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Curso online Nutrição Infantil
Sumário
Modulo 1 – Alimentação infantil........................................................................................................4
Aula 1 - Aleitamento Materno Exclusivo - Alimentação até os 6 meses de vida......................4
Evolução da produção láctea.........................................................................................4
Colostro .........................................................................................................................5
Leite de transição...........................................................................................................6
Leite Maduro..................................................................................................................6
Composição Nutricional do leite Humano......................................................................6
Tipos de Aleitamento Materno......................................................................................11
Aleitamento Artificial.....................................................................................................12
O leite de Vaca.............................................................................................................14
Fórmulas Lácteas Industrializadas...............................................................................15
Aula 2 - Alimentação Complementar - Como introduzir os alimentos dos 6 meses aos dois 
anos de idade........................................................................................................................19
Idade ideal para introdução da alimentação complementar.........................................20
Introdução da alimentação complementar a partir dos 4 meses de idade pode evitar 
alergias........................................................................................................................21
Composição Nutricional da Alimentação Complementar..............................................21
Aula 3 - Alimentação do Pré Escolar.....................................................................................29
É hora do lanche na escola, o que levar?....................................................................32
Como determinar as necessidades de nutrientes para crianças?................................35
Aula 4 - Alimentação do Escolar e a Obesidade 7 a 10 anos................................................38
A consulta nutricional de crianças dos 7 aos 10 anos..................................................40
Estratégias de Tratamento da Obesidade em Crianças...............................................44
Modulo 2 - Educação Nutricional....................................................................................................46
Aula 5 - Educação Nutricional e Reeducação Alimentar.......................................................46
Aula 6 - Educação Alimentar em Crianças............................................................................48
Fatores que contribuem para Recusa Alimentar..........................................................50
Formas de trabalhar a rejeição aos alimentos em crianças.........................................51
Aulas a Distância – Conhecimento que faz a diferença! www.aulasadistancia.com.br
2
Curso online Nutrição Infantil
Aula 7 - Planejamento de Intervenção Nutricional – passo a passo para a criação de 
um serviço de educação nutricional.............................................................................52
Como deverá ser feito o Planejamento de intervenções educativas em Nutriçao?......53
Aula 8 – Criando Recursos para a Educação Nutricional......................................................54
Dinâmicas para Pré-escolares.....................................................................................56
Dinâmicas para Escolares............................................................................................57
Modulo 3 – Merenda Escolar..........................................................................................................58
Aula 9 - PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar...............................................58
Aula 10 - Técnicas de Promoção da Alimentação Saudável na Escola.................................60
Aula 11 - Capacitação e Treinamento de Cantineiros............................................................64
Manual de Boas Práticas de Fabricação Aplicado às Escolas.....................................67
POP’s...........................................................................................................................67
Custo - Tabela de Honorários.......................................................................................68
Aula 12 - Atuação do nutricionista nas merendas de escolas públicas e privadas................69
Merenda Escolar: Pública X Particular.........................................................................71
Merenda escolar no âmbito público..............................................................................71
Merenda Escolar no Âmbito Privado............................................................................72
Modulo 4 – Personal Baby e Personal Kids....................................................................................75
Aula 13 – Estruturação do Serviço de Personal Baby...........................................................75
Como criar o seu serviço.............................................................................................76
Aula 14 – Começando a trabalhar - proposta, cronograma e ação – Personal Baby............79
Já estruturou todo o serviço? Mãos a obra: é hora de divulgar....................................82
Aula 15 – Personal Kids – caracterização do serviço............................................................82
Aula 16 – Sistematizando o serviço de Personal Baby e Kids...............................................85
A primeira visita............................................................................................................87
Criando os mapas e as fichas de preparo....................................................................95
Criando as fichas de preparo.......................................................................................96
O monitoramento do programa....................................................................................97
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Curso online Nutrição Infantil
Modulo 1 – Alimentação infantil
A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades 
humanas. É de extrema importância que a alimentação durante a infância seja rica e balanceada, 
o que nem sempre é uma tarefa fácil. Uma alimentação saudável garante um desenvolvimento 
físico e intelectual correto, prevenindo distúrbios nutricionais como a anemia, desnutrição e 
obesidade, além de osteoporose, hipertensão e diabetes tipo 2 na idade adulta. O conteúdo deste 
módulo é bem abrangente. Parte de uma compilação das evidências científicas mais atualizadas 
sobre a alimentação infantil. Inclui percepções práticas e tabus alimentares, além de proporcionar 
aos profissionais orientações e recomendações para a melhoria do estado nutricional das 
crianças. 
Aula 1 - Aleitamento Materno Exclusivo - Alimentação até os 6 
meses de vida
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. O aleitamento materno é a mais 
sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança, e constitui a mais 
sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. 
 Ao longo do curso vamos entender o porquê. Preparado?
O leite materno é um alimento completo porque possui todos os nutrientes de queo 
bebê necessita para crescer forte e saudável durante os seis primeiros meses de vida. É 
adequado às necessidades nutricionais e atende as particularidades fisiológicas do recém-nascido 
durante o período mais crítico do seu desenvolvimento, garantindo que o bebê tenha um 
crescimento e desenvolvimento adequado até que ele seja capaz de ingerir alimentos sólidos. 
Para entender melhor sobre os benefícios do aleitamento materno, é imprescindível 
conhecermos a composição do leite humano.
Evolução da produção láctea...
Considerando as alterações na composição ao longo da lactação, o leite recebe 3 
denominações diferentes: 
Colostro é a secreção láctica inicial (1 -7 dias após o parto);
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Curso online Nutrição Infantil
leite de transição < 3 semanas;
leite maduro > 3 semanas.
Tipo de leite Proteína
(g/dL)
Gordura
(g/dL)
Lactase
(g/dL)
Oligossacarídeos
(g/dL)
Colostro 3,1 2,1 4,1 2,4
Leite de Transição 0,9 3,9 5,4 -
Leite maduro 0,8 4,0 6,8 1,3
Colostro 
É o leite acumulado nas células alveolares nos últimos meses de gestação e 
secretado nos primeiros dias após o parto. Ele contém mais proteínas, vitamina A e minerais, 
principalmente eletrólitos e zinco, e menos carboidrato e gordura que o leite maduro.
Sua coloração amarela se deve ao fato de possuir alta concentração de 
carotenóides (10 vezes mais que o leite maduro). É laxativo e auxilia na eliminação do mecônio.
Além de suprir as necessidades nutricionais, e proteger o recém nascido, estimula o 
desenvolvimento do sistema imune, modula a maturação e a função do trato gastrointestinal e 
contribui para o crescimento da microbiota benéfica.
NOTA IMPORTANTE
Durante os primeiros 15 dias o bebê mama pouco e em intervalos 
irregulares e curtos, pois ele está se adaptando ao processo de 
amamentação. Sua capacidade gástrica é pequena e vai aumentando à 
medida que o tempo passa. Por este motivo, é essencial que o 
nutricionista oriente a mãe que não se deve, nos primeiros dias, 
estabelecer que a criança somente poderá mamar de 3 em 3 horas. 
Com o passar do tempo, a criança estabelecerá o seu próprio ritmo e os 
horários irão ficando cada vez mais regulares.
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Curso online Nutrição Infantil
Leite de transição
Do 7° ao 14° dia pós parto, a composição do leite materno continua mudando, 
porém de forma mais lenta, e recebe a denominação de leite de transição. O teor de proteínas e 
minerais vai diminuindo e o de lactose e gordura é ligeiramente aumentado até atingir as 
características mais próximas do leite maduro.
Leite Maduro
A partir do 21° dia, a composição do leite humano é mais estável. Possui mais de 
150 substâncias diferentes. Torna-se de um valioso alimento do qual detalharemos no decorrer do 
curso. Sua composição varia entre as mães, numa mesma mãe, entre as mamadas, em mamadas 
diferentes e no decurso da mamada. Por isso tão importante a recomendação da livre demanda.
Composição Nutricional do leite Humano
Proteínas
Teor de proteínas: 0,8g/100 ml no leite maduro;
Divididas em 2 grupos: caseína (40%) e proteínas do soro (60%);
A lactoferrina humana aumenta a biodisponibilidade de ferro, enquanto a 
lactoferrina bovina diminui a biodisponibilidade do ferro;
Ausência de β-lactoglobulina (possui um alto poder alergênico).
Além disso, o LEITE HUMANO apresenta:
Menor teor de fenilalanina e tirosina
Benefício: Recém nascido tem deficiência das enzimas tirosina 
aminotranferase e a α hidroxifenilpiruvato oxidase;
Menor teor de metionina e maior de cisteína
Benefício: recém nascido tem baixo nível de cistationase (transulfuração 
de metionina em cisteína);
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Curso online Nutrição Infantil
Elevado teor de taurina
Benefício: importância na conjugação de sais biliares e atua como 
neurotransmissor.
