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Transtorno de Personalidade Borderline pela Abordagem Cognitiva Comportamental

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FACULDADE DE MACAPÁ – FAMA
BACHAREL EM PSICOLOGIA
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE PELA TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL
CHYNTIA TAVARES
GABRIEL CORDEIRO
JHONATA BRITTO
LARISSA CASTRO
MACAPÁ – AP
2017
CHYNTIA TAVARES
GABRIEL CORDEIRO
JHONATA BRITTO
LARISSA CASTRO
	
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE PELA TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL
Trabalho apresentado como avaliação parcial do componente curricular de Matrizes do Pensamento: Psicologia Cognitiva-comportamental, do quinto semestre matutino, do curso de Bacharel em Psicologia, na Faculdade de Macapá – FAMA. 
MACAPÁ – AP
2017
A personalidade é um conjunto de fatores, ambientais e biológicos, que pré-determinam, a forma de agir, pensar e ver o mundo de cada sujeito. A personalidade também pode ser considerada como um termo para mensurar e dimensionar as características subjetivas e individuais do sujeito.
	Para Freud, a personalidade é a subdivisão em três sistemas: O id, o ego e o superego. O id é guiado pelo instinto e busca a satisfação das necessidades; o superego é o conjunto de valores morais e sociais que aprendemos, ou seja, o id é todo impulso, enquanto o superego é o que freia os impulsos e nos acusa se fazemos algo que consideramos errado, o que chamamos de consciência. O ego é o mediador entre o id e o superego. É o componente de nossa personalidade que toma as decisões.
Para Skinner, a personalidade era um padrão de comportamentos que foram reforçados, ou um conjunto de comportamentos operantes.
“A personalidade, ou as estratégias comportamentais predominantes em um indivíduo, seriam condizentes com os padrões cognitivos e afetivos que, por sua vez, estão intimamente relacionadas às crenças que geram o comportamento” (Beck, A. T., Freeman, & Davis, 2005).
Podemos perceber então, que a personalidade varia suas definições de acordo coma abordagem/teorcio, que se submete a estuda-la, e com o trabalho voltado para estudos da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), nos prenderemos ao conceito de Beck sobre personalidade.
Tendo em vista que para Beck, personalidade é o conjunto de fatores ligados às relações e aos padrões cognitivos de um sujeito que gerarão as crenças que servirão de base para essa personalidade, podemos supor que a partir do momento, em que essas crenças, relações afetivas e padrões de comportamentos, sofrem quaisquer tipos de interferência atípica, levando enquanto o que a sociedade define como padrão, pode-se observar possíveis transtornos de personalidade, pois o transtorno de personalidade é uma classe de transtorno mental que se caracteriza por padrões de interação interpessoais tão desviantes da norma, que o desempenho do indivíduo tanto na área profissional como em sua vida privada pode ficar comprometido.
Transtorno Mental classifica-se, segundo o CID 10, em 8 (oito) categorias:
F60.0 Personalidade paranoica; 
F60.1 Personalidade esquizoide;
F60.2 Personalidade dissocial; 
F60.3 Transtorno de personalidade com instabilidade emocional;
F60.4 Personalidade histriônica
F60.5 Personalidade anancástica
F60.6 Personalidade ansiosa [esquiva]
F60.7 Personalidade dependente
F60.8 Outros transtornos específicos da personalidade
F60.9 Transtorno não especificado da personalidade
Porém o presente trabalho, focará apenas no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) correspondente da Personalidade Dependente.
 O TPB é assim intitulado no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2014) e denominado na CID-10 como Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável, tipo Borderline. Em ambos, as classificações são caracterizadas por instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na autoimagem e no afeto, mantendo uma acentuada impulsividade, começando no início da vida adulta e presente em uma variedade de contextos. Indivíduos diagnosticados com este quadro apresentam muita sensibilidade às circunstâncias ambientais às quais são expostos. Podem sentir empatia e carinho por outras pessoas apenas com a expectativa de que a outra pessoa “estará lá” também para atender às suas próprias necessidades, quando exigido, bem como mudam facilmente de opinião acerca dos outros, carreira, identidade, sexo, valores, tipos de amigos, mudando o papel de uma pessoa suplicante e carente de auxílio para um vingador implacável. Envolvimento excessivo em jogos, gastos irresponsáveis, engajamento em sexo inseguro e alimentação em excesso também caracterizam indivíduos com TPB (DAL’PIZOL, et. al., 2003)
De acordo com o DSM-V (2014), o indivíduo necessita preencher cinco (ou mais) dos critérios abaixo para ser diagnosticado como Borderline. No entanto, se preencher quatro dos critérios, seu diagnóstico é considerado provável, porém, não definitivo:
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário. 
2. Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização. 
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo. 
4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar). 
5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento auto mutilante. 
6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor (disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente
