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INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II-A - manhã 1° período de 2009 1a Prova – 29/04/2009 1a Questão (2,5 pontos) Um cubo de aresta a flutua dentro de um recipiente contendo mercúrio (densidade ρm), tendo um quarto de seu volume submerso. (a) (1,0) Se o cubo for homogêneo, qual seria sua densidade em termos da densidade do mercúrio? (b) (0,5) Acrescentamos água no recipiente (densidade ρa) até o cubo inteiro estar submerso com sua face superior abaixo do nível da água. Qual é o empuxo sofrido pelo cubo em termos da variáveis a, ρa, ρm e a aceleração da gravidade g? (c) (1,0) Após o acréscimo da água, qual fração do volume do cubo que estará imersa (dentro) no mercúrio? Resposta: (a) (1,0) ρmgV/4 = ρcubogV , donde ρcubo = ρm/4 (b) (0,5) Como o cubo inteiro está submerso, o empuxo sofrido pelo cubo é igual a seu peso : E = ρcubogV = ρmga3/4 (c) (1,0) Seja α a fração dentro do mercúrio, temos αρm + (1 − α)ρa = ρm/4, donde α = 2a Questão (2,5 pontos) Uma mola de comprimento relaxado de L = 10,0 cm tem constante elástica k = 240N/m. Ela é cortada em dois pedaços: o primeiro de comprimento L1 = 6,0cm e o segundo de L2 = 4,0cm. As duas molas assim obtidas são amarradas sem deformação entre duas paredes e nos lados opostos de um bloco de massa M que pode deslizar, sem atrito, em cima de uma mesa horizontal ao longo do eixo Ox. Veja a figura ao lado. (a) (1,0) As constantes elásticas, de cada uma das molas obtidas, são k1 = 5/3 k e k2 = 5/2 k. Justifique estes valores. (b) (1,0) Para uma massa M = 100 g qual é a frequência angular de oscilação do bloco? (c) (0,5) Uma força externa periódica é aplicada na direção do eixo Ox com a frequência fext = 50,0Hz. Qual deve ser o valor da massa M para que o bloco oscile com amplitude máxima? Resposta: (a) (1,0) Usando o fato da constante elástica efetiva de duas molas em série ser dada por: verificamos que k1 = k×5/3 = 400,0 N/m e k2=k×5/2 = 600,0 N/m satisfazem esta relação. Um argumento mais completo consiste na consideração seguinte: Ao dividir a mola em N = 5 partes iguais, cada parte terá uma constante N k = 5 k. Juntando n pedaços em série, obtemos uma mola com constante elástica N k/n. No caso, N = 5 e n = 2, 3. (b) (1,0) A constante da mola efetiva é: Kef = k1 + k2 = 1000 N/m A frequência angular de oscilação do bloco é ω = = 100rad/s (c) (0,5) A condição de ressonância fornece ωext = 2πfext = 100πrad/s M = Kef/ωext2 = 1000N/m/(100π rad/s)2 = 10,1 g 3a Questão (2,5 ponto) Uma das extremidades de uma corda de 20 cm é presa a uma parede. A outra extremidade está ligada a um anel sem massa que pode deslizar livremente ao longo de uma haste vertical sem atrito, conforme a figura apresentada ao lado. (a) (1,5) Quais são os três maiores comprimentos de ondas estacionárias possíveis nesta corda? (b) (1,0) Esboce as ondas estacionárias correspondentes? Resposta: (a) (1,5) λ1 = 4L = 80,0 cm λ2 = 4L/3 = 26, 6 cm λ3 = 4L/5 = 16, 0 cm (b) (1,0) 4a Questão (2,5 ponto) Uma fonte sonora de freqüência de 100 Hz se desloca a uma velocidade de v = 36 km/h em uma via retilínea. (a) (1,0) Qual é a freqüência que um observador, parado na via, percebe enquanto a fonte sonora se afasta? (b) (1,0) A via termina em um grande muro perpendicular a ela. O som da fonte é refletido neste muro e retorna ao observador. Qual é a frequência do som refletido no muro que retorna ao observador? (c) (0,5) O observador percebe, então, na superposição do som vindo diretamente da fonte com o refletido pelo muro um batimento. Qual é a frequência do batimento? Resposta: Conforme a figura, a fonte se afasta do observador parado na direção do muro. Sendo vsom = 340m/s a velocidade do som no ar parado. A velocidade da fonte é vfonte = 36,0 km/h = 10,0m/s (a) (1,0) fo = = = 97Hz (b) (1,0) A frequência do som refletido pelo muro é : fmuro = = = 103Hz (c) (0,5) fbat = (103 − 97)Hz = 6 Hz __________________________________ Formulário vsom = 340 m/s, g=10m/s2, ρágua= 1,0x103kg/m3, sen(a) + sen(b) = 2.sen [(a+b)/2].cos[(a-b)/2] P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, v = [B/ρ0]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δpm = v.ρ.ω.sm, I = ½ρvω2sm2, Pméd= A(Δpm)2/(2ρv), Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io), INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II-A - tarde 1° período de 2009 1a Prova – 29/04/2009 1a Questão (2,0 pontos) Uma casca esférica oca, feita de ferro, flutua quase completamente submersa na água, conforme mostrado na figura ao lado. O diâmetro externo da esfera é de 60,0 cm e a massa específica do ferro é de 7,9 g/cm3. Determine o volume da parte oca da esfera. Resposta: Em termos do diâmetro D da esfera, o seu volume é dado por: V = 3 2 D 3 4 ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛π = 3D 6 π O empuxo, i.e. o peso do volume de água deslocado, que é o volume da esfera, é igual ao peso da esfera; ρag(π/6)D3 = ρFeg(π/6) (D3 − d3) onde d é o diâmetro da parte oca da esfera. Logo: Voca = (π/6) d3 = 3 Fe aFe D 6 π×ρ ρ−ρ ≈ 99x103cm3 2a Questão (3,0 pontos) A figura mostra um bloco de massa M, em cima de uma mesa horizontal sem atrito, preso a uma mola cuja outra extremidade é fixada a uma parede. Ao ser puxado e posteriormente, no instante t = 0 s, ser solto o bloco oscila harmonicamente entre as posições x1 = 0,8m e x2 = 1,2m. Algum tempo depois, um segundo bloco de massa m = 1,5 kg é colocado sobre o primeiro, quando da passagem deste por um de