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Medidas de Associação em Farmacoepidemiologia

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AULA 05: MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO DO TIPO RAZÃO 
Farmacoepidemiologia 
FARMACOEPIDEMIOLOGIA 
Aula 05: Medidas de associação do tipo razão 
AULA 05: MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO DO TIPO RAZÃO 
Farmacoepidemiologia 
Introdução 
Explicar a relação causal entre exposição e doença 
através das medidas de associação do tipo razão; 
1 
Analisar a formação da tabela de contingência. 
2 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
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Farmacoepidemiologia 
Definição 
Medidas de associação 
 
A combinação de medidas da frequência de doenças define um parâmetro de associação entre uma determinada 
exposição e um desfecho específico. 
 
Medidas de 
associação 
Razão Diferença 
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Definição 
Medidas de associação Razão 
 
• Obtida pela razão entre duas medidas de frequência; 
 
• Indica qual é a probabilidade que um grupo tem de desenvolver uma doença em relação ao outro; 
 
• Apesar da medida de associação ser estimada pela comparação entre grupos, o que se obtém é uma 
estimativa individual. 
 
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Definição 
Medidas de associação Razão 
Risco Relativo ou Razão de Risco (RR) 
Razão de Taxa ou Razão de Densidade de Incidência 
Razão de chances ou Odds ratio (OR) 
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Definição 
Tabela de contingência 
 
• As medidas de associação dos dados epidemiológicos são usualmente apresentadas em tabelas 2 X 2 ou 
tabelas de contingência; 
 
• Consistem de tabelas com 2 colunas e 2 linhas, que são compostas por 4 caselas: presença/ausência da 
exposição e presença/ausência da doença. Definidas como: ‘a’, ‘b’, ‘c’ e ‘d’; 
 
• As linhas representam os dois níveis de exposição: exposto (a + b) e não exposto (c + d). As colunas 
representam os dois níveis dos status da doença: doente (a + c) e não doente ( b + d). 
 
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Definição 
Tabela de contingência 
 
• Independente do tipo de estudo epidemiológico de associação, os indivíduos selecionados serão alocados em 
uma das 4 casas: 
 
a) número de indivíduos que estão expostos e que apresentam a doença; 
b) número de indivíduos que estão expostos e que não apresentam a doença; 
c) número de indivíduos que não estão expostos e que apresentam a doença; 
d) número de indivíduos que não estão expostos e que não apresentam a doença. 
 
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Definição 
Tabela de contingência 
DOENÇA 
SIM NÃO TOTAL 
Ex
p
o
si
çã
o
 SIM a b a + b 
NÃO c d c + d 
TOTAL a+ c b + d 
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Farmacoepidemiologia 
Definição 
Tabela de contingência 
DOENÇA 
SIM NÃO TOTAL 
Ex
p
o
si
çã
o
 
SIM 
expostos e 
doentes 
expostos e NÃO 
doentes 
Total dos 
expostos 
NÃO 
NÃO expostos e 
doentes 
NÃO expostos e 
NÃO doentes 
Total dos NÃO 
expostos 
 
TOTAL Total dos doentes 
Total dos NÃO 
doentes 
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Definição 
Risco relativo ou Razão do Risco 
 
• Estima a magnitude de uma associação entre uma exposição e uma doença; 
 
• Indica a probabilidade de desenvolvimento da doença no grupo exposto (a + b) em relação ao grupo de não 
expostos (c + d ); 
 
• Pode ser definido como a razão da incidência da doença entre o grupo de expostos (Ie) divido pela incidência 
da doença no grupo de não expostos (I0); 
 
• Em estudos que usam medidas de incidência, o risco relativo (ou razão de risco) é calculado pela razão entre a 
Incidência Cumulativa (IC) entre expostos comparadas aos não expostos 
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Definição 
Risco relativo ou Razão do Risco 
• A incidência dos expostos (Ie): Ie = a / ( a + b ) 
• A incidência dos não expostos (I0): I0 = c / ( c + d ) 
DOENÇA 
SIM NÃO TOTAL 
Ex
p
o
si
çã
o
 
SIM a b a + b 
NÃO c d c + d 
TOTAL a+ c b + d 
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Fórmula 
Risco relativo ou Razão do Risco 
dcc
baa
RR



/
/
0I
Ie
RR 
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Definição 
Risco relativo ou Razão do Risco 
 
RR= 1 Indica que o risco da doença nos grupos de expostos e não expostos são idênticos, ou seja, indica que não 
há associação observada entre exposição e doença. Se dois conjuntos (grupos) têm o mesmo número de 
unidades, a razão entre eles será igual a 1. 
 
RR> 1 Indica associação positiva ou risco aumentado entre os Expostos ao fator estudado em relação aos não 
expostos. Se o conjunto do numerador (expostos) tem mais unidades que o denominador (não expostos) o valor 
da razão será > 1. 
 
RR< 1 Indica que há uma associação inversa ou um risco diminuído entre os expostos ao fator estudado, é o 
chamado fator de proteção. Se o conjunto do denominador (não expostos) tem mais unidades do que o 
numerador (expostos), o valor da razão será < 1. 
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Exemplo 
Risco relativo ou Razão do Risco 
Infecção urinária 
SIM NÃO TOTAL 
U
so
 d
o
 
co
n
tr
ac
ep
ti
vo
 
o
ra
l 
SIM 27 455 482 
NÃO 77 1831 1908 
TOTAL 104 2286 
 Qual o risco relativo? 
0I
Ie
RR 
1908/77
482/27
RR
4,1RR
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Exemplo 
Risco relativo ou Razão do Risco 
 
 
Resposta: 
Significa que a mulher que é usuária de Contraceptivo Oral tem um risco 1,4 vezes maior de desenvolver infecção 
urinária quando comparada com uma que não usa contraceptivo oral. 
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Exemplo 
Risco relativo ou Razão do Risco 
 
 
Resposta: 
Significa que a mulher que é usuária de Contraceptivo Oral tem um risco 1,4 vezes maior de desenvolver infecção 
urinária quando comparada com uma que não usa contraceptivo oral. 
 