Enzimas
Enzimas Funções
Lisozima, Peroxidase, Lipases( LPL, 
BSSL)
Proteção
Amilase, lípase (BSSL) Digestão
Sulfidrila oxidase Reparo
Glutationa peroxidase (Se), fosfatase 
alcalina (Zn, Mg), xantina Oxidase (Fe, 
Mo)
Transporte de metais
Fosfoglicomutase, galactosiltransferase, 
lactose sintetase, sintetase de ácidos 
graxos
Biossintese de componentes do leite 
materno
Lipídeos
Triglicerídeos (predominante), fosfolipídios, colesterol, diglicerídeos, 
glicolipídeos, monoglicerídeos, ácidos graxos;
Fornecem cerca de 50% das necessidades energéticas do recém nascido;
Sua utilização é favorecida pela lípase do leite humano;
Ácidos graxos poliinsaturados (AC. Linoléico);
Mielinização do SNC;
Ácidos graxos de cadeia curta: ação bacteriana.
Vitaminas
Teores variáveis: vitamina A e complexo B;
Vitamina D: questiona-se a necessidade de suplementação (Exposição a 
luz solar);
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Curso online Nutrição Infantil
Leite humano tem maiores teores de vitaminas> A, D, E, C;
Leite de vaca tem maiores teores de vitaminas do complexo B e vitamina 
K.
Minerais
Conteúdo mineral do leite humano é menor que o observado no leite de 
vaca. (Beneficio de menor sobrecarga renal);
Relação Ca/P no leite materno: 2:1 (favorece a utilização de cálcio);
Ferro esta em menor concentração no leite humano, porém tem maior 
absorção;
Leite Humano: 50% de absorção de ferro;
Leite de Vaca: 8 a 10% de absorção do ferro.
Agentes Anti-Infecciosos
Células de defesa (leucócitos, linfócitos) e Imunoglobulinas;
Fator Bífido: favorece crescimento de lactobacilos bifidus (diminui 
crescimento de bactérias patogênicas);
Lactoferrina: inibe crescimento de bactérias patogênicas;
Lisozima: Destrói bactérias.
Fatores de Crescimento
Fator de crescimento epidérmico (EGP)
Fator de crescimento neural (FCN)
Outros: insulina, tiroxina.
Diante de tantas vantagens, o nutricionista deve formular seus argumentos para 
mostrar às mães que o leite materno é essencial ao bebê.
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Fatores que interferem na lactação
1) Intensidade do estimulo: dado pela frequência das sucções;
2) Fator emocional da mãe: interfere no reflexo da ocitocina;
3) Fármacos: aumentam ou diminuem a produção e ou liberação do leite;
4) Anticoncepcionais: diminuem a produção e alteram a composição do 
leite;
5) Fumo: inibe prolactina e ocitocina;
6) Álcool: em altas doses inibe a ocitocina;
7)Desnutrição Materna: diminuem o teor de gordura, vitaminas A e do 
complexo B do leite;
O nutricionista deve orientar à mãe sobre os cuidados necessários com a 
alimentação pós-parto já que muitas, na busca pela boa forma fazem restrições calóricas que 
impedem o adequado rendimento da amamentação. O nutricionista deve também orientar com 
relação à demanda de água da mãe que está aumentada e deve ser respeitada para o rendimento 
da lactação e para a prevenção da constipação comum nas lactantes.
Mães que têm restrições alimentares como as vegetarianas precisam de cuidados 
especiais, por exemplo, com a vitamina B12 durante a amamentação. Assim, não é possível 
realizar uma adequada orientação para a amamentação sem implementarmos o cuidado 
nutricional para a lactante.
Vantagens do Leite Materno para o Bebê
Possui anticorpos, leucócitos e outros fatores anti-infecciosos, que 
protegem contra a maioria das bactérias e vírus. Portanto, crianças que 
mamam no peito têm menor diarréia, de pneumonia do que os bebês 
alimentados com leitede vaca ou artificiais;
É de fácil digestibilidade, sendo, portanto facilmente absorvido pelo bebê 
em quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo;
Composição adequada às necessidades do bebê;
Melhor desenvolvimento psicomotor, emocional e social;
Tem água em quantidade suficiente; mesmo em clima quente e seco o 
bebê que apenas mama no seio não precisa de água;
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Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança;
Vitaminas em quantidades suficientes. Não há necessidade de 
suplementos vitamínicos na maior parte das vezes;
Possui um tipo de ferro que é bem absorvido no intestino da criança;
Crianças que tomam mamadeira têm maior risco de obesidade na vida 
adulta;
Nos bebês, o ato de sugar o seio é importante para o desenvolvimento da 
mandíbula, dentição e músculos da face, contribuindo também para 
outros benefícios, como o bom desenvolvimento da fala.
Nota
Estudos mostram que a introdução futura dos alimentos com maior potencial de 
causar alergias, como os peixes, é mais segura se a criança estiver ainda 
recebendo o leite materno.
Vantagens da Amamentação para a Mulher
Fortalece a relação entre mãe e bebê;
Melhor e mais rápida involução uterina (diminui a hemorragia pós parto);
Gasto das reservas feitas na gravidez: retorno ao peso anterior mais 
rápido;
Menor risco de câncer de mama e ovário;
Menor incidência de depressão pós parto;
O leite materno é pratico: pronto a qualquer hora, temperatura ideal, sem 
risco de contaminação, além disso, é gratuito;
O leite humano é completo (não existe leite fraco).
Vantagens da Amamentação para a Família
Melhor saúde e nutrição, mais bem-estar;
Vantagem econômica: o aleitamento materno custa menos do que a 
alimentação artificial; e, além disso, resulta em menos gastos com 
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cuidados médicos.
Tipos de Aleitamento Materno
É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno 
adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2007). Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em: 
Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite 
materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, 
sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes 
contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou 
medicamentos;
Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do 
leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, 
infusões), sucos de frutas e fluidos rituais;
Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da 
mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros 
alimentos;
Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além 
do leite materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade 
de complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode 
receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é 
considerado alimento complementar;
Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite 
materno e outros tipos de leite.
NOTA IMPORTANTE
Uma Alimentação infantil adequada compreende a prática do 
aleitamento, e a introdução, em tempo oportuno, de alimentos 
apropriados que complementam o aleitamento materno.
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Dez passos para obter sucesso na Amamentação (Ministério da Saúde, 1996):
Acreditar que não existe leite fraco;
Saber que quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido;
Colocar o bebe na posição correta para mamar;
Cuidar adequadamente das mamas;
Retirar o leite quando for necessário (ordenhas);
Nunca usar bicos, chupetas, chuquinhas e mamadeiras;
Tomar muito líquido, alimentar-se o descansar sempre que possível;
Só tomar medicamento com ordem médica;
Continuar a amamentação, se possível, até dois anos de idade;
 Conhecer os direitos da mãe trabalhadora.
Aleitamento Artificial
Em algumas situações há impossibilidade de se proporcionar aleitamento materno 
exclusivo nos primeiros meses de vida por motivos inerentes a saúde da mãe ou da criança, por 
isso, torna-se necessário substituir o leite materno.
Amamentação em situações especiais:
Problemas relacionados à mãe
Doenças e Medicamentos: HIV+, hanseníase contagiante e tuberculose 
(no caso da tuberculose a mãe deve usar mascara para amamentar e 
diminuir o contato físico com o filho);
Distúrbios Emocionais: por exemplo, depressão pós parto;
Hipogalactia: insuficiência da secreção láctea que, em alguns casos raros 
pode chegar a ser total (agalactia);
Ingurgitamento: estase láctea por esvaziamento insuficiente da mama; 
Traumas Mamilares: fissuras, escoriação, erosão, dilaceração;
Mastite: Processo inflamatório agudo da mama, de origem infecciosa, 
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geralmente entre o 3° e a 6° semana de puerpério;
Abcesso Mamário: complicação de uma mastite. Tratamento é feito 
através de drenagem cirúrgica.
Problemas relacionados ao bebê
Erros inatos do metabolismo: doença do xarope de bordô (suspender a 
amamentação);
Icterícia causada pelo leite materno: Se a bilirrubina >25mg/dl depois 
de 14 dias  alternar aleitamento materno e formula por 24 horas ou 
interromper a amamentação por 24 horas. Retornar a amamentação e 
avaliar. 
O aconselhamento nutricional para bebês alimentados ao seio deve ser amplo e 
envolver posição de alimentação, orientações sobre frequência e alimentação da mãe.
Curiosidade: Cólicas do Bebê x Alimentação da Mãe
As cólicas são comuns em bebês desde o nascimento, principalmente depois dos 
15 dias, seguindo até os três ou quatro meses de vida. Raramente acontece em bebês com mais 
de seis meses de idade. 
A cólica do bebê pode acontecer por vários motivos. Um deles é a imaturidade do 
sistema digestivo. Essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem 
sem controle e isso pode resultar em gases e levar à cólica. Outro motivo seria que agora o 
intestino está recebendo alimento e a digestão acelera seu funcionamento, provocando as cólicas. 
O movimento do intestino também precisa de um tempo para amadurecer e se coordenar. Outra 
causa muito comum é a técnica incorreta de amamentação. Uma das melhores posições para que 
o bebê não engula ar durante a amamentação é aquela em que o bebê fica com a cabecinha 
apoiada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, barriga encostada com a barriga da mamãe e 
de boca bem aberta abocanhando a maior parte da aréola do seio da mamãe.
