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SISTEMA NERVOSO

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SISTEMA NERVOSO
Prof. Fabiana C. Vieira
Recife - 2015
Noções básicas do sistema nervoso
Origem: folheto embrionário que está em contato com o meio externo, o ectoderma - placa neural - sulco longitudinal chamado de sulco neural e forma a goteira neural. Os lábios da goteira se fundem e formam o tubo neural. 
No ponto em que o ectoderma não diferenciado se desenvolvem células que formam uma lâmina longitudinal denominada crista neural. 
O tubo neural dará origem aos elementos da parte central do sistema nervoso e a crista neural dará origem aos elementos da parte periférica do sistema nervoso.
Divisão Anatômica do SN
Divisão: central e periférica. 
Central do sistema nervoso é composta pelo encéfalo que compreende o cérebro (telencéfalo e diencéfalo), o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e pela medula espinal. 
Periférica do sistema nervoso é composta por nervos (cranianos e espinais), gânglios e terminações nervosas.
SNC
SNP
Encéfalo
Cérebro
Cerebelo
Tronco Cerebral
Medula Espinhal
Telencéfalo
Diencéfalo
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Nervos
Gânglios/ Terminações Nervosas
Espinhais
Cranianos
Divisão Funcional do SN
Funcionalmente: somático e visceral. 
O sistema nervoso somático relaciona o organismo com o meio ambiente e apresenta um componente aferente e outro eferente. 
O sistema nervoso visceral está relacionado à inervação e ao controle das estruturas viscerais, apresentando também um componente aferente e outro eferente. A parte eferente do sistema nervoso visceral é chamada de parte autônoma do sistema nervoso e é subdividida em parte simpática e parassimpática.
SNS
SNV
Aferente
Eferente
Eferente
Aferente
SNA
Simpático
Parassimpático
Tecido Nervoso
Formado por dois tipos de células: os neurônios e as células da neuroglia. 
O neurônio é a unidade morfofuncional do sistema nervoso, são células especializadas em responder a estímulos físicos e químicos, conduzir impulsos e liberar mediadores químicos específicos.
Possui três regiões específicas: corpo celular, dendritos e axônio.
Dentritos
Corpo
Axônio
 Os neurônios podem ser classificados segundo a sua função em:
 neurônios motores (controlam órgãos efetores como glândulas exócrinas, glândulas endócrinas e fibras musculares),
 neurônios sensitivos (recebem estímulos sensitivos do meio ambiente e do próprio organismo)
 neurônios de associação e interneurônios (estabelecem conexões com outros neurônios, formando circuitos complexos).
 As células da neuroglia ocupam o espaço entre os neurônios e apresentam funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa.
Sinapse: é a responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos. As sinapses são locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras.
 A função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em um sinal químico que atua sobre a célula pós-sináptica. Existem sinapses químicas e sinapses elétricas.
Fibra nervosa: as fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. 
Fibras nervosas mielínicas (células de Schwan) ou amielínicas. 
Nervo: as fibras nervosas se agrupam em feixes dando origem aos nervos, revestimento de tecido conjuntivo que circunda e une as fibra nervosas e os fascículos e vasos sanguíneos. 
Os nervos estabelecem comunicações entre os centros nervosos superiores e os órgãos da sensibilidade e os efetores (músculos e glândulas). 
 As fibras aferentes levam para os centros superiores as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente. As fibras eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros. Os nervos podem ser fibras aferentes (sensitivas), fibras eferentes (motores) ou mista.
São revestidos por três camadas: endoneuro, perineuro e epineuro.
Encéfalo 
Medula espinal.
Parte central do SN
Encéfalo
Encéfalo
Cérebro
Cerebelo
Tronco Encefálico
Telencéfalo
Diencéfalo
Telencéfalo: compreende os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo que são divididos parcialmente pela fissura longitudinal do cérebro e unidos pelo corpo caloso. 
A superfície cerebral apresenta depressões denominadas sulcos do cérebro, que delimitam os giros do cérebro. Entre os sulcos interlobares, os principais são o sulco lateral e o sulco central.
 Os lobos do cérebro são: o lobo frontal, o lobo parietal, o lobo occipital, o lobo temporal e o lobo insular. 
No telencéfalo, a substância cinzenta está localizada externamente formando o córtex cerebral e a substância branca localiza-se internamente, formando o corpo medular do cérebro. A principal área motora do córtex cerebral está situada no giro pré-central, enquanto que a principal área sensitiva somática do córtex cerebral está situada no giro pós-central.
Diencéfalo: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. 
Funções do Tálamo: 
Sensibilidade; 
Motricidade; 
Comportamento Emocional; 
 Ativação do Córtex; 
Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta. 
Funções do Hipotálamo: 
  Controle do sistema nervoso autônomo; 
  Regulação da temperatura corporal; 
  Regulação do comportamento emocional; 
  Regulação do sono e da vigília; 
  Regulação da ingestão de alimentos; 
  Regulação da ingestão de água; 
  Regulação da diurese; 
  Regulação do sistema endócrino; 
  Geração e regulação de ritmos circadianos. 
Funções do epitálamo :
 Pertencem ao sistema límbico, 
 Regulação do comportamento emocional.
Cerebelo
Cerebelo: o cerebelo possui uma porção mediana, ímpar, chamada de verme do cerebelo que está ligada a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas folhas do cerebelo. 
As funções do cerebelo são o equilíbrio e a coordenação dos movimentos
 
