APS 10º Semestre

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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
10º SEMESTRE
Trabalho realizado como parte das Atividades Pratica Supervisionado do curso de Engenharia do Instituto Ciência Exatas e Tecnológicas- Universidade Paulista – UNIP.
			
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
NOVEMBRO/2017
OBJETIVO
Pesquisar e estudar diferentes tipos de modais existentes, para que se obtenha um conhecimento da área, será feito uma visita técnica a uma estação intermodal da região.
JUSTIFICATIVA
	Tendo em vista melhorar os estudos e os conhecimentos na área, será realizada uma pesquisa sobre modais de transporte, será realizada uma visita técnica na estação intermodal Raizen, e com isso será feito uma pesquisa teórica e uma descrição da visita.
1. INTRODUÇÃO
Transporte por duas ou mais modalidades em uma mesma operação. Nazário (2010, p.142) explica a intermodalidade como a “integração total da cadeia de transporte, de modo a permitir um gerenciamento integrado de todos os modais utilizados, bem como das operações de transferência, caracterizando uma movimentação porta a porta, com a aplicação de um único documento”.
TRANSPORTES
Em logística, o transporte representa, em média, de um a dois terços dos custos logísticos (Ballou, 2011, p.24), podendo chegar, até mesmo, a significar duas a três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso do setor de distribuição de combustíveis (NAZÁRIO, 2010, p. 126). Sua administração, geralmente, envolve decidir quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da capacidade dos veículos.
	Mesmo com o avanço das tecnologias, das facilidades de comunicação geradas pela internet, o transporte continua tendo importância inquestionável, porque é o que mais influencia o objetivo central da logística, que é “o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível” (NAZÁRIO, 2010, p. 125).
	Segundo Silva (2013) os transportes doméstico e internacional são itens decisivos de logística, na formação do custo final da mercadoria, bem como no atendimento de prazos e condições de entrega, pactuados entre vendedor e comprador. Quando da escolha do transporte mais adequado, é necessário analisar alguns aspectos importantes, que possam favorecer as pretensões do vendedor nacional ou internacional, tais como:
	 Pontos estratégicos de embarque e desembarque; 
 Custos de movimentação de carga; 
 Custo dos fretes interno e internacional; 
 Rapidez e segurança, de acordo com a natureza da mercadoria e dos prazos a serem cumpridos; 
 Confiabilidade no transportador, com relação a cumprimento de prazos e não ocorrência de perdas e danos.
Em logística, segundo Rodrigues (2007, p.25) entende-se que um sistema de transportes é constituído pelo modo ou modal (via de transporte), forma (relacionamento entre os vários modos de transporte), meio (elemento transportador) e instalações complementares (terminais de carga).
1.2TRANSPORTE INTERMODAL
Com as palavras de Silva (2013) dependendodos seus modais, os transportes podem ser divididos basicamente em: transporte aquaviário, rodoviário, ferroviário, aéreo e dutoviário. Este trabalho irá abordar os tipos rodoviário e ferroviário. Conheçamos um pouco mais sobre cada um deles:
 Rodoviário: faz o transporte da carga por meio de caminhões e carretas que trafegam em rodovias. 
 Ferroviário: faz uso de vagões fechados e plataformas para levar as cargas pelas ferrovias.
Cada um desses modais tem suas particularidades que os tornam mais ou menos vantajosos. É preciso que levemos em conta na hora de selecionarmos o modal, por exemplo, a natureza e as características da mercadoria; o tamanho do lote; as restrições dos modais; a disponibilidade e a frequência do transporte; o tempo de trânsito; o valor do frete; o índice de faltas e/ou avarias (taxa de sinistralidade) e o nível de serviço prestado (RODRIGUES, 2007, p.29).
De maneira prática, devemos analisar cada um dos pontos acima: o tempo de trânsito está relacionado ao prazo de entrega, abrangendo o tempo gasto pelo embarcador, na consolidação e no manuseio; o tempo da viagem em si; o tempo utilizado no transbordo se for preciso, e o tempo exigido para a liberação de carga. O atraso em qualquer uma dessas fases poderá trazer grandes prejuízos ao ponto de paralisar uma linha de produção, caso o estoque de reserva já esteja baixo (RODRIGUES, 2007, p.29). 