seus pontos de retorno. Sabendo que o coeficiente de atrito estático entre os dois blocos é μ= 0,40, que o sistema com apenas um bloco oscila 50 vezes em 1,0 min e o sistema composto pelos dois blocos oscila 40 vezes neste mesmo intervalo de tempo, determine: m k M x x1 x2 a) (0,5+0,5) a massa M do primeiro bloco, e a constante elástica k da mola; b) (0,2+0,2+0,2+0,2) a função x(t), com os valores todas as constante determinadas (posição de equilíbrio xeq, amplitude A, frequência angular ω e fase φ), que dá a posição do primeiro bloco com o passar do tempo, antes da colocação do segundo bloco; c) (0,4+0,4) as velocidades máximas de oscilação v(1)max e v(2)max do sistema com o primeiro bloco e com os dois blocos; d) (0,4) a amplitude máxima Amax que poderia ter o movimento harmônico descrito pelo sistema com os dois blocos sem que o bloco de cima viesse a escorregar. Resposta: (a) (0,5+0,5) Temos duas relações 2πf = [k/M]1/2 e 2πf' = [k/(m +M)]1/2, onde f = 5/6 s−1 , f' = 4/6 s−1 , m = 1,5 kg. Achamos k = Mω2 = (M+m)ω'2 → M(ω2-ω'2) = mω'2 ↔ M(f2-f'2) = mf'2 ∴ M = m 'f 'ff 2 22 − = kg5,1 9 16 × = 8/3 kg ≈ 2,7 kg k = Mω2 = M.4π2f2 = 8/3kgx4π2x(5/6Hz)2 = 73,1 N/m (b) (0,2+0,2+0,2+0,2) x(t) = xeq + A cos(ωt) = xeq + A sin(ωt + π/2) xeq = (x1 + x2)/2 = 1,0 m; A = (x2 − x1)/2 = 0,2 m ω = 2πf = 5,2 s−1; ϕ = π/2 (c) (0,4+0,4) v1(max) = Aω = 1,0 m/s; v2(max) = Aω' = v1(1)×4/5 = 0,8 m/s (d) (0,4) As equações de Newton para os dois blocos são : ma = −Fat, M d2x/dt2 = −k(x − xeq) + Fat Os dois blocos se movem juntos se d2x/dt2 = a. Eliminando Fat, temos (M + m) d2x/dt2 = −k(x − xeq), com solução x(t) = xeq + A cos(ω't). A força de atrito é : Fat = ( )t'coskA Mm m ω+ A condição |Fat| ≤ μmg resulta em: (0,6) A ≤ k Mmg +μ = 2' g ω μ ≈ 0, 22 m 3a Questão (2,5 pontos) Uma corda de violino de 30,0 cm de comprimento com densidade linear de massa de 0,650 g/cm é colocada próxima de um auto-falante queestá conectado a um oscilador de áudio de frequência variável. Descobre-se que a corda oscila somente nas frequências de 880 Hz e 1320 Hz, quando a frequência do oscilador varia entre 500 Hz e 1500 Hz. Determine: (a) (1,0) a velocidade das ondas na corda; (b) (0,5) a frequência do fundamental (c) (1,0) a tensão na corda. Resposta: Os comprimentos de onda da corda são dados por λn = 2L/n, com n = 1, 2, 3,... e as frequências por: fn = v/λn = n L2 v onde v é a velocidade de propagação da onda. A corda está em ressonância com as frequências sequenciais de: 880Hz = nv/(2L) e 1320Hz = (n+1)v/(2L) Logo: v/(2L) = 440Hz e (a) (1,0) v = 264m/s (b) (0,5) A frequência do modo fundamental corresponde a n = 1: f1 = v/(2L) = 440 Hz (c) (1,0) Finalmente, a tensão é obtida como: T = μv2 = 65×10−3kg/m × (264m/s)2 = 4530N 4a Questão (2,5 pontos) Dois alto-falantes estão localizados a 20,0m e a 22,0m, respectivamente, de um ouvinte em um auditório. Um gerador de áudio coloca os dois alto-falantes em fase com as mesmas freqüências e com as amplitudes iguais na posição do ouvinte. As freqüências podem ser ajustadas dentro do intervalo audível de 20 Hz a 20 kHz. (a) (1,5) Quais são as três mais baixas freqüências para as quais o ouvinte irá ouvir um sinal de mínimo, devido à interferência destrutiva? (b) (1,0) Quais são as três mais baixas freqüências para as quais o ouvite ouvirá um sinal máximo? Resposta: y(x,t) = y1(x,t) + y2(x,t) = A sin(kx1 − ωt) + A sin(kx2 − ωt) = 2A sin(k(x1 + x2)/2 − ωt) × cos(kΔx/2) com Δx = x2 − x1 = 2,0 m. (a) (1,5) Teremos um sinal mínimo se kΔx/2 = (n+1/2)π, ou fn = ( )21n x vsom +Δ ∴ f0 = 85 Hz, f1 = 255 Hz, f2 = 425 Hz (b) (1,0) Teremos um sinal máximo se kΔx/2 = nπ, ou f'n = n x vsom Δ f'1 = 170Hz, f'2 = 340Hz, f'3 = 510Hz Formulário vsom = 340 m/s, g=10m/s2, ρágua= 1,0x103kg/m3, sen(a) + sen(b) = 2.sen [(a+b)/2].cos[(a-b)/2] P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, v = [B/ρ0]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δpm = v.ρ.ω.sm, I = ½ρvω2sm2, Pméd= A(Δpm)2/(2ρv), Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io), INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II – Turmas do horário de 10 h às 12 h 1° período de 2009 2a Prova 1a Questão (2,5 pontos) Numa máquina térmica, o agente externo é um gás ideal diatômico que executa o ciclo da figura abaixo, onde BC é uma adiabática e CA é uma isoterma. Assuma que durante todo o ciclo, apenas graus de liberdade de translação e de rotação são excitados no gás. (a) (0,6) Exprima os volumes, temperaturas e pressões nos pontos B e C em termos dos respectivos valores V0, T0, P0 no ponto A e da razão de compressão r. (b) (1,4) Determine em cada etapa do ciclo (A → B), (B → C) e (C → A) a variação da energia interna, o calor absorvido e o trabalho feito pelo sistema. Faça uma tabela de seus resultados. (c) (0,5) Calcule a eficiência da máquina. Mostre que ela só depende d Resposta: a razão de compressão r. s é diatômico: γ = CP/CV = 7/5 = 1,4 A 0 A = T0, VA = V0 C A TC = T0 (isoterma) C C A A 0 0 C 0 C 0 0/rV0 ∴ pC = p0/r B A VB = V0 B B C C 0 r.(rV0)γ B 0 B 0 B A BVB A A → B = r(γ-1).T0 ∴ TB = r2/5.T0 ra Pressão Como o gá (a) Ponto A: p = p , T Ponto C: T = T ∴ p V = p V = p V V = rV →p = p V Ponto B: V = V ∴ p V γ = p V γ = p / p =p rγ-1 → p = r2/5.p e T /T = p /p V T Ponto Volume Temperatu A V 0 0 0T p Volume V0 Pressão rV0 A B 0 p C B V0 r2/5.T0 r2/5.p0 C rV0 T0 p0/r (b) A→B (volume constante) WAB = 0 ΔEintAB = nCVΔT = p0V0/RT0.5/2R.(r2/5.T0 - T0) = 5/2.p0V0.(r2/5-1) QAB = WAB + ΔEintAB = 5/2.p0V0.