A pessoa que sofre deste transtorno está no limite, na fronteira da saúde mental. O termo foi usado pela primeira vez no século XIX, para denominar um grupo de pacientes cujos sintomas estavam entre a neurose e a psicose.  As causas do transtorno de personalidade borderline podem estar ligadas a fatores genéticos, já que pacientes com parentes de 1º grau com TPB têm mais probabilidades de desenvolver a doença. Além disso, há a influência dos conflitos familiares. Situações traumáticas vividas na infância, quadros de negligência e abusos, relações autoritárias ou ambientes viciosos podem ser desencadeadores deste problema. O fato de não haver uma regra predefinida dificulta o diagnóstico da doença, que vai demandar uma avaliação profunda dos sintomas para confirmar o problema. O TPB é grave, mas é tratável.
O modelo da TCC para o tratamento de transtornos de personalidade coloca seu foco nas interações entres as crenças ou esquemas do indivíduo que norteiam o comportamento, as estratégias interpessoais disfuncionais (e tipicamente excessivos) e as influencias ambientais. (A. T. Beck e Freeman, 1990; J. S. Beck,1997)
Crenças no Transtorno de Personalidade Borderline:
Crença Nuclear acerca de si mesmo: Sou cheio de defeitos; Sou desamparado; Sou vulnerável; Sou mau;
Crença acerca dos outros: As outras pessoas vão me abandonar; Não se pode confiar nas pessoas;
Pressupostos: Seu eu depender de mim mesmo, não vou sobreviver; Se eu confiar nos outros, eles vão me abandonar; Se eu depender dos outros, vou sobreviver mas, no final, vou ser abandonado;
Estratégia Comportamental: Vacilar em extremos de comportamento;
Um dos tratamentos que tem alcançado maior difusão e tem sido empiricamente validado para o TPB é a chamada Terapia Comportamental Dialética. Tal programa foi proposto nos anos de 1990 pela Dra Marsha M. Linehan - professora de Psicologia e professora adjunta de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade de Washington - a qual enfatiza a interação recíproca de influências biológicas e sociais na etiologia do transtorno (SADI, 2011).
Conforme o seu nome, a TCD baseia-se em uma visão de mundo dialética, possuindo dois significados, conforme aplicada a terapia comportamental. O primeiro, da natureza fundamental da realidade e o outro, do diálogo e relacionamento persuasivos. De maneira alternativa, como diálogo e relacionamento, a dialética refere-se à abordagem ou a estratégias de tratamentoque o terapeuta usa para levar à mudança (LINEHAN, 2010). A TCD é, em sua maior parte, a aplicação de uma ampla variedade de estratégias de terapia cognitiva e comportamental aos problemas do TPB, mas também tem diversas características específicas que a definem. Como sugere o seu nome, sua principal característica é a ênfase na “dialética”, a qual envolve a aceitação dos pacientes nas suas atuais dificuldades, ao mesmo tempo, que faz uso das suas competências para a modificação dos comportamentos desajustados, por meio de um componente didático, análise metódica e interativa das cadeias comportamentais, entre outras estratégias (NUNES-COSTA; et.al., 2009)
Ventura (2001) aponta que os objetivos da terapia dialética são claramente estabelecidos de acordo com a seguinte ordem de importância: em primeiro lugar, são abordados os comportamentos que ameaçam a vida ou a integridade física do indivíduo. Em segundo lugar, são trabalhados os comportamentos que ameaçam o processo de terapia. Em terceiro lugar, são tratados os problemas que inviabilizam uma qualidade de vida razoável. 
Linehan introduz o treino de mindfulness no princípio do treino de habilidades sociais, uma das partes essenciais da TCD. Esta prática define-se como uma forma específica de atenção plena – concentração no momento atual, intencional, e sem julgamento. Foca-se na percepção consciente das experiências internas, o terapeuta ajuda o paciente a observar o surgimento e o desaparecimento de seus pensamentos, sem se agarrar àqueles muito valorizados e sem tentar banir os dolorosos. Assim, promove a aceitação da experiência interna e a diminuir a evitação, pois, esta evitação (de pensamentos, sentimentos, imagens, sensações fisiológicas) pode promover e perpetuar uma ampla variedade de problemas clínicos (ROEMER; ORSILLO, 2010).
Por meio do treino de competências de regulação emocional os pacientes aprendem a identificar e compreender as funções das próprias emoções, a diferenciá-las, a reduzir a vulnerabilidade para expressar e vivenciar apenas emoções intensas, a aumentar a possibilidade de vivenciar eventos de forma mais positiva e a modificar experiências emocionais se assim acharem necessário. Já o treino de competências de efetividade interpessoal recorre a exercícios em que se ensaia e treina um conjunto de cenários prováveis no âmbito de relacionamentos interpessoais e em que se pretende que os pacientes apresentem soluções de desenvolvimento adequadas No treino de tolerância às perturbações o paciente treina estratégias que lhe permitam tolerar momentos ou situações ansiogênicas e que lhe causem perturbação significativa e que, por determinado motivo, não as possa evitar ou alterar (NUNES-COSTA, et. al., 2009).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
COPPETI, LIGIA. Os conceitos de Personalidade. Psicolgiaaplicadets. Disponível em: http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com.br/2014/03/os-conceitos-de-personalidade.html. Acessado em 17 de março de 2017.
WRIGHT, J. H.; BASCO, M. R.; THASE, M. E. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008.
CERUTTI, Priscila; DUARTE, Camargo. Transtorno da Personalidade Borderline sob a perspectiva da Terapia Comportamental Dialética. Rev. Psicologia em Foco. v. 8 n. 12 p.67-81 Dez. 2016.

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