Deve-se pensar também, que a possibilidade de avarias sobe com a quantidade de movimentações e transbordos. Logo, a fragilidade da mercadoria pode ser um fator crucial, que faça com que se opte por um modal de frete mais caro. Outro item com peso é a sofisticação dos serviços envolvidos, como o uso de sistemas de posicionamento geográfico instantâneo, via satélite (SILVA, 2013).
É fundamental entender que não há como estabelecer, de forma genérica, o melhor modal de transporte. O que é preciso ter sempre muito claro é todos os fatores críticos para a escolha do modal e, como eles se relacionam em cada caso específico (SILVA, 2013).
1.3DIFERENÇAS DE INTERMODALIDADE E MULTIMODALIDADE
A intermodalidade e a multimodalidade são operações que se realizam pela utilização de mais de um modal de transporte. Isto quer dizer transportar uma mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no destino final por modalidades diferentes.
A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de documento de transporte para cada modal, bem como pela divisão de responsabilidade entre os transportadores. Na multimodalidade, ao contrário, existe a emissão de apenas um documento de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do seu ponto de origem até o ponto de destino. Este documento é emitido pelo OTM, que também toma para si a responsabilidade total pela carga sob sua custodia.
1.4VANTAGENS DA INTERMODALIDADE
A principal vantagem do transporte intermodal consiste em combinar as potencialidades dos diferentes modos de transporte. Desta combinação podem resultar importantes reduções dos custos econômicos, segurança rodoviária, poluição, consumo de energia, redução do tráfego rodoviário. Permite, caso seja utilizado o modo ferroviário ou marítimo, que o transporte seja efetuado ao fim de semana ou de noite, com segurança.
O transporte intermodal só poderá ser uma realidade se for competitivo perante o transporte rodoviário (unimodal) e, para que tal aconteça, será decisivo que, no processo de mudança de modo de transporte, este seja eficaz e de baixo custo;
Para que tudo seja um sucesso é necessário possuir uma rede de infraestruturas, novas tecnologias, simplificação de processos administrativos e redução dos custos na mudança de modo de transporte.
1.5 A RAIZEN
	Em 2011 com a junção da empresa Shell e Cosan surgiu a Raizen. A Raizen se destaca CPOR ser uma empresa do setor energético mais competitivas do mundo, a empresa investe em tecnologia, inovação e capacitação dos seus funcionários para gerar soluções sustentáveis e contribuir para o desenvolvimento econômico do país de forma ética sempre respeitando as pessoas e o meio ambiente.
	A Raizen está entre os três maiores distribuidora de combustível no Brasil e é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar, é responsável por toda a etapa da produção de etanol dês do cultivo da cana até a comercialização do produto tanto em território nacional quanto no exterior, sendo assim uma potencia no setor sucroenergético. 
	É um exemplo em questão de sustentabilidade gerando bioeletricidade através do reaproveitamento da cana de açúcar e na produção de etano de segunda geração.
1.6VISITA TÉCNICA RAIZEN, UNIDADE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
	A unidade de São José do Rio Preto é uma distribuidora de vários tipos de combustível, recebe o produto direto da matriz que fica localizada em Paulínia através de caminhões no transporte rodoviário e através de vagões de trem transportado por ferrovia pela empresa responsável RUMO.
	A empresa conta com um sistema de monitoramento através de sistemas online onde é informado o tempo queo caminhão saiu da matriz, o dia e a hora que o caminhão vai chegar ao distribuidor para descarregar o produto.
	A unidade de Piracicaba é responsável pela venda do produto e liberação de viagem que é postada no sistema online para controle de transporte.
	Logo em seguida o terminal de combustível recebe o produto via modal e destina ao armazenamento.
No caso do transporte rodoviário, os caminhões chegam carregados de combustível no distribuidor e logo é conferido os lacres de segurança, a qualidade do produto através de uma amostra levada ao laboratório para analise, a quantidade do material através de réguas e uma seta que indica o volume dentro do tanque do caminhão, lembrando que a quantidade presente de combustível pode sofrer variações devido a temperatura de onde foi carregado e onda será descarregado, logo em seguida o motorista do caminhão engata o mangote para a retirada do material que é bombeada até o reservatório apropriado.
Figura 1: Visita Raizen.
O transporte ferroviário não tem controle de carga no sistema online. Um pouco mais lento na sua trajetória de transporte, quando o vagão chega ao distribuidor ele é manobrado e alocado embaixo de uma plataforma onde será feito a conferencia dos lacres de segurança, a retirada da amostra para verificar a qualidade do produto e a verificação da quantidade de combustível presente no vagão, sempre tendo um cuidado para não contaminar o solo os vagões devem estar em posições que abaixo da sua válvula de liberação do combustível tenha uma bandeja para que em caso de pingos do combustível não ocorra contato como solo, logo em seguida é engatado o mangote para a descarga do combustível que é bombeado até o reservatório próprio.
