram apenas os indígenas, no entanto, o território hoje denominado Paraná foi continuamente habitado por diferentes populações humanas (populações pré-históricas) anteriores a chegada dos Europeus no séc. XVI. Dados apontam que as populações indígenas (Kaingang e os Guarani) entraram em contato com os europeus há cerca de 8.000 anos atrás, de acordo com os vestígios materiais mais antigos encontrados pelos arqueólogos. Entretanto, se considerarmos a cronologia dos territórios vizinhos que foram ocupados em épocas anteriores, é provável que ainda possam ser obtidas datas que poderão atestar a presença humana em períodos mais recuados, podendo alcançar até 11 ou 12.000 antes do presente (AP). A grande maioria dos pesquisadores aceita a presença do primeiro homem americano em torno de 11.000 a 12.000 AP, porque se situa nesse período as datações dos esqueletos humanos mais antigos encontrados no continente. Como é o caso do crânio de uma mulher batizada de Luzia, encontrada em Minas Gerais, que data de 11.500 AP.
Fonte: As Populações Indígenas no Paraná. Lucio Tadeu Mota (UEM) p. 14. 2006. 
 
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação escolar Indígena, a partir das determinações do Decreto nº 6861/2009, dispõe sobre esse tipo de educação e define sua organização em territórios etnoeducacionais. De acordo com a Resolução nº 5  o que são territórios etnoeducacionais (TEEs)?
	A
	TEEs são grupos de jovens que possuem algum grau de solidariedade de origens e interesses comuns que se mobilizam com a finalidade de incluir os negros na sociedade.
	B
	TEEs são espaços institucionais que os entes federados, as comunidades indígenas, as organizações indígenas e indigenistas e as instituições de ensino superior pactuarão as ações de promoção da Educação Escolar Indígena efetivamente adequada às realidades sociais, históricas, culturais e ambientais dos grupos e comunidades indígenas.
	C
	TEEs não é inovador no que diz respeito ao reconhecimento da afirmação e identidades étnicas dos povos indígenas e a possibilidade de uma gestão mais autônoma de seus processos educativos escolares, essa política não traz nada de novo dentro deste processo histórico.
	D
	TEEs são conteúdos significativos definidos pelo sujeito a partir de suas experiências subjetivas, ou seja, suas práticas cotidianas. Trata-se de um setor da população, com aspectos físicos comuns.
	E
	TEEs são espaços institucionais, organizações sem fins lucrativos e as instituições de ensino superior pactuarão as ações de promoção da Educação Escolar alemã e italiana efetivamente adequada para toda a sociedade brasileira.
	Um trecho da Lei 10.639/03 diz:
 “[...] que asseguram o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.”
Aplicando essa afirmação ao trabalho educativo das escolas, podemos afirmar que é de sua responsabilidade:
I – promover o acesso dos alunos aos diversos tipos de culturas existentes
II – valorizar a contribuição dos diversos grupos étnicos para a formação de nossa sociedade
III – valorizar apenas o conhecimento comprovado cientificamente
IV – fortalecer o processo de construção de identidade positiva nos alunos dos diversos grupos étnicos.
Estão corretas as afirmativas:
	A
	I e II apenas estão corretas
	B
	I, II,III e IV estão corretas
	C
	II e IV apenas estão corretas
	D
	Apenas a III está incorreta
	E
	IV apenas está incorreta
	Pode-se entender por ação afirmativa (sentido “stricto sensu” – restrito), políticas, programas e ações voltadas para grupos sociais específicos que, por motivos históricos e sociologicamente explicados, encontram-se em desvantagem social. Tendo em vista o contexto do surgimento dessas ações, nos Estados Unidos, nos anos 60, a definição, “stricto sensu”, envolve possibilidade de acesso mais justo e equilibrado às oportunidades de ascensão social. Devem, também, ser transitórias. Utilizada a palavra em um sentido mais amplo, aplica-se também à Legislação e Normas voltadas ao sistema escolar - por ex., Lei 10.639/2003 - que estabelece o ensino da história e valorização a cultura de raiz africana no Brasil. Sobre ação afirmativa é correto afirmar:
 
	A
	todos concordam, são leis racistas e preconceituosas que visam aumentar os privilégios de setores já historicamente favorecidos.
	B
	todos concordam, o preconceito nunca existiu no Brasil, ele foi criado pelas ações afirmativas e pelo multiculturalismo e para que ele novamente deixe de existir é importante que as ações afirmativas sejam retiradas.
	C
	as ações afirmativas encontram respaldo nas teorizações do filósofo liberal John Rawls, que criou a proposta visando reestabelecer o ideário de igualdade de oportunidades em bases, conforme ele, mais defensáveis.
	D
	como as condições sociais envolvendo os diferentes agrupamentos étnico-raciais são semelhantes, vide pesquisa do IPEA, a igualdade perante a Lei é suficiente para garantir a igualdade de oportunidade, de modo que o acesso às melhores condições de vida depende exclusivamente dos esforços individuais.
	E
	como as condições sociais envolvendo os diferentes agrupamentos étnico-raciais são semelhantes, vide pesquisa do IPEA, a igualdade perante a Lei é suficiente para garantir a igualdade de oportunidade, de modo que o acesso às melhores condições de vida depende exclusivamente dos esforços individuais.

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