Buscar

casos éticos - Ética enfermagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caso 1 
O documento Atenção Humanizada ao Abortamento deve ser seguido por todas as 
unidades de saúde e diz que "o não cumprimento da norma pode ensejar procedimento 
criminal, civil e ético-profissional contra quem revelou a informação, respondendo por 
todos os danos causados à mulher". 
Infração. O Código de Ética do Profissional da Enfermagem também recomenda o sigilo 
ético-profissional, exceto quando há autorização por escrito. Assim, o Conselho Federal 
de Enfermagem (Cofen) informou, por meio da assessoria de imprensa, que a profissional 
pode ter cometido infração ética. 
A assessoria informou que o enfermeiro está obrigado a seguir ordenamentos e 
protocolos, como o do Ministério da Saúde. Agora, caberá ao conselho regional da 
categoria fazer uma fiscalização e abrir uma sindicância para confirmar se houve ou não 
uma infração ética. 
No caso em questão, a enfermeira M.J.D, do Hospital de Base de São José do Rio Preto 
foi quem comunicou à polícia que Keila Rodrigues provocou um autoaborto. Como 
consequência, Keila foi processada e será julgada por um júri popular. 
 
 Com base nos fatos comentem e Responda o solicitado: 
 
1 – Comente a ocorrência. 
 
Se a enfermeira não tivesse comunicado a policia ela não estaria infringindo o Art. 
9º Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato 
que infrinja postulados éticos e legais e o Art. 28º Provocar aborto ou cooperar em 
prática destinada a interromper a gestação Parágrafo único Nos casos previstos em 
lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua 
participação ou não no ato abortivo. ? 
 
2 – Quanto à conduta da profissional denunciada, há indícios de infração a algum artigo 
do CEPE? 
 
Sim. 
 
3 – Em caso afirmativo, quais os artigos do CEPE foram violados na ocorrência? 
 
Art. 12º Assegurar à pessoa, à família e à coletividade assistência de enfermagem 
livre de danos decorrentes de imperí- cia, negligência ou imprudência. 
 
Art. 82º Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de 
sua atividade profissional, exceto casos previstos em lei, ordem judicial ou com o 
consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. 
 
4 – Aponte o princípio da bioética que foi violado nesta ocorrência, pelo profissional? 
 
Autonomia e justiça 
 
5 – A conduta da profissional pode ser enquadra em qual desídia? 
 - Negligência 
 - Imperícia 
 - Imprudência – A enfermeira em questão agiu de forma precipitada, ao contar a 
policia sobre o aborto sem medir as consequências a ela própria de acordo com 
código de ética e à paciente. 
Caso 2 
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF) ouviu o depoimento do enfermeiro que 
aplicou a superdose de adrenalina na menina Rafaela, de 1 ano e 7 meses, que morreu 
na quarta-feira (23), no Hospital Regional de Santa Maria. Foi ele quem injetou a 
substância na paciente, cumprindo determinação da médica que prescreveu a medicação. 
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a médica responsável pela 
prescrição apresentou novo atestado médico, desta vez de 30 dias, nesta terça-feira (29). 
A profissional estava afastada desde a última semana, quando a menina morreu. 
O Coren-DF tem até julho para entregar o relatório final sobre a investigação. Se a 
apuração apontar responsabilidade do enfermeiro, pode ser aberto um processo de 
cassação do registro profissional dele no Conselho Federal de Enfermagem. 
“Ele se apresentou por livre e espontânea vontade e informou que questionou a médica 
duas vezes sobre a quantidade de adrenalina. Como a aplicação foi intramuscular, que 
tem absorção mais lenta, e não intravenosa, como é de costume, ele aplicou a medicação. 
Se fosse aplicada de forma intravenosa, ele não faria”, afirmou o presidente do Coren-DF, 
Wellington Antônio da Silva. 
De acordo com o código de ética de enfermagem, o profissional poderia ter se negado a 
aplicar a substância. No depoimento, o profissional afirmou que temeu que algo pudesse 
acontecer com a menina, caso não aplicasse a adrenalina. 
Para o presidente do Coren-DF, o momento é importante para se debater o papel dos 
profissionais que compõem as equipes que prestam atendimento nas unidades de saúde. 
“Enquanto alguns médicos não enxergarem a equipe multidisciplinar como importante 
para cuidar e tratar dos pacientes, casos como esse vão continuar a acontecer” afirma. 
O caso 
Rafaela foi levada ao Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) na tarde de domingo (20) 
com uma alergia. A médica que fez o atendimento prescreveu 3,5 miligramas de 
adrenalina. Segundo a mãe da criança, Jane Formiga, um enfermeiro estranhou a 
dosagem e a avisou. A mãe também relatou que a médica foi questionada, mas confirmou 
a aplicação. 
A menina começou a passar mal poucos minutos após a aplicação de adrenalina. Ela foi 
entubada ainda no HMIB e foi transferida na madrugada de segunda-feira (21) para o 
Hospital de Santa Maria. Na tarde da quarta-feira, a menina teve cinco paradas cardíacas 
e morreu. 
De acordo com o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, a secretaria abriu 
sindicância para investigar o caso e encaminhou ao Conselho Regional de Medicina 
documentos para que a conduta da profissional responsável pela prescrição do 
medicamento também seja avaliada pelo órgão. “Houve uma prescrição, uma dose acima 
do preconizado, que provavelmente levou ao óbito dessa criança”, disse o secretário. 
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Alergia, Sérgio Camões, bebês de 1 ano e 7 
meses não devem receber mais do que algumas gotas do medicamento. E elas servem 
apenas para amenizar os sintomas de uma urticária. Segundo ele, cada ampola da 
medicação tem um mililitro, o que já é muito até para um adulto de 80 quilos. 
“Um mililitro é muito forte para uma criança, não se dá nem mesmo para um adulto. Antes 
de dar a medicação, o histórico da criança tem que ser investigado. O alergista é uma 
espécie de investigador. Não se pode dar um medicamento assim”, disse Camões. 
 Com base nos fatos comentem e Responda o solicitado: 
 
