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aula 8 lesoes de tecidos moles

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Lesões de tecidos moles
A lesão é caracterizada por uma alteração ou
deformidade tecidual diferente do estado normal do tecido,
que pode atingir vários níveis de tecidos, assim como os
mais variados tipos de células. As lesões ocorrem em função
de um desequilíbrio fisiológico ou mecânico, por trauma
direto ou indireto, por uso excessivo de um determinado
gesto motor, ou até por gestual motor realizado de forma
incorreta.
Classificação da gravidade das lesões
 Lesão aguda e crônica
 Microtrauma e Macrotrauma
 Lesão primária e secundária
 Fatores intrínsecos e extrínsecos
Lesão aguda e crônica
 Lesão aguda - provenientes de eventos traumáticos
recentes, tais como torções, luxações, contusões e fraturas.
Apresentam sintomas precoces, como inflamação, edema ou
hematoma local e dor, que juntos irão limitar a capacidade
funcional do local lesionado.
Lesão aguda e crônica
 Lesão crônica - resultado de excessos repetitivos ou
incômodos de longa data, como por exemplo: tendinite,
bursite e artrite. A característica mais marcante é a dor, que
pode ser percebida ao longo de um período, sem que haja
alívio. Logo, restringindo a realização de atividades.
Também poderão ocorrer episódios de agudização, que
desencadeiam uma inflamação, com dor insuportável.
Lesão aguda e crônica
 Com relação a dor:
 Aguda: 7 a 10 dias após a lesão;
 Subaguda: de 10 a 7 semanas;
 Crônica: de 3 a 6 meses.
Lesão primária e secundária
 As respostas fisiológicas à lesão primária podem levar a uma
lesão secundária por meio de mecanismos enzimáticos e
hipóxicos que afetam as células da região periférica à lesão
inicial.
 Nas primeiras horas após a lesão primária ocorrerá um
aumento na área total lesada, a qual é consequência da lesão
secundária.
Microtrauma e Macrotrauma
 Trauma desencadeante = macrotrauma
 Atividade repetitiva = microtrauma
Fatores intrínsecos e extrínsecos
 Fatores Intrínsecos: São aqueles que pertencem ao
próprio indivíduo, como idade, gênero, déficit de
flexibilidade e/ou força muscular, lesão prévia, déficit de
controle neuromuscular (propriocepção), entre outras.
 Fatores Extrínsecos: São fatores que não pertencem
diretamente ao indivíduo como tipo de quadra, calçado
esportivo, carga de treinamento, biomecânica do gesto
esportivo, etc.
Entorse (lesão Ligamentar)
 Ocorre em região articular, podendo ocorrer estiramento
ligamentar, ruptura parcial ou completa das fibras de um
ligamento. O mecanismo de lesão normalmente é uma
torção.
 Pode ser dividido em três graus.
 Diagnóstico: Anamnese, testes específicos e exames de
imagem.
Entorse grau I
 Grau I (leve) - algumas fibras são rompidas, mas a
integridade do ligamento é mantida e a articulação
permanece estável.
Entorse grau II 
 Grau II (moderado) - as fibras são rompidas em uma
quantidade suficiente para diminuir a função ligamentar,
mas a estabilidade ainda é mantida. É evidente algum
movimento articular excessivo, quando comparado ao
movimento contralateral é relatado quadro álgico.
Entorse grau II 
Entorse grau III
 Grau III (grave)- ruptura completa das fibras, com perda da 
integridade ligamentar e evidência de instabilidade articular.
Entorse (lesão Ligamentar)
Lesões Musculares 
 As lesões musculares são uma das principais causas de
afastamento dos praticantes de atividade física dos seus
treinos. Apesar disso, elas não são privilégio somente dos
atletas amadores e profissionais. Qualquer pessoa pode estar
sujeita a uma lesão muscular enquanto realiza suas tarefas
do dia-a-dia.
Mialgia
 Processo doloroso, a nível muscular de diferentes causas,
sem gravidade preocupante. Pode ser causada por estresse
muscular direto, ou indireto. Muito comum após atividade
física exaustiva, ou quando ocorre a retomada ao treino
visando ganho de condicionamento físico.