(r2/5-1) B→C (adiabática) QBC = 0 ΔEintBC=nCVΔT=n.5/2.R.(TC-TB)=p0V0/T0.5/2.(T0–r2/5T0) =5/2.p0V0.(1- r2/5) [Obs : ΔEintBC= -ΔEintAB] WBC = QBC - ΔEintBC = 0 → WBC = - ΔEintBC = 5/2 p0V0.(r2/5-1) C→A (isoterma) ∴ ΔEintCA = 0 WCA = ∫CA p.dV = ∫CA nRT0.dV/V = p0V0 ∫CAdV/V = p0V0.ln(VA/VC) ∴ WCA = -p0V0.lnr QCA = WCA + ΔEintCA ∴ QCA = -p0V0.lnr Etapa Q Wsist ΔEint A → B 5/2.p0V0.(r2/5-1) 0 5/2.p0V0.(r2/5-1) B → C 0 5/2 p0V0.(r2/5-1) 5/2.p0V0.(1-r2/5) C → A -p0V0.lnr -p0V0.lnr 0 (c) ε = W/QQ = [0 + 5/2.p0V0.(r2/5-1) - p0V0.lnr]/[5/2.p0V0.(r2/5-1)] = = [5/2.(r2/5-1) - lnr]/[5/2.(r2/5-1)] = 1 - [lnr / (5/2.(r2/5-1))] 2a Questão (2,5 pontos) Um corpo de capacidade calorífica C = 50J/K na temperatura T1 = 450 K está posto em contato com um reservatório de temperatura a T2 = 300 K. Juntos eles formam um universo termodinâmico. Ao atingir o equilíbrio; (a) (0,5) calcule Q1, o calor absorvido pelo corpo, e Q2, o calor absorvido pelo reservatório. (b) (1,0) calcule a variação da entropia ΔS1 do corpo e ΔS2 do reservatório. (c) (1,0) qual é a variação da energia interna ΔEint, e da entropia ΔS, desse universo termodinâmico? Resposta: (a) Q1 = C.(T2 – T1) = 50J/K.(300K-450K) = -7,5 kJ Q2 = -Q1 = +7,5 kJ (b) ΔS1 = ∫T1T2dQ/T = ∫T1T2C.dT/T = C.ln(T2/T1) = C.ln(300/450) = C.ln(2/3) = C.[ln2-ln3] = ≈ 50J/K.[0,69 - 1,1] = -20,5 J/K ΔS2 = ΔQ/T2 = Q2/T2 = 7,5kJ/300K = 25 J/K (c) Como não há trabalho, ΔEint = Q, logo ΔEintUNIV = Q1 + Q2 = 0 ΔSUNIV = ΔS1 + ΔS2 ≈ -20,5 J/K + 25 J/K = 4,5 J/K 3a Questão (2,5 pontos) Um recipiente A contém um gás ideal a uma pressão de 5,0×105Pa e a uma temperatura de 300K. Ele está conectado através de um tubo fino ao recipiente B que tem quatro vezes o volume de A. B contém o mesmo gás ideal a uma pressão de 1,0×105Pa e a uma temperatura de 400K. A válvula de conexão, feita de um material de condutividade térmica desprezível, é aberta e o equilíbrio é atingido a uma pressão comum enquanto a temperatura de cada reservatório é mantida constante no seu valor inicial. (a) (1,0) Calcule a razão entre os números de moles nos recipientes A e B antes (nA/nB) e depois (nA'/nB') da abertura da válvula. (b) (1,5) Determine a pressão final do sistema. Resposta: (a) pA = 5,0x105Pa, pA’ = pF, TA = TA’ = 300K, VA =VA’ = V0 pB = 1,0x105Pa, pB’ = pF, TB = TB’ = 400K, VB =VB’ = 4V0 nA = pAVA/RTA e nB = pBVB/RTB → nA/ nB = pAVATB/(pBVBTA) = 5x 1/4 x 4/3 = 5/3 nA’ = pA’VA’/RTA’ e nB’ = pB’VB’/RTB’ → nA’/nB’ = pFVATB/(pFVBTA) = 1/4 x 4/3 = 1/3 (b) nA - nA’ = pAVA/RTA - pA’VA’/RTA’ = (pA – pF) x V0/RTA nB - nB’ = pBVB/RTB - pB’VB’/RTB’ = (pB – pF) x 4V0/RTB Como ΔnA + ΔnB = 0 → (pA – pF) x V0/RTA + (pB – pF) x 4V0/RTB = 0 → (pA/TA + 4pB/TB).V0/R = pF.(1/TA + 4/TB).V0/R ∴ pF = (pA/TA + 4pB/TB)/(1/TA + 4/TB) = (5/300 + 4x1/400)x105Pa/K / (1/300K + 4x1/400K) = = 2,0x105Pa 4a Questão (2,5 pontos) Uma máquina térmica M opera entre reservatórios de temperaturas TA = 400K e TB = 300K, com um rendimento r de 20%. Por ciclo é utilizada uma quantidade de calor QA = 100J da fonte quente. (a) (0,6) Calcule W, o trabalho feito pela máquina por ciclo, e QB, o calor cedido ao reservatório frio por ciclo. (b) (0,6) Para uma máquina de Carnot M(Carnot), operando com os mesmos reservatórios, e usando a mesma quantidade de calor por ciclo QA = 100J da fonte quente, calcule W(Carnot), o trabalho feito por ciclo, e QB(Carnot), o calor cedido, por ciclo, ao reservatório frio. (c) (0,8) Calcule a variação de entropia, por ciclo, ΔS, da máquina M e também ΔS(Carnot) da máquina M(Carnot) de Carnot. (d) (0,5) Calcule a razão R entre o trabalho perdido (W(Carnot) −W) e a variação de entropia, por ciclo, ΔS, e ou seja, R = (W(Carnot) −W)/ΔS. Resposta: (a) Máquina M: r = W/QA → W = r.QA = 0,20x100J = 20J QB = QA – W = 80J (b) Máquina M(Carnot): rCarnot = 1 – TB/TA = 1 – ¾ = 25% → WCarnot = rCarnot.QA = 0,25x100J = 25J QB = QA – W = 75J (c) Máquina M: ΔS = -QA/TA + QB/TB = = -100J/400K + 80J/300K = 0,0167J/K ΔSCarnot = -QA/TA + QB/TB = -100J/400K +75J/300K = 0 (reversível) (d) R = (25J-20J)/0,0167J/K = 300K = TB Formulário ln2 = 0,69, ln3 = 1,1, ln5 = 1,6, 1atm = 1,0x105Pa, 1l = 10-3m3, R = 8,3 J/mol.K pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, r = W/QQ, K = QF/W INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II - Turmas no horário de 15h às 17h 1° período de 2009 2a Prova 1a Questão (2,5 pontos) Numa máquina térmica, o agente externo é um gás ideal diatômico que executa o ciclo da figura abaixo, onde BC é uma adiabática e CA é uma isoterma. Assuma que durante todo o ciclo, apenas graus de liberdade de translação e de rotação são excitados no gás. (a) (0,6) Exprima os volumes, temperaturas e pressões nos pontos B e C em termos dos respectivos valores V0, T0, P0 no ponto A e da razão de compressão r. (b) (1,4) Determine em cada etapa do ciclo (A → B), (B → C) e (C → A) a variação da energia interna, o calor absorvido e o trabalho feito pelo sistema. Faça uma tabela de seus resultados. (c) (0,5) Calcule a eficiência da máquina. Mostre que ela só depende da razão de compressão r. Resposta: Como o gás é diatômico: γ = CP/CV = 7/5 = 1,4 (a) Ponto A: pA = p0, TA = T0, VA = V0 Ponto C: TC = TA ∴ TC = T0 (isoterma) pCVC = pAVA = p0V0 VC = rV0 →pC = p0V0/rV0 ∴ pC = p0/r Ponto B: pB = pA ∴ pB = p0 pBVBγ = pCVCγ = p0/r.(rV0)γ VBγ = rγ-1.V0γ = r(γ-1)/γ.V0 → VB = r2/7.V0 e TB/TA = pBVB/pAVA → TB = r(γ-1)/γ.T0 ∴ TB = r2/7.T0 Ponto Volume Temperatura Pressão A V0 T0 p0 Volume V0 Pressão A 0 p B C rV0 B r2/7.V0 r2/7.T0 p0 C rV0 T0 p0/r (b) A→B (pressão constante) QAB = nCPΔT = p0V0/RT0.7/2R.