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Aula 03

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
Profª. Joselia de Castro Silva
Aula 3 – A crise de 1929
CRISE DE 1929 – AULA 03
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTA AULA
- Descrever o Ocidente no pós Primeira Guerra; 
 
- Reconhecer os antecedentes que levaram à crise de 1929;
 
- Relacionar argumentos para compreender o impacto desta crise no mundo capitalista;
 
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Nesta aula, analisaremos a situação econômica do Ocidente no período entre guerras, a prosperidade estadunidense e os fatores que levariam a eclosão da crise de 1929, bem como seu impacto para os países latino americanos.
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 Após a Primeira Guerra Mundial, o Ocidente começa a se reconstruir. A Europa estava com sua economia arrasada, com perdas na agricultura e pouca força de trabalho, o que tornou a situação dos países envolvidos no conflito cada vez mais difícil. Era preciso recomeçar ...
Panorama do Ocidente após a 1ª Guerra
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Logo após o fim da Primeira Guerra surge a Liga das Nações, a primeira tentativa de agregar diversos países ao redor do mundo para buscar uma mediação diplomática entre os mesmos e evitar a eclosão de um outro conflito mundial. Esta liga, também conhecida como Sociedade das Nações, funcionou até a década de 1940. Dela participaram, sobretudo, os países vitoriosos na guerra. A exceção foram os Estados Unidos, que jamais fizeram parte deste organismo, embora tenha sido Woodrow Wilson, o presidente do país, um dos principais defensores desta iniciativa. A liga foi importante pois deu origem a ONU – Organização das Nações Unidas, que é, hoje, uma das principais organizações políticas internacionais do planeta. 
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Apesar de terem participado da guerra, os Estados Unidos haviam tido perdas mínimas se comparadas às da Europa, principalmente pelo fato de a guerra não ter alcançado seu território, o que não levou o país a ter perdas materiais. Além disso, por atuar como fornecedor de matérias primas para a Europa em guerra, conseguiu acumular grande capital. Alia-se à isso o fato de o país adotar uma economia liberal, que pregava a não intervenção do Estado, o que contribuiu ainda mais para o capitalismo que imperou no país no período que antecedeu a crise. O liberalismo reinava absoluto ...
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Década de 1920, perdida ? 
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Com a economia europeia desorganizada, os Estados Unidos passaram a exportar para a região todos os tipos de mercadorias industrializadas. Houve forte aproximação com os países latinos, pois a economia agrária deles era de grande interesse para os estadunidenses. A América Latina exportava gêneros agrícolas e matérias primas em grande quantidade para os EUA e importava bens industrializados deste país. 
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As relações comerciais entre os estadunidenses e os latinoamericanos era vantajosa para os primeiros, posto que os estadunidenses compravam produtos agrícolas mais baratos e vendiam produtos industrializados caros. Assim, o aumento das exportações fez crescer o mercado de trabalho bem como os salários dos trabalhadores, de modo geral. Esta prosperidade gerou um boom de consumo, o que aqueceu ainda mais a economia dos Estados Unidos. 
 