Não é cientificamente provado que a alimentação da mamãe pode dar cólica no 
bebê que amamenta. Porém há muitas observações importantes sobre o assunto que devem ser 
levadas em consideração. Por isso a recomendação é que a mãe que ainda esteja amamentando, 
evite até os 3 meses de idade, alimentos como chocolate, melão, pimentão, couve-flor, brócolis, 
couve-de-bruxelas, pepino, pimentão, cebola, favas e leguminosas. Outros alimentos na dieta da 
lactante que podem contribuir para a ocorrência de cólica incluem leite de vaca, frutas silvestres, 
cafeína e alimentos condimentados. O nutricionista pode orientar a mãe a fazer a dieta isenta 
destes alimentos e observa o impacto sobre as cólicas. Porém, é fundamental que o nutricionista 
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readapte a alimentação da mãe para não ficar carente de nutrientes.
ATENÇÃO! 
Nada de chá - O chá pode provocar ainda mais cólica já que o intestino do 
bebê ainda está imaturo. Só use remédios com prescrição médica.
O leite de Vaca
O leite de vaca apresenta inadequações nutricionais, sendo contra indicado do 0 a 
6 meses de vida. Além disso, alguns problemas têm sido associados ao consumo de leite de vaca 
no primeiro ano de vida, como:
Risco aumentado de alergia: O trato gastrointestinal do recém nascido é bastante 
imaturo. A permeabilidade intestinal contribui para a alergia à proteína do leite de vaca, uma 
condição que afeta 0,4% a 7,5% das crianças . Tudo indica que os principais alérgenos em 
potencial sejam a beta-lactoalbumina, ausente no leite humano, a caseína, a alfa-lactoalbumina e 
a albumina sérica bovina. Além disso a exposição precoce da criança ao leite de vaca aumenta o 
risco não somente de reações adversas a este leite, como também de alergia a outros alimentos. 
Sobrecarga renal: Estudos demonstraram que lactentes que recebem o leite de 
vaca podem apresentar hipernatremia, devido ao aumento da carga metabólica imposta pela 
elevada concentração de solutos (sódio, potássio, cloro e proteína) sobre a função renal ainda 
imatura. O consumo de sódio com a ingestão de leite de vaca, pode chegar a mais de 500mg/dia, 
ultrapassando, muitas vezes, a ingestão recomendada que é de 120mg/dia, para crianças de zero 
a seis meses, e de 200mg/dia para crianças de seis a doze meses. Em estado febril ou patologia 
renal, a vulnerabilidade à desidratação é muito maior.
Aminoacidemia: A capacidade de metabolização de tirosina, fenilalanina e 
metionina é muito limitada e as concentrações desses aminoácidos no leite de vaca são três a 
quatro vezes mais altas do que no leite materno, tornando aumentado o risco de aminoacidemia, 
o que por sua vez pode comprometer o sistema nervoso central, principalmente em prematuros.
Deficiências de ácidos graxos essenciais: O leite de vaca apresenta baixo teor 
de ácido graxo linoléico, nutriente que não pode ser sintetizado pelo organismo e que é importante 
para a manutenção das estruturas celulares e para as funções normais dos tecidos. As 
manifestações de deficiência do ácido linoléico incluem retardo no crescimento, lesões na pele, 
aumento na fragilidade e permeabilidade das membranas, além de comprometimento neurológico, 
dentre outras (Uauy et al., 1992).
Outras deficiência: Existe ainda o risco de deficiência de cobre, zinco e vitaminas 
C, E , A, ácido fólico e niacina.
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Infecções gastrointestinais: O leite de vaca está relacionado a alguns problemas 
devido à inadequação de sua composição em relação às necessidades nutricionais e à tolerância 
digestiva, metabólica e excretora da criança. A prevalência de anemia por deficiência de ferro é 
mais elevada entre crianças alimentadas com leite de vaca, além do baixo teor, o ferro não é bem 
absorvido pelo organismo do lactente, devido ao conteúdo elevado de proteína, cálcio e fósforo e 
baixos níveis de vitamina C, fatores que comprometem sua biodisponibilidade e também a do ferro 
de outros alimentos consumidos simultaneamente. Outro agravante que contribui para aumentar o 
risco de deficiência de ferro e anemia no primeiro ano de vida é o fato de que o consumo de leite 
de vaca está associado a perdas de sangue oculto pelas fezes. 
O nutricionista não pode desconsiderar o fato de que algumas mães não têm 
condições de amamentar pelos motivos citados e infelizmente não conseguem recursos 
financeiros para assumir os altos custos das fórmulas infantis. Para estas mães o leite de vaca 
surge como opção desde que com cuidados para o preparo de forma a evitar os piores 
problemas.
0 a 30 dias 1 a 4 meses 5 meses em 
diante
Leite de vaca 
diluído
Leite ao ½ ou 
diluição 1:1 
3% de Açúcar 
5% de Farinha 
(féculas, milho, 
arroz)
Leite a 2/3 ou 
diluição 2:1
3% de açúcar 
5% de Farinha
Leite integral. Não 
é necessário 
adição de CHO
Leite de vaca 
em pó
Reconstituição 
6,5%
3% de Açúcar 
5% de Farinha 
Reconstituição 8,5%
3% de Açúcar 
5% de Farinha
Reconstituição 
13%.
Não é necessário 
adição de CHO.
Fonte: Accioly, Saunders e Lacerda, 2009.
Fórmulas Lácteas Industrializadas
As fórmulas infantis industrializadas são leites modificados com o objetivo de 
atender às necessidades nutricionais específicas da criança no primeiro ano de vida, visando 
diminuir o impacto sobre a saúde das crianças privadas do leite materno. 
No entanto, por não ser um alimento sob medida para o bebê, como é o caso do 
leite materno, a fórmula infantil deixa de apresentar vários de seus benefícios, dentre eles as 
propriedades imunológicas. Tendo por base a composição do leite materno, a Organização 
Mundial da Saúde estabeleceu dois padrões de fórmulas para o primeiro ano de vida: as fórmulas 
destinadas às crianças com até 6 meses de vida e as fórmulas destinadas às crianças com idade 
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Curso online Nutrição Infantil
entre 7 e 12 meses.
Principais modificações feitas nas fórmulas infantis
Alteração no padrão de gordura: O leite de vaca, matéria-prima das 
fórmulas infantis, é rico em gordura do tipo saturada. Nessas fórmulas, a 
gordura é parcialmente substituída pela poliinsaturada de origem vegetal, 
mais adequada para o desenvolvimento da criança;
Alteração do teor e da qualidade das proteínas: O leite de vaca contém 
uma maior concentração de proteínas, mas são mais difíceis de ser 
digeridas por bebês. As fórmulas infantis reduzem o teor de proteína e 
modificam sua estrutura para melhorar a digestão. Com essa providência 
reduz-se o risco de aparecimento de alergia à proteína do leite de vaca;
Adição de soro de leite: As fórmulas infantis recebem uma quantidade 
extra de soro para tornar sua composição mais adequada às condições 
fisiológicas do bebê;
Redução da concentração de minerais: O leite de vaca é mais rico em 
minerais, que são parcialmente extraídos para não sobrecarregar os rins 
do bebê;
Adição de nutrientes: O leite de vaca recebe a adição de taurina, ferro, 
vitaminas, carboidratos (sacarose, dextrino-maltose e amido), que o torna 
mais adequado ao bebê. Existem no mercado, ainda, fórmulas à base de 
soja, fórmulas sem lactose e fórmulas hidrolisadas que podem ser 
prescritas por um pediatra ou nutricionista em casos, como intolerância à 
lactose e para bebês que, ao usarem fórmulas infantis à base de leite de 
vaca, passam a ter cólicas intestinais.
Fórmulas existentes no mercado
A base de soja: Indicadas para crianças com alergia ao leite de vaca;
Isentas de lactose: São indicadas para bebês que possuem intolerância a 
lactose. Elas contem a sacarose e xarope de milho, em vez da lactose, 
que são mais facilmente digeridos e absorvidos pelo bebê;
Hidrolisadas: indicadas para diarréia crônica, alergia alimentar, má 
absorção.
Para calcular a necessidade energética do lactente, deve-se primeiramente 
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escolher a formula. A capacidade gástrica da criança também deve ser levada em consideração 
(observe a tabela abaixo). Depois, deve-se calcular o valor energético da “mamadeira”. Por último 
vamos dividir a necessidade energética total pelo valor energético da mamadeira para obter o 
número de mamadeiras/dia. Observe o quadro abaixo,ele já oferece o volume médio de 
mamadeiras por faixa etária.