(r(γ-1)/γ.T0 - T0) = 7/2.p0V0.(r(γ-1)/γ-1) ∴ QAB = 7/2.p0V0.(r2/7- 1) WAB = pA.ΔV = p0.(r(γ-1)/γ.V0 - V0) = p0V0.(r(γ-1)/γ-1) ∴ WAB = p0V0.(r2/7-1) ΔEintAB = QAB – WAB = 7/2.p0V0.(r2/7-1) - p0V0.(r2/7-1) ∴ ΔEintAB = 5/2.p0V0.(r2/7-1) B→C (adiabática) QBC = 0 ΔEintBC = nCVΔT = n.5/2.R.(TC-TB) = p0V0/T0.5/2.(T0- r(γ-1)/γ.T0) = 5/2.p0V0.(1- r(γ-1)/γ) ∴ ΔEintBC = 5/2 p0V0.(1 -r2/7) [Obs : ΔEintBC = - ΔEintAB] QBC = WBC + ΔEintBC = 0 → WBC = - ΔEintBC ∴ WBC = 5/2 p0V0.(r2/7-1) C→A (isoterma) ∴ ΔEintCA = 0 WCA = ∫CA p.dV = ∫CA nRT0.dV/V = p0V0 ∫CAdV/V = p0V0.ln(VA/VC) ∴ WCA = -p0V0.lnr QCA = WCA + ΔEintCA ∴ QCA = -p0V0.lnr Etapa Q Wsist ΔEint A → B 7/2.p0V0.(r2/7-1) p0V0.(r2/7-1) 5/2.p0V0.(r2/7-1) B → C 0 5/2 p0V0.(r2/7-1) 5/2 p0V0.(1-r2/7) C → A -p0V0.lnr -p0V0.lnr 0 (c) ε = W/QQ = [p0V0.(r2/7-1) + 5/2.p0V0.(r(γ-1)/γ-1) - p0V0.lnr]/[7/2.p0V0.(r(γ-1)/γ-1)] = = [7/2.(r2/7-1) - lnr]/[ 7/2.(r2/7-1)] = 1 - [lnr / (7/2.(r2/7-1))] 2a Questão (2,5 pontos) Um corpo de capacidade calorífica C = 50J/K na temperatura T1 = 300 K está posto em contato com um reservatório de temperatura a T2 = 450 K. Juntos eles formam um universo termodinâmico. Ao atingir o equilíbrio; (a) (0,5) calcule Q1, o calor absorvido pelo corpo, e Q2, o calor absorvido pelo reservatório. (b) (1,0) calcule a variação da entropia ΔS1 do corpo e ΔS2 do reservatório. (c) (1,0) qual é a variação da energia interna ΔEint, e da entropia ΔS, desse universo termodinâmico? Resposta: (a) Q1 = C.(T2 – T1) = 50J/K.(450K-300K) = +7,5 kJ Q2 = -Q1 = -7,5 kJ (b) ΔS1 = ∫T1T2dQ/T = ∫T1T2C.dT/T = C.ln(T2/T1) = C.ln(450/300) = C.ln(3/2) = C.[ln3-ln2] = ≈ 50J/K.[1,1 - 0,69] = +20,5 J/K ΔS2 = ΔQ/T2 = Q2/T2 = -7,5kJ/450K = -16,7 J/K (c) Como não há trabalho, ΔEint = Q, logo ΔEintUNIV = Q1 + Q2 = 0 ΔSUNIV = ΔS1 + ΔS2 ≈ +20,5 J/K – 16,7 J/K = 3,8 J/K 3a Questão (2,5 pontos) Um recipiente de volume igual a 30l contém um gás perfeito à temperatura de 0,0OC. Deixa‐se uma parte do gás escapar para o exterior do recipiente, mantendo‐se a temperatura constante enquanto que a pressão no recipiente diminui de Δp = 0,78 atm. A densidade do gás sob condições normais de temperatura e pressão, isto é, T = 0,0oC e p = 1,0 atm, é igual a ρ = 1,3 g/l. (a) (1,0) Calcule a variação do número de moles do gás dentro do recipiente. (b) (1,5) Determine a massa do gás que escapou para o exterior. Resposta: (a) Vi = V0 = 30l = 3,0x10-2m3, Ti = T0 = 273K, pi = p0, ni = n0 Vf = V0, Tf = T0, pf = p0 - Δp, nf = ni-Δn (Δp = 0,78atm = 7,8x104Pa) n0 = p0V0/RT0 nf = (p0-Δp)V0/RT0 Δn = nf - n0 = -Δp.V0/RT0 = -7,8x104Pa x 3,0x10-2m3/8,3J/mol.K/273K = -1,03 mol (b) Na CNTP, o volume ΔV ocupado pelo gás que escapou é determinado por: ΔV = Δn.R.T0/patm = (Δp.V0/RT0)x(R.T0/patm) = Δp/patm.V0 = 0,78atm/1atm x 30l = 23,4l Logo: Δm = ρ.ΔV = 1,3 g/l x 23,4l = 30,4 g 4a Questão (2,5 pontos) Um refrigerador R opera entre reservatórios de temperaturas TA = 400K e TB = 300K, com um coeficiente de performance ou rendimento K = 2. Queremos, em cada ciclo, tirar QB = 600 J do reservatório frio. (a) (0,6) Calcule o trabalho que, por ciclo, tem que ser feito pelo refrigerador, assim como QA, o calor cedido por ciclo ao reservatório quente. (b) (0,6) Para um refrigerador de Carnot R(Carnot), operando com os mesmos reservatórios, e tirando a mesma quantidade de calor QB por ciclo, calcule W(Carnot) e QA(Carnot). (c) (0,8) Calcule a variação de entropia, por ciclo, ΔS, do refrigerador R e também ΔS(Carnot) do refrigerador R(Carnot) de Carnot. (d) (0,5) Calcule a razão R entre o trabalho extra (W‐W(Carnot), que temos que fornecer por não dispor daquele refrigerador de Carnot, e a variação de entropia, por ciclo, ΔS, ou seja, R = (W‐ W(Carnot))/ΔS. Resposta: (a) Refrigerador R: K = QB/W → W = QB/K = 600J/2 = 300J QA = QB + W = 600J + 300J = 900J (b) Refrigerador R(Carnot): KCarnot = TB/(TA-TB) = 300 – 100 = 3 → WCarnot = QB/KCarnot = 600J/3 = 200J QA = QB + W = 600J + 200J = 800J (d) Refrigerador R: ΔS = QA/TA - QB/TB = = 900J/400K - 600J/300K = 0,25J/K ΔSCarnot = QA/TA - QB/TB = 800J/400K - 600J/300K = 0 (reversível) (d) R = (300J-200J)/0,25J/K = 400K = TA Formulário ln2 = 0,69, ln3 = 1,1, ln5 = 1,6, 1atm = 1,0x105Pa, 1l = 10-3m3, R = 8,3 J/mol.K pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, r = W/QQ, K = QF/W INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II – Turmas do horário de 10 h às 12 h 1° período de 2009 Prova Final 1a Questão (2,5 pontos): A água escoa por um cano horizontal para a atmosfera a uma velocidade v1 = 15m/s como mostra a figura ao lado. Os diâmetros das seções esquerda e direita do tubo são 5,0cm e 3,0cm, respectivamente. (a) (0,5) Que volume de água escoa para a atmosfera durante um período de 10 minutos? (b) (1,0) Qual é a velocidade de escoamento da água no lado esquerdo do tubo? (c) (1,0) Qual é a pressão manométrica (em atmosferas) no lado esquerdo do tubo? Resposta: (a) ΔV = tt V ΔΔ Δ = t t x.A ΔΔ Δ1 = t t xd ΔΔ Δ×π 421 = t t xd ΔΔ Δπ 4 2 1 = tvd Δπ 1 2 1 4 = ( ) s.s/mm, 60015 4 1003 22−×π = = 6,36m3 (b) t V Δ Δ = A1v1 = A2v2 → v2 = 25 9152 2 2 1 1 2 1 1 .s/md dv A Av == = 5,4 m/s (c) P1 = 1 atm P1+½.ρv12+ρgy1 = P2+½.ρv22+ρgy2, onde y1=y2 Logo P2 = P1 + ½.ρ[v12-v22] = 1 atm + ½.1,0x103kg/m3.