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Direito Processual Civil I Revisão AV2

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Direito Processual Civil I
Revisão AV2
Competência Absoluta
A competência absoluta jamais pode ser modificada, pois é determinada de acordo com o interesse público, assim não é plausível de mudança pelas circunstâncias processuais ou vontade das partes. A competência absoluta é assim considerada quando fixada em razão da matéria (em razão da natureza da ação, exemplo: ação civil, ação penal), da pessoa (em razão das partes do processo) ou por critério funcional (em razão da atividade ou função do órgão julgador ex: competência para julgamento de recurso), em alguns casos o valor da causa bem como a territorialidade podem ser consideradas competência absoluta, mas a isso se trata como exceção.
A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício, e a qualquer momento do processo ela pode ser alegada, tanto pelas partes quanto pelo próprio juiz. Se houver vício no processo referente à competência absoluta, isso acarreta em uma nulidade absoluta do processo. Mesmo depois de trânsito em julgado, se no prazo de dois anos for identificada a incompetência absoluta é possível desconstituí-la em ação rescisória. Reconhecida a incompetência absoluta os atos já praticados tornam-se nulos, e o processo é enviado ao juiz de vara competente.
Competência Relativa
A competência relativa, diz respeito ao interesse privado, ela é fixada de acordo com critérios em razão do valor da causa (Juizados Especiais Estaduais, Federais e da Fazenda Pública, que tem um teto previsto para o valor das ações) em razão da territorialidade (de acordo com a circunscrição territorial judiciária, foro comum: domicilio do acusado).
Diferente da incompetência absoluta, a relativa só pode ser requerida pelo réu, no prazo da resposta sobre a penalidade de preclusão. Assim, o juiz não pode reconhecê-la de oficio, mas o Ministério Público pode alegá-la em benefício de réu incapaz.
A arguição de incompetência relativa deve ser feita por exceção instrumental, que deve ser ajuizada em peça apartada da contestação. Porém o Superior Tribunal de Justiça, tem entendido que essa pode acontecer também na contestação. Depois de reconhecida a incompetência relativa, remete-se os autos aos juízes competentes, porém não há anulação dos atos já praticados.
Litisconsórcio
Pluralidade das partes na instauração da lide. Quando duas ou mais pessoas litigam, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente. É hipótese, portanto, de cúmulo subjetivo (de partes) no processo. Admite-se litisconsórcio em qualquer processo ou procedimento, inclusive nas causas da competência dos Juizados Especiais.
O litisconsórcio, embora facultativo, só pode ser formado se entre os litisconsortes houver comunhão de direitos ou obrigações, conexão ou afinidade.
Classificação do Litisconsórcio
Quanto à posição das partes: Ativo, Passivo ou Misto.
Ativo quando a pluralidade for de autores. Passivo quando a pluralidade for de réus. Misto quando a pluralidade for de autores e réus.
Quanto ao momento de sua formação: Inicial ou Incidental (Ulterior).
Inicial quando sua formação é pleiteada na petição inicial. Ex: várias pessoas envolvidas em acidente de veículos, em conjunto, ingressam com ação de reparação de danos contra o ofensor (litisconsórcio ativo inicial). Incidental ou ulterior ocorre quando o litisconsorte não é indicado na petição inicial, e poderá se formar:
Em razão de uma intervenção de terceiro, como ocorre no chamamento ao processo e na denunciação da lide;
Pela sucessão processual, quando os herdeiros ingressam no feito sucedendo a parte falecida;
Pela conexão, se determinar a reunião das demandas para processamento conjunto;
Por determinação do juiz, nas hipóteses de litisconsórcio passivo necessário não indicado na inicial.
Quanto à obrigatoriedade da formação: Necessário (obrigatório) ou Facultativo.
Necessário decorre de imposição legal ou da natureza da relação jurídica, hipóteses em que ao autor não resta alternativa senão a formação do litisconsórcio. Facultativo fica, a princípio, a critério do autor, desde que preenchidos os requisitos legais, isto é, quando entre os litisconsortes (ativos ou passivos) houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; quando entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; ou quando ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
O litisconsórcio facultativo, por sua vez, pode ser irrecusável ou recusável.
Geralmente, preenchidos os requisitos legais, o juiz não pode recusar o litisconsórcio pretendido pelo autor. Por isso, dissemos que, a princípio, a formação depende da vontade do autor, sendo irrelevante a irresignação do réu ou do juiz.
Entretanto, pode ocorrer de o número de autores ou de réus alcançar nível extremamente elevado (litisconsórcio multitudinário), comprometendo a rápida solução do litígio (efetividade), dificultando a defesa ou o cumprimento da sentença. O desmembramento do litisconsórcio ativo multitudinário poderá ser decretado de ofício pelo juiz ou a pedido da parte ré. Nesta última hipótese, o requerimento interromperá o prazo de resposta, que recomeçará a correr da intimação da decisão.
