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Parnasianismo: Ideais, Autores e Influências

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Introdução
Este trabalho acadêmico irá abordar sobre o Parnasianismo, expondo os ideais parnasianos, influências sobre acontecimentos e literatura, chegada ao Brasil, principais autores e inclusão nas artes em um total de oito capítulos e seus respectivos subtemas. 
A palavra Parnasiano é derivada do Parnaso, região montanhosa na Grécia onde habitavam Apolo e as musas da poesia, e é considerado pelos poetas, o local simbólico onde viviam os poetas ou a comunidade dos poetas. Foi uma escola literária surgida na França à partir de 1860, da época do Realismo, ainda que, em questões ideológicas, não mantinham características em comum com os romancistas desse período. Que tinha por objetivo de retomar a cultura clássica. Houve pouca interferência em Portugal e deslocou-se quase diretamente para as terras brasileiras, onde conseguiu até formar uma tríade parnasiana de bastante importância e só terminou em 1902, com o surgimento do Pré-Modernismo.
A metodologia utilizada para a realização da pesquisa partiu de sites, blogs e livros sobre o assunto.
Contexto histórico e social
No século XIX, grandes potências brigavam para conquistar os mercados consumidores e aqueles que forneciam matéria-prima, o que resultou no progresso das indústrias, onde, juntamente ao capitalismo em expansão, proporcionou um ambiente eufórico. Tais situações facilitaram o aumento do consumo e a modernização da urbanização.
Originado na França, em 1866 foram publicadas na Le Parnasse Contemporain antologias poéticas de Sully Prudhomme, Paul Verlaine, Ernest D'Hervilly, Augustine-Malvina Blanchecotte, Eugène Lefébure e Henry Rey. Tal nome derivado do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apolo e das musas da poesia.
Esteticamente se considera a “arte pela arte” ou “a arte sobre a arte”, com os poetas distantes das transformações do fim do século XIX e começo do século XX, de influência e tradição clássica, se desenvolveu na literatura europeia. Esse continente passava por transformações, movimentos e mudanças na estrutura política, econômica e social. Surgiram vários conceitos baseados no idealismo como o determinismo, o positivismo de Augusto Comte, o biologismo de Charles Darwin e Louis Pasteur, o materialismo e cientificismo. A crise do absolutismo influenciado pelas ideias iluministas de John Locke, Voltaire, Jean Jacques Rousseau, Montesquieu teve repercussão em todas as classes sociais, que se formaram novas concepções sobre o sistema político e administrativo, dando origem a uma doutrina denominada liberalismo. Também havia elementos pré-contemporâneos e grandes polêmicas, moldando uma sociedade moderna na reforma de pensamentos com a Revolução Industrial.
No Brasil, o Parnasianismo vinha sendo difundido aqui desde 1870, período em que o país enfrentava diversas crises no império e fim do regime militar. Com isso, a abolição da escravatura em 1888 e a Proclamação da República feita por Marechal Deodoro da Fonseca após um ano, dava à escritores de jornais movimentação em suas notícias, podendo ser críticas, sátiras ou mesmo informações para a população. O desenvolvimento da imprensa agitava com novos conceitos vindo de fontes francesas, como as ideias republicanas, positivistas, evolucionistas e descobertas na ciência. Já em 1878, o Diário do Rio de Janeiro registrou nas suas colunas literárias a “Batalha do Parnaso”, onde se protestaram uma reação contra o Romantismo, planejando os direitos da Ideia Nova (democracia e liberdade), dando início à propagação do parnasianismo. Mas costuma-se dizer que o início desta fase em solo brasileiro foi com a publicação do livro “Fanfarras” (1882), de Teófilo Dias. Teve força até o movimento modernista, na Semana de Arte Moderna (em certos casos foi além de 1922 e, inclusive hoje em dia, se nota resquícios característicos do Parnasianismo em muitos sonetos contemporâneos).