Idade Volume Número de mamadeiras
1° semana 30 – 90 6 – 8
2° semana a 30 dias 60 – 120 6 -7
2 meses 140 – 150 6
3 meses 160 – 170 4 – 5
4 meses 170 – 180 4
5 - 6 meses 180 – 190 4
7 - 12 meses 180 – 200 3 – 4
Cuidados que devem ser repassados para mãe na utilização de fórmulas 
Consumir a fórmula dentro do prazo de validade escrito na lata;
Preparar a fórmula exatamente como o médico ou nutricionista indicar. Se 
preparada fraca ou diluída demais, a fórmula pode prejudicar o 
crescimento ou levar a deficiências nutricionais na criança. No caso de 
dose maior que a prescrita, pode haver desidratação e problemas renais; 
Lavar bem as mãos antes de preparar as mamadeiras e alimentar o bebê;
Esterilizar as mamadeiras antes de colocar a fórmula;
Jogar fora o leite que sobrar na mamadeira. Germes e bactérias da saliva 
do bebê conseguem sobreviver e se reproduzir no líquido;
Não refrigerar a fórmula pronta, mesmo que não a tenha utilizado;
Não aquecer a mamadeira no microondas, porque a temperatura do 
líquido não será a mesma em todo o conteúdo e poderá queimar a boca 
do bebê. Se quiser amornar a água que foi fervida e ficou fria, aqueça-a 
em um recipiente separado e depois transfira para a mamadeira, de 
preferência de vidro, sempre checando antes a temperatura no dorso da 
sua mão;
Não engrossar a fórmula com cereal, exceto sob recomendação do 
pediatra.
Curiosidade: o aconselhamento dietético do bebê com refluxo gastro-esofágico
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A maioria dos bebês apresenta refluxo gastroesofágico por causa da imaturidade do 
esfíncter esofagiano. É chamado de refluxo fisiológico, isto é, que faz parte do desenvolvimento 
infantil.
O refluxo gastroesofágico é considerado patológico quando os episódios de vômitos 
e regurgitações não melhoram depois dos seis meses de vida mesmo com alterações na postura 
e dieta. Nessa fase, a criança não ganha peso ou o perde e pára de crescer e produz uma 
esofagite (inflamação do esôfago).
Fracionar a alimentação para que o estômago não distenda e o refluxo seja evitado 
é um cuidado. A quantidade de alimento deve ser menor por vez e dada em mais vezes ao dia. 
Alguns alimentos devem ser evitados como alimentos gordurosos, frituras, menta, chocolate, 
alimentos ácidos, café, refrigerante, iogurte e sucos de frutas com alto teor de sorbitol (açúcar 
natural presente em algumas frutas como ameixas secas, pêra, e maçã) 
Outra dica é a elevação da cabeceira do berço ou da cama da criança. A ação da 
gravidade ajuda o esvaziamento gástrico, assim como a posição de lado em cima do braço direito.
Tratamentos adicionais para o refluxo em crianças maiores do que 1 ano e meio:
Ensine a criança a dar pequenas mordidas e mastigar bem a comida. O 
alimento mastigado em pequenas partículas é digerido e sai do estômago 
mais rapidamente;
Pequenos e frequentes lanches são mais fáceis de digerir; 
O jantar deve ser servido cedo e é melhor que sejam alimentos de fácil 
digestão; 
Vitaminas de frutas e legumes batidos no liquidificador são 
suficientemente líquidos para serem digeridos rapidamente e, portanto, 
serão mais difíceis de causar refluxo; 
Não ofereça refrigerante junto com as refeições. Quando o estômago se 
contrai para digerir a comida, ele agita os fluidos (e os ácidos estomacais) 
e os empurra de volta para o esôfago; 
Mantenha a criança no peso ideal: a obesidade agrava o refluxo; 
Pouca gordura e comidas pastosas passam pelo estômago mais 
rapidamente.
Nota Importante:
Não existe uma regra geral de aconselhamento sobre a frequência de mamadas no 
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seio e o uso concomitante de formulas lácteas. Isso acontece pela dificuldade de estimar a 
quantidade de leite materno em cada mamada. Nosso conselho então, é que o bebê mame em 
regime de livre demanda no seio e que a mamãe ofereça o número de mamadeiras de acordo 
com a capacidade gástrica do bebê (que varia de idade para idade), como já foi mencionado 
anteriormente para garantirmos as necessidades nutricionais da criança. 
Observe:
Idade Volume Número de mamadeiras
1° semana 30 – 90 6 – 8*
2° semana a 30 dias 60 – 120 6 -7*
2 meses 140 – 150 6*
3 meses 160 – 170 4 – 5*
4 meses 170 – 180 4*
5 - 6 meses 180 – 190 4*
7 - 12 meses 180 – 200 3 – 4*
*Mais a oferta do leite materno em livre demanda
Aula 2 - Alimentação Complementar - Como introduzir os 
alimentos dos 6 meses aos dois anos de idade
A OMS (1998) recomenda a expressão “alimentação complementar”, para definir o 
processo que se inicia quando apenas o leite materno não é suficiente para suprir as 
necessidades da criança e alimentos complementares ou de transição são necessários.
Esta é uma fase considerada crítica, tendo em vista a demanda nutricional elevada, 
a imaturidade relativa do organismo, a maior exposição ao risco de contaminação e a extrema 
dependência de um cuidador capaz de perceber e atender adequadamente as necessidades da 
criança.
Os nutricionistas precisam estar aptos a orientar a mãe sobre quando e como 
introduzir cada tipo de alimento. Estudos mostram que as introduções de alimentos impróprios 
para a idade podem gerar alergias e intolerâncias alimentares.
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Idade ideal para introdução da alimentação 
complementar
A introdução precoce de outros alimentos quase sempre resulta em diminuição na 
frequência da sucção e, consequentemente, na redução da produção e ingestão do leite materno.
A introdução precoce da alimentação complementar também pode estar associada 
a um risco maior de reações alérgicas a proteínas estranhas, principalmente em crianças 
geneticamente predispostas. Diversas proteínas (leite de vaca, soja, trigo, ovo, peixe, amendoim, 
dentre outras) já foram relacionadas à reação adversa. Outro aspecto negativo da introdução 
precoce é o aumento da carga de solutos, que pode sobrecarregar os rins ainda imaturos.
A introdução tardia da alimentação complementar também não é desejável, 
podendo levar a deficiências nutricionais com consequente desaceleração do crescimento e 
diminuição da resistência imunológica. Por exemplo: Por volta do 4° ao 6° mês as reservas 
hepáticas de ferro no bebe vão diminuindo. E como o leite materno é pobre em ferro (apesar da 
excelente biodisponibilidade), o risco de uma anemia aumenta aí. Muitos pediatras inclusive fazem 
a prescrição do ferro profilático por este motivo, assim como de vitaminas A e D. Esta última pode 
ser desnecessária principalmente em locais de climas tropicais, nos quais há a opção de indicar o 
banho de sol regular, pela manhã por 10 minutos.
Por volta do sexto mês é observado na criança aumento da cavidade oral, 
crescimento da mandíbula, absorção das bolsas de gordura, inicio da dentição decídua e 
dissociação da língua, mandíbula e lábios, o que indica que a criança atingiu um nível de 
desenvolvimento compatível com a alimentação semi-sólida. Essa prontidão é comprovada pela 
abertura da boca e retração da língua quando a colher se aproxima com o alimento. Também se 
observam movimentos firmes do lábio superior para baixo, no sentido de limpar a colher; além do 
inicio da mastigação. Por essas e outras razões, estabeleceu-se um consenso de que a idade 
ideal para inicio da alimentação complementar é a partir do sexto mês. Após o 6° mês de vida é 
inegável a necessidade do fornecimentoadicional de energia e nutrientes. Principalmente no que 
diz respeito a micronutrientes.
Vale lembrar que o nutricionista deve estar aberto à troca de informações com 
outros profissionais de saúde, especialmente médicos. Muitas vezes o pediatra indica a introdução 
dos alimentos antes deste período e é fundamental que o nutricionista utilize argumentos para 
defender a sua postura, mas que também esteja aberto a analisar os motivos das outras condutas 
de diversos profissionais.
Em alguns países sugere-se a introdução dos alimentos a partir do quarto mês. 
Neste curso, seguiremos as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da 
Saúde.
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Nutricionista
Esteja bem informado! Busque informações adicionais e tenha a sua própria 
opinião sobre estes e outros assuntos!
Introdução da alimentação complementar a partir dos 4 
meses de idade pode evitar alergias
Contrariando as orientações da Organização Mundial da Saúde, pesquisadores 
agora questionam se a amamentação deve ser exclusiva até os seis meses de idade do bebê. 
Eles afirmam que, a introdução de alimentos sólidos a partir do 4° mês, juntamente com a 
amamentação, traz benefícios, como: menor risco de a criança desenvolver alergias e doença 
celíaca (intolerância ao glúten). Isso porque, os bebês que ingerem alimentos de alto potencial 
alérgeno entre quatro e seis meses de idade podem ter menos risco de desenvolver alergias no 
futuro. No trabalho eles citam ainda, o exemplo de Israel, onde o amendoim é oferecido após o 
desmame. Lá, a incidência de alergia à semente é baixa. Tudo isso, ocorre devido a uma janela 
imunológica entre os quatro e seis meses de idade. Nessa fase, a criança está formando seu 
sistema de defesa, e alguns alimentos introduzidos nessa idade podem funcionar como um fator 
protetor. Mas, deve-se levar sempre em consideração outros fatores como a predisposição 
genética, que também pode estar ligadas ao desenvolvimento de alergias.