Quanto à uniformidade da decisão: Simples ou Unitário.
Simples o litisconsórcio quando a decisão, embora proferida no mesmo processo, puder ser diferente para cada um dos litisconsortes. A mera possibilidade de decisões diferentes já tornará simples o litisconsórcio. Ex: vários correntistas de um banco ajuízam, em conjunto, ação de cobrança de expurgos inflacionários. 
Unitário quando, ao contrário, a demanda tiver de ser decidida de forma idêntica para todos os que figuram no mesmo polo da relação processual. A caracterização do litisconsórcio unitário pressupõe a discussão de uma única relação jurídica indivisível. Ex: quando dois condôminos atuam em juízo na defesa da coisa comum.
Negócios Jurídicos Processuais
Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
Petição Inicial
A petição inicial é um instrumento da demanda.
Requisitos da Petição Inicial
Competência – indicação do juízo a que é dirigida.
Qualificação das partes – indicação de nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, profissão, domicílio e residência do autor e do réu.
Causa de pedir – indicação dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido.
Pedido – indicação do pedido com as suas especificações imediato/mediato
	Pedido imediato é aquele indireto. Autor ao Juiz. Pedido de providência, prestação 	jurisdicional, fazer a pessoa pagar o que deve.
	Pedido mediato: Juiz ao Réu. Resultado.
Valor da causa.
Provas – indicação das provas pelo autor.
Opção do autor de realizar ou não audiência de conciliação ou de mediação.
Indeferimento da Petição Inicial
Quando a petição inicial tornar inviável o julgamento pelo juiz, este irá indeferir. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se. Sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
A petição inicial será indeferida quando:
For inepta
Quando lhe faltar pedido ou causa depedir
Quando o pedido for indeterminado, exceto quando se permitir o pedido genérico
Quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão
Quando contiver pedidos incompatíveis entre si
A parte for manifestamente ilegítima
O autor carecer de interesse processual
Não atendidas as prescrições
Citação
A citação é forma de comunicação dos atos processuais. O réu e o executado recebem.
A citação possui finalidade específica, é o ato que serve para integrar a relação processual.
A citação é pressuposto processual de validade ao processo. Se não houve a citação, o processo irá parar e retroagir ao momento que deveria ter sido feita, irá ocorrer a nulidade dos atos. Se não houve a citação, não haverá a extinção do processo, irá ser declarada a nulidade dos atos processuais, retroagindo e recomeçando, não existindo prazo para a arguir a nulidade.
Modalidades da Citação
Citação Real – É aquela que há a confirmação.
Pelo correio (regra);
Pelo oficial de justiça;
Pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
Por meio eletrônico: princípio da cooperação judicial, exige o cadastro do meio eletrônico.
Citação Ficta
Por edital: quando o local for incerto/não sabido, ou inacessível;
Com hora certa (por oficial de justiça): quando por duas vezes não encontrar o citando, a terceira vez será com hora certa, dia e hora marcada. Se nas duas vezes houver suspeita de ocultação, qualquer pessoa da família ou vizinho será intimada para marcar a hora certa.
Tutela Provisória
É tutela jurisdicional, não definitiva. É concedida a partir de uma cognição sumária, uma probabilidade, uma análise por alto, em que o juiz antecipa e determina a medida, porém mais a frente possui um momento em que irá ser analisada de forma mais profunda.
Tutela de Urgência
É a probabilidade do direito, quando há um perigo de dano ou risco ao resultado.
Antecipada – É aquela que possui a antecipação dos efeitos da tutela. 
Antecedente
Incidental – Ao momento.
Cautelar – É aquela que visa dar uma garantia. Garantir outro processo. É medida de caráter satisfativo. Ex: retirada de nome, remédios, alimentos. O prazo é de 30 dias úteis a partir da medida efetivada para propor a ação.
Antecedente – Quando antes de propor a ação já há risco
Incidental
Tutela de Evidência
É a antecipação da sanção. É a evidencia da situação, do abuso de um direito.
Extinção do Processo
Sentença
Com resolução de mérito
Haverá a extinção do processo com resolução de mérito, quando houver:
Acolhimento ou rejeição do pedido
Prescrição e decadência
Recolhimento do pedido pelo réu
Transação
Renúncia ao direito
Sem resolução de mérito
Haverá a extinção do processo sem resolução de mérito, quando houver:
Indeferimento da petição inicial
Negligência das partes por mais de 1 ano
Omissão do autor por mais de 30 dias
Ausência dos pressupostos de constituição e desenvolvimento regular do processo
Perempção, litispendência e coisa julgada
Falta das condições da ação
Convenção arbitral
Desistência da ação
Intransmissibilidade da ação por morte da parte
Exercícios:
Com relação a citação, é correto afirmar:
Estando o réu ausente, será feita na pessoa de seu mandatário quando a ação se originar de ato por este praticado.
