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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI MEDICINA VETERINÁRIA APOSTILA DE PRÁTICAS VETERINÁRIAS ÍNDICE I. EQUINOS � Nomenclatura Zootécnica do Cavalo � Abordagem e Métodos de Contenção � Histórico, Anamnese e Exame Físico em Equinos � Vias de Administração � Imobilização e Bandagens � Feridas � Emergências Gastrointestinais II. RUMINANTES � Nomenclatura Zootécnica do Bovino � Métodos de Contenção � Histórico, Anamnese e Exame Físico em Ruminantes III. FONTES DE PESQUISA I. EQUINOS Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Perissodactyla Família: Equidae Gênero: Equus Espécie: Equus caballus Cavalo é o nome dado a indivíduos da espécie Equus caballus. Geralmente, machos são chamados assim, enquanto as fêmeas são as éguas e os filhotes, os potros. Os equinos são originados da Europa, Ásia e África. Existem várias raças de cavalos, mas as mais conhecidas no Brasil são: Manga-larga, Quarto de milha, Árabe, Brasileiro de hipismo, Bretão, Crioulo e Pantaneiro. Os cavalos são muito usados pelo homem para ajudar em serviços que necessitam de força, principalmente em sítios e fazendas, puxando carroças e arados (que preparam a terra para o plantio), bem como, utilizados como o principal veículo do vaqueiro em fazendas que criam bovinos a pasto. Além de serem usados para serviços, são muito usados para a prática de esportes, que recebem o nome de esportes equestres, como o rodeio, saltos, provas de laços, corridas e outros. � Nomenclatura Zootécnica do Cavalo 1. Cabeça 2. Tábua do pescoço 3. Goteira da jugular 4. Crineira superior do pescoço 5. Bordo inferior do pescoço 6. Paleta, palheta, pá ou espádua 7. Peito 8. Encontros 9. Braço 10. Antebraço 11. Joelho 12. Canela 13. Boleto 14. Quartela 15. Coroa 16. Casco 17. Codilho 18. Castanha ou espelho 19. Machinho ou esporão 20. Cilhadouro 21. Garrote, cernelha ou cruzeta 22. Dorso 23. Barriga ou ventre 24. Flanco 25. Vazio do flanco 26. Anca 27. Garupa 28. Cola, cauda ou rabo 29. Nádega 30. Coxa 31. Soldra, badilha ou gordinho 32. Perna 33. Jarrete ou garrão 34. Canela 35. Boleto 36. Quartela 37. Coros 38. Casco 39. Castanha ou espelho 40. Virilha 41. Tendão 42. Machinho ou esporão 43. Prepúcio ou bolsa 44. Umbigo 45. Lombo ou rins 46. Costado � Abordagem e Métodos de Contenção Os principais objetivos da contenção são: − Proteger o examinador, o auxiliar e o animal. − Facilitar o exame físico − Evitar fugas e acidentes como fraturas − Permitir procedimentos diversos (medicação injetável, curativos, cateterização, exames radiográficos, colheita de sangue, etc.) Durante a contenção de equinos, é recomendado evitar movimentos bruscos e precipitados, ser tranquilo firme e confiante, tentar ganhar a confiança do paciente (conversar, brincar, oferecer guloseimas), iniciar com a contenção mais simples, e quando necessário, evoluir para métodos mais energéticos e radicais (cachimbos e troncos de contenção). Os métodos de contenção utilizados em equinos são: • Abraço (contenção de potros) • Cabresto • Laço • Torção de orelha • Paletó ou prega de pele • Mão de amigo • Pé de amigo • Cachimbo • Peias de reprodução • Tronco de contenção • Boxe de contenção � Histórico, Anamnese e Exame Físico em Equinos O exame clínico inicia-se pela anamnese, seguindo para exame físico e, se necessário, exames complementares. É de suma importância para o médico veterinário a realização de uma anamnese completa, pois é nessa etapa do que se pede o histórico do animal para o proprietário ou tratador. Deve conter na anamnese os seguintes itens: nome do proprietário, identificação do animal, histórico anterior de doenças, carteira de vacinação, esquema de vermifugação, entre outros dados relevantes que auxiliam a chegada do Médico Veterinário ao diagnóstico final. Os critérios utilizados no exame físico são: • Grau de estabilidade; • Atitudes anormais; • Nível de hidratação; • Frequência cardíaca (FC); • Frequência respiratória (FR); • Temperatura retal (Tº); • Avaliação de mucosas; • Tempo de preenchimento vascular; • Linfonodos. Na avaliação de mucosas, observa-se a presença de lesões e coloração, podendo se encontrar amarelada (icterícia), vermelha (hipercorada), roxa (cianótico), pálida ou rosada, que é a coloração desejada em um animal sadio. Já os linfonodos são palpados, principalmente em regiões: mandibular, pré-escapular, poplíteo e inguinal, observando-se tamanho, consistência e temperatura superficial. Parâmetros vitais Parâmetros normais Mucosas (oral, oculares e genitais) Róseas, lisas e úmidas Tempo de preenchimento capilar (TPC) 1-2 segundos Frequência cardíaca Adultos – 28 a 40 bpm Frequência respiratória Adultos – 8 a 16 mpm Movimentos intestinais Devem estar presentes Temperatura corpórea Jovens – 37,2 a 38,9 Adultos – 37,5 a 38,5 � Vias de Administração As vias de administração podem ser local, enteral e parenteral. − Via local: a substância / fármaco é aplicada diretamente no local onde se deseja a ação. As vias locais podem ser: • Tópica; • Ocular; • Intraarticular. − Via enteral: a substância / fármaco é absorvida pelo trato digestivo. As vias enterais são: • Via Oral; • Via Retal − Via parenteral: a substância / fármaco é absorvida de outra forma, que não pelo trato digestivo. As vias parenterais são: • Via subcutânea; • Via Intramuscular; • Via Intravenosa. Nos equinos as vias mais utilizadas são a Intramuscular e a Intravenosa, a