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APOSTILA DE PRÁTICAS VETERINÁRIAS I

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE PRÁTICAS VETERINÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
I. EQUINOS 
� Nomenclatura Zootécnica do Cavalo 
� Abordagem e Métodos de Contenção 
� Histórico, Anamnese e Exame Físico em Equinos 
� Vias de Administração 
� Imobilização e Bandagens 
� Feridas 
� Emergências Gastrointestinais 
 
II. RUMINANTES 
� Nomenclatura Zootécnica do Bovino 
� Métodos de Contenção 
� Histórico, Anamnese e Exame Físico em Ruminantes 
 
III. FONTES DE PESQUISA 
 
 
 
I. EQUINOS 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Mammalia 
Ordem: Perissodactyla 
Família: Equidae 
Gênero: Equus 
Espécie: Equus caballus 
 Cavalo é o nome dado a indivíduos da espécie Equus caballus. Geralmente, machos são 
chamados assim, enquanto as fêmeas são as éguas e os filhotes, os potros. 
 
 
 Os equinos são originados da Europa, Ásia e África. 
Existem várias raças de cavalos, mas as mais conhecidas no 
Brasil são: Manga-larga, Quarto de milha, Árabe, Brasileiro de 
hipismo, Bretão, Crioulo e Pantaneiro.
 
 Os cavalos são muito usados pelo homem para ajudar em serviços que necessitam de força, 
principalmente em sítios e fazendas, puxando carroças e arados (que preparam a terra para o 
plantio), bem como, utilizados como o principal veículo do vaqueiro em fazendas que criam bovinos a 
pasto. Além de serem usados para serviços, são muito usados para a prática de esportes, que 
recebem o nome de esportes equestres, como o rodeio, saltos, provas de laços, corridas e outros. 
 
 
 
 
 
� Nomenclatura Zootécnica do Cavalo 
 
 
1. Cabeça 
2. Tábua do pescoço 
3. Goteira da jugular 
4. Crineira superior do pescoço 
5. Bordo inferior do pescoço 
6. Paleta, palheta, pá ou espádua 
7. Peito 
8. Encontros 
9. Braço 
10. Antebraço 
11. Joelho 
12. Canela 
13. Boleto 
14. Quartela 
15. Coroa 
16. Casco 
17. Codilho 
18. Castanha ou espelho 
19. Machinho ou esporão 
20. Cilhadouro 
21. Garrote, cernelha ou cruzeta 
22. Dorso 
23. Barriga ou ventre 
24. Flanco 
25. Vazio do flanco 
26. Anca 
27. Garupa 
28. Cola, cauda ou rabo 
29. Nádega 
30. Coxa 
31. Soldra, badilha ou gordinho 
32. Perna 
33. Jarrete ou garrão 
34. Canela 
35. Boleto 
36. Quartela 
37. Coros 
38. Casco 
39. Castanha ou espelho 
40. Virilha 
41. Tendão 
42. Machinho ou esporão 
43. Prepúcio ou bolsa 
44. Umbigo 
45. Lombo ou rins 
46. Costado
 
� Abordagem e Métodos de Contenção 
 
 
 Os principais objetivos da contenção são: 
− Proteger o examinador, o auxiliar e o animal. 
− Facilitar o exame físico 
− Evitar fugas e acidentes como fraturas 
− Permitir procedimentos diversos (medicação injetável, curativos, cateterização, exames 
radiográficos, colheita de sangue, etc.) 
 Durante a contenção de equinos, é recomendado evitar movimentos bruscos e precipitados, 
ser tranquilo firme e confiante, tentar ganhar a confiança do paciente (conversar, brincar, oferecer 
guloseimas), iniciar com a contenção mais simples, e quando necessário, evoluir para métodos mais 
energéticos e radicais (cachimbos e troncos de contenção). 
 
 
 Os métodos de contenção utilizados em equinos são: 
• Abraço (contenção de potros) 
• Cabresto 
• Laço 
• Torção de orelha 
• Paletó ou prega de pele 
• Mão de amigo 
• Pé de amigo 
• Cachimbo 
• Peias de reprodução 
• Tronco de contenção 
• Boxe de contenção 
� Histórico, Anamnese e Exame Físico em Equinos 
 
 
 O exame clínico inicia-se pela anamnese, seguindo para exame físico e, se necessário, exames 
complementares. 
 É de suma importância para o médico veterinário a realização de uma anamnese completa, 
pois é nessa etapa do que se pede o histórico do animal para o proprietário ou tratador. Deve conter 
na anamnese os seguintes itens: nome do proprietário, identificação do animal, histórico anterior de 
doenças, carteira de vacinação, esquema de vermifugação, entre outros dados relevantes que 
auxiliam a chegada do Médico Veterinário ao diagnóstico final. 
 