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No campo cultural, a década de 1920 ficou conhecida por sua forte efervescência, luta do movimento feminista, que culminou no direito ao voto, na saída cada vez maior das mulheres de suas casas para trabalharem fora, luta por direitos sociais e trabalhistas e ampliação do papel das mesmas na sociedade. 
Nesse período surge o jazz, um dos mais influentes ritmos musicais da época, cuja origem remonta aos escravos estadunidenses e popularizado pelo rádio e sua difusão. 
Vamos conhecer um pouco desse universo ? 
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O cinema, inventado no final do século XIX, ganhou forte notoriedade. Nesse momento, nasceram grandes estrelas dessa arte do entretenimento. 
Na literatura, na música, na cultura em geral, tivemos um grande desenvolvimento, o que encheu o período de esperanças e cores. 
Havia a certeza de uma prosperidade eterna, o homem não via limites para o seu desenvolvimento. O capitalismo, cada vez mais, se consolidava como o modelo econômico perfeito.
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Havia um progressismo muito forte na sociedade estadunidense, que convivia lado a lado com grupos conservadores, defensores da moral e dos bons costumes. 
As mudanças aqui apontadas ocorriam em todo o Ocidente, tanto na Europa quanto na América. No entanto, a prosperidade estadunidense deu maior visibilidade a esse país e estimulou o “american way of life”, o estilo de vida americano, cobiçado em todo o mundo. 
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Na economia, o Estado era liberal e interferia o mínimo possível mas, o capitalismo praticado era monopolista, com a formação de grandes conglomerados e o domínio de fatias de mercado por parte de poucos industriais com monopólios ilegais pois havia leis antitrustes mas, não funcionavam na prática.
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Apesar da prosperidade, a economia estadunidense já dava claros sinais de que entraria em crise pois, apesar do aumento do emprego e do consumo, havia uma desigualdade na distribuição de renda, além do surgimento de grandes fortunas baseadas na especulação do mercado de ações.
De acordo com ARRUDA (2003):
“A crise de 1929 foi causada, sobretudo, pela insistência americana em manter depois da guerra o mesmo ritmo de produção alcançado durante o conflito, quando abastecia os países envolvidos nos combates, fornecendo desde gêneros alimentícios até produtos industrializados e combustível.” (p.23).
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Naquele período, a euforia financeira era muito grande e o retorno, imediato, o que levou muitos estadunidenses à investirem tudo o que tinham na bolsa pois a prosperidade atraía os mais variados tipos de investidores, que adquiriam ações tomando empréstimos nos bancos, para revendê-las com lucro, em uma verdadeira especulação. 
Uma bolha começou a se formar amparando-se também na distribuição de riqueza totalmente desigual, onde aproximadamente 5% do povo americano dominava a maior parte da riqueza gerada no país. 
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A prosperidade parecia não ter fim. Mas, teve. Com a Europa se recuperando economicamente, ela deixava, cada vez mais de importar as mercadorias estadunidenses. Com a diminuição do mercado externo, as indústrias também diminuíam sua produção, demandando um menor número de empregados, o que gerava o desemprego. 
A agricultura sofreu crises de superprodução,
ou seja, havia gêneros agrícolas mas não havia consumidores o suficiente, fazendo com que estes caíssem de preço, levando diversos fazendeiros a falência. A falta de regulamentação do estado proporcionou uma especulação ilimitada na bolsa de valores. A crise se estruturava ...
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Com as falências da agricultura e o aumento do desemprego, o poder de consumo também foi decrescendo. Havia mais mercadorias que consumidores, gerando uma crise generalizada de superprodução. Os bancos, que haviam investido tanto na indústria quanto na agricultura, começaram a quebrar, já que não tiveram o retorno de seu investimento. 
Quando o real valor das ações começou a baixar, muito correram aos bancos para vender as que possuíam, no entanto, o número de vendedores era maior que o de compradores, o que fez os preços caírem cada vez mais. Era o efeito bola de neve. 
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No dia 24 de outubro, a tendência à baixa das ações atingiu proporções enormes e no dia 29 de outubro de 1929, a famosa terça-feira negra, as ações despencaram em queda livre, o que reduziu muitas fortunas a pó. O desespero tomou conta de muitos cidadãos, o que culminou em suicídios, muitos desempregados e o fim de uma era de prosperidade. 
Iniciou-se um período conhecido como Grande Depressão, marcado por uma crise que atingiu todo o mundo capitalista, gerando um “efeito dominó” intenso e catastrófico. Fortunas foram perdidas, bancos quebraram, indústrias fecharam. Era o caos instalado !!!
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A crise de 1929 afetou boa parte dos países ocidentais. A América Latina, cuja economia era agroexportadora e que tinha os Estados Unidos como principal parceiro econômico, foi uma das mais prejudicadas, o que gerou a necessidade de uma reordenação tanto econômica quanto política por parte desses países. 
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Como o Brasil foi afetado por essa crise capitalista ? 
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Em 1932 foi eleito presidente nos Estados Unidos o democrata Franklin Delano Roosevelt, que iniciou um programa de reestruturação econômica conhecido como New Deal (Novo Acordo), que objetivava retirar o país da crise, buscando recuperar a economia e diminuir o desemprego. O liberalismo econômico e a não intervenção do Estado na economia foram abandonados em prol da recuperação do país. 
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Medidas do New Deal :
Execução de obras de infraestrutura, como o aumento da malha ferroviária, construção de pontes, viadutos; 
Implementação da Previdência Social; salário mínimo;
Empréstimos a juros baixos; 
Incentivo à criação dos sindicatos; 	
Subsídios e crédito financeiro para a recuperação agrícola;
Leis de apoio e estímulo agrário;
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A URSS não sofre os efeitos da crise pois sua
economia não era capitalista, o que acaba por
reforçar ainda mais a viabilidade de seu modelo econômico. Nesse contexto, a indústria cinematográfica continuava a prosperar pois se alimentava da própria crise, adaptando-se
aos novos tempos, mudando seu tom, trabalhando novos temas e produzindo sonhos. 
A felicidade não dependia do dinheiro e, sim, de um bilhete de cinema, onde os sonhos se tornavam realidade. 
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Pouco a pouco, o país se recuperaria desta intensa crise econômica que mostrou a fragilidade do capitalismo. O restante do mundo também se recuperou mas, vimos surgir ideologias nacionalistas que conduziram, em pouco tempo, o mundo a um novo conflito, a Segunda Guerra Mundial. 
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NESSA AULA VOCÊ:
Analisou a conjuntura socioeconômica dos anos 1920;
Avaliou a política econômica empreendida pelos Estados Unidos;
Identificou as medidas implementadas por Franklin Roosevelt para sanar a crise;

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