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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Fichamento de Estudo de Caso Mateus Rodrigues Caires Pizza Trabalho da Disciplina: Gerenciamento De Prazos, Tutor: Prof. Sueli Moreira Marquet Silva Belo Horizonte 2017 1 FICHAMENTO TÍTULO: Gerenciamento de Prazos CASO: BAE Automated System (A): Sistema de manejo de Bagagem do Aeroporto Internacional de Denver REFERÊNCIA APPLEGATE, L. M.; MONTEALEGRE, R.; NELSON, H. J.; KNOOP, C. I. BAE Automated System (A): Sistema de manejo de Bagagem do Aeroporto Internacional de Denver. 1996. 16f. 311-P01. Estudo de caso Harvad Busines School. Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro. TEXTO: Em 1989 foi dado início a construção do aeroporto de Denver, uma cidade localizada nos Estados Unidos. Um atrativo era a implantação de um moderno sistema de manejo de bagagens que se esperava que melhorasse a eficiência do manejo manual de bagagens em solo, uma empresa chamada BAE Automated Systems Inc., ganhou o contrato devido à experiência que já possuíam com manejo de bagagens. O aeroporto tinha data de inauguração marcada para outubro de 1993, porém não foi assim que aconteceu devido a problemas no complexo sistema de bagagens a inauguração foi adiada por três vezes, em Maio de 1994 existia uma grande pressão para que o aeroporto começasse a operar com isso o prefeito da cidade de Denver anunciou que estava contratando uma empresa alemã chamada Logplan para que fizesse uma avaliação do estado em que se encontrava o sistema de bagagens que foi classificado como “altamente avançado”, porém não muito confiável, foi sugerido a construção de um backup com veículos rebocadores, carrinhos e correias transportadoras para caso o sistema de manejo falhasse e que poderiam ser construídos em cerca de cinco meses. Um dos grandes motivos pelo qual se teve um grande atraso na construção foi à liderança dividida por ser uma obra publica, a equipe da cidade de Denver e a equipe de consultoria compartilhavam a liderança do projeto, após chegarem à conclusão que era ineficiente a cidade de Denver decidiu que tomaria frente e que controlaria os recursos em seguido fizeram alterações no 1 escopo, mas a cada alteração o prazo para entrega era alterado, não se pode alterar o escopo sem interferir no custo ou prazo do projeto. A BAE inicialmente possuía um acordo e estava construindo um sistema de bagagens para ser utilizado apenas pela companhia aérea United, as demais companhias que iriam operar no aeroporto até então não tinham começado nada no que estava relacionado a bagagens, observando o que estava acontecendo a PMT resolveu intervir e reconhecer que um sistema integrado para bagagens seria benéfico para todas as companhias aéreas e passageiros, como a BAE já estava operando dentro do aeroporto solicitaram para que fizessem um estudo de como poderiam expandir o que estavam fazendo para a United para todo o aeroporto, a BAE selou um acordo em Abril de 1992 para construir o sistema de bagagens para todo o aeroporto, com uma serie de requisitos que foram aceitos sem maiores problemas por Denver. Após fechamento do contrato parte da construção do aeroporto que já estava pronta precisou ser demolida para que o sistema de bagagens pudessem ser acomodados, em meio a toda preocupação com a construção do aeroporto e do sistema de bagagens o até então chefe geral do projeto renunciou logo no inicio das negociações com a BAE, para piorar a situação morre em Outubro de 1992 o engenheiro chefe do aeroporto, a pessoa que estava por dentro de tudo que estava acontecendo até o momento. Com todas as mudanças feitas durante o andamento do projeto era impossível que o aeroporto conseguisse inaugurar no prazo estabelecido, as companhias aéreas estavam solicitando mudanças no sistema de bagagens em cada momento uma companhia aérea diferente solicitava uma alteração no projeto e a cada momento que isso acontecia consequentemente o prazo ficaria mais difícil de ser cumprido, outro problema que surgiu durante a execução do projeto foi que a energia que chegava até o aeroporto possuía alguns picos, o que não funcionária com um sistema tão sensível sendo assim foi solicitado filtros para que esse problema fosse minimizado, porém foi feito cancelamento de alguns contratos e entre eles o que se tratava dos filtros gerando um maior atraso, a cada erro o prazo era prejudicado, a equipe da BAE e a equipe de Denver não estavam integradas e nem focadas no mesmo objetivo, ocorria frequentemente vários desentendimentos com outras empresas que trabalhavam em conjunto na construção do aeroporto que quando procurava a administração dizia para resolver entre si os problemas, gerando uma verdadeira desordem e uma bagunça quanto ao custo, prazo e eficácia do projeto, as coisas pioraram ainda quando a PMT resolveu realizar um teste no sistema de bagagens sem antes comunicar a BAE, moral da história o teste foi um desastre, nada funcionou como deveria e 1 passaram vergonha na frente de vários jornalistas que foram convidados a verem como funcionaria o sistema de bagagens que iria operar no aeroporto, após o teste a prefeitura suspendeu a inauguração do aeroporto sem uma data definida, estabeleceu uma multa para que a BAE pagasse a cada mês de atraso da data que haviam estabelecida para inauguração. Nesse projeto tivemos o exemplo de tudo que não devemos fazer para entregar um projeto no prazo determinado. Não foi identificado riscos com antecedências, complexidades técnicas não foram levadas em consideração, mudança de escopo frequente, falta de comprometimento e integração das equipes envolvidas, planejamento fora da realidade. Não havia um responsável para solucionar os conflitos entre as várias empresas envolvidas, não havia um ciclo de feedback para estabelecer se o prazo seria cumprido, foram feitas constantes mudanças em cargos de confiança, tudo isso foi fundamental para que o prazo de entrega não fosse cumprido. LOCAL: Harvard Business School. Tradução: Portal do aluno pós-graduação Universidade Estácio de Sá, MBA em Gestão De Projetos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APOSTILA E NOTAS DE AULA GERENCIAMENTO DE PRAZOS, Estácio de Sá, Pós Graduação/MBA, 10/2017.
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