 Os critérios utilizados no exame físico são: 
• Grau de estabilidade; 
• Atitudes anormais; 
• Nível de hidratação; 
• Frequência cardíaca (FC); 
• Frequência respiratória (FR); 
• Temperatura retal (Tº); 
• Avaliação de mucosas; 
• Tempo de preenchimento vascular; 
• Linfonodos. 
 
 Na avaliação de mucosas, observa-se a presença de lesões e coloração, podendo se 
encontrar amarelada (icterícia), vermelha (hipercorada), roxa (cianótico), pálida ou rosada, que é a 
coloração desejada em um animal sadio. 
 
 Já os linfonodos são palpados, principalmente em regiões: mandibular, pré-escapular, 
poplíteo e inguinal, observando-se tamanho, consistência e temperatura superficial. 
Parâmetros vitais Parâmetros normais 
Mucosas (oral, oculares e genitais) Róseas, lisas e úmidas 
Tempo de preenchimento capilar (TPC) 1-2 segundos 
Frequência cardíaca Adultos – 28 a 40 bpm 
Frequência respiratória Adultos – 8 a 16 mpm 
Movimentos intestinais Devem estar presentes 
Temperatura corpórea 
Jovens – 37,2 a 38,9 
Adultos – 37,5 a 38,5 
 
 
� Vias de Administração 
 
 
 As vias de administração podem ser local, enteral e parenteral. 
− Via local: a substância / fármaco é aplicada diretamente no local onde se deseja a ação. As 
vias locais podem ser: 
• Tópica; 
• Ocular; 
• Intraarticular. 
 
− Via enteral: a substância / fármaco é absorvida pelo trato digestivo. As vias enterais são: 
• Via Oral; 
• Via Retal 
 
− Via parenteral: a substância / fármaco é absorvida de outra forma, que não pelo trato 
digestivo. As vias parenterais são: 
• Via subcutânea; 
• Via Intramuscular; 
• Via Intravenosa. 
 
 Nos equinos as vias mais utilizadas são a Intramuscular e a Intravenosa, a aplicação das 
mesmas é feita nos músculos da garupa, nádegas, tábua do pescoço e encontros. E nas veias jugular, 
torácica lateral e encefálica. 
 
� Imobilização e Bandagens 
 
 
 
 
 São procedimentos utilizados para 
evitar, principalmente a contaminação de 
ferimentos e ajudar no processo de 
cicatrização.
 
 Funções: 
• Evitar contaminação; 
• Ajudar na hemostasia; 
• Proteção contra traumas mecânicos; 
• Absorver secreção; 
• Ajuda a cicatrização; 
• Imobilização. 
 A imobilização pode ser provisória, definitiva não gessada e definitiva gessada, a escolha do 
tipo de imobilização depende da gravidade do ferimento ou fratura. 
 As bandagens podem ser elásticas, e são ideais para animais de pequeno e grande porte, na 
fixação de curativos, suporte e proteção para tendões, ligamentos e imobilizações em geral. 
 
 Funções: 
• Suporte: 
 - Protege ligamentos, tendões e articulações 
 - Para cavalos em recuperação 
 - Para cavalos jovens em início de treinamento 
• Proteção: 
 - Ideal para provas de competição 
 - Protege a parte posterior do boleto 
• Suporte Extra 
 - Para o tendão flexor e ligamentos suspensórios 
 - Para trabalho pesado em cavalos retornando ao treinamento 
 - Durante trote ou galope em cavalos com problemas crônicos em articulações, tendões ou 
 joelhos 
 - Reduz stress nas estruturas do sistema locomotor 
 - Fixação de curativos 
 
 
 
 
 