Mialgia
 Direta - ocorre após contato físico, resultando em dor muscular,
sem achado clínico significante, como hematoma ou limitação
funcional. Difere de episódio de contusão pelo fato de não
apresentar comprometimento de fibras e alteração tônica.
 Indireta - ocorre após solicitação física intensa, podendo, ou não
ser precedida por episódio de câimbra durante a execução da
atividade. Pode também aparecer de 24 a 48 horas após realização
de exercícios físicos, especialmente quando o indivíduo visa
recondicionar-se fisicamente.
Contusão
 É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo (não
penetrantes). Pode causar uma lesão nos tecidos moles de
superfície, como os músculos e a fáscia. As cápsulas e os
ligamentos articulares também podem ser lesados.
 Caracteriza-se pelo aparecimento imediato de um hematoma, mas
principalmente pelo aparecimento da dor na área de contato e que
aumenta inicialmente quando estiver sob pressão.
Contusão
Lesões Musculares 
Distensão (estiramento)
 Grau I (leve): ocorrem pequenas rupturas (rupturas
microscópicas).
 Grau II (moderada): ruptura macroscópica, mas não ocorre
ruptura total do músculo.
 Grau III (severa): ruptura total.
Grau I (leve)
Grau II (moderada)
Grau III (severa)
Lesões Musculares 
 Entre as principais causas da distensão muscular, temos: uso
excessivo da musculatura, contração exagerada e mau uso
do músculo. A prática de alguns esportes sem a técnica
adequada também pode predispor o praticante à distensão
muscular.
 Pode ser causada por falta de aquecimento e alongamento,
além da própria fadiga muscular.
Sinais e Sintomas do Estiramento Muscular
 No momento em que se produz a ruptura, o lesionado sente
uma dor intensa que abranda com o repouso e volta a
aparecer quando se contrai novamente o músculo lesionado.
Pouco tempo depois aparece um “inchaço” devido ao
hematoma produzido, acompanhado de derrame sanguíneo
(equimose). Tudo isso acarreta uma impotência, em maior
ou menor grau, do músculo afetado.
Lesões Musculares 
 Diagnóstico: Realizado através da Palpação e de Testes
Contra Resistência.
 Exames complementares: Ultrassonografia e Ressonância
Magnética.
Espasmo Muscular
 O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode
estimular os receptores de dor constantemente e causar isquemia
local; portanto, o espasmo tem sido associado a uma possível
causa da dor muscular tardia e nada mais é que a contração
exagerada e permanente de um músculo. O músculo contraído fica
mais encurtado, mais "TRAVADO".
Câimbra
 É uma contração muscular involuntária e dolorosa, que ocorre
mais frequentemente nos membros. O ataque dura, em geral,
alguns segundos e desaparece subitamente. Observa-se o
endurecimento no grupo muscular afetado.
Fisiopatologia / Reparo Tecidual
 O que distingue a cicatrização da lesão muscular da
cicatrização óssea é que no músculo ocorre um processo de
reparo, enquanto que no tecido ósseo ocorre um processo de
regeneração.
 A cicatrização do músculo esquelético segue uma ordem
constante, sem alterações importantes conforme a causa
(contusão, estiramento ou laceração)
Fisiopatologia / Reparo Tecidual
 Fase 1: Destruição – caracterizada pela ruptura e posterior
necrose das miofibrilas, pela formação do hematoma no espaço
formado entre o músculo roto e pela proliferação de células
inflamatórias.
 Fase 2: Reparo e remodelação – consiste na fagocitose do tecido
necrótico, na regeneração das miofibrilas e na produção
concomitante do tecido cicatricial conectivo, assim como a
neoformação vascular e crescimento neural.
 Fase 3: Remodelação – período de maturação das miofibrilas
regeneradas, de contração e de reorganizaçãodo tecido cicatricial
e da recuperação da capacidade funcional muscular.
Tendinopatias
Tendinopatias
 Tenossinovite ou peritendinite. 