1 – Comente a ocorrência. 
 
2 – Quanto à conduta da profissional denunciada, há indícios de infração a algum artigo 
do CEPE? Sim. 
3 – Em caso afirmativo, quais os artigos do CEPE foram violados na ocorrência? 
 
Art. 10º Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência 
técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à 
pessoa, à família e à coletividade 
 
Art. 12º Assegurar à pessoa, à família e à coletividade assistência de enfermagem 
livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. 
 
Art. 30º Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-
se da possibilidade de riscos. 
 
Art. 32º Executar prescrições de qualquer natureza que comprometam a segurança 
da pessoa. 
 
Art. 37º Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica onde não 
conste a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de 
urgência e emergência. Parágrafo único O profissional de enfermagem poderá 
recusar- se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de 
identificação de erro ou ilegibilidade. 
 
Art. 40º Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por 
imperícia, imprudência ou negligência. 
 
Art. 48º Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão. 
 
 
Art. 121º As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas segundo a 
natureza do ato e a circunstância de cada caso. 
 
§ 3º São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade 
permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou, ainda, dano 
moralirremediá- vel em qualquer pessoa. 
 
Art. 122º São consideradas circunstâncias atenuantes: 
 
I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com 
eficiência, evitar ou minorar as consequências do seu ato; 
 II - Ter bons antecedentes profissionais; 
III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação; 
 V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração. 
Art. 123º São consideradas circunstâncias agravantes: 
II - Causar danos irreparáveis; 
 
 
 
4 – Aponte o princípio da bioética que foi violado nesta ocorrência, pelo profissional? 
 
Beneficência e Não maleficência 
 
5 – A conduta da profissional pode ser enquadra em qual desídia? 
 
 - Negligência – uma vez que sabia que dosagem do medicamento era errada e se 
omitiu 
 - Imperícia – não saber que a dosagem aplicada poderia trazer a morte do 
paciente. 
 - Imprudência 
 
Caso 3 
 
O drama vivido pelas famílias do menino Alan Breno, de 2 anos, que ingeriu ácido em vez 
de sedativo, há 10 dias, e do bebê Davi Emanuel de Souza Lopes, de 4 meses, que 
recebeu alimentação à base de leite na veia, no domingo, é reflexo da insegurança cada 
dia maior nos hospitais e outras instituições de saúde em Minas. Dados do Conselho 
Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren/MG) mostram que as denúncias de má 
conduta de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem estão aumentando, o que 
indica que os dois casos não são fatos isolados. Em 2010, foram 127 denúncias, 
enquanto no ano passado esse número aumentou 20,4%, passando para 153. 
Os problemas vão desde a falta de ética de profissionais, passando pelo desrespeito aos 
pacientes e falta de atenção até a troca de medicamentos, entre outros. Só neste ano, 
foram 43 denúncias (até a última sexta-feira), o que representa aproximadamente uma a 
cada dois dias. Autoridades reguladoras e especialistas apontam um problema amplo de 
falta de segurança nos hospitais, mas levantam fatores pontuais que prejudicam o serviço 
dos trabalhadores da enfermagem. Outro problema é a precariedade dos cursos 
profissionalizantes, que inclusive levou o Ministério da Educação a fechar vagas. 
O presidente do Coren, Rubens Schroder Sobrinho, acredita que os erros podem ser 
evitados por profissionais atentos e preocupados com a segurança dos pacientes, mas a 
sobrecarga de trabalho, a má remuneração e a falta de educação permanente em 
algumas instituições contribuem para a desatenção de quem trabalha numa enfermaria. 
“Por conta dos salários ruins, muitos precisam de trabalhar em dois empregos, o que 
corresponde a uma jornada de até 24 horas seguidas. Se você pensar que 95% desses 
profissionais em Minas são mulheres, que ainda têm jornada doméstica em casa, fica 
complicado trabalhar. Uma alternativa para melhorar é a promoção de uma educação 
permanente na instituição em que o profissional trabalha. Não parar de aprender é uma 
forma de ter mais responsabilidade e atenção para lidar com pacientes”, afirma o 
presidente da entidade que fiscaliza a atuação de enfermeiros, técnicos e auxiliares. 
A situação preocupante levou o Coren a criar um núcleo de capacitação para tentar 
diminuir os erros. Ainda não tem prazo para funcionar, mas deve ministrar cursos e 
palestras que melhorem o trabalho dos profissionais. “O conselho não é responsável por 
formar as pessoas, mas estamos tentando buscar saídas para minimizar esse quadro. As 
categorias trabalham muitas vezes bem perto da morte, o que significa que um erro pode 
ser fatal”, acrescenta o presidente. 
Segundo ele, o conselho está apurando os últimos três casos de maior repercussão, 
quando duas crianças receberam leite na veia e outra ingeriu ácido em vez de sedativo. 
As punições vão de advertência verbal à cassação do direito de exercer a profissão. Em 
2010 e 2011, 108 trabalhadores foram indiciados a cumprir uma dessas penas, o que 
mostra que os erros estão aumentando. 
 
