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DIREITO PENAL IV CASO CONCRETO 10 Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local, NORBERTO, também de forma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY- 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou lesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a prática do fato delituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais." Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada. R- TRATA-SE DE DELITO RELACIONADO A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. A DISCUSSÃO GIRA EM TORNO DO DOLO EVENTUAL OU CULPA CONSCIENTE. QUESTÃO OBJETIVA. Ao manobrar veículo automotor no interior de uma garagem particular, Felisberto, descuidadamente, atropela a amiga Marinalva, que orientava a manobra, a qual sofre lesões corporais de natureza leve. Durante a investigação do fato, descobre-se que Felisberto não possuía permissão ou habilitação para dirigir veículos automotores. Contudo, logo depois, a vítima comparece à Delegacia de Polícia e se retrata da representação anteriormente oferecida. Passados seis meses, é correto afirmar que Felisberto: a) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (art. 303 da Lei n° 9.503). B) NÃO PODERÁ SER CRIMINALMENTE RESPONSABILIZADO. c) poderá ser criminalmente responsabilizado por contravenção penal de dirigir veículo sem habilitação (art. 32 do Decreto-Lei n° 3.688). d) poderá ser criminalmente responsabilizado por dirigir veículo automotor sem permissão ou habilitação, ou quando cassado o direito de dirigir (art. 309 da Lei n° 9.503). e) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor majorada (art. 303, parágrafo único, da Lei n° 9.503). CASO CONCRETO 11 Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO ALBERTO CHIQUE, com o fim de investigar suposto delito de sonegação fiscal, relativo à declaração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005. Sendo certo que ainda tramitava procedimento administrativo-fiscal quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO ALBERTO CHIQUE impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento da ação penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, indaga- se: a) Identifique, sob o aspecto jurídico-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal Especial? b) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal? R- SOMENTE HAVERÁ A CARACTERIZAÇÃO DO CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA COM O DENOMINADO LANÇAMENTO. LANÇAMENTO É QUANDO SE TORNA AUTOR DO CRIME TRIBUTÁRIO. QUESTÃO OBJETIVA. Relativamente aos crimes contra a Ordem Tributária, a pena de multa será fixada A) ENTRE DEZ E TREZENTOS E SESSENTA DIAS -MULTA, CONFORME SEJA NECESSÁRIO E SUFICIENTE PARA REPROVAÇÃO E PREVENÇÃO DO CRIME. b) entre dez e trezentos e sessenta e seis dias -multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. c) entre dez e trezentos e setenta dias -multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. d) entre dez e trezentos e setenta e seis dias -multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. e) na proporção do trintídio subsequente ao benefício obtido em decorrência do ilícito tributário. CASO CONCRETO 12 Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter estabelecido e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publicidade e celebrado contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal denúncia teve por objeto a notícia crime apresentada por NAYARA, mãe de alunos da referida escola, sob a alegação de que a escola contratada não estava apta a oferecer os serviços relativos à educação fundamental e no momento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência da referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de Reparação de Danos perante o Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra as relações de consumo, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta capitulação da conduta de CELSO? R- TRATA-SE DE CRIME DENOMINADO PROPAGANDA ENGANOSA. A PROPAGANDA ENGANOSA PODE SER ATIVA, QUANDO A OFERTA É OSTENSIVA, OU PASSIVA, QUANDO É OMISSIVA. QUESTÃO OBJETIVA Ana contratou Cláudio, prestador de serviços, para consertar seu aparelho de televisão. Sem autorização de Ana e sem motivo justo, Cláudio utilizou, dolosamente, peças de reposição usadas na reparação do aparelho. Nessa situação hipotética, a conduta de Cláudio é considerada A) CRIME PREVISTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC). b) crime previsto no CP. c) crime previsto na Lei n.º 8.137/1990, que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências. d) atípica, pois não há lei que preveja essa conduta como crime. e) contravenção penal. CASO CONCRETO 13 Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. Operação investiga empresa suspeita de lavagem de dinheiro em Jundiaí Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (25). Operação está relacionada com as atividades da empresa RDA. (disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2016/11/operacao- investigaempresa-suspeita-de-lavagem-de-dinheiro-em-jundiai.html;atualizado em: 25/11/2016) A Polícia Civil de Jundiaí (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), cumpre 12 mandados busca e apreensão nesta sexta-feira (25), em uma megaoperação que visa levantar informações e documentos de um esquema de captação e lavagemde dinheiro. A operação está relacionada com as atividades da empresa RDA de Jundiaí, que é investigada por fazer a captação de recursos de várias pessoas e pagar uma taxa de juros muito superior ao que é determinada pelo mercado. Desde 2014 os clientes desta empresa tentam recuperar o dinheiro que investiram, sem sucesso. Durante a manhã, foram apreendidos diversos computadores, 10 laptops, muitos contratos, extratos bancários, documentos de veículos e até uma máquina para contar dinheiro. “O objetivo da operação é conseguir levantar ou pelo menos mensurar a quantidade de vítimas, o prejuízo que elas sofreram. Além disso, é feito também o levantamento de provas para saber o que era feito com esse dinheiro, se ficava no Brasil ou se era aplicado”, explica o delegado da DIG de Jundiaí, Carlos Eduardo Barbosa. Ainda segundo a polícia, a empresa fazia contratos de gaveta para a prestação do serviço financeiro e a estimativa é que pelo menos 10 mil pessoas tenham caído no golpe. “A gente sabe que existem várias empresas dos mesmos donos e já temos uma movimentação financeira apurada pelo setor em São Paulo onde foi descoberto que era tirado o dinheiro de algumas empresas e colocadas em outras, o que não é permitido. Estamos apurando para saber se tem mais locais que temos que levantar.” Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais estranharam que os suspeitos, mesmo não tendo uma fonte de renda, ostentavam moradias e carros de alto padrão. “Das 12 residências que visitamos, algumas eram de alto padrão, condomínios de luxo. Alguns veículos caros e é isso que estranhamos, já que as pessoas que constam como suspeitas não teriam condições de manter um padrão tão elevado", acrescenta o delegado da DIG.A Polícia Civil já ouviu os envolvidos, inclusive o dono da empresa, e encaminhou os inquéritos à Polícia Federal. Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar a operação da DIG. A partir da situação narrada, identifique de forma objetiva e fundamentada a tipificação do Delito de Lavagem de Capitais, sua finalidade, fases e técnicas. R- TRATA-SE DE CRIME DE LAVAGEM DE CAPITAIS. QUESTÃO OBJETIVA. Sobre o delito de lavagem de capitais, assinale a opção correta: a) Em crimes de lavagem de dinheiro, dada a natureza do delito praticado, é incabível a tentativa. b) O reconhecimento do delito de lavagem de dinheiro opera a absorção do crime anterior por este, em virtude do concurso aparente de normas. c) Somente responde por lavagem de dinheiro quem também foi autor do crime antecedente. d) A Lei nº 9.613, de 1998, não prevê expressamente o sequestro de bens em nome do investigado, restando, para a medida assecuratória, a aplicação subsidiária das normas processuais. E) A FASE DE LAYERING, OU DISSIMULAÇÃO, NA LAVAGEM DE DINHEIRO, É AQUELA EM QUE SE BUSCA DAR AOS RECURSOS FINANCEIROS A APARÊNCIA DE LEGÍTIMOS, À QUAL SE SUCEDE A FASE DE INTEGRAÇÃO (INTEGRATION).
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