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Pensamento e Linguagem - Vygotsky e Piaget

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Diferenças e Concepções à 
Aquisição da Linguagem
 sob o enfoque Interacionista
Problema:
Sob o enfoque das Teorias Interacionistas
quais as diferenças que existem entre Piaget
e Vygotsky no que tange a aquisição da
linguagem?
Introdução
Neste projeto iremos descrever as diferenças existentes nas Teorias da Aquisição da Linguagem sob o enfoque interacionista de Jean Piaget e Lev Vygotsky. Verificaremos como se dá o desenvolvimento da linguagem na criança e se a fonte da inteligência está no grupo social ou nas próprias ações do individuo sobre o meio.
Segundo os interacionistas o conhecimento é construído pelo sujeito através da relação com o mundo, através da INTERAÇÃO. Piaget acredita ainda, que os fatores biológicos estão envolvidos neste processo, Vygotsky por outro lado, defende que tudo está nas trocas que os indivíduos fazem entre si, na interação social.
Discutiremos ainda conceitos importantes dentro das teorias de ambos, como o intercâmbio social, pensamento generalizante e a linguagem egocêntrica de Lev Vygotsky e os processos de adaptação e a linguagem egocêntrica dentro da teoria de Jean Piaget. Analisaremos por fim em que ponto os conceitos se equivalem e também onde se diferenciam.
Objetivo:
O objetivo deste projeto tem como foco destacar a importância da aquisição da linguagem numa perspectiva sócio-interacionista, com base nos fundamentos de Lev Vygotsky e Jean Piaget, levando em consideração as diferenças e semelhanças de pensamento dentro de suas abordagens. 
Justificativa:
Este projeto é de suma importância não apenas para o conhecimento próprio do estudo de Piaget e Vygotsky e os processos de linguagem, mas também tem uma importância relevante para a área da educação em geral.
Jean Piaget e Lev Vygotsky
Maturação Biológica
Os processos cognitivos das crianças são totalmente diferentes dos processos do adulto. As crianças passam, de forma autônoma e independente, por quatro fases de desenvolvimento.
Os professores precisam oferecer tarefas adequadas à fase de desenvolvimento da criança, bem como estimular o pensamento independente e a criatividade. 
“O objetivo da educação é criar homens e mulheres capazes de fazer coisas novas.”
Fases do Desenvolvimento Cognitivo
O primeiro estágio proposto por Piaget é o sensório-motor, que engloba os dois primeiros anos de vida. Durante esse período as crianças aprendem sobre o mundo basicamente por meio dos sentidos (daí o nome “sensório”) e da ação e movimentação física (“motor”). A criança nesse estagio é egocêntrica, só consegue enxergar o mundo a partir do seu ponto de vista. No início dessa etapa, as crianças agem por reflexos, sem compreendê-los e sem a intenção de fazê-lo; mais tarde conseguem prolongar e coordenar os reflexos em relação aos objetos. Começam, então, a organizar seus sentidos para antecipar ocorrências; por exemplo, conseguem imaginar objetos que não estam presentes no momento ou achar coisas escondidas. Passam a traçar e experimentar objetivos envolvendo objetos, e a pensar sobre um problema antes de agir. Esses avanços marcam o final da primeira fase. 
Quando começa a desenvolver autoconsciência, a criança já possui ferramentas de pensamento representativo e pode desenvolver e usar imagens, símbolos internos e linguagem. Tudo isso faz parte do segundo estágio, pré-operacional, em que o interesse fundamental das crianças é a aparência das coisas. Os pequenos começam a demonstrar habilidades como organizar itens de maneira lógica (conforme altura, por exemplo) ou a comparar dois objetos (blocos, por exemplo) por características compartilhadas , focando em um detalhe perceptivo por vez (como tamanho ou cor). Dos dois aos quatro anos de idade, a criança raciocina em termos absolutos (como “grande” ou “maior de todos”); dos quatro aos sete entram em jogo os termos relativos (“maior que” ou “mais pesado que”). A capacidade de pensar logicamente é ainda limitada, e a criança continua egocêntrica, incapaz de observar as coisas pela perspectiva do outro. 