[(15m/s)2-(5,4m/s)2] = 1 atm + 97920 Pa = (1+0,98) atm ∴ P2(manométrico) = 0,98 atm 2a Questão (2,5 pontos): Uma corda de violino de 30,0 cm de comprimento com densidade linear de massa de 0,650 g/cm é colocada próxima de um autofalante que está conectado a um oscilador de áudio de frequência variável. Descobre‐se que a corda oscila somente nas v1 =15m/s v2 d1 d2 frequências de 880 Hz e 1320 Hz, quando a frequência do oscilador varia entre 500 Hz e 1500 Hz. Determine: (a) (1,0) a velocidade das ondas na corda; (b) (1,0) a frequência do fundamental; (c) (0,5) a tensão na corda. Resposta: (a) λ = 2L/n onde n = 1,2,3... f = v/λ = L v 2 n → Δf = L v 2 → v = 2L.Δf = 2x0,30mx(1320-880)Hz = 264 m/s (b) f1 = L v 2 .1 = Δf = 440Hz (c) v = μ F → F = μ.v2 = 0,650x10-3kg/(10-2m)x(264m/s)2= 4,53 kN/m 3a Questão (2,5 pontos): Um cilindro, com posição do eixo horizontal, tem paredes adiabáticas e fundo diatérmico (o lado esquerdo permite a passagem de calor). O cilindro está fechado por um êmbolo móvel de área A, que também é adiabático. O êmbolo está ligado a uma mola de constante elástica k, presa à parede direita de modo que o estado relaxado da mola corresponde à posição do êmbolo no fundo do cilindro (figura à esquerda). Uma quantidade de n moles de um gás ideal, monoatômico, é injetada no cilindro e, no equilíbrio, o êmbolo fica a uma distância x do fundo do cilindro (ver figura). (a) (0,5) Em função desses dados (A, x, k, n) e de constantes universais, determine a pressão e a temperatura do gás. Em um segundo processo, certa quantidade de calor Q é fornecida ao gás lentamente de forma que o êmbolo fica agora até uma distância 3x/2. Neste processo, determine: (b) (0,5) o trabalho realizado pelo gás; (c) (0,5) a variação de sua energia interna ΔEint; (d) (0,5) o calor absorvido Q; (e) (0,5) a variação de entropia no processo. vácuo gás vácuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Q x Resposta: (a) A força que o gás exerce sobre o êmbolo é igual a que a mola faz do outro lado. Logo: p.A = kx → p = A kx V = A.x → T(x) = nR pV = nRA Axkx ⋅ ⋅ = nR kx2 (b) Wgás = = ∫ ⋅f i V V dVp ∫f i x x Adx. A kx = ½.kx2 f i x x = ½k.[(3x/2)2-x2] = 2 8 5 kx (c) ΔEint = nCVΔT = ( ) (( )xTxTRn −23 2 3 ) = ( ) ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − nR kx nR xkRn 2223 2 3 = 2 8 15 kx (d) Q = Wgás + ΔEint = 2 8 5 kx + 2 8 15 kx = 2 2 5 kx (e) ΔS = ∫ f i T dQ = ∫ f i T dW + ∫ f i T dEint = ∫ f i T pdV + ∫ f i V T dTnC = ∫ f i T dV V nRT + ∫ f i T dTRn 2 3 = = ∫f i V V V dVnR + ∫f i T T T dTnR 2 3 = ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ + i f i f T T V VnR ln 2 3ln = ( ) ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ + nR kx nR xk xA xA nR 2 22/3 2 3 ln 2 3ln = = ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+ 2 1 4 9ln3 2 3lnnR = ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ + 2 3ln3 2 3lnnR = 2 3ln4nR 4a Questão (2,5 pontos): Um gás ideal, diatômico, ocupa um volume V1 = 2,5l, a pressão p1 = 1,0bar = 1,0x105Pa e à temperatura T1 = 300K. Ele é submetido aos seguintes processos reversíveis: (1 ⇒ 2) um aquecimento isovolumétrico até a sua pressão quintuplicar, depois (2 ⇒ 3) uma expansão isotérmica até a pressão original e, finalmente, (3 ⇒ 1) uma transformação isobárica voltando ao estado inicial. (a) (0,5) Desenhe o ciclo do gás no diagrama de Boyle‐Clapeyron (p versus V), indicando a escala das unidades. (b) (1,5) Calcule, em joules, o calor Q que ele absorve, o trabalho W feito pelo gás e a sua variação de energia interna ΔEint em cada etapa do ciclo. Construa uma tabela com os valores de Q, W e ΔEint para os três processos. (c) (0,5) O rendimento da máquina operando segundo este ciclo. Resposta: (a) p VV1 p1 5p1 1 2 3 (b) 1 ⇒ 2: W12 = 0, 2 11 2 22 1 11 5 T Vp T Vp T Vp == ∴ T2 = 5T1 → ΔEint,12 = n.CV.ΔT = 11 11 4 2 5 TR RT Vp ⋅⋅ = 10.p1V1 = 10x1,0x105Pax2,5x10-3m3 = 2,5 kJ Q12 = W12 + ΔEint,12 = 2,5 kJ 2 ⇒ 3: T3 = T2 = 5T1 → ΔEint,23 = 0 W23 = = ∫f i V V dV.p ∫f i V V dV. V nRT = nRT . i f V Vln . Como T = T2 = const. piVi = pfVf → Vf = pi/pf.Vi = 5p1/p1.V1 → Vf = 5.V1 e Vi = V1 ∴ W23 = 1 1 2 1 11 5 V VlnRT RT Vp ⋅⋅ = 5511 lnVp ⋅ = = 2,0 kJ 5510521001 335 lnm,Pa, −××× Q23 = W23 + ΔEint,23 = 2,0 kJ 3 ⇒ 1: W31 = p.ΔV = p1.(V1-V3) = p1.(V1-5V1) = - 4.p1V1 = - = -1,0 kJ 335 105210014 m,Pa, −×××× Q31 = n.CP.ΔT = ( )1 1 11 4 2 7 TR RT Vp −⋅⋅ = - 14.p1V1 = = -3,5 kJ 335 1052100114 m,Pa, −××××− ΔEint,31 = n.CV.ΔT = ( )1 1 11 4 2 5 TR RT Vp −⋅⋅ = -10.p1V1 = -10x1,0x105Pax2,5x10-3m3 = -2,5 kJ ou ΔEint,31 = Q31 - W31 = -3,5 kJ + 1,0 kJ ou Q31 = W31 + ΔEint,31 = -1,0 kJ - 2,5 kJ = - 3,5 kJ Q (kJ) W (kJ) ΔEint (kJ) 1 ⇒ 2 2,5 0 2,5 2 ⇒ 3 2,0 2,0 0 3 ⇒ 1 -3,5 -1,0 -2,5 (c) ε = QQ W = 2312 312312 QQ WWW + ++ kJ,kJ, kJ,kJ, 0252 01020 + −+ = = 22% Formulário vsom = 340 m/s, g=10m/s2, ρágua= 1,0x103kg/m3, 1atm = 1,0x105Pa, 1l = 10-3m3, R = 8,3 J/mol.K P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II - Turmas no horário de 15h às 17h 1° período de 2009 Prova Final 1a Questão (2,5 pontos) Dois tubos cilíndricos A e B, de seção reta transversal de área igual a 40,0 cm2 estão conectados por meio de um terceiro tubo cilindrico C, de seção reta de área igual a 10,0 cm2. Os três tubos têm o mesmo eixo de simetria, estão na horizontal e água flui através deles a uma vazão volumétrica de 6,00x103 cm3/s. A C B (a) Determine a velocidade de escoamento na parte mais larga e na constrição. (b) Determine as diferenças de pressão entre os tubos A, B e C. Resposta: (a) t V Δ Δ = v.A → v = t V A Δ Δ1 ∴ vA = t V AA Δ Δ1 = 2 33 040 10006 cm, s/cm, × = 150 cm/s vAAA = vBAB = vCAC → vB = vA = 150 cm/s → vC = vA. B A A A = 150 cm/s. 2 2 10 40 cm cm = 600 cm/s (b) PA +½ρvA2+ρgyA = PB +½ρvB2+ρgyB = PC +½ρvC2+ρgyC Como y = constante: PA +½ρvA2 = PB +½ρvB2 = PC +½ρvC2 De (a) temos que vA = vB → PA = PB ou seja, ΔPAB =0 e PA - PC = ½ρvC2 - ½ρvA2 = ½ρ (vC2-vA2) = ½.1,0x103kg/m3x[(6,00m/s)2- (1,50m/s)2] ∴ ΔPAC = 1,69 x104Pa 2a Questão (2,5 pontos) L Uma das extremidades de uma corda de comprimento L é presa a uma parede. A outra extremidade está ligada a um anel sem massa que pode deslizar livremente ao longo de uma haste vertical sem atrito, conforme a figura apresentada ao lado. (a) (1,0) Esboce as ondas estacionárias correspondentes aos três maiores comprimentos de ondas? (b) (1,5) Quais são estes três maiores comprimentos de ondas estacionárias possíveis nesta corda? Resposta: (a) L L L (b) λ1 = 4L λ2 = L 3 4 λ3 = L 5 4 3a Questão (2,5 pontos) Um mol de um gás ideal, monoatômico, à temperatura T1 = 300K é submetido aos seguintes processos reversíveis: (1 ⇒ 2) um aquecimento isovolumétrico até a sua temperatura dobrar T2 = 600K, depois (2 ⇒ 3) uma expansão adiabática até o estado 3, onde a pressão é igual à pressão inicial: p3 = p1 e, finalmente, uma transformação isobárica (3 ⇒ 1). (a) (0,5) Represente o ciclo em um diagrama {p, V}. (b) (1,5) Calcule a temperatura T3 e, em joules, o trabalho feito W pelo gás, o calor trocado Q e a sua variação de energia interna ΔEint em cada etapa do ciclo. Construa uma tabela com os valores de Q, W e ΔEint nos três processos. (c) (1,0) Se p1 = 1,0x105Pa, calcule {V1, V3}. Numerologia : 20,4 = 1,32 ; 20,5 = 1,41 ; 20,6 = 1,52 ; 20,7 = 1,62. Resposta: (a) p V V1 p1 1 2 3 (b) 1 ⇒ 2: 1 2 2 2 1 1 2 T p T p T p ×== → p2 = 2p1 W12 = 0 (volume constante) ΔEint,12 = n.CV.ΔT = ( )122 31 TTR −×× = ( )KKKmolJ 300600)./(3,8 2 3 −× = 3,735 kJ Q12 = ΔEint,12 + W12 = 3,735 kJ 2 ⇒ 3: p2V2γ = p3V3γ onde γ = 5/3, V2 = V1, p2 = 2p1 e p3 = p1 → V3γ = 1 112 p Vp γ → V3 = 23/5V1 T3 = 160116033 22 TnR Vp nR Vp ,, == = 455K ∴ ΔEint,23 = nCVΔT23 = 1x3/2x8,3J/(mol.K)x(455K-600K) = -1,805 kJ e Q23 = 0 = ΔEint,23 + W23 → W23 = -ΔEint,23 = +1,805 kJ 3 ⇒ 1: Q31 = nCP (T1-T3) = 1x5/2x8,3J/(mol.K)x(300K-455K) = -3,216 kJ ΔEint,31 = nCV.(T1-T3) = 1x3/2x8,3J/(mol.K)x(300K-455K) = -1,930 kJ W31 = Q31 -ΔEint,31 = -3,216 kJ + 1,930 kJ = - 1,286 kJ Q (kJ) W (kJ) ΔEint(kJ) 1 ⇒ 2 3,7 0 3,7 2 ⇒ 3 0 1,8 -1,8 3 ⇒ 1 -3,2 -1,3 -1,9 (c) Pa, K)K.mol/(J, p nRT V 5 1 1 1 1001 300381 × ××== = 0,0249m3 ≈ 25 l 3 33 1 11 nRT VpnRT Vp = → 1 1 3 3 VT T V = = l25 300 455 K K ≈ 38 l 4a Questão (2,5 pontos) Um motor térmico funciona entre dois reservatórios térmicos, um na temperatura de 600 K e o outro a 350 K. A cada ciclo o motor retira 900 J de energia da fonte quente e produz um trabalho útil de 150 J. (a) (1,0) Qual a variação de entropia do universo num ciclo de funcionamento desse motor? (b) (0,5) Qual o coeficiente de rendimento de um refrigerador de Carnot que opere entre esses mesmos reservatórios térmicos? (c) (1,0) Qual seria o trabalho realizado a cada ciclo por um motor ideal de Carnot, que funcionasse entre esses mesmos reservatórios térmicos e retirasse a mesma energia (900 J) da fonte quente a cada ciclo? Resposta: TQ TF QQ QF (a)TQ = 600K, ⏐QQ⏐= 900J TF = 350K, ⏐QF⏐= ⏐QQ⏐- W = 900J – 150J = 750J ΔSU = ΔSQ + ΔSM + ΔSF ΔSM = 0 (Motor opera em ciclo fechado) ΔSQ = -⏐QQ⏐/TQ = -900J/600K = -1,50 J/K (negativo pois o calor sai do reservatório quente) ΔSF = +⏐QF⏐/TF = 750J/350K = 2,14 J/K (positivo pois o calor entra no reservatório frio) ΔSU = -1,50 J/K + 0 + 2,14 J/K = 0,64 J/K 1,0 pto (b) Rendimento de Carnot: KCar= FQ F TT T − = KK K 350600 350 − = 1,4 (c) Eficiência de Carnot: εCar= Q FQ T TT − = Q FQ Q QQ − = QQ W ∴ W = Q FQ Q T TT Q − = J J.J 600 250900 = 375J Formulário vsom = 340 m/s, g=10m/s2, ρágua= 1,0x103kg/m3, 1atm = 1,0x105Pa, 1l = 10-3m3, R = 8,3 J/mol.K P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II – Turmas do horário de 10 h às 12 h 1° período de 2009 Prova de 2a Chamada 1a Questão (2,5 pontos): Uma mola de massa desprezível e constante elástica k = 400 N/m está suspensa verticalmente e um prato de massa m = 0,200 kg está suspenso em repouso na sua extremidade inferior. O açougeiro deixa cair sobre o prato de uma altura de h = 0,40 m uma posta de carne de M = 2,2 kg. A posta de carne produz uma colisão completamente inelástica com o prato e faz o sistema executar um MHS. Calcule: (a) (1,0) a velocidade do prato e da carne logo após a colisão; (b) (1,0) a amplitude da oscilação subsequente; (c) (0,5) o período da oscilação. Resposta: (a) (1,0) No momento do impacto a velocidade da carne é v = gh2 e a conservação do momento implica na velocidade do conjunto, logo após a colisão: V0 = gh mM M 2+ = 2,59 m/s. (b) (1,0) A posição do prato antes do choque, a partir da posição relaxada da mola, é dada por x0 = k mg = 0,5cm. A equação de Newton : ( ) 2 2 dt xdmM + = -kx+(M+m) g = −k (x−x1), com x1 = (M+m) k g = 5,5 cm, resulta em x − x1 = a senωt + b cosωt, com ω = mM k + = 12,9 s −1. As condições iniciais fornecem b = x0 − x1 = −5,0 cm e a = ω 0V = 20, 1 cm. A amplitude é: A = 22 ba + = 20,7 cm. O mesmo resultado pode ser obtido usando a conservação da energia após o choque inelástico. (c) (0,5) T = ω π2 = 0,49 s. 2a Questão (2,5 pontos): 0 20 40 60 80 100 -3 -2 -1 0 1 2 3 x(cm) y( cm ) Uma onda transversal harmônica simples propaga‐se ao longo de uma corda no sentido do eixo x negativo (‐x). A figura ao lado mostra um gráfico do deslocamento como função da posição em um instante t = 0. A intensidade da força de tração na corda é de 3,6 N e a massa específica linear