Apesar de o problema normalmente estourar na mão de quem tem o contato direto com 
os pacientes, caso dos profissionais da enfermagem, especialistas acreditam que a 
responsabilização de funcionários específicos é um erro, pois o problema é muito mais 
amplo e diz respeito a todo um processo que passa por outros responsáveis. 
Para o presidente da Sociedade Mineira de Clínica Médica, Breno Gomes, a saúde ainda 
está engatinhando quando o assunto é segurança do paciente. “O que vemos acontecer 
hoje é a falta de preocupação com erros que ocorrem durante o percurso, problemas que 
não recebem a atenção necessária para identificação e correção. Em um avião, por 
exemplo, qualquer falha é registrada e estudada, para que as soluções sejam 
encontradas. Precisamos mudar nossa cultura de que o erro é culpa de uma pessoa. Uma 
medida importante é criar comissões de segurança em cada instituição”, alerta o médico. 
1 – Comente a ocorrência. 
 
2 – Quanto à conduta da profissional denunciada, há indícios de infração a algum artigo 
do CEPE? 
 
Sim. 
 
 
3 – Em caso afirmativo, quais os artigos do CEPE foram violados na ocorrência? 
 
Art. 12º Assegurar à pessoa, à família e à coletividade assistência de enfermagem 
livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. 
 
Art. 30º Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-
se da possibilidade de riscos. 
 
 
 
4 – Aponte o princípio da bioética que foi violado nesta ocorrência, pelo profissional? 
Beneficência e Não maleficência 
 
 
 
5 – A conduta da profissional pode ser enquadra em qual desídia? 
 - Negligência – Os profissionais em questão não tiveram atenção aos cuidados 
prestados. 
 - Imperícia 
 - Imprudência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios da bioética 
Os princípios da bioética norteiam as práticas, decisões, procedimentos e dis-
cussões relacionadas aos cuidados em saúde. São eles: 
 Autonomia: refere-se ao direito que o indivíduo assistido tem sobre si, a 
sua liberdade de escolha e poder de decisão. Para que os profissionais 
de saúde exerçam esse principio é necessário respeitar o indivíduo, sua 
cultura, ideias e crenças. Nós da enfermagem, temos o dever de sermos 
educadores. A proximidade que temos com o paciente propicia a criação 
de elo e confiança, o que nos ajuda nesse processo. 
Como educadores, cabe a nós a responsabilidade de fornecer informações cla-
ras e consistentes para auxiliar na tomada de decisão. Estamos diretamente 
envolvidos no processo de empoderamento dos pacientes para que os 
mesmos possam exercer cada vez mais sua autonomia. 
 Beneficência: este princípio impõe ao profissional da área da saúde o 
dever de promover o bem ao paciente por meio do desempenho de suas 
funções. Pautado nesse princípio o profissional deve promover atitudes, 
práticas e procedimentos em benefícios do outro. 
 Justiça: este conceito fundamenta-se na premissa de que as pessoas 
tem direito a terem suas necessidades de saúde atendidas livres de pre-
conceitos ou segregações sociais. O princípio da justiça fortalece- se na 
lei 8080 que dispõe: “a saúde é um direito fundamental do ser humano, 
devendo o estado prover condições indispensáveis ao seu pleno exercí-
cio”. 
 Não maleficência: esse princípio determina a obrigação de não infligir 
dano intencionalmente. Ou seja, o desempenho das atribuições dos pro-
fissionais de saúde não devem ocasionar nenhum dano ao paciente as-
sistido. 
Ao profissional de enfermagem cabe prestar assistência individualizada e holís-
tica, respeitando as peculiaridades de cada ser. Nas ações em saúde, respei-
tar ao outro, significa colocar em prática os princípios da bioética. 
 
Negligência, imprudência e imperícia 
Enquanto negligência é o ato de se omitir, de agir de forma desleixada, desatenciosa, im-
prudênciaé o ato de agir de forma precipitada, de não ser comedido nem ser moderado. 
A imperícia é a falta de habilidade para praticar determinados atos que exigem certo co-
nhecimento na área, por exemplo, dirigir sem ter tirado a carteira de habilitação é praticar 
uma imperícia.

Outros materiais