 Tendinite
 Tendinose
Tendinopatias
TENDÃO:
 Conectam os músculos a outras estruturas;
 Transmitem força dos tecidos contráteis musculares ao osso
e a outros tecidos conjuntivos como pele e ligamentos;
 Capazes de sustentar 2 vezes a força máxima que os
músculos podem exercer sobre ele.
Tendinopatias
 As tendinopatias podem surgir por movimentos repetitivos
que ocorrem no trabalho ou mesmo durante a prática de
exercícios, como correr, jogar tênis, basquete, vôlei ou golfe.
Pessoas com sobrepeso, com musculatura fraca ou que
trabalhem em condições inadequadas também apresentam
mais riscos de desenvolverem estas afecções.
Estágio Agudo 
Tendão Normal
Estágio Crônico 
Degeneração
Tendinite x Tendinose
Tendinose
 Degeneração das fibras de
colágeno dos tendões
 Cicatrizes de fibrose
 Dor crônica e diminuição
de força.
Classificação dos estágios
1 - Peritendinite pura (tenossinovites). É a tradução do
processo inflamatório que preserva os aspectos normais do
tendão. O infiltrado inflamatório pode resultar na aderência
do peritendão nos casos de longa evolução.
Classificação dos estágios
2 - Peritendinites com tendinoses (tendinites). É o estágio
subsequente da peritendinite, apresentando, além do processo
inflamatório periférico, regiões degeneradas do tendão. As
fibras colágenas estão rompidas, com processo de reparação
em curso, evidenciado pela presença de linfócitos, histócitos e
vasos neoformados. A regeneração das fibras colágenas está
disposta de forma irregular.
Classificação dos estágios
3 - Tendinoses (roturas). Última etapa, o tendão mostra-se
espessado e edematoso, perdendo o seu brilho característico e
adquirindo cor amarelada, podendo apresentar nodulações. O
seu aspecto fibrilar se acentua. É possível que ocorram
pequenas fendas longitudinais, como tradução de rotura
parcial e reparação. Essas alterações degenerativas podem
ocasionar roturas completas
Outros tecidos
Outros tecidos
 Tecidos Sinoviais – “capa protetora”, envolve os tendões,
altamente vascularizada e inervada
 Líquido Sinovial - lubrificante, propicia movimentação
rápida e suave dos tendões no interior das bainhas
sinoviais.
 Bursa – sacos cheios de líquido, evita atrito do tendão, osso
e músculo, protege proeminências ósseas.
Outros tecidos
 Sinovite - inflamação de uma membrana sinovial; excesso de
líquido sinovial normal em uma articulação ou bainha
tendínea causada por trauma ou doença.
 Capsulite - Inflamação na cápsula articular
 Bursite - Inflamação da bolsa sinovial
 Hemartrose - sangramento dentro de uma articulação,
geralmente em decorrência de trauma grave.
Outros tecidos
	Lesões de tecidos moles
	Classificação da gravidade das lesões
	Lesão aguda e crônica
	Lesão aguda e crônica
	Lesão aguda e crônica
	Lesão primária e secundária
	Microtrauma e Macrotrauma
	Fatores intrínsecos e extrínsecos
	Entorse (lesão Ligamentar)
	Entorse grau I
	Entorse grau II 
	Entorse grau II 
	Entorse grau III
	Entorse (lesão Ligamentar)
	Lesões Musculares 
	Mialgia
	Mialgia
	Contusão
	Contusão
	Lesões Musculares 
	Grau I (leve)
	Grau II (moderada)
	Grau III (severa)
	Lesões Musculares 
	Sinais e Sintomas do Estiramento Muscular
	Lesões Musculares 
	Espasmo Muscular
	Câimbra
	Fisiopatologia / Reparo Tecidual
	Fisiopatologia / Reparo Tecidual
	Tendinopatias 
	Tendinopatias 
	Tendinopatias 
	Tendinopatias 
	Tendinite x Tendinose
	Tendinose
	Classificação dos estágios
	Classificação dos estágios
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	Outros tecidos
	Outros tecidos
	Outros tecidos
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