Há outra corrente de conservadores que discordam e afirmam que essa “janela” vai 
até os sete meses de idade. Portanto, esses alimentos devem ser oferecidos após os seis meses 
de amamentação exclusiva, e não aos quatro meses, como recomenda a pesquisa inglesa. 
Segundo eles, é importante que substâncias com tendência a se tornarem alérgenas, como ovo, 
peixe e glúten, sejam incluídas na dieta da criança junto com o leite materno, que protege contra 
alergias, entre outras coisas.
Até que mais estudos na área sejam realizados, nossa recomendação é seguir as 
diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Composição Nutricional da Alimentação Complementar
A determinação da complementação nutricional necessária a partir dos 6 meses de 
idade foi estabelecida, tomando-se como base a estimativa do volume médio de leite produzido, a 
concentração de energia e nutrientes no leite humano e as necessidades nutricionais da criança.
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Energia (Kcal)
A quantidade de energia a ser fornecida pela alimentação complementar após os 6 
meses depende da idade, do volume de leite materno ingerido pela criança e da densidade 
energética do leite materno, o que é impossível estimar com precisão, considerando-se as 
variações tanto na ingestão quanto no conteúdo energético do leite humano. Desta forma, as 
recomendações baseiam-se em estimativas médias de volume de leite ingerido e de densidade 
energética do leite materno.
Complementação energética necessária nos países em desenvolvimento
Faixa etária 
(meses)
Necessidade energética Energia Leite 
Materno
Complementa
ção energética 
1998 2003 Kcal 1998
6-8 682 615 413 (674 ml) 269
9-11 830 686 379 (616 ml) 451
12-23 1092 894 346 (549 ml) 746
Fonte: OMS (1998) e OMS (2003)
Complementação energética aproximada de crianças não amamentadas ao seio
Faixa etária (meses) Necessidade 
energética
Energia Leite Fórmula
Kcal Kcal
6-8 645 402
9-11 749 402
12-23 1042 335
Fonte: OMS (1998) e OMS (2003)
Na prática, cabe ao nutricionista realizar uma avaliação alimentar bem feita, 
solicitando informações sobre a amamentação ou sobre o uso de fórmulas, para realizar o cálculo 
das recomendações calóricas.
Exemplo: criança de 10 meses, alimentada ao seio 3 vezes ao dia, tem 
necessidade energética total de cerca de 686 Kcal/dia. Considerando que a amamentação natural 
ainda presente possa suprir cerca de 379 Kcal, sugere-se que a alimentação complementar 
forneça em torno de 300 Kcal adicionais por dia.
Como comentado, é uma tarefa complicada estimar o quanto um bebê ingere a 
cada mamada ao seio. O nutricionista deve se basear no ganho de peso da criança mês a mês 
para avaliar se o valor calórico sugerido está adequado ou se precisa ser alterado de forma a 
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manter a criança em satisfatório aumento ponderal.
Lipídeos na alimentação complementar
A presença de gordura na alimentação complementar garante densidade energética 
adequada e é essencial para o suprimento da necessidade de ácidos graxos de cadeia longa e 
vitaminas lipossolúveis. Além disso, devido a suas propriedades organolépticas, ela melhora o 
sabor e favorece a aceitação da alimentação.
Percentual de energia da alimentação complementar oferecida pelos lipídeos
%Energia como 
lipídeo
Ingestão LH 6-8 meses 9-11 meses
30 Baixa 19 24
30 Média 0 5
30 Alta 0 0
45 Baixa 42 43
45 Média 34 38
45 Alta 0 7
LH = leite materno
Observação: Para estimar a necessidade de lipídeo na alimentação complementar 
de crianças não amamentadas, devem-se considerar o volume de fórmula láctea ingerida, e a 
concentração de gordura. Desta forma é possível conseguirmos a informação de quanto de 
lipídios os leites fornecem e assim vermos o que precisamos prescrever para completar.
As gorduras saudáveis como a do azeite de oliva estão indicadas para serem 
acrescidas às papas. Também podem ser usados óleos como o de canola, soja, milho.
Carboidratos na alimentação complementar
A OMS não estabeleceu a recomendação de carboidratos específicas a ser 
fornecida pela alimentação complementar. Porém, segundo o IOM (Instituto de Medicina) a 
ingestão adequada para crianças de 7-12 meses é de 95g/dia, considerando que 44g/dia são 
fornecidas pelo LH (0,6 x74/L) e que a alimentação complementar fornece aproximadamente 
51g/dia. A AI para crianças de 1 a 2 anos foi estimada em 100g/dia, visando suprir a necessidade 
glicose do cérebro. Assim, considerando o consumo médio de LH estimado em 0,5 L/dia, a 
alimentação complementar deve fornecer cerca de 63g/dia de carboidratos na faixa de 1 a 2 anos. 
Esta recomendação é válida para crianças que ainda mantêm a alimentação ao seio. Para 
crianças que não se alimentam ao seio deve-se considerar o valor de carboidratos total fornecidos 
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por toda as vezes na qual o leite de vaca ou a fórmula são oferecidos.
Minerais
Nos primeiros 6 meses a necessidade de ferro da criança é garantida 
principalmente pela reserva. Por volta dos 4 a 6 meses de idade, a reserva se esgota e a criança 
passa a depender do fornecimento exógeno (98%), já que a quantidade fornecida pelo LH (~0,21 
mg/0,6L) corresponde a apenas 2 % da necessidade da criança dos 7-12 meses. Também é 
elevada a necessidade de complementação de zinco (87%). Nesta faseé comum a prescrição do 
ferro em gotas. Porém, a alimentação complementar precisará fornecer estes dois nutrientes.
A determinação de Cálcio irá variar bastante, dependendo da referencia utilizada, 
pois, de acordo com IOM, a ingestão adequada é de 270g/dia, enquanto da FAO/OMS é de 400 
mg/dia.
Os demais minerais também devem ser supridos em proporção elevada pela 
alimentação complementar dos 7 aos 24 meses( Mg: 73-79%, P: 73-87%, Se~46% e I:~35%, 
considerando as recomendações da IOM).
Ao nutricionista que for realizar o planejamento alimentar da criança é bom que 
fique claro que todos os nutrientes podem ser facilmente obtidos com o adequado planejamento. 
Este engloba desde o estabelecimento da hora e da frequência das mamadas até o uso de 
refeição nutritivas e ricas.
Vitaminas
 A partir dos 6 meses de idade, embora o LH, continue sendo uma boa fonte de 
vitaminas, ele já não supre as necessidades da maioria das vitaminas. 
Considerando a concentração média de vitaminas no LH de mulheres bem nutridas, 
estima-se que na faixa de 7-12 meses seja necessário suprir cerca de 50 a 70% da necessidade 
de vitaminas e dos 12 aos 24 meses, 50 a 90%. 
Além do banho de sol e da refeição equilibrada, as fórmulas lácteas enriquecidas 
são boas alternativas.
Notas 
Recomendação de Hidratação
A DRI (Dietary Reference Intakes) baseou-se no consumo médio de água total dos 
norte-americanos para calcular a ingestão adequada (AI, adequate intake) de água. Considera-se 
a quantidade total de água a combinação do consumo de água isolada e da água contida em 
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bebidas e alimentos. 
A tabela abaixo mostra a recomendação de água total para todas as faixas etárias: 
Tabela. Ingestão de água recomendada pela DRI (Dietary Reference Intakes) 
para cada faixa etária e sexo
Faixa etária Recomendação de Hidratação
0 a 6 meses 0,7ml *
7 a 12 meses 0,8 ml**
1 a 3 anos 1,3 l
4 a 8 anos 1,7 l
9 a 13 anos 2,1 a 2,4 l
*Provenientes do leite materno
**Provenientes do leite materno + alimentação complementar
Fonte: Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Chloride, and Sulfate. 
Washington, DC: National Academy Press, 2004. Disponível em: 
http://www.nap.edu/books/0309091691/html.
Recomendação de Omega 3
Tabela. Recomendação de Omega 3 para cada faixa etária e sexo
Faixa etária Recomendação de Omega 3 (gr/dia)
0 a 6 meses 0,5
7 a 12 meses 0,5
1 a 3 anos 0,7
4 a 8 anos 0,9
9 a 13 anos 1,0 1,2
Fonte: Food and Nutrition information Center. Dietary Reference Intakes. Macronutrients. 