é de 25 g/m. Determine: (a) (0,5) a amplitude, (b) (0,5) o comprimento de onda, (c) (0,5) a velocidade da onda, (d) (0,5) a frequência, (e) (0,5) e uma equação y(x,t) que descreva a propagação da onda. Resposta: (a) (0,5) A = 3,0 cm (b) (0,5) λ = 50 cm (c) (0,5) v = μ F = m/kg N, 31025 63 −× = 12 m/s (d) (0,5) f = λ v = m, s/m 50 12 = 24 Hz (e) (0,5) y(x,t) = A.sen(kx+ωt+δ) (onda se propagando no sentido -x), onde: k = λ π2 = 4π rad/m ω = 2π.f = 48π rad/s e, para t = 0, y(0,0) = A.sen(δ) ≈ 2,5 cm, sendo que: v(0,0) = 0=∂ ∂ t,xt )t,x(y = ωA.cos(kx+ωt+δ)⎪x,t=0 = ωA.cos(δ) e, pelo gráfico v(0,0) <0 → 3π/2 >δ > π/2 Logo: δ = o o , , , ,arcsen 5123 556 03 52 ≈⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ → δ = 123,5o ≈ 0,686π rad 3a Questão (2,5 pontos): Dentro de um calorímetro, isolado adiabaticamente, de capacidade calorífica desprezível, coloca‐se Mgelo = 0,5 kg de gelo a temperatura de Tgelo= ‐10,0oC e Mágua= 1,0 kg de água a Tágua= 30,0oC. (a) (0,5) Qual é a temperatura de equilíbrio? (Verifique se é possível derreter todo o gelo.) (b) (1,0) Qual é a quantidade de água líquida no estado de equilíbrio? (c) (1,0) Calcule neste processo a variação da entropia do universo termodinâmico formado pelo calorímetro e seu conteúdo. Resposta: (a) (0,5) ΔQgelo + ΔQágua=0: Para levar o gelo até 0oC são necessários: ΔQgelo(Tg→0oC) = Mgelo.c(gelo). (0oC-Tgelo) = 0,5kg x 2220J x 10oC = 1,110x104J Já para conseguir derreter todo o gelo: ΔQgelo→água = ΔQgelo(Tg→0oC) + Mgelo.Lfusão(gelo) = 1,110x104J + 0,5kg x 333x103J = 1,776x105J Se toda água esfriasse até 0oC o calor liberado seria de: ΔQágua = Mágua.c(água).(Tf - Tágua) = 1,0kg x 4190J/(kg.oC) x 30,0oC = 1,257x105J Ou seja, ΔQgelo(Tg→0oC) < ΔQágua < ΔQgelo→água ⇔ não dá para derreter todo o gelo mas ele chega até 00C! ∴ Tf = 0oC = 273 K (b)(1,0) O calor cedido pela água será utilizado para aquecer o gelo até 0oC e derreter parte dele. Portanto, o calor a ser utilizado para o derretimento do gelo será de: ΔQderretimento = mgelo.Lf,gelo = ΔQágua - ΔQgelo(Tg→0oC) = 1,257x105J - 1,110x104J = 1,146x105J Logo a massa de gelo derretida é de: mgelo = ( ) f o gga L CTQQ 0→Δ−Δ = J J, 3 5 10333 1011461 × × = 0,344kg ∴ Mágua(final)= Mágua + mgelo = 1,344 kg, com Tf = 273K. (c)(1,0) ΔSgelo = ∫f g T T gelo T dQ = f fg T T gg T Lm T dTcMf g +∫ = f fg g f fg T Lm T TlncM + = = ( ) K kg/Jxkg, K KlnK.kg/Jkg, 273 103333440 263 273222050 3×+×× = 461 J/K ΔSágua = ∫f a T T água T dQ = ∫f a T T aa T dTcM = a f aa T TlncM = ( ) K KlnK.kg/Jkg, 303 273419001 ×× = - 437 J/K ∴ ΔSuniverso = 24 J/K. ∴ 4a Questão (2,5 pontos): Nesse problema dispomos de três reservatórios térmicos RA, RB, RC com temperaturas TA > TB > TC. (a) (0,5) Numa primeira operação transferimos, por condução através de um condutor de calor, certa quantidade de calor Q do reservatório RA até o reservatório RB. Calcule, nessa operação, a variação de entropia ΔSa do sistema constituido pelos dois reservatórios e o condutor e calor. (b) (1,0) Acoplamos o sistema acima a uma máquina de Carnot CBC operando entre RB e RC. Calcule o trabalho produzido W1 usando a quantidade de calor Q disponível no reservatório RB. (c) (1,0) Seja agora uma maquina de Carnot CAC operando diretamente entre RA e RC. Calcule o trabalho W2 produzido por essa máquina de Carnot usando a mesma quantidade de calor Q extraída do RA. Resposta: (a) (0,5) ΔSa = ΔSA + ΔSB = BA T Q T Q +− = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −⋅ AB TT Q 11 (b) (1,0) εCarnot = B C T T−1 = Q W1 ∴ W1 = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − B C T T Q 1 (c) (1,0) εCarnot = A C T T−1 = Q W2 ∴ W2 = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − A C T T Q 1 Formulário vsom=340 m/s, g=10m/s2, ρágua=1,0x103kg/m3, R=8,3J/mol.K, c(gelo)=2220J/(kg.oC), c(água)=4190J/(kg.oC), Lfusao(gelo)=333kJ/kg, 1l=10-3m3, 1atm=1,0x105Pa. P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W INSTITUTO DE FÍSICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Física II – Turmas do horário de15 h às 17 h 1° período de 2009 Prova de 2a Chamada 1a Questão (2,5 pontos): O volante de um relógio mecânico oscila com amplitude angular máxima de π rad e com período T = 0,50 s. Determine: (a) (0,5) sua velocidade angular máxima; (b) (1,0) a velocidade angular quando o deslocamento angular for de π/2 rad. (c) (1,0) a aceleração angular, quando seu deslocamento for de π/4 rad. Resposta: ( ) ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ δ+π⋅π=θ t T cost 2 , ( ) ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ δ+π⋅ππ−=θ t T sen Tdt td 22 , ( ) ( )t T t T cos Tdt td θ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ π−=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ δ+π⋅⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ππ−=θ 22 2 2 222 (a) (0,5) ( ) Tdt td máx 22π=θ = 79 rad/s (b) (1,0) Quando θ = π/2, o cosseno de ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ δ+π T t2 vale 0,5 e o seno ± 2 3 , logo: ( ) s/rad dt td 34 2π=θ m ≈ m 34,2 rad/s (c) (1,0) ( ) 4 2 2 2 2 π⋅⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ π−=θ Tdt td = - 2π3 rad/s2 ≈ -124 rad/s2 2a Questão (2,5 pontos): L1 L2 Um fio de alumínio de comprimento L1 = 60,0cm e área de seção transversal A = 1,00x10‐2cm2 é conectado a um fio de aço com mesma área de seção transversal. O fio composto, carregado com um bloco m de massa 10,0 kg, é disposto conforme indicado na figura ao lado a fim de que a distância L2 da junção até a polia de suporte seja