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Trabalho de Teoria da Contabilidade

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TRABALHO
DE
TEORIA
DA
CONTABILIDADE
Professor: Antonio Werk
Aluno: Tiago Pereira de Oliveira
Matricula: 201511224363
TEORIA DA CONTABILIDADE
TRABALHO – AV1 – 28/08/2017
1. Como podem ser conceituados os objetivos da Contabilidade?
R- O objetivo da Contabilidade pode ser conceituado de duas formas distintas, a primeira é fornecer aos usuários, de qualquer natureza, um conjunto de informações que deveria atender a todos os usuários igualmente. A segunda é que a Contabilidade deveria ser capaz e responsável pela apresentação de cadastro de informação totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário.
2. Os vários tipos de usuários estão interessados em fluxos futuros (de caixa, de resultados ou de capital de giro líquido). Qual o motivo? Até que ponto é válida a informação contábil sobre eventos passados e atuais para inferir com relação a eventos futuros?
R- O principal interesse é que voltado para tomada de decisão hoje que influenciarão no médio prazo, surgindo eventos ou tendências futuras, é um tipo de previsão do futuro para administração evitar perdas futuras de caixa entre outros.
É a questão do feedback onde os eventos passados ou presente podem ser utilizados como experiência para situações iguais passadas em determinados momentos da vida da empresa.
3. Quais são os enfoques da Teoria da Contabilidade? Explique cada um deles e diga qual o mais importante em sua opinião com a respectiva justificativa.
R- No decorrer da evolução contábil, diversos enfoques têm sido adotados de forma a solucionar problemas em contabilidade:
Fiscal
 Consiste em relacionar a teoria ao que a legislação fiscal diz sobre determinado assunto. Não obstante, a legislação fiscal não tem sido uma pioneira do pensamento contábil. Embora as leis fiscais tenham acelerado a adoção de boas práticas contábeis e, portanto, provocado uma análise mais crítica de procedimentos e conceitos contábeis aceitos, também tem representado obstáculos à aceitação da boa teoria contábil.
Legal
 É baseado nos aspectos legais sobre determinado tema. Embora a lei proporcione numerosos exemplos que podem estimular o pensamento em questões da teoria contábil, raramente é o fator decisivo, embora hoje haja um alto grau de convergência entre as Leis Civis, Comerciais e Societárias, com as Normas Brasileiras harmonizadas com as IFRS.
Ético
 Este enfoque enfatiza os aspectos éticos para a solução determinado tema, com base em conceitos relacionados à justiça, verdade e equidade, que permeiam todas as modernas teorias contábeis atuais. 
“Será que não seria o caso de fazer mais do que simplesmente obedecer à legislação vigente?” 
A moderna contabilidade admite nos seus pilares a subjetividade responsável do contador (aspectos éticos). 
 
Econômicos - Macro/micro e social-empresarial
 Sempre houve uma forte vinculação entre os fenômenos Econômicos e seus impactos sobre a Contabilidade, mas nos últimos anos, temos observado um grande esforço no sentido de relacionar a análise e interpretações econômicas das informações contábeis, impactando de forma preponderante a teoria contábil.
Macroeconomia – Trata os efeitos dos procedimentos de divulgação de informações e indicadores em nível mais amplo das relações econômicas (agregados), setoriais, país e unidades federadas, blocos macroeconômicos, etc. 
Microeconomia – Trata o efeito dos procedimentos contábeis de divulgação de informações e indicadores no nível da empresa. 
Contabilidade social-empresarial – Uma visão amplificada macro e micro da empresa sobre aspectos como poluição e degradação ambiental, desemprego, insalubridade, entre outros.
Enfoque Comportamental
 Uma alternativa ao enfoque econômico, que consiste em associar as versões da psicologia e da sociologia no desenvolvimento das teorias da contabilidade. Neste enfoque a preocupação reside na relevância da informação contábil e no comportamento dos usuários em consequência da apresentação das informações contábeis. 
Enfoque Estrutural
 Uma alternativa ao enfoque econômico, que consiste em associar as versões da psicologia e da sociologia no desenvolvimento das teorias da contabilidade. Neste enfoque a preocupação reside na relevância da informação contábil e no comportamento dos usuários em consequência da apresentação das informações contábeis. 
O que acho mais importante é enfoque ético à teoria da contabilidade, pois dá ênfase aos conceitos de justiça, verdade e equidade. 
4. Como estão classificadas as teorias da Contabilidade? Explique cada uma delas.
R- Teoria Personalista
Para a escola personalista, as contas (elementos patrimoniais) podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito. Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades, enquanto todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio.
Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio.
Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas):
(A) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações, como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas, Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc.
(b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia à guarda os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos agentes consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.
c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de devedor ou credor da entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes e Fornecedores. Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a prazo e os fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora.