Disponível em: htpp://www.iom.edu/object.file/master/7/300.0.pdf
Princípios Básicos da Alimentação Complementar Adequada
Para ser nutricionalmente adequada, a alimentação do lactante após os 6 meses de 
idade deve conter, além do leite materno, fórmula infantil e em casos especiais o leite de vaca, 
alimentos de todos os grupos:
Cereais: Principais fontes de carboidratos (arroz, trigo, milho, aveia);
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Tubérculos: Ricos em amido e por isso tem o valor calórico elevado 
(mandioca, batata, inhame, batata doce);
Leguminosas: Fonte de proteínas e minerais (feijão, lentilha, ervilha e 
soja);
Carnes: Fonte de proteína de alto valor biológico, ferro-heme de excelente 
biodisponibilidade e também zinco e vitaminas A e complexo B;
Ovos: A clara é contra indicada no primeiro ano de vida devido ao elevado 
poder alergênico da albumina e por isto somente a partir de 12 meses ela 
deve ser oferecida. Mas a gema é uma excelente opção. O ovo ajuda no 
fornecimento de vitaminas e proteínas;
Hortaliças: Fonte de vitaminas, fibras e minerais;
Frutas: São indispensáveis para o suprimento da necessidade de 
vitaminas (A e C) e minerais, além de conterem substancias que 
melhoram a absorção do ferro não heme;
Gorduras: São as principais fontes de energia nos 6 primeiros meses de 
idade. São desaconselhadas as gorduras saturadas, trans, devendo-se 
dar preferência aos óleos vegetais, que são ricos em ácidos graxos 
poliinsaturados, incluindo os ácidos graxos essenciais (linoléico e 
linolênico);
Sal: Fornece eletrólitos e iodo. Porém deve-se orientar quanto a 
moderação no seu uso devido a capacidade de concentração renal ainda 
limitada e também visando a formação de bons hábitos alimentares. Mas 
uma pitada é fundamental.
Considerando que a primeira papinha deve ser oferecida aos 6 meses, cabe ao 
nutricionista responder a dúvida da maioria das mães: o que dar primeiro à criança? 
A primeira papinha deve ser de sal. Existem evidências de que crianças que 
consomem primeiro a fruta desenvolvem preferência por sabor doce. Porém, toda a orientação 
deve ser discutida com o pediatra até mesmo para avaliar que motivos levaram o profissional a 
indicar a papa de fruta. 
A primeira refeição de sal pode ser constituída de uma papinha grossa, cuja base 
seja arroz, batata ou inhame, acrescidos de hortaliças não folhosas, de caldo de carne, água de 
cozimento de folhas, uma leguminosa e um óleo vegetal, além de uma pitada de sal. Do grupo 
das leguminosas podem ser usados caldo de feijão, purê de ervilhas e de lentilhas. As carnes 
devem ser oferecidas em caldos (boi e frango). As hortaliças devem ser cozidas e peneiradas, 
jamais liquidificadas. 
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 Alguns alimentos do grupo dos vegetais não devem ser usados, sobretudo os que 
possam conter agrotóxicos como tomates e pimentões. Alimentos de sabor forte como cebola e 
alho, ervas e condimentos não devem ser usados nas primeiras papas. 
Sugere-se que as primeiras papas sejam mais simples, contendo dois alimentos 
para que sejam avaliados os impactos da introdução de cada tipo de alimento.
A amamentação deve continuar em livre demanda após o sexto mês de vida. Após 
as primeiras semanas de uso da refeição de sal, frutas e sucos podem ser usados, especialmente 
nos intervalos da manhã e da tarde. Frutas como morango devem ser evitadas, assim como as 
ácidas (limão, abacaxi). Recomenda-se evitar adicionar açúcar aos sucos. A laranja Serra d'água 
pode ser uma excelente opção para se misturar a outros sucos, evitando assim a necessidade de 
adoçá-lo.
De forma geral, a rotina diária para crianças (a partir de seis meses) que irão 
introduzir pela primeira vez a refeição de sal deve ser da seguinte maneira: 
Esquema de Alimentação Complementar da Criança
De 0 a 6 meses De 6 a 8 meses De 8 a 10 meses
Apenas o Leite Materno 
(em livre demanda).
Pela Manhã: Leite Materno 
ou fórmula 
Intervalo da manhã: Fruta
Almoço: Papinha de Sal 
(consulte nos materiais 
complementares receitas 
de papinhas.
Intervalo da tarde: Leite 
Materno ou fórmula
A noite: Leite Materno ou 
fórmula
Pela Manhã: Leite Materno 
ou fórmula
Intervalo da manhã: Fruta
Almoço: Papinha de Sal + 
fruta citrica (consulte nos 
materiais complementares 
receitas de papinhas.
Intervalo da tarde: Leite 
Materno ou fórmula
A noite: Papinha de Sal + 
CeiaLeite Materno ou 
fórmula dependendo do 
horário que a criança for 
dormir.
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Nota Importante!
A formação do hábito alimentar da criança começa com a introdução da 
alimentação complementar. Assim, a família precisa ficar atenta e 
garantir a melhor qualidade dos alimentos para a criança, para que ela 
cresça e seja um adulto saudável. A criança copia os adultos atéem 
seus hábitos alimentares. Cabe ao nutricionista escolher a melhor 
estratégia para trabalhar com a alimentação saudável em nível familiar.
Alimentos que devem ser controlados ou que são contra indicados até os 2 anos:
Alimentos de difícil mastigação, deglutição e digestão (alimentos 
crus, grãos duros, frutas com semente);
Alimentos potencialmente alergênicos (ovo(clara), amendoim, nozes, 
peixes e frutos do mar);
Mel (pode conter esporos Clostridium botulium);
Alimentos ricos em nitrato e Nitritos como presuntos, salsichas, 
mortadelas;
Alimentos industrializados que são ricos em corantes, conservantes;
Alimentos com potenciais de agrotóxicos (exemplo: tomate e morango).
A alimentação complementar saudável depende não apenas dos alimentos 
oferecidos, mas também de como, onde e quem alimenta a criança. 
Por isso, é importante:
Proporcionar um contexto social afetivo favorável;
Alimentar em resposta a demanda (fome/saciedade);
Respeitar a capacidade de auto-regulação;
Adotar uma conduta não controladora/não coercitiva;
Considerar as etapas do desenvolvimento da criança (habilidade);
Encorajamento positivo (olhar/sorriso/conversa/fala/toque).
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RESUMINDO....
Recomendação Gerais para Alimentação da criança menor de 2 anos:
Aleitamento materno deve iniciar na primeira hora após o parto;
Amamentar frequentemente, em livre demanda até os 6 meses;
Não oferecer nenhum alimento antes dos 6 meses, além do leite materno;
Iniciar alimentação complementar apropriada a partir dos 6 meses e 
manter o aleitamento materno complementado por 2 anos ou mais.
Aula 3 - Alimentação do Pré Escolar
Ao planejar a alimentação de uma criança a partir dos dois anos, o nutricionista 
precisa considerar não somente os alimentos que serão consumidos em casa como também na 
escola. A alimentação na escola é uma grande aliada na formação dos hábitos alimentares, e 
além disso, ela é capaz de garantir à criança energia e nutrientes para o período de aula, 
proporcionando-lhes maior capacidade de concentração e memória ao longo do dia. 
O comportamento alimentar da criança pré-escolar caracteriza-se por ser 
imprevisível e variável: a quantidade ingerida de alimentos pode oscilar, sendo grande em alguns 
períodos e nula em outros. 
As crianças com dois e três anos de idade apresentam maior estabilidade no 
crescimento, devido à diminuição da velocidade de ganho de peso e estatura, o que condiciona 
diminuição do apetite. Por isso, as demandas de energia e de proteínas por quilo de peso 
diminuem em comparação com as necessidades durante o primeiro ano de vida. 
É nesta fase que a criança está desenvolvendo os seus sentidos e diversificando os 
sabores, e com isso formando suas próprias preferências. Deve-se dar extrema importância ao 
fato da criança estar em pleno desenvolvimento e que para isso, uma dose suficiente de 
proteínas, vitaminas e minerais, entre eles o ferro e o cálcio, será essencial para o seu 
crescimento e desenvolvimento perfeito.
Nesta fase é natural que a criança recuse um ou vários tipos de alimentos. É a fase 
do “Eu não quero”, em que a criança, descobrindo as suas próprias preferências, diz não a tudo o 
que ela pensa não ser bom para ela. Ou ainda, distraída com essa ou aquela brincadeira, a 
criança simplesmente “esquece” de comer. 
É muito comum os adultos usarem certa “chantagem” alimentar a criança, dizendo 
que se não comer espinafre não vai jogar bola, ou ainda que se não comer chuchu, não vai comer 
a sobremesa. É uma tática que muitas vezes dá certo, porém, a criança passa a associar o fato de 
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comer um alimento que não gosta a um prêmio ou o não comer, a um castigo, fazendo com que 
ela apenas coma por obrigação, não criando, portanto um hábito alimentar sadio.
O nutricionista deve orientar os pais com relação a estes fatores e ao risco de 
desenvolvimento da Neofobia alimentar.
Curiosidade
Neofobia alimentar quer dizer medo de consumir alimentos novos, que de início 
são considerados estranhos. É mais comum em crianças com idade entre 1 e 7 
anos, mas não significa que não vá acometer em adultos também. 
Muitas vezes, as crianças rejeitam os alimentos sem nem mesmo prová-los. O 
que os pais precisam saber é que isso não quer dizer que a criança sempre vai 
recusá-los. Eles poderão ser aceitos em uma outra ocasião, desde que sejam 
oferecidos novamente. A maturidade do paladar das crianças não acontece da 
noite para o dia. Portanto não se pode desistir de oferecer o alimento à criança 
nas primeiras recusas. Insista, mude a apresentação do alimento se for o caso.