Tronco encefálico: o tronco encefálico está localizado entre a medula espinal e o diencéfalo, situando-se anteriormente ao cerebelo. O tronco encefálico se divide em bulbo, inferiormente; mesencéfalo, superiormente; e ponte, situada entre ambos.
Bulbo: regulação do ritmo respiratório, centro vasomotor e o centro do vômito
Ponte : regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório.
Mesencéfalo: regulação do ritmo respiratório
Localização: dentro do canal vertebral da coluna vertebral, porém, sem ocupá-lo totalmente. A medula espinal vai se afilando e formando o cone medular que se continua com um filamento meníngeo chamado de filamento terminal. 
O limite inferior da medula situa-se no nível da segunda vértebra lombar. 
A medula espinal apresenta duas dilatações: a intumescência cervical e a intumescência lombossacral. Essas dilatações correspondem ao local de origem das grossas raízes nervosas que vão formar os plexos braquial e lombossacral, responsáveis pela inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. 
Medula Espinhal
Na medula espinal é possível observar, na parte central, uma formação de substância cinzenta em forma de “H” ou de borboleta rodeada por substância branca, externamente. A substância cinzenta é formada por uma grande concentração de corpos neuronais. A substância branca da medula espinal é formada por fibras, a maior parte delas mielínicas.
A medula espinal é dividida em 31 segmentos medulares. De cada um desses segmentos, sai um par de nervos espinais, totalizando 31 pares de nervos espinais. Como foi dito, a medula termina no nível de LII, abaixo desse nível, o canal medular é preenchido por meninges e nervos que formam a cauda equina.
Meninges e líquido cerebroespinhal
Toda parte central do sistema nervoso está envolvida por membranas fibrosas chamadas de meninges, que são: dura-máter, aracnoide-máter
e pia-máter. 
Existem três espaços em relação a estes envoltórios que são: o espaço extradural/epidural, o espaço subdural e o espaço subaracnoideo (que contém o líquido cerebrospinal). 
 O líquido cerebrospinal (LCS) é um fluido aquoso, límpido e incolor, composto principalmente por água. O LCS desempenha três funções principais: (1) suporta o peso do encéfalo no interior do crânio, (2) atua como protetor ou amortecedor entre o encéfalo e a dura-máter com o crânio adjacente (proteção mecânica) e (3) proporciona um meio líquido estável para a parte central do sistema nervoso.
            
Parte periférica do sistema nervoso
A parte periférica do sistema nervoso consiste em terminações nervosas, troncos nervosos periféricos, plexos e gânglios que ligam a parte central do sistema nervoso a outras partes do corpo. São estruturas nervosas de ligação localizadas fora do esqueleto axial.
Nervos Cranianos
Os nervos cranianos são aqueles que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10) faz conexão com o tronco encefálico, com exceção apenas dos nervos olfatório e óptico, que se ligam, respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
Nervo olfatório [I],
 nervo óptico [II], 
nervo oculomotor [III], 
nervo troclear [IV], 
nervo trigêmeo [V], 
nervo abducente [VI],
 nervo facial [VII], 
nervo vestibulococlear [VIII],
 nervo glossofaríngeo [IX],
 nervo vago [X], 
nervo acessório [XI] 
nervo hipoglosso [XII].
Nervos espinhais
Os nervos espinais são aqueles que fazem conexão com a medula espinal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. 
São em número de 31 pares, que correspondem aos 31 segmentos da medula espinal. São, pois, 8 pares de nervos espinais cervicais, 12 pares de nervos espinais torácicos, 5 pares de nervos espinais lombares, 5 pares de nervos espinais sacrais e 1 par de nervos espinais coccígeos.
Gânglios
Os gânglios são dilatações constituídas principalmente por corpos de neurônios na parte periférica do sistema nervoso.
 
Terminações nervosas
 
As terminações nervosas são estruturas localizadas na extremidade das fibras que constituem os nervos e podem, funcionalmente, ser divididas em dois tipos: sensitivas (aferentes) ou motoras (eferentes). 
As terminações sensitivas, quando estimuladas (calor, luz etc.), dão origem a um impulso nervoso que segue pela fibra em cuja extremidade elas estão localizadas. Este impulso é levado para a parte central do sistema nervoso e atinge áreas específicas do cérebro local em que é “interpretado”, resultando em diferentes formas de sensibilidade.
 As terminações nervosas motoras existem na porção terminal das fibras eferentes e são os elementos de ligação entre estas fibras e os órgãos efetuadores: músculos ou glândulas.
Divisão autônoma do SN
O termo divisão autônoma do sistema nervoso é usado para descrever aquelas células nervosas, localizadas tanto na parte central do sistema nervoso quanto na parte periférica, que estão envolvidas com a inervação e o controle dos órgãos viscerais, músculos lisos, músculo cardíaco e glândulas.
A principal função da divisão autônoma do sistema nervoso é descrita amplamente como a homeostasia do meio ambiente interno. Isso é garantido pela regulação dos mecanismos cardiovasculares, respiratórios, digestivos, excretores e termorreguladores, que ocorrem de modo automático e com relativamente pouco controle voluntário.
O sistema nervoso é dividido, funcionalmente, em somático e visceral. 
O sistema nervoso somático relaciona o organismo com o meio ambiente e apresenta um componente aferente e outro eferente. 
O sistema nervoso visceral está relacionado à inervação e ao controle das estruturas viscerais, apresentando também um componente aferente e outro eferente. A parte eferente do sistema nervoso visceral é chamada de parte autônoma do sistema nervoso. Os neurônios eferentes da divisão autônoma do sistema nervoso organizam-se em dois grupos distintos: os da parte simpática e os da parte parassimpática.
SNS
SNV
Aferente
Eferente
Eferente - SNA
Aferente
Simpática
Parassimpática
Transmitem sensações de dor, temperatura, tato e estimula o movimento voluntário e reflexo
Consiste em fibras motoras que estimulam o músculo liso, cardíaco e células glandulares. Controle função visceral.
FIM

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