Teoria Materialista
A escola materialista se opôs a teoria personalista, defendendo que as contas representam entradas e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas (excluídas as relações com terceiros).
Esta é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta, a relação entre as contas e a entidade é uma relação material e não pessoal, de sorte que a conta só deve existir enquanto houver também o elemento material por ela representado.
As contas dividem-se em:
a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo Exigível.
b) Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das despesas da entidade.
Teoria Patrimonialista
É a teoria usualmente adotada no Brasil. Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o resultado das empresas.
Estas contas se classificam da seguinte forma:
a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade.
b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade.
5. Com base no texto da aula 2, “Teoria da Contabilidade: Evolução e Tendências”, responda:
a) Com base no artigo defina “Teoria da Contabilidade”.
R- Teoria da Contabilidade, sua evolução e suas tendências. O escopo é analisar a relação existente, em especial enfocar a importância das Informações Contábeis e os usuáriosdelas, sempre ciente do processo de normatização e harmonização de Normas e Princípios Contábeis. A Contabilidade é vista como um componente social desde os primórdios, uma vez que se vincula à sociedade acabando a evoluírem juntas. Por outro lado, por ser uma ciência social, a Contabilidade sofre influências do meio em que opera e deve ser adaptada ao contexto das mudanças sócio-político-econômicas, sem prejudicar seu propósito que é atender bem a todos os usuários da Informação Contábil.
b) A Contabilidade como ciência está claramente definida?
R- A contabilidade não é uma ciência exata. Ela é uma ciência social, pois é a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Todavia, a contabilidade utiliza os métodos quantitativos como sua principal ferramenta, pois ele mostra o valor do patrimônio da empresa. Seu campo de atuação é bastante vasto aplica-se a todos os aspectos sócios econômico da sociedade, A importância; de registrar as transações de uma companhia é suma importância para sua sobrevivência no mercado. As mutações decorrentes das operações é o único veiculo que o investidor tem para diagnosticar a qualidade de vida e a saúde financeira de sua empresa. È um meio pelo qual a empresa fica registrada de moda a ser avaliada no passado presente e futuro, que tenham conhecimento do seu progresso, estagnação financeira ou retrocesso. A contabilidade é o instrumento que fornece o Máximo de informações úteis na tomada de decisões dentro e fora da empresa. È onde se enquadra o papel do contador o qual devera estar interagido de modo que essas informações sejam a mais objetiva e precisa, levando a entidade a melhor tomada de decisão. A contabilidade como ciência social reflete na vida de toda sociedade seja por meios da obrigatoriedade da contabilidade para as empresas seja na utilização para arrecadação de impostos pelos governos. Porem o objetivo principal da contabilidade é o patrimônio seja ele de pessoas física jurídica, visando seu controle. Devendo esta atender a necessidade de cada segmento seja ele visando o lucro o não. Na contabilidade é possível a busca constante de resposta no mundo dos negócios; investidor se beneficia de suas informações na corrida constante pelo lucro. As empresas são parte integrante da sociedade e causa influencia com suas tomadas de decisões envolvendo-os nesse contexto. Torna-se assim a contabilidade uma ciência indiscutivelmente uma ciência social. Envolvida num contexto geral com a sociedade.
c) Qual das obras de maior influência citada no artigo lhe chamou mais atenção? Por
que?
R- Tractatus de Computis et Scripturis, de 1494, de Frá Luca Pacioli (capítulo da obra mais ampla Summa deAritmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita) 
O grande mérito foi mais de uma monumental compilação e sistematização de conhecimentos do que, propriamente, de revolucionar tal conhecimento. Entretanto, se considerarmos que o que se praticava de partidas dobradas era feito de forma dispersa, sem intervalos de tempo definidos para a elaboração de balanços e com falta de ajustes de fim de período, a obra de Paciolié tão completa que se transforma, até, em inovadora. Esta obra influenciou a contabilidade e sua prática no mundo de então, pelo menos até o século 18. Ainda hoje é uma leitura interessante e agradável. Luca Pacioli era um matemático e cientista muito respeitado, a ponto de privar da companhia e até da amizade de cientistas como Leonardo da Vinci e Michelangelo Buonarroti.
d) Qual a mais genuína contribuição brasileira para contabilidade recentemente?
R- A contabilidade é primordial para o desenvolvimento e sustentabilidade econômica de todas as organizações, inclusive das entidades sem fins lucrativos e não governamentais como as que pertencem ao terceiro setor. Além de gerar benefícios, proporciona uma maior visibilidade perante as partes interessadas (usuários internos e externos), quando bem evidenciadas as suas contas e resultados, abre-se também a possibilidade de maior captação de recursos. O objetivo deste trabalho é apresentar a contabilidade como ferramenta de relevante contribuição para o terceiro setor. Toda a informação contábil registrada a partir da captação de recursos obtidos por meio de eventos econômicos, os quais, depois de codificados, são transformados em relatórios úteis aos gestores, dá suporte às tomadas de decisões, cujas consequências impactam no patrimônio da organização.
e) Qual o objeto da contabilidade de acordo com o doutorando Eric Aversari Martins?
