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Exercícios de Filosofia Filosofia Geral e Jurídica I 1. A filosofia ocidental nasceu na Grécia antiga. O estudo da filosofia costuma dividi-‐la em algumas fases, sendo a primeira delas a filosofia pré-‐ socrática. Sobre esse período da filosofia e a sua relação com outras formas de pensamento, assinale a alternativa incorreta. a. A filosofia pré-‐socrática não apresentava divisão clara entre disciplinas. Mas é possível identificar a predominância da investigação da natureza no trabalho dos pré-‐socráticos. b. A ideia de que o mundo é um todo organizado, regido por um sistema coerente de princípios, é uma marca da filosofia pré-‐socrática. Essa ideia, apesar de importante, não é o que distingue a filosofia pré-‐socrática do pensamento mítico, já que esse último já defendia a explicação sistemática e coerente do mundo. A diferença é a de que, para o pensamento mítico, o sistema coerente de explicação do mundo corresponde a um conjunto sistemático, coerente e previsível de relações entre os deuses. c. A filosofia pré-‐socrática concebe o mundo como um todo composto por partes que se explicam mutuamente. Nesse sentido, a filosofia pré-‐socrática busca a explicação do mundo a partir de si mesmo, e não de forças externas que atuam sobre o mundo. Essa característica da filosofia pré-‐socrática a distingue do pensamento mítico, que buscava na ação dos deuses, exteriores ao mundo dos homens, a explicação para os fenômenos do mundo dos homens. d. A filosofia pré-‐socrática legou à filosofia ocidental um conjunto de conceitos articulados que foram posteriormente desenvolvidos por outras escolas de pensamento. Um desses conceitos é o de physis, que carrega alguns sentidos possíveis. Um desses sentidos se refere a tudo que é natural, em oposição ao que é artificial. Também é empregado para denotar o conjunto de propriedades de uma coisa que faz com que ela pertença à sua espécie de coisa, e não a outra. Ou seja, a physis de uma coisa é a sua essência, aquilo que no cerne faz com que ela seja aquilo que é. e. Uma das marcas do pensamento filosófico, inaugurado com a filosofia pré-‐socrática, é a de que aquilo que explica a origem cronológica das coisas do mundo possui afinidade com aquilo que explica a maneira como as coisas funcionam e se comportam uma vez já criadas. O pensamento mitológico, por sua vez, não operava essa operação de aproximação entre a explicação da origem e aquela dos princípios de funcionamento das coisas. O mito é uma narrativa que explica como as coisas surgem no mundo, mas ele não se relaciona de maneira lógica com a vontade dos deuses os quais, segundo a mitologia, são os responsáveis pela maneira como as coisas se comportam uma vez criadas. Resposta: b 2. Aristóteles, na obra Ética a Nicômaco, desenvolveu suas ideias importantes acerca da finalidade humana e da virtude. O Livro V dessa obra é dedicado à virtude da justiça. Sobre as ideias de Aristóteles sobre a justiça, avalie as afirmações abaixo: I. Aristóteles inicia a investigação sobre a justiça reconhecendo que o termo é utilizado em diversos sentidos. Um desses sentidos equipara a justiça com a virtude em geral. A justiça é a virtude em geral porque, para Aristóteles, a justiça possui precedência em relação a todas as outras virtudes. A um homem pode, portanto, faltar coragem, ou temperança, mas ele será virtuoso de forma geral se for capaz de dar a cada pessoa aquilo que lhe cabe: nem mais, nem menos. II. Um dos tipos de justiça reconhecido por Aristóteles é a justiça corretiva. Essa justiça é aquela que se aperfeiçoa nas transações entre o homens, sejam elas voluntarias ou involuntárias. Um dos elementos centrais da ideia de justiça corretiva de Aristóteles é o de que o mérito das partes envolvidas na transação importa para avaliar se um desequilíbrio entre elas deve ou não ser reconhecido. Assim, se um sábio, que possui mais conhecimentos e prudência do que um artesão, subtrai do artesão uma de suas ferramentas de trabalho, o fato de que o sábio é mais virtuoso, em geral, do que o artesão, contará a favor do sábio para lhe desculpar o comportamento e para justificar a subtração da ferramenta. III. Aristóteles entende que toda vez que uma pessoa causa a outra um dano, a primeira age injustamente. Portanto, um ato, para ser injusto, independe do seu caráter voluntário ou involuntário. Assim, se uma criança, brincando com uma arma e na ignorância a respeito dos perigos da arma, atira sem querer em outra pessoa, ela deve ser responsabilizada por ter cometido um ato injusto. Ela não deverá, no entanto, ser considerada uma pessoa injusta, porque o seu ato, consideradoisoladamente, não necessariamente representa a sua disposição de caráter. Assinale a alternativa correta: a. Apenas I e III são falsas. b. Apenas II e III são verdadeiras. c. Apenas III é verdadeira. d. Apenas II é falsa. d. I, II e III são falsas. Resposta: d
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