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Resumo Unidade 3

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Resumo Unidade 3 - http://www.youtube.com/watch?v=cAOYggcgfjU&feature=youtu.be
A ESCOLA ANTROPOLÓGICA ESTRUTURALISTA
A unidade 3 tem como objetivo discutir, num primeiro momento, a proposta antropológica do estruturalismo elaborada pelo antropólogo francês Claude Lévi-Strauss. Sua proposta antropológica delineou quatro condições para que o pensamento estruturalista fosse efetivado como modelo analítico: o método como caráter sistêmico; o estruturalismo e o grupo de modelos; o estruturalismo enquanto modelo aberto a novas análises e o estruturalismo como modelo explicativo dos fatos observados.  Num segundo momento, a unidade aborda as relações entre estruturalismo, linguística e psicanálise, como também prioriza a explicação da metodologia estruturalista, que é centrada no fato de extrapolar a experiência da percepção espontânea e da experiência da primeira impressão. Desse modo, é importante compreender que, para o estruturalismo, os homens fazem parte de um sistema e de uma estrutura que ignoram. Então, não é possível confundir estrutura social e relações sociais. Nessa perspectiva, o conceito de estrutura serve para explicar as relações vividas na sociedade e que estão latentes.
É importante entender o quanto ele acredita que a experiência da primeira impressão num processo xenográfico deve ser superada, ou seja, é preciso analisar uma sociedade com detalhamento, entendendo a estrutura dessa sociedade, desse modo não se confunde estrutura social com relações sociais, mas entende-se que as relações sociais são vividas numa estrutura que pré-existe ao próprio ser humano.
Claude Lévi-Strauss e a Metodologia Estruturalista
Lévi-Strauss trabalha a noção de que existe uma estrutura mental no ser humano:
Os estudos de Lévi-Strauss na década de 30 foram com os indígenas Bororo e Nhambiquara, deles são retiradas a pesquisa xenográfica que vai mudar a forma de pensar antropologicamente.
O objetivo de Lévi-Strauss ao estudar a estrutura da mente dos povos é entender que o modo mental de funcionamento, do psíquico, é igual a todos os homens, não existe superior ou inferior, todo homem tem uma capacidade de estruturação mental igual, o que se modifica é o modo de viver essa estrutura na sociedade.
Não existem estruturas mentais atrasadas, o que existe são estruturas mentais cujos indivíduos têm a mesma possibilidade de pensar, os mesmos princípios de base, mas vivenciam e experimentam a vida de modo diferente.
Lévi-Strauss foi um dos principais mentores do estruturalismo e sua proposta antropológica possui quatro grandes condições:
O caráter sistêmico: é entender que existe uma estrutura que favorece o desenvolvimento de relações sociais, uma estrutura comum a um determinado grupo e que pode ser modificada a qualquer momento.
O estruturalismo e o grupo de modelos: compreende que todo modelo pertence a um grupo de transformações, ou seja, o estruturalismo é um processo que pré-existe ao homem, mas que integra uma série de fatores e transformações que estão em constante mudança.
O estruturalismo enquanto modelo aberto a novas análises: significa que não existe a verdade de um antropólogo que conclui definitivamente o processo de pesquisa, mas ele sempre vai olhar a sociedade e relacionar com teorias a partir de determinados modelos que ele identificar.
O estruturalismo como modelo explicativo dos fatos observados: o modelo deve ser construído de tal modo que seu funcionamento possa explicar os fatos observados. Imaginando que o homem é pensado, perpassado por questões pessoais, não é um indivíduo isolado, é perpassado por um modo de viver que existe na sociedade.
Uma questão importante no pensamento de Lévi-Strauss é o diálogo com a linguística de Ferdinand Saussure e de Roman Jakobson, ele vai entender que para o antropólogo é importantíssimo estudar a linguagem, porque é a emissão de sinais e códigos, a grande questão é entender que a cultura é feita por sistemas simbólicos, então desvelar a atividade inconsciente dos grupos culturais faz com que se consiga entender porque se criam determinadas relações sociais na vida cotidiana, ele é pioneiro ao entender o quanto o inconsciente é uma matéria importantíssima empregada para entender a realidade e como a linguagem explica o modo de viver na sociedade.
Lévi-Strauss trabalha a noção de que a linguagem é importante na constituição de estruturas de um grupo social, é preciso ficar atento ao significado que determinadas palavras emitem em uma determinada sociedade, muitas vezes as questões não estão claras para o próprio homem que as vive, porque muitas vezes elas são questões que emanam do inconsciente.
Além do diálogo com a linguística, Claude Lévi-Strauss desenvolve uma interlocução muito importante com Freud, pai da psicanálise, ao entender que o método psicanalítico pode ser uma chave interpretativa importante para acessar as estruturas do inconsciente de uma sociedade, por exemplo, os mitos dos povos indígenas, ele entende que os mitos presentes nas sociedades são formas de resolver dilemas da existência humana que não encontram formas de serem vivenciados e acabam traduzindo o ser humano em significados simbólicos, nesse sentido é preciso atentar-se que conhecer o nível inconsciente da mente humana e o que nela emerge faz com que se consiga entender uma sociedade de uma maneira mais complexa e mais ampla.
A Metodologia do Estruturalismo
De acordo com Lévi-Strauss, o estruturalismo compreende também dentro dessa proposta de estruturas pré-existentes, questões universais que são trabalhadas por ele com a metáfora do baralho e a metáfora do caleidoscópio, ou seja, um jogador não utiliza sempre as mesmas cartas, ele utiliza as mesmas cartas, mas não sabem quais serão os resultados que essas cartas terão, a mesma ideia é a combinação produzida pelo caleidoscópio, não é a vontade do jogador ou a vontade da estrutura, o modo como essas peças são intercambiadas dependem de cada partida.
Nada está previsto nas sociedades, é preciso entender como as estruturas vão se relacionar com os códigos culturais estabelecidos pelo homem, para isso é o que a gente entende de acessar a estrutura inconsciente para entender como as relações sociais são vividas.
De acordo com a visão da escola estruturalista de Lévi-Strauss (ibidem, 2007, p, 136), as invariantes culturais podem, assim, ser exemplificadas:
As relações dos homens com o universo transcendental (os deuses).
As relações do ser humano com as divindades apresentam um pequeno número de possibilidades: 
Monoteísmo (crença na existência de um único deus)
Politeísmo (crença na existência de diversos deuses)
Ateísmo (é a inexistência da crença em um deus ou vários deuses)
Agnosticismo (é a crença de que a existência divina pode ser comprovada).
As relações das alianças entre homens e mulheres
As relações entre homens e mulheres parecem infinitas à primeira análise, porém apresentam algumas possíveis relações entre os grupos:
Levirato (é quando um irmão é obrigado a casar-se com a viúva de seu falecido irmão desde que este não tenha descendentes do sexo masculino),
Sororato (é um tipo aliança em que o homem substitui a esposa falecida pela irmã mais nova)
Poligamia (é quando um cônjuge possui muitas esposas ou maridos)
Monogamia (é quando um cônjuge possui uma única esposa ou marido).
Não há variações diversas e inúmeras, há pequenas variantes dentro do mesmo processo.

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