A poética parnasiana, posicionada contra o comportamento romântico, se baseava no binômio objetividade temática e culto da forma: a temática surge negando o sentimentalismo romântico, tentando alcançar a indiferença e o que era banal ou comum.
Com as novas invenções da época os parnasianos buscavam interpretar as questões humanas através do cientificismo, materialismo e positivismo. Em meio ao contexto da Revolução Industrial Inglesa e os avanços da metalurgia, o mundo apresentava inúmeras e profundas mudanças na economia. Com isso, o aumento da população, a acelerada urbanização e avanço dos transportes, resultaram em diversas mudanças na mentalidade humana, a impessoalidade dando lugar à valorização da ciência. 
	
Contexto literário
O Parnasianismo em si é composto por autores totalmente deslumbrados pelas poesias parnasianas, e isso forma uma das características da fase, arte pela arte, que é a própria poesia citando poesia. Pode-se definir o contexto literário da fase com o Objetivismo, a busca da perfeição formal e o vocabulário culto. 
A considerada tríade parnasiana é composta por Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Suas poesias são definidas por temas como, a natureza e o Descritivismo; e a sua característica geral é a Adesão completa e rígida das poesias.
	
Características do Parnasianismo
Arte pela arte
Essa é a característica considerada a mais marcante da poesia parnasiana por conta de sua metalinguística literária, como falar do parnasianismo em uma poesia parnasiana. A poesia é valorizada por sua beleza em si e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético.
Objetivismo
A característica Objetivista nos poemas parnasianismos é detalhada na realidade dos fatos tratados como realmente são, porém, por outro lado são deixados o subjetivismo e a emoção.
Culto à forma
Busca da perfeição formal com a metrificação, linguagem rebuscada e vocabulário culto, levado à quase incompreensão da poesia. O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical, buscando tornar as rimas esteticamente ricas.
Preferência pelo soneto e rimas raras
Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso.
Preciosismo
Uso e valorização da descrição das cenas e objetos, devendo ser tratados como únicos. Por isso o uso de palavras pouco conhecidas e rimas ricas.
Racionalismo
A razão predomina sobre o sentimento, ou seja, a expressão dos sentimentos era controlada pela razão.
Universalismo
Os assuntos pessoais ficaram de lado e as verdades universais (de preocupação universal) passaram a ser privilegiadas.
Influência clássica e Exotismo
Apego à tradição clássica, gosto pela mitologia greco-latina e termos extravagantes. Tal interesse visto desde a escolha do nome (monte Parnaso no centro da Grécia) até referências mitológicas citadas na poesia. Acreditavam que ajudaria em combater nas emoções e fantasias exageradas dos românticos, garantindo o equilíbrio. 
Impessoalidade
A visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos, personagens e acontecimentos são apenas descritos conforme a realidade. 
Presença da mulher
Enfoque sensual da mulher, com ênfase na descrição de suas características físicas.
Principais características da poesia parnasiana na França
Temas abordados    
Os principais temas abordados eram referentes a razão, ao belo absoluto, o Antropocentrismo e a perseguição do universalismo. Também incluídos imagens arrancadas da cultura  e da história greco-latina.
   
Objetividade no tema
O objetivismo é provido da negação do sentimentalismo romântico e se consiste em atingir a ausência do banal, incluindo a insensibilidade e indiferença. Opõe-se também ao subjetivismo decadente do universalismo francês, sendo uma poesia para meditar o filosófico , entretanto é considerado artificial.
Formato
      As poesias Parnasianas buscavam a perfeição da norma culta, de formato fixo dos sonetos, métrica de versos Alexandrinos e decassílabos. Também possuem rimas ricas, raras e perfeitas. Evitava-se autilização de mesma classe gramatical e as rimas eram ricas por pura estética.