� Feridas 
 
 As feridas são lesões na pele, geralmente produzidas por ação traumática externa, cuja 
intensidade ultrapassa a resistência dos tecidos atingidos. Diante das mesmas, há de se considerar o 
tempo de evolução, a integridadedo suprimento sanguíneo local, o grau de contaminação, a 
localização da ferida, a perda tecidual, o porte do animal, o ambiente em que se encontram, o custo 
e efetividade e certas particularidades que dificultam a cicatrização, tais como inflamação crônica, 
exuberante desenvolvimento de tecido cicatricial, lenta epitelização e contração insatisfatória da 
ferida. 
 Segundo Neto (2003), os ferimentos de pele representam uma das mais frequentes 
ocorrências na clínica de equídeos, principalmente os ferimentos localizados nos membros 
locomotores. 
 As feridas podem ser classificadas em lesões limpas, limpo-contaminadas, contaminadas 
(lesões traumáticas com menos de seis horas de evolução, na qual pêlo e outros fragmentos 
teciduais estão presentes), sujas ou infectadas (caracterizadas pela presença de edema e supuração). 
 Muitas feridas podem ser elevadas à categoria de limpo-contaminadas e fechadas após 
meticulosa limpeza e debridamento completo ou radical (Romatowski,1989). 
 As feridas são divididas em: 
• Abrasões 
• Contusões 
• Hematomas 
• Incisões 
 
• Lacerações 
• Perfurações 
 Sendo que as feridas mais comum em equinos são as lacerações, geralmente produzidas por 
objetos angulares, tais como cercas de arame farpado e por mordidas, e as perfurações, produzidas 
por objetos cortantes que se caracterizam por serem superficiais, pequenas e de profundidade 
variável. 
 
Processo de cicatrização: 
 Usualmente o processo cicatricial é dividido em cinco fases principais: coagulação, 
inflamação, proliferação, contração da ferida e remodelação (Fazio et al., 2000; Mandelbaum e 
Santis, 2003). 
 O tecido de granulação é produzido três a quatro dias após a indução da lesão como um 
passo intermediário entre o desenvolvimento da malha formada por fibrina/fibronectina e a 
reestruturação de colágeno (Berry e Sullins, 2003). A formação do tecido de granulação é uma fase 
essencial para a reparação da ferida, apresentando importantes funções como o preenchimento do 
leito da lesão, barreira contra infecção e influxo local de células responsáveis pela contração da 
mesma. Idealmente, o tecido de granulação diminui sua proliferação conforme a ferida é preenchida 
e quando se inicia a contração, entretanto, nos membros dos equinos a proliferação se mantém por 
período indeterminado, resultando em um tecido de granulação exuberante, irregular e que 
ultrapassa os bordos da ferida. 
 
Tipos de cicatrização: 
- Cicatrização por primeira intenção: Suturas para reconstituição imediata, utiliza-se suturas e/ou 
drenos. 
 - Cicatrização por segunda intenção: Terapia conservativa para cicatrização natural, utiliza-se 
antissépticos, cicatrizantes e bandagens. 
 - Cicatrização por terceira intenção: Através de limpeza e debridamento completo ou radical, 
prepara-se a ferida para uma reparação secundária. 
 
 
Fatores que afetam a cicatrização: 
 As complicações na cicatrização cutânea decorrem de anormalidades em qualquer um dos 
componentes básicos do processo de reparo e podem ser agrupadas em: 
1) formação excessiva de componentes do reparo; 
2) formação de contraturas e 
3) a deficiência de formação de tecido cicatricial (McGavin e Zachary,2007). 
 Em equinos são reconhecidas especialmente as dificuldades decorrentes da formação 
excessiva de tecido de granulação em feridas cutâneas localizadas em extremidades. 
 A cicatrização por segunda intenção na porção distal dos membros em equinos pode ser 
lenta e complicada. Estas feridas curam mais lentamente que aquelas no tronco por exibirem taxas 
relativamente baixas de epitelização e contração (Wilmink et al., 1999). 
 Embora não se possa definitivamente acelerar o processo de cicatrização, é importante 
entender que vários fatores afetam adversamente a taxa de cicatrização das feridas. Entre estes 
fatores está a má nutrição, hipovolemia, hipotensão, hipóxia, hipotermia, infecção, trauma e o uso 
de medicamentos de ação anti-inflamatória (Neto, 2003). 
 