R- objeto representa o contexto formal da estrutura patrimonial que se altera à medida que os eventos são captados e registrados pela técnica contábil.
o objeto da Contabilidade, ou seja, o patrimônio e suas variações quantitativas e qualitativas, é a resposta ou a forma mais inteligente, conforme a aceitação da própria sociedade de se atingirem os objetivos
f) De acordo como autor, onde consiste o grande sucesso que poderemos ter na contabilidade?
R- No mundo atual faz-se necessário que a informação Contábil possua qualidade e credibilidade. Entretanto, a crescente complexidade das atividades empresariais e determinadas restrições tributárias nos fazem deparar com críticas fundamentadas quanto à necessidade de seu aprimoramento. Paralela à analise das dificuldades existentes, é colocada a extrema dificuldade de mudanças substanciais na atual normatização contábil. 
Visando propiciar um aperfeiçoamento mais imediato da contabilidade é proposta a apresentação, de forma voluntária, de uma nova informação contábil denominada "Demonstração do Patrimônio Líquido Efetivo". Essa parte do Patrimônio Líquido Societário efetua ajustes visando evidenciar um valor mais realista dos ativos e dos passivos. 
A análise da relação custo × benefício dessa nova Demonstração é efetuada concluindo-se que essa informação adicional poderá constituir-se em uma grande evolução, aprimorando o atual produto gerado pela contabilidade brasileira com um custo reduzido. A sua aplicação poderá ser um fator diferencial para uma empresa que divulga as Demonstrações Contábeis para os usuários externos e poderá ser também de grande utilidade para ampliar a capacidade informativa de todos os usuários internos.
6. Por que é necessário ter uma noção do desenvolvimento e da evolução histórica da disciplina de Teoria da Contabilidade?
R- A contabilidade, ciência social que registra, expõe e interpreta os fatos patrimoniais, o qual possui como seu objeto de estudo seu patrimônio, atualmente e uma herança do passado. Compreender o passado da contabilidade e resgatar uma parte da evolução humana, é compreender as necessidades do homem no sentido de controle de bens e acumulação de riquezas. Enfim, entender a história da contabilidade é resgatar os seus pensadores e as diversas linhas de raciocínio do pensamento contábil e com isto melhor compreender o futuro da contabilidade.
7. Que são postulados, em sentido geral? E, na Contabilidade, quais são os postulados que temos? Explique-os.
R- Na contabilidade, a categoria postulados são muitos abrangentes, pois envolve o ambiente e as condições de executar a contabilidade e eles representam o alicerce sobre o qual se desenvolve todo raciocínio contábil.
Classificação dos postulados:
Postulado Normativo: defini o que a contabilidade deve fazer ou como deve ser feita e é necessário obedecer a preceitos legais e todo processo de informação deve ser amparado pela legislação inerente à área. Os postulados normativos representam procedimentos da contabilidade financeira ou societária.
Postulado Descritivo: além de definir o que a contabilidade deve fazer, tentam descrever e explicar porque e como a informação contábil deve ser apresentada e comunicada aos usuários.
Postulados Ambientais: defini o ambiente no qual a contabilidade pode ser elaborada. São fundamentais para que se possa entender as diversas dimensões da geração da informação contábil, à medida que evidenciam o ambiente econômico, social, jurídico e organizacional das empresas. Nessecontexto destaca a importância da contabilidade no sentido de propiciar aos gestores informações que denotem a importância desses ambientes no processo de geração de caixa e continuidade da empresa.
Os postulados, nesse caso, seriam o ambiente e através do qual se pretende alcançar os objetivos propostos e para alcançar os objetivos são necessário apenas dois postulados básicos que são:
1 - Postulado da Entidade Contábil: entidade e qualquer individuo, empresa, grupo de empresas etc., desde que desenvolva atividade econômica e que se justifique um relatório separado de receitas e despesas com vistas à apuração do resultado analisando os seguintes enfoques jurídico, econômico, organizacional e social.
2 - Postulado de Continuidade: prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim, ou seja, sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.
8. O que são princípios, em sentido geral? E, na Contabilidade, quais são os princípios que temos? Explique-os.
R- Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional.
PRINCÍPIO DA ENTIDADE
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:  
Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;  
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;  
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;  
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e  
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio liquido.
9. O que são convenções, em sentido geral? E, na Contabilidade, quais são as convenções que temos? Explique-as.
R- Foram criadas com base na grande margem de liberdade que os Princípios Contábeis permitem ao contador no registro das operações (escrituração dos fatos contábeis). Ou seja, as convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da contabilidade.