Características da poesia parnasiana no Brasil
Inicialmente, apresentava nítida influência francesa entretanto, com o passar dos tempos, isso passou a mudar.  Ao contrário do que era proposto pelo Parnasianismo Francês, o Parnasianismo Brasileiro não seguiu todas as normas.  Muitos de seus poemas apresentavam subjetividade e tinham foco aos assuntos remetentes que ocorriam no Brasil, deixando de lado o universalismo.
Temas abordados
Nos temas abordados, eram retratados principalmente os preceitos latinos e não possuíam qualquer valor utilitário, sendo independentes pela beleza formal. Apresentavam também a crise da síntese burguesia, a descrença nos valores da classe dominante, a fustiga social e moral, a inconsequência e o hedonismo da burguesia vitoriosa.
Formato
Os formatos das poesias, apesar de ainda possuírem apenas algumas normas francesas, tornavam-se mais simples comparadas a forma do Parnasianismo Francês: seguiam métricas rigorosas, rimas ricas, sonetos, objetivismo e impassibilidade, descritivismo e a obsessão pela “Deusa Forma”.
Principais autores
Tríade Parnasiana
Olavo Bilac
Um dos principais autores do parnasianismo foi o Olavo Bilac foi um dos mais conhecidos nomes do parnasianismo brasileiro. Nasceu dia 18 de dezembro de 1861, no Rio de Janeiro. Incentivado pelo pai cursou Medicina, mas abandonou o no último ano. Tentou iniciar Direito em São Paulo, contudo, não conseguiu finalizar. A partir de então, o escritor dedicou-se ao jornalismo e à literatura.
Em 1896, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Envolveu-se com os preceitos republicanos e nacionalistas. É autor do “Hino à Bandeira” escrito em 1889. Por fazer sátiras ao governo de Floriano foi exilado em Ouro Preto, Minas Gerais.
Bilac teve uma vida voltada à participação na vida política, o que não o influenciou na subjetividade de sua literatura. Em sua militância, iniciou campanhas cívicas a favor da alfabetização e serviço militar obrigatório. Viveu uma vida solitária de muitas viagens à Europa, o que possivelmente o fez refletir sobre a realidade sócio-política do Brasil, ao comparar as transformações entre outros países.
O poeta faleceu em dezembro, dois dias depois de completar 53 anos, em 1918 na sua cidade natal.
Atributos
Reflexão da existência; Temática da perfeição; Nacionalismo; Mitologia; Sensualismo.
Alberto de Oliveira
Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, no dia 28 de abril de 1857, no Rio de Janeiro, e faleceu no dia 19 de janeiro de 1937, com 79 anos. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em 1884, frequentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com quem teve um filho.
Exerceu diferentes cargos públicos relacionados à educação, entre eles o de professor de língua e literatura. Também foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras e prestigiado em seu tempo, haja vista que, em 1924, fora eleito “Príncipe dos poetas brasileiros”. 
Importava a estética dos objetos, descrevendo elementos que variam entre obras de arte, natureza, mulher até mesmo um muro. 
Seus principais poemas são “O muro”, “Vaso chinês” e “Vaso grego”. O importante é conhecer nesse poeta a temática abordada em sua obra: a elaboração da poesia perfeita. Por essa razão, ele é considerado o parnasiano ortodoxo, impassível, imparcial frente à elaboração poética. 
Atributos
Os seus poemas eram mais descritivos e mais narrativa. Descritivismo; Rigidez formal; Precisão; Pobreza temática; sem emoção.
Raimundo Correia
Outro poeta que se destacou foi o Raimundo da Mota Azevedo Correia já que seus poemas eram bem descritivos como os poemas de Alberto de Oliveira. Nasceu dia 13 de maio de 1859 em uma família de classe alta, com descendência portuguesa.