de 86,6 cm. Ondas transversais são induzidas no fio usando‐se uma fonte externa de frequência variável. (a) (1,0) Quais são as velocidades de propagação de uma onda nas duas cordas em função das variáveis m, ρ1, ρ2, A e da aceleração gravitacional g? (b) (1,0) Qual é a menor frequência de excitação em que ocorrem ondas estacionárias e em que a junção dos dois fios é um nó da onda? (c) 0,5) Qual é o número total de nós observado nessa frequência, excluindo‐se os nós nas duas extremidades do fio? Obs: A massa específica ρ1 do alumínio é 2,60 g/cm3 e a do aço ρ2 é de 7,80 g/cm3. Resposta: (a) (1,0) v1 = μ F = 1 1 L m mg = 1 11 L V mg ⋅ρ = 1 111 L LA mg ⋅⋅ρ = A mg 1ρ e v2 = A mg 2ρ (b) (1,0) λ1 = 1 12 n L → f = 1 1 λ v = 1 1 1 2 n L v = 2 2 2 2 n L v ∴ 21 12 1 2 vL vL n n = = 1 2 1 2 ρ ρ L L = 3 3 602 807 060 686 cm/g, cm/g, cm, cm, = 2,5 A menor frequência implica em menor valor de n, logo n2 = 5 e n1 = 2 → f = 1 1 1 2 n L v = 11 2 2 LA mg ρ = m,m,m/kgx, s/mkg, 600 1 1000110602 10010 2633 2 −×× × = 323 Hz (c) (0,5) No fio 1 temos 2 nós (excluída a extremidade esquerda) e no fio 2 temos 5 nós (excluída a extremidade direita), sendo um nó comum aos dois fios (junção). Logo o número total de nós é de: n = n1 + n2 - 1 = 6 nós 3a Questão (2,5 pontos): Dentro de um calorímetro, isolado adiabaticamente, de capacidade calorífica desprezível, coloca‐se Mgelo= 2,0 kg de gelo a temperatura de Tgelo = ‐20,0oC e Magua = 0,500 kg de água a Tagua = 30,0oC. (a) (0,5) Qual é a temperatura de equilíbrio? (Verifique se o gelo chega a derreter.) (b) (1,0) Qual é a quantidade de água líquida neste estado de equilíbrio? (c) (1,0) Calcule neste processo a variação da entropia do universo termodinâmico formado pelo calorímetro e seu conteúdo. Resposta: (a) (0,5) ΔQgelo + ΔQágua=0 Para levar o gelo até 0oC são necessários: ΔQgelo(Tg→0oC) = Mgelo.c(gelo). (0oC-Tgelo) = 2,0kg x 2220J/(kg.oC)x20oC = 8,880x104J Se toda água esfriasse até 0oC o calor liberado seria de: - ΔQágua = - Mágua.c(água).(Tf - Tágua) = 0,500kg x 4190J/(kg.oC) x 30,0oC = 6,285x104J O que é insuficiente para levar o gelo até 0oC. Logo, parte da água vai congelar e o calor liberado será utilizado para aquecer o restante do gelo. ΔQágua→gelo + ΔQágua + ΔQgelo(Tg→0oC) = 0 → -ΔQágua→gelo = máguaLfusão = ΔQgelo(Tg→0oC)+ΔQágua = 8,880x104J - 6,285x104J = 2,595x104J Ou seja, a massa de água que irá congelar será: ∴ magua= [ΔQgelo(Tg→0oC) - ΔQágua]/Lfusão = 2,595x104J/(333x103J/kg) = 0,078 kg < 0,500kg Portanto, nem toda água congela e a temperatura final fica em Tf = 0oC (b)(1,0) A água líquida que sobra é ΔMágua = Mágua - magua = 0,500 kg - 0,078 kg = 0,422 kg (c)(1,0) ΔSgelo = ∫f g T T gelo T dQ = ∫f g T T gg T dTcM = g f fg T T lncM = = K Kln Kkg Jkg, 253 273222002 ×⋅× = 338 J/K ΔSágua = ∫f a T T água T dQ = f f T T aa T Q T dTcMf a Δ+∫ = a f aa T TlncM + f fa T Lm− = = ( ) K KlnK.kg/Jkg, 303 27341905000 ×× - K kg/Jkg, 273 103330780 3×× = -314 J/K ∴ ΔSuniverso = +24 J/K. 4a Questão (2,5 pontos): Um corpo de capacidade térmica C e temperatura Ti é colocado dentro do compartimento frio de um refrigerador de Carnot, operando com reservatórios térmicos de temperaturas TA e TB respectivamente. Supõe‐se que TA > Ti > TB. No processo de resfriamento até a temperatura TB, o corpo cede certa quantidade de calor QB à fonte fria, que por sua vez cede essa mesma quantidade de calor ao sistema refrigerante que opera em ciclo, gastando uma energia W e transferindo o calor QA à fonte quente. Em função dos dados do corpo {Ti,C} e do refrigerador de Carnot {TA, TB}, determine: (a) (0,5) o calor QB, a energia W gasta no processo e a quantidade de calor QA cedida à fonte quente; (b) (1,5) a variação de entropia ΔSC do corpo, ΔSS do sistema refrigerante operando em ciclo e, finalmente, ΔSA e ΔSB dos reservatórios térmicos. (c) (0,5) Calcule ΔSUNIVERSO e explique, fisicamente, por que não pode se anular? Resposta: (a) (0,5) QB = ( )Bi TTC − RCarnot = W QB = BA B TT T − → W = B BA B T TTQ − = ( ) B BA Bi T TT TTC −− QA = W + QB = ( ) B BA Bi T TT TTC −− + =( )Bi TTC − ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−− 1 B BA Bi T TT TTC = ( ) B A Bi T T TTC − (b) (1,5) ΔSC = ∫B i T T C C T dQ = ∫B i T T C C T dT C = i B T T lnC = B i T T lnC− ΔSS = SS(f) - SS(i) = 0 (estado final igual ao estado inicial no ciclo) ΔSA = A A T QΔ = ( ) B A A Bi T T T TTC − = ( ) B Bi T TTC − ΔSB = B B T QΔ . Como a fonte fria recebe QB do corpo e cede a mesma quantidade de calor QB para a fonte quente, ΔQB = 0, logo: ΔSB = 0 (c) (0,5) ΔSUNIVERSO = ΔSC + ΔSS + ΔSA +ΔSB = B i T T lnC− + 0 + ( ) B Bi T TTC − + 0 = ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −− B i B Bi T T ln T TT C Para ΔSU se anular o processo tem de ser reversível. Como parte do processo é irreversível (a do corpo C entrar em equilíbrio térmico com o reservatório B), então ΔSU > 0. Matematicamente: Se fizermos x = B i T T >1, então ΔSU = ( )[ ]xlnxC −− 1 . Mas ( )[ ]xlnx −− 1 > 0 para x > 1, → ΔSU > 0 Formulário vsom=340 m/s, g=10m/s2, ρágua=1,0x103kg/m3, R=8,3J/mol.K, c(gelo)=2220J/(kg.oC), c(água)=4190J/(kg.oC), Lfusao(gelo)=333kJ/kg, 1l=10-3m3, 1atm=1,0x105Pa. P+½ρv2+ρgy = const., v = [F/μ]1/2, f' = (v±vO)/(vmvS).f, Δp(t) = [2Δpmcos[(ω1-ω2)t/2].sen[(ω1+ω2)t/2], NIS = 10 log(I/Io),pV = nRT, pVγ = const, CV = ½.f R, CP = CV + R, ε = W/QQ, K = QF/W Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário Universidade Federal do Rio de Janeiro Formulário
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