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Metabolismo basal - Fisiologia Animal

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1. INTRODUÇÃO
Taxa metabólica basal é o valor medido quando um animal endotérmico se encontra quieto, inativo, não digerindo qualquer alimento, sem sofrer qualquer tipo de estresse e mantido sob temperatura ambiental ótima (WITHERS 1992), e pode ser calculada por meio da determinação do consumo de oxigênio nestas condições (GANONG 1989, GUYTON & HALL 2002). O tamanho corporal é a característica isolada mais importante de um organismo, influenciando caracteres fundamentais, como o dispêndio energético para manutenção, porém, as relações existentes entre estes caracteres e o tamanho corporal são altamente variáveis.
O estudo do metabolismo basal é importante para fisiologia porque a partir dele é que pode-se estudar os animais e descobrir sua normal, sendo usado para comparações fisiológicas entre aves e mamíferos, e análises das respostas dos organismos ao ambiente. O metabolismo basal também é essencial para fisiologia, pois ajuda a saber se as alterações fisiológicas que um animal sofre sob estresse, seja este ambiental ou causado propositalmente, estão produzindo respostas no metabolismo. Além disso, podemos relacionar as taxas metabólicas com a etologia geral do animal, além de relacionar e comparar com outros grupos animais, para buscar entender as diferentes formas de realizar atividades que demandam gastos energéticos a esses indivíduos (STORER & USINGER, 1977; SCHIMIT- NIELSEN, 2002). 
2. FATORES QUE AFETAM O METABOLISMO
Os fatores que podem afetar a taxa metabólica basal são hábitos alimentares, produção de calor ou temperatura, respiração, locomoção, habitat, etc.
2.1 . PORQUE AVES TEM MAIOR METABOLISMO BASAL DO QUE MAMÍFEROS? 
Uma diferença notável é a resposta de aves e mamíferos a determinados hábitos alimentares. Apesar de mamíferos e aves que se alimentam de néctar têm altas taxas basais, e aqueles que se alimentam de sementes ou grama tem TMBs intermediários, mamíferos e aves que se alimentam de insetos, vertebrados, ou frutas têm diferentes taxas basais. Nos mamíferos, estes alimentos estão correlacionados com o intermediário para altas taxas basais, ao passo que nas aves que estão associados com o intermediário para taxas basais baixos.
Uma complicação na comparação de aves e mamíferos é demonstrada em aves de rapina: alguns (Falco, Accipiter, Pandion) têm taxas basais mais elevados independente da massa do que outros (Buteo, Parabuteo, Aquila) (WASSER, 1986).
O vôo, possivelmente, uma vez que reflete a composição corporal, por conseguinte, pode ser um fator crucial para a diferença de TMB entre as aves e os mamíferos. De fato, 22 espécies de aves que não voam (3 kiwis, a ema, o avestruz, 2 patos, 9 pinguins) têm taxas basais que em média 109,5 ± 5,78% dos valores esperados de mamíferos, enquanto que em média apenas 74% dos pássaros voadores. Isto é, as taxas basais de aves que não voam conformam melhor para a curva média de mamífero do que para a curva média de aves. As taxas basais ligeiramente superiores (para os padrões de mamíferos) de algumas aves que não voam refletem suas distribuições de água fria, ou seja, os pinguins (105-160%), Cantadeira da Ilha Auckland (Anas aucklandica, 135%) e Cantadeira da Ilha Campbell (A. nesiotis, 119%). 
Esta comparação de aves e mamíferos implica que as taxas basais mais elevados de aves refletem seu compromisso com uma forma morfológica particular de voo e a sua ausência em mamíferos. Hartman (1961) demonstrou que em aves voadoras a massa muscular peitoral variou entre 9 a 36% da massa corporal, ao passo que as massas musculares torácicas em morcegos variou apenas de 7 a 12% (HARTMAN, 1963).
2.2 . PORQUE EUTÉRIOS TEM MAIOR METABOLISMO BASAL QUE METATÉRIOS?
A principal diferença entre eutérios e metatérios é a presença, na fêmea, de um marsúpio onde se da parte da gestação do feto. Esse é um dos fatos do por que os placentários gastarem mais energia na manutenção do metabolismo, já que nos metatérios a regulação da temperatura corpórea é de forma efetiva numa ampla variação de condições externas. 
Esse fato tem sido amplamente citado e em geral significa que os marsupiais são, do ponto de vista fisiológico, intermediários entra os monotrêmatas “inferiores” (que têm temperatura corporal ainda mais baixa, cerca de 30ºC) e os mamíferos eutérios “superiores”. (SCHMIDT-NIELSEN, 2002)
3. REFERÊNCIAS
Fisiologia Animal Adaptação e Meio Ambiente. Knut Schmidt- Nielsen. São Paulo: Editora Santos, vol 1, 5ª edição, 2002.
Zoologia Geral. Tracy I. Storer, Robert L. Usinger. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, vol 8, 1977.
VOIGOT, C. C. & CRUZ-NETO, A. Energetic Analysis of Bats, p. 621-645, 2009
MCNAB, B. K. Comparative Biochemistry and Physiology , Part A An analysis of the factors that in fl uence the level and scaling of mammalian BMR. v. 151, p. 5–28, 2008. 
MCNAB, B. K. Comparative Biochemistry and Physiology , Part A Ecological factors affect the level and scaling of avian BMR. Comparative Biochemistry and Physiology, Part A, v. 152, n. 1, p. 22–45, 2009.
Brito, H. F. V, Lange, R. R., Pachaly, J. R., V, A. B. H. F., Deconto, I., Lange, R. R., & Determination, P. J. R. (2010). Determinação da taxa metabólica basal em cutias , Dasyprocta azarae , por calorimetria indireta 1, 30(6), 471–478.

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