Estudou no Rio de Janeiro no Colégio Nacional, e em 1877 iniciou o curso de Direito na Faculdade do Largo de São Francisco em São Paulo, onde conheceu grandes nomes como Afonso Celso e Raul Pompéia. Após a conclusão do curso, ele exerceu a função de juiz no interior de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Com o lançamento de seu livro em 1879, Primeiros Sonhos, Raimundo Correia estreou sua carreira como poeta, e seguia fortes influências de escritores românticos como Castro Alves, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu.
Em 1883 ele lançou seu segundo livro, Sinfonias – prefaciado por Machado de Assis. Assumiu por completo a estética parnasiana nestas poesias, e passou a integrar a “Tríade Parnasiana” ao lado de Olavo Bilac e Alberto de Oliveira. 
Casou-se no ano de 1884 com Mariana Sodré, uma dama de classe e pertencente a uma família ilustre. E em 1897 tornou-se sócio fundador da Academia Brasileira de Letras.
Morreu em setembro de 1911, com um sério problema de saúde - mesmo tendo ido para Paris se tratar.
Atributos
Natureza; Melancolia; Pessimismo; Filosófico; Moralidade.
Principais obras
De Olavo Bilac 
Via-Láctea; Sarças de Fogo; Alma Inquieta; O Caçador de Esmeraldas;Tarde. 
De Alberto de Oliveira
Canções Românticas; Meridionais; Sonetos e Poemas; Versos e Rimas; Vaso chinês. 
De Raimundo Correia
Primeiros Sonhos; Sinfonias; Versos e Versões; Aleluias; Poesias; Aleluias.
De Vicente de Carvalho
Ardentias, Relicário, Rosa, Rosa de Amor, Poemas e Canções.
Obras analisadas
A Um Poeta – Olavo Bilac
A Um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa 
De tal modo, que a imagem fique nua, 
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício 
Do mestre. E, natural, o efeito agrade, 
Sem lembrar os andaimes do edifício.
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade
Análise 
Na primeira estrofe podemos observar que Olavo Bilac descreve a vida do poeta escrevendo um poema, como nesse verso: “Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
Na segunda estrofe, faz menção de como se deve construir a poesia parnasiana, como nesse verso: “De tal modo, que a imagem fique nua, /Rica mas
sóbria, como um templo grego.”
Na terceira estrofe, o poeta declara a beleza de seu poema por meio da riqueza das palavras, como no verso: “Não se mostre na fábrica o suplício do mestre.”
Na quarta estrofe, diz que a beleza no poema é tudo de bom que se pode ter, como no verso: “Porque a Beleza, Gêmea da Verdade, /Arte pura,
inimiga do artifício”.
As Pombas – Raimundo Correia
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
Análise
Na primeira estrofe, Correia faz comparação de uma pomba à um jovem que
busca por sonhos em sua vida, como no verso: “Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas”.
Na segunda estrofe, podemos perceber que o poeta retrata a rotina das pombas quando saem e voltam de casa, fazendo alusão à fase de adolescentes, como nesse verso: “Voltam todas em bando e em revoada...”.
Na terceira e quarta estrofe, complementam a relação da pomba e da vida adolescente, portanto, nessas estrofes, concluímos que a vida é passageira e não há volta, fazendosentido a vida de adolescente, que poucos sonhos conseguimos realizar: “No azul da adolescência as asas soltam”.
 Parnasianismo nas artes
Pintura
O Espelho de Vênus
Pintado por Edward Burne-Jones, a pintura se associa ao Parnasianismo por seus detalhes relacionados ao erotismo e a sensualidade feminina, a pintura também faz analogia ao clássico e a mitologia grega.
O Espelho de Vênus, de Edward Burne-Jones (1875). Extraído de:< http://www.arteeblog.com/2015/01/a-historia-da-obra-de-arte-o-espelho-de.html>.
Visão de Fiammetta
Pintado por Dante Gabriel Rossetti, a Visão de Fiammetta pode ser considerada uma pintura parnasiana, por sua estética, ou seja, em poesias parnasianas observamos a beleza nas palavras e na pintura, observamos a beleza na arte.