Tratamento: 
 A cicatrização por segunda intenção é recomendada em função do tempo decorrido, do grau 
de contaminação e da perda de tecido lesado (Hussni et al., 2004). O tratamento baseia-se na 
higienização da lesão e consequentemente o curativo local com pomadas que favorecem a 
cicatrização. 
 A escolha e composição do fármaco a ser usada deve ser avaliada criteriosamente, já que 
muitos destes produtos são ineficientes e caros, ou prejudiciais à cicatrização, por serem irritativos 
ou estimularem a proliferação de tecido de granulação exuberante. 
 O aspecto mais importante na preparação de feridas traumáticas para cicatrização é o 
debridamento cirúrgico, o qual consiste na remoção de tecido morto e desvitalizado para reduzir os 
níveis de bactérias patogênicas e oportunistas. 
 
 A irrigação ou lavagem é um meio comum para limpeza de feridas traumáticas, os benefícios 
gerais da lavagem da ferida incluem a remoção de pequenas e grandes partículas endógenas, 
bactérias e tecido desvitalizado (Auer e Stick, 1999). 
 O uso de bandagens ou gesso minimiza a formação de tecido exuberante de granulação pelo 
seu efeito de imobilização e por evitar contaminações. O enfaixamento da ferida ainda protege 
contra traumas e dissecação, além de aplicar pressão superficial e manter o medicamento tópico na 
área lesionada. 
 As combinações de anti-inflamatórios esteróides e antibióticos tópicos diminuem 
marcantemente a produção de líquidos, permitindo trocas menos frequentes de bandagens. 
 
� Emergências Gastrointestinais 
 Uma das principais emergências gastrointestinais que acometem os equinos é a Síndrome 
Cólica. 
 Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, a espécie equina 
apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis por sinais de dores 
abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen agudo (PEIRÓ & MENDES, 2004). 
 A diminuição ou variação no nível de atividade física, alterações súbitas na dieta, alterações 
nas condições de estabulação, dieta rica em concentrados, volumoso ou concentrado de má 
qualidade, consumo excessivamente rápido da ração concentrada, privação de água e o transporte 
em viagens podem influenciar a ocorrência de Síndrome Cólica (HILLYER et al., 2001). 
 A cólica equina é uma síndrome que cursa com dor abdominal, distúrbios hidroeletrolíticos e 
ácido-base e disfunção de órgãos vitais como pulmões e coração. Em equinos com cólica, as 
alterações ocorridas nas alças intestinais repercutem diretamente na composição dos fluidos 
orgânicos (VALADÃO et al., 1996), alterando-os na dependência do tempo, localização e gravidade do 
processo obstrutivo (NAPPERT & JOHNSON, 2001). 
 Os sinais clínicos mais evidentes são inquietação do animal, que passa a realizar movimentos 
de raspar o chão, sapatear, escoicear o ventre ou por deitar e levantar frequentemente. Passa a 
olhar o flanco, rolar no chão, deitar de costas, passando a sentar de forma semelhante ao cão por um 
longo período de tempo. Adota uma postura anormal, que recebe o nome de “cavalo pensador”. Em 
casos de animais castrados, eles passam a expor o pênis sem urinar; urinam mais frequentemente e 
em pequenas quantidades; bate continuamente na água sem bebê-la. 
 
 
 
 Durante um episódio de cólica o cavalo apresenta distensão intestinal, isquemia intestinal, 
reperfusão dos tecidos, necrose, inflamação, apoptose, e mudanças na flora bacteriana. Estes 
eventos provocam alterações na motilidade intestinal, nos processos de absorção e secreção de água 
e eletrólitos, na permeabilidade vascular, ativação de células inflamatórias, e por último, na estrutura 
dos tecidos. 
 Os tipos de cólicas que mais afetam os equinos são:• Cólica de impacto: quando há uma obstrução, geralmente no intestino grosso, por uma 
sobrecarga de alimento fibroso não digerível. 
• Cólica por gases: ocorre mais frequentemente no intestino grosso, devido ao estiramento do 
intestino, que leva à dor abdominal. 
• Cólica espasmódica: quando há exacerbada contração peristáltica no sistema 
gastrointestinal dos equinos, devido à um acúmulo de gás dentro do aparelho digestivo 
destes animais 
• Cólica causada por parasitas: quando há uma obstrução devido a um grande número de 
parasitas, como o Parascaris equorum. 
• Colite: quando há inflamação do intestino grosso. 
• Deslocamento ou torção gástrica: quando o intestino localiza-se em uma posição anormal 
do abdômen, podendo muitas vezes torcer, isto recebe o nome de vólvulo. 
 