Os filhos tendem a optar por alimentos normalmente consumidos pelos pais e 
irmãos mais velhos. É preciso ressaltar que não se devem usar estratégias do 
tipo: “Come toda a comida que ganha sobremesa” ou “se não comer tudo, vai 
ficar de castigo”. Estes artifícios não vão fazer com que a criança coma o 
alimento porque gosta e sim porque vai ter algum benefício ou vai ser castigada 
se não comer. Estratégias como estas são causadoras das fobias alimentares 
desenvolvidas por crianças e que podem persistir durante toda a vida
Alguns pais tendem a acreditar na idéia de que o filho precisa comer muito para 
estar bem nutrido. É preciso ficar claro que a criança come menos do que os 
adultos e que, quando ela come uma quantidade maior do que sua capacidade 
gástrica, a mesma pode perder o seu controle de fome e saciedade, o que 
poderá gerar problemas futuros.
Portanto, recomenda-se fazer a introdução de novos alimentos e preparações de 
forma gradual, respeitando-se os interesses da criança e auxiliando no aprendizado do consumo 
de uma dieta equilibrada. A criança, ao experimentar e aceitar o alimento apresenta uma grande 
chance de aprová-lo e incluí-lo em seus hábitos alimentares.
Conduzir de forma apropriada a alimentação da criança requer cuidados 
relacionados aos aspectos sensoriais (apresentação visual, cores, formatos atrativos), à forma de 
preparo dos alimentos (temperos suaves, preparações simples e alimentos básicos), às porções 
adequadas à capacidade gástrica restrita e ao ambiente onde serão realizadas as refeições, que 
são fatores a serem considerados, visando à satisfação de necessidades nutricionais, emocionais 
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e sociais, para a promoção de uma qualidade de vida saudável.
Algumas práticas podem facilitar a aceitação de novos alimentos pela criança. 
Deve-se selecionar alimentos que sejam apropriados à capacidade motora da criança, garantir um 
ambiente tranqüilo e sem distrações no momento da refeição, proporcionar intervalos entre as 
refeições para que a criança sinta fome, além de oferecer estrutura familiar adequada.
 A aceitabilidade de novos alimentos é influenciada por vários fatores, entre eles o 
número de vezes a que a criança foi exposta ao alimento. É importante que a criança acostume a 
comer alimentos variados, evitando a monotonia da dieta.
Os alimentos não devem ser apresentados misturados uns aos outros, pois é 
fundamental que a criança identifique o sabor, a cor e a textura de cada um deles. É comum a 
aceitação de certos alimentos após rejeição nas primeiras tentativas, é o processo natural da 
criança em conhecer novos sabores e texturas, e da própria evolução da maturação dos reflexos 
da criança, que é gradativa e depende de aprendizagem.
Uma criança sadia não recusará comida seestiver realmente com fome. Como o 
metabolismo da criança difere do adulto, a criança pode realmente não sentir fome se o intervalo 
entre as refeições dos adultos não for suficientemente razoável para ela.
Dicas
A criança pode não aceitar novos alimentos prontamente. É necessário 
que os pais ofereçam os alimentos várias vezes à criança, com intervalos 
entre as tentativas; 
Criança cansada ou superestimulada com brincadeiras pode não aceitar a 
alimentação de imediato, assim como também, no verão, seu apetite 
pode ser menor do que no inverno; 
Os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce e muito 
calóricos. É normal a criança querer comer apenas doces, cabe aos 
educadores e aos nutricionistas que estiverem acompanhando, portanto, 
colocar os limites quanto ao horário e quantidade; 
Comportamentos como recompensas, chantagens, subornos, punições ou 
castigos para forçar a criança a comer, devem ser evitados, pois podem 
reforçar a recusa alimentar da criança; 
As refeições e lanches devem ser servidos em horários fixos diariamente. 
O intervalo entre uma refeição e a outra deve ser de 2 a 3 horas; 
Oferecer líquidos, de preferência, água ou sucos naturais. Os refrigerantes 
não precisam ser proibidos, mas devem ser ingeridos apenas em 
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ocasiões especiais; 
A criança deve sentar-se à mesa com os outros membros da família e não 
há a necessidade de alimentos especiais, ou seja, a criança pode comer 
do que tiver em casa;
Limitar a ingestão de alimentos com excesso de gordura, sal e açúcar; 
Oferecer alimentos ricos em ferro, cálcio, vitamina A (tomate, leite, fígado, 
cenoura) e vitamina D (peixes, ovo) e zinco (carne vermelha, feijão, 
ervilha), essenciais nesta fase da vida.
Atitudes que devem ser repassadas aos pais:
Conhecer as características de cada alimento para compor a dieta de 
forma mais completa: construtores, reguladores e energéticos;
Ser imaginativo: variedade (cuidado para não transmitir à criança as 
próprias convicções alimentares);
Ser sensível: as crianças têm dificuldade de verbalizar as preferências, 
mas dão sinais;
Ser flexível: substituir os alimentos ou mudar as formas de prepará-los;
Não oferecer guloseimas nos períodos de inapetência, pode ser uma 
barganha perigosa e progressiva;
Não gerar tensão familiar na hora das refeições;
Ser exemplo: a criança imita os adultos, e os hábitos serão reflexos 
daquilo que ela vivencia. O nutricionista deverá escolher a melhor forma 
de trabalhar com a alimentação saudável em nível familiar;
Evitar o uso de liquido em excesso durante as refeições: diminuição do 
apetite.
É hora do lanche na escola, o que levar?
O lanche escolar é uma refeição intermediária, que serve para dar energia à criança 
entre duas refeições principais. O ideal é que ele contenha uma porção de carboidratos, para 
fornecer energia; uma porção de lácteos, que tem proteínas; uma porção de frutas ou hortaliças, 
responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais; e uma bebida, para hidratação.
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Além da qualidade, é preciso tentar unir praticidade, e pensar em alimentos que 
possam ser consumidos, de forma segura, certo tempo após seu preparo ou que podem 
permanecer sem refrigeração por algum tempo. A utilização de vasilhas e garrafinhas térmicas é 
uma ótima ajuda na escolha destes lanches, já que aumentam as opções. Assim como nas 
principais refeições, também na merenda escolar deve-se atentar à variedade do cardápio, ou 
seja, evitar repetições para que a alimentação não fique monótona.
É importante lembrar que cada criança tem uma necessidade energética diferente e 
em alguns casos, a presença doenças (alergias, intolerancias etc) podem fazer com que haja a 
necessidade de alimentos diferentes e por isto é indispensável o acompanhamento de um 
profissional, neste acaso um nutricionista. 
Coloque sempre uma fruta na lancheira. Frutas como banana, maçã, 
pêssego e pêra (mandadas inteiras para não oxidar), ou laranja, abacaxi, 
morango, uva, kiwi e melão já descascados e picados;
Não se esqueça do carboidrato, responsável pela energia (bolos simples, 
biscoitos sem recheio, pães de forma, bisnaguinhas, francês, cereais);
Evite os biscoitos recheados e tipo waffle, pois contém maior teor de 
gorduras. E se optar por biscoitos, não coloque o pacote inteiro, evitando 
assim um consumo maior de calorias;
As bebidas com achocolatados possuem muita gordura e açúcar. Evite 
colocá-los todos os dias na lancheira e alterne com suco de frutas, água 
de coco;
Iogurtes, queijos tipo petit e leites fermentados.
É claro que a maioria das crianças prefere abrir a lancheira e encontrar batatinhas 
fritas, chocolate e refrigerante. Deve-se evitar o consumo de salgadinhos industrializados, 
bolachas recheadas, refrigerantes, balas e chocolates, pois, estes alimentos não contêm os 
nutrientes necessários para uma alimentação saudável. Não se deve, porém, proibir radicalmente 
o consumo destes alimentos tão tentadores às crianças, deve-se colocar regras e limites para um 
consumo consciente e moderado. A melhor forma de adequar à alimentação é desde o início da 
infância, para que nada se torne sacrifício e sim, hábitos saudáveis para a vida toda.
Cabe ao nutricionista elaborar uma rotina alimentar que seja saudável e que 
permita às crianças o consumo dos alimentos preferidos, eventualmente e com moderação.
A criança quer levar algo não muito nutritivo? Eventualmente, isso não é um 
problema. Negocie com ela um dia da semana para levar uma opção não saudável neste lanche 
e, nos outros dias, as frutas, cereais e o leite, por exemplo. 
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O lanche escolar saudável pode ser esquematizado conforme os exemplos 
apresentados a seguir. Cabe destacar que na montagem deste, a criatividade contribui muito para 
estimular a criança a consumi-lo adequadamente e evitar a monotonia do cardápio.
Envolvê-la na decisão e até mesmo no preparo de seu próprio lanche, com auxílio 
dos pais ou responsáveis, contribui para a educação nutricional do mesmo. 
