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Resumo Unidade 2

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Resumo Unidade 2 - http://www.youtube.com/watch?v=cDrkyz8q7Ms&feature=youtu.be
O Evolucionismo, Relativismo e Funcionalismo na Antropologia
A unidade 2 tem como objetivo discutir os conceitos e práticas dos fundadores pioneiros da Etnografia: Franz Boas e Bronislaw Malinowiski. A partir desses fundadores, a etnografia passou a integrar o cotidiano profissional da ciência antropológica. Primeiramente, será destacada a importância do antropólogo Franz Boas no que se refere à compreensão de que cada cultura só tem significado se estiver relacionada ao contexto social. Boas faz a defesa do conceito de relativismo cultural, assim como elabora críticas contundentes ao método comparativo entre as culturas e à noção de etnocentrismo. Em seguida, são apresentadas as reflexões do antropólogo Bronislaw Malinowiski, que fez emergir o significativo conceito de observação participante e as principais referências teóricas da antropologia funcionalista.
Esses fundadores desenvolveram a noção de que a antropologia não pode ser trabalhada em gabinete, ou coletar informações a partir de informantes, é necessário que o antropólogo vá a campo, pesquise a realidade da cultura e a entende diretamente com os nativos.
Franz Boas compreende que cada cultura só tem significado se estiver relacionada ao contexto social. Também trabalhou a Noção de relativismo cultural – possibilidade de entender que as diversas culturas podem ser analisadas sem que uma seja considerada superior à outra. E faz uma crítica à noção de etnocentrismo.
O Evolucionismo Cultural
Franz Boas faz uma crítica a antropologia cultural evolucionista do século XIX e mostra o perigo do pensamento evolucionista, primeiramente porque não utilizavam a pesquisa de campo como forma de entrar em contato com a realidade social, então essa realidade social e cultural não era uma informação coletada pelo próprio antropólogo, mas sim por meio de informantes que passavam um viés preconceituoso.
O pensamento evolucionista preconiza uma forma de pensar, sentir e agir que toma como parâmetro a sua própria cultura como sendo a correta e a partir de uma analogia com a sua cultura, concebe as outras como inferiores. A teoria da evolução tem o papel de entender o quanto o homem tem uma única forma de habitar, ser e estar no mundo, é uma teoria que surge relacionada às teorias de Charles Darwin, aplicando as leis para entender a ação humana e compreender que é um processo de evolução que vai do estágio primitivo ao avançado, e que todos os povos devem passar pelos mesmos estágios de evolução.
Nessa visão havia uma concepção de que o estágio mais avançado é a sociedade capitalista europeia e o estágio mais avançado é, por exemplo, a indígena.
É possível identificar duas características da antropologia evolucionista do século XIX:
Método comparativo: comparava sociedades entre si por meio de alguns costumes, efetiva o preconceito elegendo uma cultura como superior a outra.
Sucessão unilinear: é a existência de uma evolução linear que consiste em um esquema hipotético da progressão que demarca a evolução da humanidade. Ideia de que a humanidade evolui de um mesmo jeito e a sociedade fora deste estágio é considerada atrasada ou incivilizada.
A evolução final imaginada era a sociedade branca, europeia e tecnológica, as sociedades que viviam diferentemente eram consideradas atrasadas, em estágio de selvageria, como eram considerados os indígenas.
O Evolucionismo trabalha o estágio da civilização para considerar quem é civilizado / superior e quem é incivilizado e atrasado sempre numa associação linear cuja noção de progresso vai do simples ao complexo, o simples é a sociedade primitiva e o complexo é a sociedade branca e europeia.
A crítica ao evolucionismo cultural e o relativismo cultural na antropologia
A grande virada na pesquisa antropológica foi desenvolvida no fim do século XIX por Franz Boas que faz críticas contundentes a forma de pensar do evolucionismo, através de pesquisas pioneiras de campo, ele começa a perceber que o modo de construir uma sociedade depende dos valores e das relações e do modo que o homem compartilha as suas relações entre si, os mitos, as composições alimentares dependem do modo como o homem interage com o mundo. Nesse sentido ele conclui que a antropologia de gabinete deve ser banida porque ela se baseia na fala de um alguém sobre o que ele acha que é a cultura e não analisa o próprio sujeito, o próprio nativo e o que ele entende da sua própria cultura. É importante o convívio cotidiano com os grupos culturais para que dele você consiga extrais qual é o seu modo de viver.
Franz Boas refuta o método comparativo, pois esse método faz comparações entre culturas diferentes e estabelece qual a cultura verdadeira e qual deve ser considerada superior e determina quais as que são inferiores. É importante que a Etnografia possibilite conhecer a história do próprio grupo.
Para opor-se ao método comparativo Franz Boas desenvolveu o conceito de Relativismo Cultural que possibilita entender que cada grupo tem a sua verdade relativa, ou seja, não existe uma verdade de ser e estar no mundo única. O Relativismo Cultural postula que você deve conhecer a sociedade a ser pesquisada desprezando o que o outro grupo cultural acha de uma maneira preconceituosa, mas entendendo quais as suas verdades, seu modo de viver, as suas concepções, entender que o homem é plural, portanto, ele habita, valoriza e identifica uma forma de relação com o mundo que é sempre singular.
Conceito de Relativismo Cultural
Desenvolvido por Franz Boas, significa um método que possibilita entrar em contato com a cultura do “outro”.
Etnocentrismo: Método criticado por Franz Boas, é quando o homem, com base no seu modelo de existir, olha o outro e não o vê, vê a si mesmo, ou seja, vê o que diferencia da sua própria cultura. A visão etnocêntrica sempre compreende que todas as culturas são erradas, é um impedimento da percepção da diversidade cultural.
A Antropologia Funcionalista
Experiência realizada na década de XX por Bronislaw Malinowiski que inaugura um novo estilo de fazer antropologia desenvolvendo a noção de Observação Participante, ou seja, a necessidade de deslocamento cultural e geográfico para que se consiga conhecer o outro. É uma forma de sentir a realidade cultural do outro a partir da vivência, mas não esquecendo que o antropólogo é o observador participante e não um indivíduo da cultura.
Tanto Malinowiski como Franz Boas entenderam que a etnografia possibilitava trabalhar a cultura a ser estudada, entendendo que não é possível compreender um aspecto da sociedade e não relacioná-lo com outros aspectos, então tudo que se coleta numa sociedade deve ser relacionado a outros campos e relações da própria sociedade.
Diferentemente dos Evolucionistas culturais, todas as sociedades humanas são como as nossas, ou seja, homens e mulheres habitam e convivem, são e estão no mundo e não são atrasados e ignorantes, porque não se pode usar um parâmetro que seja o melhor.
Cada grupo cultural atribui significados diferenciados que são desenvolvidos pelo seu viver.

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