 
Tratamento: 
 O tratamento específico de cada caso de cólica varia e depende da natureza e severidade da 
lesão. Contudo, existem alguns princípios terapêuticos comuns à maioria das cólicas, como analgesia 
e sedação, reposição de fluidos, correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base, além da 
lubrificação gastrointestinal ou administração de laxantes, e posteriormente o tratamento específico 
da doença em causa. A intervenção cirúrgica é indicada: 
• Quando é possível diagnosticar a causa exata da cólica e a lesão obstrutiva requer correção 
cirúrgica, como por exemplo o caso das obstruções por estrangulação; 
• Quando não foi efetuado um diagnóstico específico, mas existem evidências suficientes que 
indicam a necessidade de realização de cirurgia; 
• Quando os pacientes com cólica recorrente, que se mantém durante dias ou semanas, são 
suspeitos de sofrerem de uma lesão obstrutiva parcial devido a aderências, neoplasias, etc. 
(Edwards, 1998). 
 
Primeiros Socorros: 
• Sonda Nasogástrica: O primeiro procedimento deve ser a sondagem nasogástrica, 
objetivando a evacuação de gás ou refluxo, impedindo a possibilidade de ruptura do 
estômago (THOMASSIAN, 2000). Deve-se medir o PH do refluxo, o pH é um parâmetro 
importante para o clínico, pois permite que a origem do refluxo seja identificada. 
 
• Tricotomia: A tricotomia deve ser feita na região da calha da jugular para uso do cateter. 
• Hidratação: A hidratação deverá ser instituída prontamente e ser mantida até a resolução do 
caso. A via intravenosa deve ser utilizada em desidratação moderada a severa, em que 
grandes volumes de fluído devam ser infundidos em poucas horas, ou até que se tenha o 
 
quadro volêmico sob controle e seja avaliada a capacidade de trânsito de fluídos pela parede 
do intestino. Deve-se evitar fluidoterapia enteral na presença de íleo adinâmico ou 
obstruções localizadas no intestino delgado (THOMASSIAN, 2000). 
• Aferir parâmetros vitais: Aferir frequência cardíaca e respiratória, temperatura retal e 
auscultação dos quadrantes. 
 
• Paracentese abdominal: A avaliação físico-química e citológica do líquido peritoneal é um 
método auxiliar importante no diagnóstico das doenças abdominais nos equinos, utilizada na 
diferenciação de peritonites sépticas e assépticas. 
 
• Palpação Retal: A palpação retal é um exame de fundamental importância em algumas 
enfermidades que acometem o sistema digestório dos equinos, tendo a mesma utilidade que 
o exame radiográfico nos pequenos animais, pois, em alguns casos, é o procedimento que vai 
 
dar o diagnóstico definitivo ou uma forte suspeita se aquele paciente tem ou não indicação 
cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. RUMINANTES 
 
 Ruminantes são animais cujo aparelho digestivo é dotado de um estômago duplo, com 
quatro cavidades. Esse sistema de digestão constitui um complexo laboratório, cujo principal 
objetivo é melhor assimilar os escassos nutrientes da pastagem. 
 As quatro cavidades denominam-se rúmen, retículo, omaso e abomaso. Na primeira delas, o 
alimento ingerido é armazenado e fermentado por ação de certas bactérias que ali vivem como 
organismos simbióticos e que, com suas enzimas, degrada a celulose, componente fundamental da 
pastagem. Tal característica permite que esses herbívoros sobrevivam quase exclusivamente à base 
de plantas. Do rúmen, o alimento fermentado passa ao retículo e é regurgitado, ou seja, volta para a 
cavidade bucal, onde é mastigado novamente. Esse processo é denominado ruminação e dá origem 
ao nome da subordem. Posteriormente, o alimento ruminado chega ao omaso. É no abomaso que 
finalmente se realiza a digestão propriamente dita, ou degradação dos principais componentes do 
alimento. 
 De acordo com as famílias, o ruminante pode apresentar dois ou quatro dedos. 
As diferenças quanto ao tamanho e corpulência são notáveis: os ruminantes abrangem desde as 
girafas até os dik-dik, antílopes africanos de apenas trinta centímetros de altura. Nessa subordem, 
 
incluem-se animais tão fortes quanto os búfalos e tão graciosos quanto os antílopes e gazelas. 
Também são ruminantes espécies domésticas como a ovelha, a vaca e a cabra, que tiveram grande 
importância na formação e no progresso da civilização humana. 
 