Visão de Fiammetta, de Dante Gabriel Rossetti (1878). Extraído de: < http://www.allposters.com.br/-sp/A-Vision-of-Fiammetta-1878-posters_i10664779_.htm>.
Parnassus
Pintada por Nicolas Poussin, a pintura conhecida por “Parnassus”, tem como coincidência ao Parnasianismo seus personagens clássicos gregos, podemos observar o Deus Apollo e suas Musas no monte Parnaso, representando a celebração das artes, especialmente a poesia. Apollo oferecia o néctar dos deuses, provavelmente Homero, à quem foi coroado com uma grinalda de louro por Calíope, a musa da poesia épica, filha de Zeus e Mnemosine. O cupido no primeiro plano oferecia aos poetas a água da inspiração que fluía da primavera de Castália (nascente de água), personificada por uma mulher nua. 
Parnassus, de Nicolas Poussin (1630-1631). Extraído de: < https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/parnassus/e8abab9b-b7d5-4756-bcda-48799c4f8321>.
Arquitetura
A Arquitetura parnasiana baseia-se nos princípios ornamentais e repletas de esmero, sendo caracterizado também como algo estético. Podem ser citados em exemplos: o Coliseu e a Torre Eiffel.
Ainda sim, os arquitetos atendiam as necessidades urbanas por conta da industrialização e eram criados ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas e etc. 
Música
O que é importante na musica são as rimas raras, o respeito as regras de versificação e a descrição visual que são características do parnasianismo.
Escultura
Muitas mulheres foram esculpidas na demonstração do parnasianismo, com sensualidade e o amor carnal. A reflexão sobre o homem e sua condição é ilustrada também.
Houve a história da “Musa Impassível”, uma poesia parnasiana, de Francisca Júlia Da Silva (1871-1920), que foi esculpida por Victor Brecheret (1894-1955). 
Em 1895, o livro “Mármores” foi publicado e recebeu boas críticas, ele compunha do poema, a Musa Impassível. Contudo, Brecheret realizou a representação viva deste poema, envolvida por caracteres parnasianos: sensualidade, seios grandes e fartos (importância da mulher na sociedade). Olhos fechados que remete a querer esquecer da dor da morte; dedos e braços longos e delicados simbolizando a força e a superioridade de uma mulher que abriu segmento na literatura feminina.
Ela se encontrava no Cemitério do Araçá no próprio túmulo de Francisca, mas a obra começara a desgastar-se e acabou sendo retirada no dia 13 de dezembro de 2006, e levada à Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Parque da Luz.
Musa Impassível, de Victor Becheret (1921-1923). Extraído de: <http://www.saopauloantiga.com.br/a-historia-da-musa-impassivel/>.
 Conclusão
O Parnasianismo é um movimento literário essencialmente poético. Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito, as regras de versificação, pelo perfeccionismo rítmico e vocabular, pelas rimas raras e pela preferência por estruturas fixas, como o soneto, e descritivas, a valorização da estética e metrificação.
Fatos históricos são os temas preferidos, junto dos objetos e paisagens. A descrição visual é a fonte da poesia parnasiana. Os autores fazem “”arte pela arte” e a visão de seu escritor não interfere na abordagem de suas rimas.
A poética parnasiana posiciona-se contra o comportamento romântico trazendo consigo características diferentes e inovadoras de época para época. Como de Romantismo para o Parnasianismo. Sendo apegada a tradição clássica, mas com objetividade nos temas abordados, deixando de lado o subjetivismo, baseando-se na realidade. 
Bibliografia
PARNASIANISMO – CARACTERÍSTICAS E CONTEXTO HISTÓRICO. In: TODA MATÉRIA. Daniela Diana, 2017. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/Parnasianismo-caracteristicas-e-contexto-historico/>.
CARACTERÍSTICAS DO PARNASIANISMO. In: TODA MATÉRIA. Daniela Diana, 2017. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-do-Parnasianismo/>.