Observem que a característica da resposta faz comparação entre expostos e não expostos. 
 
Expostos > patologia > não expostos 
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Definição 
Razão de Taxa, Razão de Densidade de incidência, taxa Relativa 
 
 
• Utilizada para medidas de incidência quando conhecemos o tempo de status de susceptibilidade à doença de 
cada indivíduo; 
 
• O tempo que cada indivíduo contribuiu como exposto sem a doença durante todo o período de 
acompanhamento = Pessoa-tempo; 
 
• Comparar Taxas de Incidências entre expostos e não expostos. 
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Definição 
Razão de Taxa, Razão de Densidade de incidência, taxa Relativa 
DOENÇA 
SIM NÃO Pessoa-ano 
Ex
p
o
si
çã
o
 
SIM a b a + b 
NÃO c d c + d 
TOTAL a+ c b + d 
• A densidade de incidência dos expostos (DIe): DIe = a / (Pessoa ano nos expostos); 
• A densidade de incidência dos não expostos (DI0): DI0 = c / (Pessoa ano nos não expostos). 
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Fórmula 
Razão de Taxa, Razão de Densidade de incidência, taxa Relativa 
0/
/
PAc
PAa
RT
e

0DI
DI
RT
e

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Fórmula 
Razão de Taxa, Razão de Densidade de incidência, taxa Relativa 
Doença coranariana 
SIM NÃO TOTAL 
H
o
rm
o
n
io
 SIM 30 54.308,7 
NÃO60 51.477,5 
TOTAL 90 105.789,2 
 Qual o razão de taxas? 
0/
/
PAc
PAa
RT
e
 5,477.51/60
7,308.54/30
RT
5,0RR
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Exemplo 
Razão de Taxa, Razão de Densidade de incidência, taxa Relativa 
 
 
Resposta: 
Significa que a mulher que usa hormônio na pós-menopausa tem apenas metade do risco de desenvolvimento de 
doença coronariana comparada com a que não é usuária de hormônio. 
 
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Definição 
Razão de Chances ou Odds Ratio 
 
 
• Buscam-se os doentes e compara-se a chance deles terem sido expostos em relação aos não doentes; 
 
• Assim, em algumas situações temos dados de prevalência e não de incidência; 
 
• O termo “risco” só pode ser usado quando temos incidência. Quando “estimamos o risco” pela prevalência, 
usamos o termo “chance”. 
 
• O objetivo é responder se a chance do doente ter sido exposto é maior do que o não doente; 
 
• A chance de adoecer é uma medida do tipo razão formada pelo numerador: probabilidade de adoecer, que 
não está contida no denominador. 
 
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Definição 
Razão de Chances ou Odds Ratio 
DOENÇA 
SIM NÃO TOTAL 
Ex
p
o
si
çã
o
 
SIM a b a + b 
NÃO c d c + d 
TOTAL a+ c b + d 
• Chance da exposição entre doentes: 
 
 
 
 
• Chance da exposição entre NÃO doentes: 
ca
cac
caa
ChanceEd /
/
/




db
dbd
dbb
ChanceE /
/
/
0 



db
ca
OR
/
/

bc
ad
OR 
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Exemplo 
Razão de Chances ou Odds Ratio 
Câncer de pulmão 
SIM NÃO TOTAL 
Ta
b
ag
is
m
o
 SIM 70 30 100 
NÃO 30 70 100 
TOTAL 100 100 
70/30
30/70
OR
4,5OR
db
ca
OR
/
/

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Exemplo 
Razão de Taxa, Razão de Densidade de incidência, taxa Relativa 
 
 
Resposta: 
A chance de uma pessoa que teve câncer de pulmão ter sido fumante foi 5,4 vezes maior em relação a uma 
pessoa que não teve câncer de pulmão. 
 
Observem que a característica da resposta faz comparação entre doentes e não doentes. 
 
Doentes > exposição > não doentes 
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Observações 
Comparação 
 
O Odds Ratio superestima o RR. No caso da doença rara eles se aproximam. 
 
Considerando um estudo longitudinal com uma população fechada e a uma doença rara (de baixa ocorrência), as 
estimativas de RR, RT e OR serão próximas. 
 
O numerador (doentes) em todos os cálculo é o mesmo. As variações se dão por diferenças no denominador. 
 
Denominadores: 
RR = pessoas sob risco no início (Incidência Cumulativa); 
RT = pessoa-tempo sob risco ao longo do estudo (Taxa de Incidência); 
OR = pessoas sob risco ainda no final do período de Observação. 
 
Se a incidência da doença é pequena em expostos e não expostos, os valores das RR, RT e OR serão quase 
idênticos, pois a maioria dos indivíduos se manterá sem a doença até o final do período de observação. 
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Definição 
Avaliação dose-resposta 
 
• Utiliza-se o grupo de não expostos como um grupo padrão de comparação; 
 
• Os grupos com diferentes graus de exposição são comparados ao grupo de não expostos 2 a 2; 
 
• Busca-se observar um gradiente entre a dose da exposição e o risco aumentado para a doença. 
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Referências bibliográficas 
BONITA, R. Epidemiologia básica. 2. ed. São Paulo: Editora Santos, 2010. 
 
MEDRONHO R. A. et al. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
 
ROUQUAYROL, M. Z. e ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. 
 
YANG YI. Compreendendo a Farmacoepidemiologia. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2013. 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Medidas de Associação do tipo diferença. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.

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