 
 Os ruminantes compreendem cinco famílias: tragulídeos, girafídeos, cervídeos, bovídeos e 
antilocaprídeos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
� Nomenclatura Zootécnica
 
� Métodos de Contenção
 A prática de contenção de bovinos é extremamente necessária
todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos 
veterinários ou qualquer um que necessite que o
imobilizados, terão que adotar
 A contenção é um procedimento realizado em qualquer animal, para os mais diversos fins, 
que vão desde a necessidade de um simples exame, aplicação de medicamentos, abate e muitos 
outros. É claro que, em animais menores, a cont
bem mais simples. Em um grande bovino ou mesmo em bezerros, estes procedimentos requerem 
técnicas mais específicas. 
 No caso dos bovinos, os métodos de contenção mais utilizados são aqueles destinados à 
prevenção de coices, imobilização para a descorna, para a coleta de sêmen, castração, entre outros
 Muitas vezes, como no caso de exames mais detalhados, a contenção é relativamente 
simples, ficando o animal em pé. Entretanto, em outras ocasiões, é necessário 
Nomenclatura Zootécnica do Bovino 
Métodos de Contenção 
A prática de contenção de bovinos é extremamente necessária e utilizada regularmente em 
todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos 
veterinários ou qualquer um que necessite que os animais fiquem total ou parcialmente contidos ou 
imobilizados, terão que adotar procedimentos de contenção. 
A contenção é um procedimento realizado em qualquer animal, para os mais diversos fins, 
que vão desde a necessidade de um simples exame, aplicação de medicamentos, abate e muitos 
outros. É claro que, em animais menores, a contenção, imobilização ou derrubamento são tarefas 
bem mais simples. Em um grande bovino ou mesmo em bezerros, estes procedimentos requerem 
No caso dos bovinos, os métodos de contenção mais utilizados são aqueles destinados à 
nção de coices, imobilização para a descorna, para a coleta de sêmen, castração, entre outros
Muitas vezes, como no caso de exames mais detalhados, a contenção é relativamente 
simples, ficando o animal em pé. Entretanto, em outras ocasiões, é necessário 
 
e utilizada regularmente em 
todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos 
animais fiquem total ou parcialmente contidos ou 
A contenção é um procedimento realizado em qualquer animal, para os mais diversos fins, 
que vão desde a necessidade de um simples exame, aplicaçãode medicamentos, abate e muitos 
enção, imobilização ou derrubamento são tarefas 
bem mais simples. Em um grande bovino ou mesmo em bezerros, estes procedimentos requerem 
No caso dos bovinos, os métodos de contenção mais utilizados são aqueles destinados à 
nção de coices, imobilização para a descorna, para a coleta de sêmen, castração, entre outros. 
Muitas vezes, como no caso de exames mais detalhados, a contenção é relativamente 
simples, ficando o animal em pé. Entretanto, em outras ocasiões, é necessário que o animal seja 
 
derrubado e contido, isto é, amarrado, para que se mantenha em uma determinada posição. 
 Em geral, no caso dos animais leiteiros, devido ao temperamento dócil desses bovinos, a 
contenção e o derrubamento acontecem de uma maneira relativamente fácil, sem que seja 
necessária a aplicação de medidas mais enérgicas. 
 A contenção mais simples é a da cabeça, que pode ser feita até mesmo com as mãos ou com 
a utilização de cabrestos ou cordas. 
Os métodos mais utilizados em ruminantes são: 
 
• Tronco de Contenção
 
 
 
• Peia 
 
 
 
• Derrubamento lateral 
• Sentado (Ovinos) 
Para derrubamento de bovinos, 
• Método de Rueff: É mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é
na região do pênis e do prepúcio
- Fixam-se ambas as extremidades dos chifres 
escorregadio. 
- Com uma das mãos, se segura
região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo, levando
por dentro da parte da corda que está sendo segura.
- Repete-se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás.
- Faz-se a tração firme, lenta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia 
vagarosamente, acompanhado por um
 
• Formiga
Derrubamento lateral (caprinos) 
Para derrubamento de bovinos, utilizam-se os seguintes métodos: 
mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é
na região do pênis e do prepúcio. 
se ambas as extremidades dos chifres em suas bases ou no pescoço por um laço com nó 
se segura a corda sobre o tórax, passando-se a extremidade
região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo, levando-a, em seguida, novamente por cima e 
tro da parte da corda que está sendo segura. 
se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás.
enta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia 
vagarosamente, acompanhado por um ajudante em sua cabeça. 
mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é traumático 
em suas bases ou no pescoço por um laço com nó 
extremidade por baixo da 
a, em seguida, novamente por cima e 
se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás. 
enta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia 
 