O terceiro estágio é o operacional concreto; é quando as crianças se tornam capazes de realizar operações lógicas, mas só na presença de objetos reais (concretos). Passam a compreender o conceito de conservação e entendem que a quantidade de determinado objeto pode continuar a mesma, a despeito de alterações físicas em sua aparência. Percebem que se você passa um líquido de um copo baixo e largo, para um alto e comprido, a quantidade permanece a mesma, independentemente da diferença de altura. Conseguem entender também que os objetos podem ser ordenados, levando-se em conta diversas qualidades ao mesmo tempo – uma bola de gude pode ser grande, verde e transparente. Um pouco menos egocêntrica a criança começa a incorporar um pouco de relatividade a seus pontos de vista.
No quarto estágio, o operacional formal, as crianças começam a manipular idéias (além de objetos) e são capazes de raciocinar com base apenas em afirmações verbais. Não precisam mais da referência dos objetos concretos e podem acompanhar um raciocínio. Começam a pensar hipoteticamente; e esse novo poder de imaginação, bem como a capacidade de debater idéias abstratas, revela que estão menos egocêntricas. 
Facetas do Desenvolvimento Cognitivo
Assimilação:
É o processo pelo qual incorporamos informações em esquemas já constituídos.
Acomodação:
É requisitada quando, durante o processo de assimilação, descobrimos ser necessário modificar conhecimentos ou habilidades anteriores. 
Equilíbrio:
Diz-se que quando uma criança é capaz de assimilar com sucesso todas ou a maioria das novas experiências que ela está em estado de equilíbrio.
Adaptação:
Se os esquemas são inadequados para lidar satisfatoriamente com as novas situações, a criança está em estado de desequilíbrio cognitivo, e os esquemas precisam desenvolver-se para acomodar a informação necessária. O processo de adaptação é um dos mais básicos da aprendizagem.
* Nota: Nem sempre é requisitada. 
O Sujeito e o Objeto de Conhecimento
De início, Piaget supunha que o desenvolvimento intelectual infantil sofria mais impacto por fatores sociais, como linguagem e contato com parentes e colegas. Ao estudar as crianças, porém, percebeu que, para elas, a linguagem tinha uma importância menor e o mais importante eram suas atividades. Nos primeiros dias de vida, os bebês, têm movimentos corporais limitados, basicamente chorar e sugar, mas não demoram a incluir novas ações, como pegar um brinquedo. Piaget, concluiu, portanto, que é a ação, e não a interação social, que provoca o raciocínio nesse estágio. 
Em suma, o pensamento de Piaget pode ser definido a partir da seqüência Ontogenética de:
Pensamento Autístico
É a forma original e mais primitiva de pensamento; é subconsciente e não se encontra adaptado à realidade externa, cria para si uma realidade alternativa através do sonho e da imaginação; é individualista e permanece estritamente incomunicável enquanto tal. 
Linguagem Egocêntrica
É de grande importância para o desenvolvimento da linguagem nas crianças. É a linguagem ainda sem função comunicativa, não há a intenção de se comunicar algo, a criança está falando para si.
Linguagem Socializada
É onde a linguagem adquire função comunicativa e à medida que as crianças vão crescendo o discurso egocêntrico vai desaparecendo e dando lugar ao discurso socializado. É o falar para o outro.
Teoria Sócio-Interacionista e Influências
Para Vygostsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. Ele enfatiza o processo histórico social e o papel da linguagem no desenvolvimento do individuo, sua questão central é a aquisição do conhecimento pela interação do sujeito com o meio social.
Segundo a tradição Marxista, Vygostsky considera que as mudanças que ocorrem em cada um de nós têm a sua raiz na sociedade e na cultura. A relação do indivíduo com o mundo está sempre mediada pelo outro. 
Vygotsky
e os Signos
Para fazer a mediação o homem se utiliza de instrumentos, no campo psicológico são chamados de “signos” ou instrumentos psicológicos. O signo é uma marca externa que auxilia o homem em atividades que exigem memória ou atenção. Com o tempo a utilização desses signos vai dando lugar a processos internos de mediação, chamados de processos de internalização.
