Buscar

Dos crimes contra a vida - Penal 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Dos crimes contra a vida:
- Homicídio: (aula 1)
É a morte de um homem praticada por outro homem. É a eliminação da vida de uma pessoa provocada por outra. Art. 121 - Matar alguém.
Bem jurídico tutelado: VIDA.
É um crime comum, pois o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, não exigindo a Lei, nenhum requisito especial. Admite a coautoria ou participação, por ação ou omissão.
Pode ser praticado com dolo (vontade e consciência na produção do resultado) ou com culpa (por imprudência, negligência ou imperícia). Dá-se o nome de homicídio doloso no primeiro caso e de homicídio culposo no segundo.
Consumação: O crime é consumado com a morte encefálica.
A tentativa pode ser branca (quando o agente não atinge a vítima) ou vermelha (quando a vítima é atingida).
Perdão Judicial - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que torne desnecessária a sanção penal.
Por homicídio simples, entende-se que é aquele que constitui o tipo básico fundamental, ou seja, contém os componentes essenciais do crime. (caput)
O homicídio privilegiado é aquele que, em virtude de certas circunstâncias subjetivas, conduzem a uma menor reprovação social da conduta do homicida e, por este motivo, a pena é atenuada. Ex: Pai que mata estuprador da filha.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Já o homicídio qualificado é aquele que tem sua pena majorada (aumentada). Diz respeito aos motivos determinantes do crime e aos meios de execução, reveladores de maior periculosidade ou perversidade do agente.
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
O homicídio culposo há uma ação voluntária dirigida a uma atividade lícita, porém, pela quebra do dever de cuidado a todos exigidos, sobrevém um resultado ilícito não querido, cujo risco nem sequer foi assumido.
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de um a três anos.
- Participação em Suicídio (aula 2)
Art 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça;
Suicídio é a eliminação voluntária e direta da própria vida. Suicídio não é crime. Logo, a tentativa de suicídio não induz pena ao agente. Esse dispositivo pune a participação no suicídio mediante induzimento, instigação ou auxílio.
Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa que execute uma das condutas descritas no tipo. Por ser um tipo misto alternativo (crime de ação múltipla ou de conteúdo variado), o agente, ainda que realize todas as condutas, responde por um só crime.
a) Induzir: Dar a ideia.
b) Instigar: Reforçar a ideia. 
c) Auxiliar: Assistência material (ex: emprestar a arma, o veneno)
A participação não possui atos executórios, caso haja, é homicídio.
Participar de um suicídio de um menor de 14 anos é homicídio e não participação.
Consumação: morte ou lesão corporal grave.
Aumento de pena:
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
a) Motivo egoístico: elemento subjetivo que demonstra interesses personalíssimos no evento morte. Ex: o filho que participa do suicídio do pai para ficar com a herança.
b) Vítima menor: em termos de outros dispositivos, seria a pessoa entre os 14 e 18 anos. Apesar de não haver indicação expressa na Lei indicando a menoridade a que ela se refere, funda-se a agravante em tela na menor capacidade de resistência moral da vítima à criação ou estímulo do propósito suicida por parte do agente. (ex uma pessoa doente mental)
Infanticídio - art 123:
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Por ser um crime próprio, somente a mãe puérpera pode praticar o crime em tela. O sujeito passivo do crime é, somente, o filho “durante o parto ou logo após”.
Por se tratar de crime de execução de forma livre, pode ser praticado por qualquer meio comissivo (enforcamento, estrangulamento, afogamento...) ou omissivo (deixar de amamentar a criança, abandonar recém-nascido em lugar ermo com o fim de praticar sua morte - animus necandi - ...).
O elemento subjetivo do crime de infanticídio é o dolo, ou seja, a vontade consciente e voluntária de produzir o resultado. Não existe a modalidade culposa neste crime.
Pergunta: A mãe mata outra criança pensando ser o seu filho, responderá por infanticídio?
R: Sim. É infanticídio, apesar de não ser o próprio filho, pois aconteceu o erro sobre a pessoa.
Aborto:
É a interrupção da gravidez com a morte do produto da concepção. Consiste na eliminação da vida intrauterina.
É crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa, não somente pela mãe.
1) Autoaborto: A gestante provoca o aborto em si mesma. 
2) Consentimento no aborto: a gestante consente que outra pessoa lhe provoque o aborto. É o caso em que a gestante vai até a clínica de aborto e contrato os serviços do profissional.
3) Aborto provocado sem o consentimento: terceira pessoa provoca o aborto sem o consentimento da gestante.
Se o aborto for cometido em gestante menor de 14 anos, com doença mental ou se o consentimento foi conseguido através de fraude, grave ameaça ou violência, o consentimento não é válido, de modo que o crime que se configura é o art 125.
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Aborto legal:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Crimes contra o patrimônio: 
- Furto: 
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Bem jurídico tutelado: Patrimônio.
Elemento subjetivo: dolo.
Distinção entre furto X apropriação indébita:
No crime de apropriação indébita a posse do objeto está fora da esfera de vigilância de seu dono, enquanto no furto essa posse é vigiada. 
Ex: Biblioteca: Não posso levar o livro e levo = Furto; 
Posso levar o livro, levo, mas não devolvo = apropriação indébita.
Furto Famélico: furto para saciar a fome daquele momento. Ou seja, se o agente furtar 5 pacotes de açúcar, 3 de arroz, 10kg de carne e uns queijos para degustar mais tarde, não será possível considerar insignificância porque nesse caso, ele furtou para o mês todo.
Princípio da Insignificância: Caso a conduta venha a lesar de modo desprezível o bem jurídico protegido, não há que se falar em tipicidade material, o que transforma o comportamento em atípico.
Gato de água e energia é furto.
Dar um jeitinho no relógio para mostrar que você gastou menos do que realmente poderia não é furto e sim estelionato.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto entre família: É isento de pena desde que não praticado com violência ou grave ameaça: de ascendente ou descendente. 
Bem de Uso Comum: Pegar água no rio para beber, pegar areia na pracinha. Fato atípico.Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
- Roubo:
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.

Outros materiais