 
 
• Método Italiano: Pode ser aplicado tanto em fêmeas como em machos e animais 
descornados, pois não constringirá mama ou pênis. 
- Passa-se metade de uma corda comprida pelo pescoço, na frente da cernelha. 
- Cruzam-se ambas as extremidades das cordas por baixo do pescoço e, mais uma vez, por sobre a 
região torácica, passando as pontas das cordas por entre os membros posteriores. 
- Cada extremidade livre é puxada por um homem enquanto um terceiro assistente segura a cabeça 
do animal. 
 
 
• Método de Almeida e Barros: A vantagem deste método é a de que sua execução é simples, 
pois necessita apenas de uma corda com argola e pode ser executado tanto em machos 
como em fêmeas, dispensando a peia. 
 
 
 
� Histórico, Anamnese e Exame Físico em Ruminantes 
 O exame clínico é composto de Identificação, Anamnese e Exame físico. 
• Identificação: O paciente é identificado por suas características externas, utilizando-se 
aspectos como idade, sexo, cor, raça, entre outros. 
• Anamnese (História Clínica): Uma das etapas mais importantes para o diagnóstico, envolve a 
colheita e a avaliação de todos os dados relevantes do histórico do animal. 
• Exame Físico: É necessário que se faça uma avaliação geral do paciente, entre as quais 
consiste: 
− Inspeção 
− Palpação 
− Auscultação 
− Percussão 
− Olfação 
− Funções Vitais 
Parâmetros Vitais Espécie Parâmetros normais 
 Frequência cardíaca 
Bovinos 
Adultos 50 a 70 bpm 
Jovens 60 a 90 bpm 
Caprinos e Ovinos 70 a 110 bpm 
Suínos 
Adultos 60 a 90 bpm 
Jovens 100 a 130 bpm 
Frequência Respiratória 
Bovinos 
Adultos 10 a 30 mpm 
Jovens 20 a 50 mpm 
Caprinos 20 a 40 mpm 
Ovinos 12 a 22 mpm 
Suínos 8 a 18 mpm 
Temperatura retal 
Bovinos 
Adultos 37,5 a 39,5°C 
Jovens 38,5 a 39,5°C 
Ovinos e Caprinos 
Adultos 38,3 a 39,5°C 
Jovens 38,6 a 40,3°C 
Lanados até 40°C 
Suínos 39 a 40°C 
Movimentos Ruminais Bovinos 
7 a 10 mr a cada 5 minutos ou 
1 a 2 mr por minuto 
 
 
III. FONTES DE PESQUISA 
http://www.brasilescola.com/animais/cavalo.htm 
http://www.manera.feis.unesp.br/fazenda%20escola/equinos.htm 
http://coisasgauchescas.blogspot.com.br/2009/07/nomenclatura-do-corpo-do-cavalo.html 
http://marcianotomi.webs.com/tecn/contencao.pdf 
http://www.revistaveterinaria.com.br/2012/03/22/a-importancia-da-semiologia-veterinaria/ 
http://www.oocities.org/gepsaude/PS/curativos.htm 
http://www.slideshare.net/CharlesBigFoot/aula-imobilizaes 
http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/Veterinarios/Home/ProdutoSolucoes/BandagemE
lastica/ 
http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf12_2009/13-18.pdf 
http://blog.ourofino.com/equinos/2011/02/14/feridas-nos-equinos/ 
http://www.slideshare.net/MarieneGarciadeFreitas/sndrome-clica-equina 
http://search.4shared.com/postDownload/Wb4yVP0w/SNDROME_CLICA_EM_EQUINOS.html 
http://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/colica-equina/ 
http://www.editora.ufrrj.br/rcv2/vida%2028-1/64-78.pdf 
http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL03.pdf 
http://byvet.blogspot.com.br/2010/07/sindrome-colica-em-equinos.html 
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3406 
http://www.infoescola.com/animais/ruminantes/ 
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=8674 
Semiologia Veterinária: A Arte do Diagnóstico (Semiologia do Sistema Digestório de Equinos - Luiz 
Cláudio Nogueira Mendes e Juliana Regina Peiró).

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