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Aula Prática 6 – Observação microscópica de fungos – Microcultivo Introdução As leveduras constituem um grupo de microrganismos unicelulares, que se reproduzem assexuadamente por brotamento ou por cissiparidade e que desenvolvem a fermentação alcoólica. São largamente encontradas na natureza: são comuns no solo, nas superfícies de órgãos dos vegetais, principalmente em flores e frutos, no trato intestinal de animais, em líquidos açucarados, e numa grande série de outros locais. Podem ser parasitas, simbiontes, sendo, em sua grande parte, sapróbios. Crescem onde existe matéria orgânica disponível, viva ou morta, geralmente apreciando calor e umidade. Água, solo, troncos, folhas, frutos, sementes, excrementos, insetos, alimentos frescos e processados, têxteis e inúmeros outros produtos fabricados pelo homem constituem substratos para o desenvolvimento de fungos. As colônias algodonosas, aveludadas ou pulverulentas são formadas por fungos de organização multicelular, os fungos filamentosos. O corpo de um fungo filamentoso é composto de longos filamentos de células conectadas, as hifas. Quando elas são divididas em unidades celulares uninucleadas, são chamadas hifas septadas. Os septos possuem poros que fazem com que o citoplasma das células se comunique. Em algumas classes de fungos as hifas não têm septos e são denominadas cenocíticas. Objetivos - Caracterizar fungos filamentosos utilizando critérios morfológicos. - Verificar a importância da técnica de microcultivo na caracterização dos fungos. Materiais Utilizados - Placas de Petri estéreis contendo um tubo em “U” e uma lâmina de microscopia sobre este - Lamínula estéril - Ágar fubá - Agulha de inoculação - Espátula - Alça de transferência - Meios de cultura pré-selecionados - Pinça - Corante azul de anilina - Algodão umedecido - Microscópio Métodos Primeiramente foram anotados nas placas de Petri os respectivos códigos das culturas de fungos, em seguida, utilizando a espátula, já flambada, cortamos um pequeno quadrado de aproximadamente 1cm² do ágar fubá, depositando-o sobre a lâmina dentro da placa de Petri. Todo o procedimento foi realizado próximo à chama do bico de Bunsen pra evitar contaminação do material. Com o auxilio da agulha de inoculação, já flambada e resfriada, raspou-se levemente a superfície da colônia de fungo, e em seguida tocamos com a agulha os quatro cantos do bloco de ágar. Com as leveduras, foi utilizado a alça de transferência, tocando a colônia e riscando levemente duas vezes o bloco de ágar. Após a inoculação do fungo e da levedura nos respectivos blocos de ágar fubá, utilizamos uma pinça flambada para fazer a retirada das lamínulas estéreis, depositando-as suavemente sobre os blocos. Novamente flambamos a pinça e retiramos um pedaço de algodão umedecido, depositando-o no interior da placa de Petri. Após sete dias de incubação, foram retiradas cuidadosamente as lamínulas dos blocos, em seguida adicionada uma gota de corante azul de anilina. As lamínulas foram observadas no microscópio. Resultados Após o prazo de sete dias na incubadora, nenhuma das duas placas de Petri com ágar fubá apresentaram desenvolvimento de fungos e de leveduras. Discussão Conforme foi observado após uma semana de incubação, nosso microcultivo de fungo e levedura não apresentou resultados. Acreditamos que por falha na hora de resfriar a agulha de inoculação e alça de transferência, estando estas ainda quentes demais quando coletado o material, inevitavelmente matando as colônias antes de serem inoculadas no bloco de ágar. Referências ALCÂNTARA, F.; CUNHA, M. A.; ALMEIDA, M. A. Microbiologia: práticas laboratoriais. 2ª ed. Aveiro: Universidade de Aveiro, 2001. 297 p. NEDER, R. N. Microbiologia: manual de laboratório. Editora Nobel: São Paulo, 2000. 144p. RIBEIRO, M. C.; SOARES, M. M. S. R. Microbiologia Prática: roteiro e manual. Editora Atheneu: São Paulo, 2000. 112p.