Figura 2: Visita Raizen.
	
Todos os resíduos são destinados a uma caixa separadora água/óleo.
	Produtos que são armazenados e capacidade dos tanques no distribuidor da Raizen em São José do Rio Preto;
1 – Tanque de Hidratado – 584.000m³ - ETANOL
2 – Tanque de Anidro 27% - 293.000m³ - ETANOL + GASOLINA
3 – Tanque de Diesel S10 – 1.760.000m³ - DIESEL MENOS POLUENTE
4 – Tanque de Diesel S500 – 1.575.000m³ - DIESEL COMUM
5 – Tanque de Diesel S500 – 1.309.000m³ - DIESEL COMUM
6 – Tanque de Gasolina- 1.330.000m³ - GASOLINA PURA
	
1.7 TERMINAL DE CARREGAMENTO
	Na unidade de São José do Rio Preto existem quatro baias para carregamento de caminhões, assim como o descarregamento, o carregamento também tem um controle eletrônico da quantidade de volume que será carregada no caminhão, o carregamento é feito através do bombeamento do combustível do tanque de armazenamento até o caminhão.
	O motorista manobra o caminhão deixando embaixo de uma plataforma de carregamento, o próprio motorista é quem faz o carregamento do combustível usando equipamentos de segurança individual como capacetes, óculos de proteção e sinto preso a um cabo suspenso na plataforma para evitar a queda, o motorista manuseia o braço mecânico articulado e o posiciona na boca do tanque e aciona o botão para o carregamento, lembrando que o volume liberado é controlado por uma central eletrônica. 
	No carregamento de gasolina, a gasolina pura se mistura com o anidro e no caso de gasolina aditivada é usado uma quantidade de aditivo controlado e liberado por um sistema eletrônico.
Figura 3: Visita Raizen.
	Um caminhão de 47.000 l a uma vazão de 1.400 l/min leva em media o tempo de 34 minutos para carregar. Já um caminhão com a capacidade de 176.000 l com a vazão de 1.400 l/min leva em média 2 horas para carregar.
Figura 4: Visita Raizen.
Após o carregamento do combustível, o mesmo é transportado até o posto de combustível e distribuído ao consumidor final.
Figura 5: Posto de combustível.
REFERENCIAS
BALLOU, Ronald. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LOGIN Logística. Entendendo o transporte Intermodal. Disponível em: <https://www.loginlogistica.com.br/entendendo-o-transporte-intermodal> Acesso em: 02 nov. 2017.
MENDONÇA P., KEEDI S. Tranposte Intermodal. Disponível em: <http://cursosnocd.com.br/logistica/transporte-intermodal.htm> Acesso em: 03 nov. 2017.
NAZÁRIO, Paulo. O papel do transporte na estratégia logística. In: FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística empresarial: perspectiva brasileira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.126-132.
NAZÁRIO, Paulo. Intermodalidade: importância para a logística e o estágio atual no Brasil. In: FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística empresarial: perspectiva brasileira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.142-152.
PORTOGENTE. Transporte Intermodal de cargas. Disponível em: <https://portogente.com.br/portopedia/73020-transporte-intermodal-de-cargas> Acesso em: 02 nov. 2017.
PRESTEX. Quais as diferenças entre sistemas multimodais e intermodais de transporte? Disponível em: <https://www.prestex.com.br/blog/quais-as-diferencas-entre-sistemas-multimodais-e-intermodais-de-transporte/> Acesso em: 03 nov. 2017.
RAIZEN.Sobre a raizen.Disponível em:<https://www.raizen.com.br/sobre-raizen>Acesso em: 01 nov. 2017.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio. Introdução aos sistemas de transporte e à logística internacional. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.
SILVA, Ana Rosa Cavalcanti. Tipos de transporte: modais. Técnico em logística.Pernambuco, 2013. 
THIAGO CARGOBR. Multimodal e Intermodal – Tudo Igual, mas completamente diferente. Disponível em: <http://blog.cargobr.com/multimodal-e-intermodal-tudo-igual-mas-completamente-diferente/> Acesso em: 03 nov. 2017.