PARNASIANISMO. In: TODA MATÉRIA. Daniela Diana, 2017. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/Parnasianismo-no-brasil/>.
A LINGUAGEM DO PARNASIANISMO. In: TODA MATÉRIA. Daniela Diana, 2017. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/a-linguagem-do-Parnasianismo/>.
PARNASIANISMO ESBOÇO. In:. DEVANEIOS LITERÁRIOS. Ligia e Cristina, 2010. Disponível em: <http://licrisdevaneiosliterarios.blogspot.com.br/2010/07/parnasianismo-esboco.html>. 
PARNASIANISMO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo12159/parnasianismo>.
CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL DO PARNASIANISMO. In: BLOG POESIA E CIA. Disponível em: <http://crp-poesiaecia.blogspot.com.br/2009/08/contexto-historico-e-social-do.html>.
PARNASIANISMO. In: GLOBO EDUCAÇÃO. Carmen Pimentel. Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/parnasianismo.html>.
REALISMO, NATURALISMO, SIMBOLISMO E PARNASIANISMO. In: BLOG BIA SENDAY. Bia Senday, 2009. Disponível em: <http://bia-senday.blogspot.com.br/2009/07/caracteristicas-historicas-na-epoca-do.html>.
A LINGUAGEM DO REALISMO, NATURALISMO E PARNASIANISMO. In: PREZI. Thallyson Araujo, 2015. Disponível em: <https://prezi.com/aw-u-atx_3wg/a-linguagem-do-realismo-naturalismo-e-parnasianismo/>.
PARNASIANISMO. In: PORTAL SÃO FRANCISCO. Encyclopaedia Britannica do Brasil, 2017. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/periodos-literarios/parnasianismo>.
PARNASIANISMO. In: GRAMÁTICA.NET. Disponível em: < https://www.gramatica.net.br/literatura/parnasianismo/>.
A PRESENÇA DA MULHER NA POESIA PARNASIANA. CADERNOS DE LETRAS DA UFF-PIBIC-GLC. Camillo Cavalcanti, orientação: Lucia Helena. Disponível em: < http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/30-31/artigo2.pdf>.
REALISMO/ NATURALISMO/ SIMBOLISMO. In: IPEU – Lingua Portuguesa em Uso. Gloria Galli, 2012. Disponível em: <http://www.lpeu.com.br/q/c93it>.
A QUEDA DO IMPÉRIO. In: COLÉGIO WEB. 2012. Disponível em: <https://www.colegioweb.com.br/segundo-reinado-governo-de-d-pedro-1840-1889/a-queda-do-imperio.html>.
ALBERTO DE OLIVEIRA (BRASIL) – CÉU FLUMINENSE. In: LUSOGRAFIAS. 2015. Disponível em: <https://lusografias.wordpress.com/2015/05/06/alberto-de-oliveira-ceu-fluminense/>.
PARNASIANISMO: REALISMO NA POESIA: A BELEXA DA SOBRIEDADE. In: UOL EDUCAÇÃO. 2013. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/parnasianismo-realismo-na-poesia-a-beleza-da-sobriedade.htm>.
A história da obra de arte: O Espelho de Vênus, de Edward Burne-Jones. In: blog arteeblog. 2015. Disponível em: < http://www.arteeblog.com/2015/01/a-historia-da-obra-de-arte-o-espelho-de.html>.
NICOLAS POUSSIN, MESTRE DA PINTURA FRANCESA. In: LEÕES E CORDEIROS. 2011. Disponível em: < http://bethccruz.blogspot.com.br/2011/02/poussin.html>.
A HISTÓRIA DA MUSA IMPASSÍVEL. In: SÃO PAULO ANTIGA. Glaucia Garcia, 2012. Disponível em: <http://www.saopauloantiga.com.br/a-historia-da-musa-impassivel/>.

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