As possibilidades de operação mental não constituem uma relação direta com o mundo real fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com os objetos de seu pensamento. 
Funções da Linguagem
A linguagem é um dos instrumentos psicológicos usados na mediação onde Vygostsky trabalha com duas funções básicas.
Intercâmbio Social:
É a criação e utilização de sistemas de linguagem que o homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes. Em outras palavras, são as trocas que os indivíduos fazem entre si. 
Pensamento Generalizante:
Onde a linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objetos, sob uma mesma categoria conceitual.
Conceitos-chave da Teoria de Vygotsky
É a relação interpessoal do indivíduo, são as trocas com o outro. Esse “outro” é coletivo e é ele que veicula a cultura. A interação, segundo Vygotsky, melhora o nível de aprendizagem. 
Interação
É como essa interação é feita. Através do que é feita. Existem alguns instrumentos de mediação, a linguagem é uma delas. Através da linguagem é que nos comunicamos e fazemos troca de conhecimentos. 
Mediação
É quando o processo de aprendizagem se completa. Quando há a reflexão sobre o nome e significado é quando o conceito foi internalizado; depois de internalizado é possível abstraí-lo e torná-lo universal. 
Internalização
É a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto, ou em colaboração com companheiros. 
Zona de Desenvolvimento Proximal - ZDP
Para Vygotsky, as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas. Acredita ainda que, por mais que o sujeito possua potencialidades, estas não se desenvolverão se não houver interação. 
Funções Mentais Superiores
Em suma, o pensamento de Vygotsky pode ser definido a partir da seqüência Ontogenética de:
Discurso Social:
A criança usa a linguagem fundamentalmente para se comunicar. O pensamento e a linguagem têm funções independentes. 
Quando a criança começa a usar a fala para regular seu comportamento e seus pensamentos. A criança pode falar em voz alta consigo mesma enquanto realiza alguma tarefa.
Discurso Egocêntrico (que também é social)
Discurso Comunicativo (além de social é interior)
É usado para dirigir o comportamento e pensamento. 
As crianças podem fazer uma reflexão sobre a solução de problemas e a seqüência das ações manipulando a linguagem “em sua cabeça”, interiormente.
Considerações Finais
Podemos concluir que Piaget e Vygotsky seguiram caminhos diferentes, Piaget com a sua hierarquia das fases de desenvolvimento cognitivo e Vygotsky com “a interação é a base para toda e qualquer aquisição de conhecimento”. Mas os dois concordam que o sujeito na aquisição do conhecimento é ativo; segundo Vygotsky pode ainda ser “interativo”. 
Em suma, Vygotsky trouxe em evidência o social, olhando-o como algo realmente vivenciado desde a origem do discurso. Piaget assinalou o papel fundamental do biológico e assume sua teoria como construtivista-cognitivista, e Vygotsky por sua vez, como sócio-interacionista. Os dois teóricos contribuíram e muito em diversos aspectos com as teorias sobre o desenvolvimento cognitivo. 
Apresentação – Andrea
Tema
Problema
Objetivo
Justificativa
Introdução
Vídeo – Piaget e Vyg
Síntese Teoria Piaget – Andrea
Maturação biológica, estágios de desenvolvimento cognitivo. – Elisania 
Assimilação, acomodação, (adaptação) e equilibração. - Cida 
Ressaltar a importância da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. - Carol Eloane
Seqüência ontogênica: pensamento autistico, discurso egocêntrico e discurso socializado. - Rodrigo
Síntese Teoria Vygotsky – Rayla
O papel da interação na teoria de Vyg e Tradição Marxista – Andrea
Instrumentos psicológicos (signos) – Elisangela
Funções da linguagem: intercambio social e pensamento generalizante – Carol Cristine
Conceitos chave da teoria de Vyg – Ray
Funções mentais superiores – Elisangela 
Seqüência ontogenética – Ray
Conclusão - Andrea

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