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ANALISE PELA PSICOLOGIA EM NECESSIDADES ESPECIAIS DO FILME: OS INTOCAVEIS

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FACULDADE DE MACAPÁ – FAMA
Bacharelado em Psicologia – 5º termo – Matutino
Psicologia em Necessidades Especiais
Docente: Juliana Assis
Discentes: Cynthia Tavares e Gabriel Cordeiro
Análise do filme “Os Intocáveis”
Baseado no livro autobiográfico de Philippe Pozzo di Borgo, Le Second Souffle, o filme de comédia dramática, Os Intocáveis, aborda a relação de Philippe (François Cluzet), um refinado multimilionário tetraplégico francês, que precisa de um auxiliar de enfermagem para o ajudar nas suas atividades rotineiras. O contratado é Driss (Omar Sy), um senegalês radicado nos subúrbios de Paris, que acaba de cumprir uma pena de seis meses de prisão e que não tem qualquer formação para o cargo, porém Driss de formas inusitadas faz Phillippe ter uma nova perspectiva e prazer pela vida novamente.
Logo se percebe a diferença sociocultural oposta entre ambos, que sobre cai no clichê da relação entre duas pessoas que aprendem experiências entre si. E esta troca de experiência acontece porque não há uma evidenciação das incapacidades físicas de Phillippe por Driss. Tadeu Barbosa Nogueira Junior (2008) faz um apanhado histórico da relação da sociedade com as pessoas com deficiência e necessidades especiais, que desde o início foi uma minoria muito estigmatizada e os reflexos disto:
	“Se atribui um valor muito negativo a deficiência, como se essa fosse algo que impede a felicidade e a vida plena, como se fosse algo que imputa ao indivíduo um sofrimento sem fim. De fato, sofre ou pode sofrer por conta de sua deficiência ou incapacidades decorrentes dela. No entanto, esse sofrimento não parece ser maior do que aquele causado pela desvalorização que lhe é atribuída ou do que aquele causado pela segregação e pela falta de suportes suficientes e adequados para lhe favorecer a vida em sociedade e o usufruto de tudo que está disponível aos demais cidadãos."
E Driss foge justamente deste tipo de tratamento interpessoal. Colocando em segundo plano a situação tetraplégica de Phillippe e o ensinando resiliência e autossuficiência de formas inusitadas. Seja o ensinando de que pode ter sensações corporais ativadas por massagens nas orelhas, ou “dirigindo” freneticamente em praças em sua cadeira de rodas motorizada, não emitindo sensações de pena. Cuidando não apenas da integridade física de Phillippe, mas também de sua individualidade, que pode superar limites físicos. O que foram os atributos que justamente os uniram nessa relação de trabalho que culminou em uma amizade.
A integração pode ser compreendida, grosseiramente, de duas maneiras: criar condições para o deficiente participar das principais atividades de que as pessoas comuns participam, permitindo-lhe o exercício pleno da cidadania; e levar o indivíduo a funcionar plenamente dentro das condições de limitação que possa apresentar em decorrência de alguma patologia de que é portador (Amaral, 1994; Januzzi, 1992)
No filme, pode-se perceber que uma pessoa portadora de deficiência física pode levar a vida como qualquer outra, não precisando impor limites, seguir padrões que a sociedade acaba julgando certo para os deficientes e nem levar consigo o sentimento e olhar de pena que as mesmas lançam. Um exemplo é que muitas pessoas acabam querendo sempre tentar colocar-se no lugar de quem sofre, como forma de querer entender pelo menos um pouco do que eles sentem, mas acaba sendo algo errado a se fazer, pois cada um tem sua particularidade e forma de absorver a dor, por mais que tenham passado pela mesma situação, então quando alguém olha para o outro buscando sua fragilidade, acaba fazendo com que isso se potencialize e não amenize. Os outros candidatos a auxiliar de enfermagem tratavam Phillippe de forma “técnica”, como diz Sadão Omote (1994):
“O estudioso que insiste em localizar a deficiência no indivíduo se verá em situações embaraçosas devido às disparidades entre seu conceito teórico de deficiência, concebida como uma diminuição em alguma capacidade ou algum desempenho, e as características das pessoas efetivamente identificadas e tratadas como deficientes.”
A melhor coisa a se fazer é tentar ajudar a pessoa a aprender aceitar, vivenciar a situação, e levar como fonte de superação para si mesmo. Por fim, nos traz uma lição de que é preciso encarar a pessoa, independentemente de sua necessidade, tentando extrair um maior aproveitamento das relações, não o categorizar como diferente e/ou limitar por sua deficiência, fazendo com que o mesmo tenha uma percepção de si mesmo e de sua utilidade na sociedade. Por mais relações entre “Phillipes e Drisses”.
Referências Bibliográficas:
JUNIOR, Francisco; TARDIVO, Leila. Psicologia do Excepcional: Deficiência Física, Mental e Sensorial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2008.
OMOTE, Sadao. Deficiência e Não-deficiência: Recortes de um mesmo tecido. Revista Brasileira de Educação Especial. Rio de Janeiro. 1994.

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