Sendo assim, as convenções contábeis têm por objetivo limitar ou restringir a abrangência dos Princípios Contábeis, definindo com maior precisão e clareza o seu alcance e significado. Elas representam o complemento dos Princípios e Postulados, no sentido de delimitar conceitos, atribuições e direções a serem seguidas no registro das operações facilitando o trabalho do contador.
Segue abaixo as principais convenções:
Convenção da Objetividade
Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros dos fatos que envolvem a gestão do patrimônio das entidades. O profissional contábil deve escolher, entre vários procedimentos, o mais adequado para descrever um evento contábil. Ele deve procurar exercer a Contabilidade sempre de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar o seu trabalho. Os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência das respectivas transações.
A finalidade dessa convenção é eliminar ou restringir áreas de excessivo liberalismo na escolha de critérios, principalmente de valor.
Exemplo: Toda vez que um Contabilista tiver mais de uma opção de valores para atribuir a um dado bem, como um documento original de compra e um laudo pericial de avaliação do bem, ele deverá optar pelo mais objetivo. No caso, o documento.
OBS.: Caso não haja documento para suporte, deve-se convocar peritos em avaliação que, mediante laudos, forneçam um valor objetivo para o contador desenvolver de maneira imparcial sua contabilidade.
Convenção da Materialidade
Estabelece que a contabilidade não deve se preocupar com valores ou fatos irrelevantes, tanto do ponto de vista de registro como de controle. Sendo assim, a informação contábil deve ser relevante, justa e adequada o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. Dessa forma, o contador não perde tempo com registros cujos controles podem se tornar mais onerosos (caros) que os próprios valores a serem registrados.
Exemplo: Quando materiais de expediente da empresa são utilizados (como papéis, impressos, lápis, caneta, etc.), é registrado uma diminuição do ativo da empresa. Essa diminuição poderia, teoricamente, ser lançada nos registros contábeis à medida de sua ocorrência, porém, pela irrelevância da operação isto não é feito. A despesa é apurada somente no final do período por diferença de estoques, dado os seus pequenos valores unitários.
Em resumo, cabe à administração da empresa, sem ferir os demais Princípiose Convenções, bem como as normas constantes da Legislação Comercial e Fiscal, estabelecer uma relação custo-benefício, para decidir sobre a adoção de um sistema contábil mais apurado e detalhado, evitando o desperdício de tempo e dinheiro para controlar elementos e mutações patrimoniais de pequena expressão em relação ao conjunto do Patrimônio.
Convenção da Consistência
De acordo com essa convenção, os critérios adotados no registro dos atos e fatos administrativos não devem mudar frequentemente. Refere-se a uniformidade, utilizando métodos e critérios uniformes ao longo do tempo para o registro dos fatos contábeis e elaboração das demonstrações financeiras.
OBS.: No caso de necessidade de mudanças em tais critérios, tais devem ser informadas em notas explicativas nos relatórios contábeis de maneira a informar ao usuário esta mudança.
Ou seja, os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das informações consistentes para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Quando houver necessidade de adoção de outro critério ou método de avaliação, o profissional deverá informar a modificação e apresentar os reflexos que a mudança poderá causar se não for observada pelo usuário.
Exemplo: Se for adotado o método FIFO para avaliação de estoques em lugar do LIFO (ambos atendem ao mesmo princípio geral, isto é, "Custo como base de valor"), deverá ser usado sempre o mesmo método nos outros períodos.
IMPORTANTE: A quebra da consistência na escrituração provoca influências nos demonstrativos contábeis, o que prejudica a análise clara e eficiente em comparação com os demonstrativos de exercícios anteriores.
Convenção do Conservadorismo
Estabelece que o profissional da Contabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos usuários.
A posição conservadora (precaução/prudência) do contador será evidenciada para antecipar prejuízo e nunca antecipar lucro. Assim ele não estará influenciando os acionistas, por exemplo, a um otimismo que será ilusório (é preferível ter expectativa de prejuízo e a entidade apresentar resultados positivos do que o contrário). O objetivo do conservadorismo é não dar uma imagem otimista em uma situação alternativa que, com o passar do tempo, poderá reverter-se.
Existindo alternativas igualmente válidas para se atribuir valores aos elementos patrimoniais, por motivo de precaução, deve-se optar pelo valor mais baixo ao ativo e pelo valor mais alto ao passivo.
Exemplo: Se o contador estiver em dúvida diante de dois valores, igualmente válidos, de dívida da empresa com terceiros, ele deverá registrar o maior valor.
Deriva dessa convenção a regra do custo de mercado, dos dois o menor, pela qual o estoque será avaliado pelo preço de mercado, se este for inferior ao custo de aquisição. De certo modo, ela modifica o Princípio do Custo Histórico como Base de Valor, adotada pela atual Lei das S.A.

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