Se o prazo não estiver estabelecido em lei, deverá ser determinado:
Pelo juiz, de acordo com a complexidade do ato.
Considere as afirmativas a seguir
É correto afirmar apenas em:
Em execução, não cabe citação com hora certa.
É anulável citação realizada sem observância das prescrições legais.
Assinale a alternativa correta:
Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo, só se admitindo documento redigido em língua estrangeira quando acompanhado de tradução oficial.
De acordo com o Código de Processo Civil, quando por duas vezes o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência sem o encontrar, havendo suspeita de ocultação, será feita a citação:
Com hora certa.
O indeferimento total de uma petição inicial, a decisão que acolhe o pleito de antecipação de tutela e a determinação judicial para que as partes sejam intimadas pra se manifestar acerca de um laudo pericial, podem ser classificadas respectivamente, em:
Sentença; decisão interlocutória; despacho.
Assinale a alternativa correta:
O juiz determinará o cumprimento de todos os atos processuais no prazo de cinco dias, quando a lei processual for omissa ao criá-los.
Em uma ação de conhecimento, ao autor é permitido:
Alterar o pedido antes da citação do réu, independentemente do seu consentimento.
São efeitos de direito material da citação:
Interromper a prescrição e colocar o devedor em mora.
Fátima propõe ação de conhecimento onde postula a inexigibilidade de cobrança em face do Banco Só Dinheiro, questionando determinadas tarifas bancárias. A gerente de sua conta corrente, Sra. Sueli, lhe procura oferecendo-lhe um acordo. Antes mesmo de o acordo ser firmado, a autora desiste da ação. Indaga-se:
Levando-se em conta que o acordo não foi efetivado e que houve o trânsito em julgado da sentença homologatória da desistência da ação, pode a autora ajuizar nova demanda contra o mesmo réu, com a mesma causa de pedir e visando o mesmo objetivo? Fundamente.
Sim. A desistência da ação não importa renúncia ao direito. Por isso, a sentença homologatória de desistência da ação não impede o ajuizamento de nova demanda contra o réu, visando ao mesmo objetivo.
A desistência importa em renúncia ao direito? Explique.
Não. Na desistência, o autor não abre mão do direito, é causa de extinção do processo sem resolução de mérito, na renúncia, ao contrário haverá extinção do processo com resolução de mérito.
Tratando-se de direito indisponível, a parte autora pode desistir da ação? Explique.
Não. Em regra direito indisponível não se pode desistir.
Carmen move ação de separação judicial litigiosa em face de Lúcio. No curso do processo, antes da prolação da sentença Luciano morre. Comunicado o falecimento, o juiz suspende o processo, nos termos do Código de Processo Civil. Indaga-se:
Agiu corretamente o magistrado? Fundamente.
A decisão de extinção do processo sem resolução de mérito faz coisa julgada material? Justifique.
Qual a natureza jurídica do ato judicial que determina a suspensão do processo? Fundamente.
Decisão interlocutória, proferida no curso do processo.
De acordo com as regras determinadas pelo CPC sobre as Tutelas de Urgência Cautelar e Antecipada é correto afirmar:
Não existe pelo CPC processo autônomo cautelar.
É correto afirmar que:
Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, tendo-se por válidos aqueles que, realizados de modo diverso, lhe preencham a finalidade essencial.
A citação é ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender. A sua falta no processo:
Pode ser suprida pelo comparecimento espontâneo do réu.
A citação poderá ser feita:
Pelo correio, por edital, por oficial de justiça, pelo escrivão ou chefe de secretaria e por meio eletrônico.
A citação será feita pelo correio, exceto:
Residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência.
Os prazos somente começam a correr:
Do dia útil seguinte ao da publicação.
Em regra, o juiz proferirá:
Os despachos em 05 dias e as decisões interlocutórias em 10 dias.
Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, o prazo será contato:
Em dobro.
O advogado que, depois de intimado, não restituir os autos:
Perderá o direito à vista fora do cartório e incorrerá em multa correspondente a metade do salário mínimo.
Findo o prazo, a parte:
Não poderá mais praticar o ato, salvo se provar que não o realizou por justa causa.
Em regra, o prazo processual civil é contado:
Excluindo-se o dia do início e incluindo o dia do término.
Não havendoo prazo estipulado em lei ou pelo juiz, o prazo para a prática do ato processual será de:
05 dias.
Quando a parte for o Ministério Público, o prazo:
Para se manifestar nos autos é contado em dobro.
O prazo processual é contado:
Apenas em dias úteis. 
Com ausência das partes, o juiz poderá:
Reduzir os prazos peremptórios.
Em relação à competência, assinale a opção correta:
Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
No que se refere à competência:
É ela determinada no momento em que a ação é proposta, como regra, mostrando-se irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente.

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