1° Opção: 2 pães de queijo tamanho coquetel + 1 caixinha de suco 
de soja com sabor de fruta + 1 banana;
2° Opção: 200 mL de suco de fruta natural ou de caixinha + 2 pães 
de cenoura com requeijão;
3°Opção: 3 Bisnaguinhas com queijo processado tipo UHT® + 1 
água de coco;
4° Opção: 5 Biscoitos sem recheio+ 1 potinho de leite fermentado + 
1 mexerica;
5° Opção: 1Bolinho de chocolate caseiro com beterraba + 1 
caixinha de suco de fruta + 1 goiaba;
6° Opção: 1 pacotinho de 78g de biscoito salgado integral + 1 
caixinha de achocolatado + 1 pêra;
7° Opção: 1 mini pão francês com queijo tipo minas + 1 iogurte + 2 
damascos secos;
8° Opção: 1 espetinho de ricota + 1 pêssego + 1 garrafinha de 
vitamina de fruta.
O nutricionista que presta consultoria sobre a alimentação de crianças nesta idade 
deve realizar um trabalho que envolva os pais e a própria criança e elaborar junto a eles a rotina 
diária de refeições. Veja na aula sobre merenda escolar opções de lanches e receitas que podem 
ser oferecidas aos pais. 
O trabalho de planejamento alimentar tem início com a avaliação nutricional da 
criança e a determinação das necessidades de nutrientes.
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34
Curso online Nutrição InfantilAtenção
A ficha de atendimento nutricional para a criança, se bem elaborada, 
garante ao profissional todas as informações para um bom 
planejamento alimentar. Confira um modelo no material complementar!
Como determinar as necessidades de nutrientes para 
crianças?
Esta é uma frequente dúvida do nutricionista. O planejamento deve levar em 
consideração os horários, preferências, gostos, necessidades e restrições alimentar. O primeiro 
passo é a estimativa do valor energético, dos macro e micronutrientes. A seguir algumas 
informações sobre como realizar os cálculos.
Tome nota: consulte a tabela completa de DRIS para esta faixa no material 
complementar!
Estimativa de Energia e Macronutrientes
Regra de Bolso - A quantidade de energia, por quilo de peso corporal, de que uma 
criança precisa é maior do que aquela necessária para um adulto. Uma criança de 2 anos, por 
exemplo, consome 102 cal/Kg, enquanto uma mulher de 27 anos gasta 3 vezes menos, em torno 
de 36 cal/Kg. 
Energia para cada 
faixa etária IDADE
Necessidade MÉDIA 
DIÁRIA
6 a 12 meses 900 calorias
1 a 3 anos 1300 calorias
4 a 6 anos 1800 calorias
7 a 10 anos 2000 calorias
Veja as demais tabelas no material complementar disponível nesse 
módulo. 
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Conhecidas as peculiaridades de cada faixa etária, cabe ao profissional conciliar 
todas as informações para a criação de cardápios como os exemplos a seguir:
De 0 a 6 meses 
Leite Materno em livre demanda. No caso de uso de fórmulas por impossibilidade 
de amamentação, o nutricionista deverá calcular de acordo com a idade e peso, a quantidade de 
mamadas, frequência e orientar os pais sobre a correta diluição da fórmula.
De 6 a 8 meses
Café da manhã: Leite Materno ou leite (fórmula própria para a idade);
Intervalo da manhã: Fruta ou suco de fruta;
Almoço: Papinha de sal (consulte as receitas de papinhas nos materiais 
complementares);
Lanche da tarde: Leite Materno ou fórmula;
Jantar: Leite Materno ou fórmula.
De 8 a 10 meses
Café da manhã: Leite Materno ou fórmula;
Intervalo da manhã: Fruta ou suco de fruta;
Almoço: Papinha de sal + Fruta Cítrica (consulte as receitas de papinhas 
nos materiais complementares);
Lanche da tarde: Leite Materno ou fórmula + fruta; 
Jantar: Papinha de sal + sobremesa de fruta;
Ceia: leite materno (dependendo do horário que a criança for dormir).
De 10 a 12 meses
Café da manhã: Leite Materno ou fruta;
Intervalo da manhã: Fruta ou suco de fruta;
Almoço: Papinha de sal + Fruta Cítrica (consulte as receitas de papinhas 
nos materiais complementares);
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Lanche da tarde: Leite Materno + fruta;
Jantar: Papinha de sal + fruta;
 leite materno (dependendo do horário que a criança for dormir).
De 1 a 2 anos
Café da manhã: Leite com frutas, bisnaguinha ou biscoito maisena ou 
pãozinho; 
Lanche da manhã: Fruta ou suco de fruta;
Almoço: Arroz, feijão, ovo ou carne moída ou outra (frango, fígado), 
cenoura cozida (ou chuchu, moranga, vagem) + almeirão ou outra 
verdura de folha + Sobremesa: 1 fruta cítrica (laranja, acerola, mexerica);
Lanche da tarde: iogurte de morango ou leite + pão ou biscoito ou bolo 
simples+ fruta ( banana, maça, uva, pera);
Jantar: Arroz, feijão, frango ou carne bovina, hortaliças coloridas cozidas;
Ceia: Vitamina: Leite + fruta ou leite com cereal.
Maiores de 2 anos
Café da manhã: Leite ou iogurte, pão com requeijão ou queijo e fruta;
Lanche da manhã: Fruta e/ou iogurte;
Almoço: Arroz, feijão, carne, ave ou ovo, hortaliças coloridas, incluindo 
verduras e Sobremesa: 1 fruta cítrica (laranja, acerola, mexerica);
Lanche da tarde: vitamina de fruta, mingau ou taça de iogurte de fruta OU 
leite com biscoito e fruta picada OU pão de queijo ou bolo simples com 
suco natural e queijo branco;
Jantar: Arroz, feijão, ovo cozido ou carne ou ave + hortaliças coloridas;
Ceia: leite.
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Aula 4 - Alimentação do Escolar e a Obesidade 7 a 10 anos
Quando o assunto é alimentação do escolar há vários achados que indicam que há 
uma tendência a um aumento de peso nesta fase. Isso acontece porque nesta idade as crianças 
tornam-se mais suscetíveis ao apelo da mídia e mais sensíveis à influência de seus colegas. Além 
disso, hábitos e preferências alimentares já foram previamente estabelecidos. Por isso, ao longo 
dessa aula detalharemos um pouco mais sobre obesidade infantil, pois é tarefa do nutricionista 
trabalhar também com este assunto.
Nas últimas décadas, as crianças tornaram-se menos ativas, incentivadas pelos 
avanços tecnológicos. Antigamente as brincadeiras incluíam muito mais movimento físico. Hoje 
em dia com os computadores, videojogos e televisões, o movimento acaba por ser mais 
intelectual. Antigamente ofereciam-se bicicletas, atualmente existe uma série de brinquedos 
motorizados que são exigidos pelas próprias crianças; antigamente caminhavam até à escola, 
hoje, pela insegurança que as famílias sentem, acabam por levar as crianças de automóvel, ou 
vão de transporte público, da mesma forma que deixaram de brincar na rua para se confinarem a 
um quarto ou a uma sala. 
Segundo cálculos estatísticos, mais de 60% da causa do excesso de peso nesta 
população pode ser atribuída ao excesso de horas assistindo TV. Isto se deve à dois fatores: 
primeiro o estilo de vida sedentário, segundo, ao fato de que existe uma divulgação excessiva 
de alimentos e bebidas para crianças. Esta divulgação é predominantemente para alimentos 
industrializados e de alta densidade calórica e se sobrepõe às recomendações de dietas 
saudáveis. As crianças assimilam a idéia de que estes alimentos são saborosos e isto causa um 
efeito deletério no conhecimento, atitude e no comportamento das crianças em relação à comida.
A grande preocupação em relação à obesidade infantil deve-se à possibilidade de 
que, uma criança obesa torne-se um adulto obeso. Segundo dados epidemiológicos americanos, 
das crianças que apresentam IMC acima do normal, 94% permanecem com obesidade ou 
sobrepeso na vida adulta. Outro estudo europeu mostrou que, sinais precoces de aterosclerose 
em adultos apresentaram relação importante com IMC elevado na infância. Isto acarreta maior 
risco de mortalidade por doenças cardiovasculares.
É durante a infância que ocorre a formação, ou seja, a hiperplasia das células 
adiposas. No caso da criança com sobrepeso, as células de gordura se formam em grandes 
quantidades, além do desejável e permanecem no corpo havendo o risco de sofrerem hipertrofia. 
Conseqüentemente, na vida adulta, qualquer deslize alimentar produz um aumento destas células 
e a obesidade volta a aparecer. Este mecanismo aponta que a obesidade infantil é um fator de 
risco para a obesidade na vida adulta. Tal argumento deve ser apresentado aos pais no momento 
da consulta.
Atualmente muito se comenta sobre o caráter hereditário da obesidade. A 
constituição genética determina o ritmo metabólico do organismo e, desta forma, pode predispor o 
indivíduo ao sobrepeso. Entretanto, ainda que a constituição genética seja desfavorável, muito 
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pode ser feito para evitar que uma criança se torne obesa. A influência do meio é marcante o 
nutricionista atua neste contexto uma vez que pode criar um ambiente alimentar saudável para o 
seu pequeno cliente.
Uma criança obesa

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