aplicação das mesmas é feita nos músculos da garupa, nádegas, tábua do pescoço e encontros. E nas veias jugular, torácica lateral e encefálica. � Imobilização e Bandagens São procedimentos utilizados para evitar, principalmente a contaminação de ferimentos e ajudar no processo de cicatrização. Funções: • Evitar contaminação; • Ajudar na hemostasia; • Proteção contra traumas mecânicos; • Absorver secreção; • Ajuda a cicatrização; • Imobilização. A imobilização pode ser provisória, definitiva não gessada e definitiva gessada, a escolha do tipo de imobilização depende da gravidade do ferimento ou fratura. As bandagens podem ser elásticas, e são ideais para animais de pequeno e grande porte, na fixação de curativos, suporte e proteção para tendões, ligamentos e imobilizações em geral. Funções: • Suporte: - Protege ligamentos, tendões e articulações - Para cavalos em recuperação - Para cavalos jovens em início de treinamento • Proteção: - Ideal para provas de competição - Protege a parte posterior do boleto • Suporte Extra - Para o tendão flexor e ligamentos suspensórios - Para trabalho pesado em cavalos retornando ao treinamento - Durante trote ou galope em cavalos com problemas crônicos em articulações, tendões ou joelhos - Reduz stress nas estruturas do sistema locomotor - Fixação de curativos � Feridas As feridas são lesões na pele, geralmente produzidas por ação traumática externa, cuja intensidade ultrapassa a resistência dos tecidos atingidos. Diante das mesmas, há de se considerar o tempo de evolução, a integridadedo suprimento sanguíneo local, o grau de contaminação, a localização da ferida, a perda tecidual, o porte do animal, o ambiente em que se encontram, o custo e efetividade e certas particularidades que dificultam a cicatrização, tais como inflamação crônica, exuberante desenvolvimento de tecido cicatricial, lenta epitelização e contração insatisfatória da ferida. Segundo Neto (2003), os ferimentos de pele representam uma das mais frequentes ocorrências na clínica de equídeos, principalmente os ferimentos localizados nos membros locomotores. As feridas podem ser classificadas em lesões limpas, limpo-contaminadas, contaminadas (lesões traumáticas com menos de seis horas de evolução, na qual pêlo e outros fragmentos teciduais estão presentes), sujas ou infectadas (caracterizadas pela presença de edema e supuração). Muitas feridas podem ser elevadas à categoria de limpo-contaminadas e fechadas após meticulosa limpeza e debridamento completo ou radical (Romatowski,1989). As feridas são divididas em: • Abrasões • Contusões • Hematomas • Incisões • Lacerações • Perfurações Sendo que as feridas mais comum em equinos são as lacerações, geralmente produzidas por objetos angulares, tais como cercas de arame farpado e por mordidas, e as perfurações, produzidas por objetos cortantes que se caracterizam por serem superficiais, pequenas e de profundidade variável. Processo de cicatrização: Usualmente o processo cicatricial é dividido em cinco fases principais: coagulação, inflamação, proliferação, contração da ferida e remodelação (Fazio et al., 2000; Mandelbaum e Santis, 2003). O tecido de granulação é produzido três a quatro dias após a indução da lesão como um passo intermediário entre o desenvolvimento da malha formada por fibrina/fibronectina e a reestruturação de colágeno (Berry e Sullins, 2003). A formação do tecido de granulação é uma fase essencial para a reparação da ferida, apresentando importantes funções como o preenchimento do leito da lesão, barreira contra infecção e influxo local de células responsáveis pela contração da mesma. Idealmente, o tecido de granulação diminui sua proliferação conforme a ferida é preenchida e quando se inicia a contração, entretanto, nos membros dos equinos a proliferação se mantém por período indeterminado, resultando em um tecido de granulação exuberante, irregular e que ultrapassa os bordos da ferida. Tipos de cicatrização: - Cicatrização por primeira intenção: Suturas para reconstituição imediata, utiliza-se suturas e/ou drenos. - Cicatrização por segunda intenção: Terapia conservativa para cicatrização natural, utiliza-se antissépticos, cicatrizantes e bandagens. - Cicatrização por terceira intenção: Através de limpeza e debridamento completo ou radical, prepara-se a ferida para uma reparação secundária. Fatores que afetam a cicatrização: As complicações na cicatrização cutânea decorrem de anormalidades em qualquer um dos componentes básicos do processo de reparo e podem ser agrupadas em: 1) formação excessiva de componentes do reparo; 2) formação de contraturas e 3) a deficiência de formação de tecido cicatricial (McGavin e Zachary,2007). Em equinos são reconhecidas especialmente as dificuldades decorrentes da formação excessiva de tecido de granulação em feridas cutâneas localizadas em extremidades. A cicatrização por segunda intenção na porção distal dos membros em equinos pode ser lenta e complicada. Estas feridas curam mais lentamente que aquelas no tronco por exibirem taxas relativamente baixas de epitelização e contração (Wilmink et al., 1999). Embora não se possa definitivamente acelerar o processo de cicatrização, é importante entender que vários fatores afetam adversamente a taxa de cicatrização das feridas. Entre estes fatores está a má nutrição, hipovolemia, hipotensão, hipóxia, hipotermia, infecção, trauma e o uso de medicamentos de ação anti-inflamatória (Neto, 2003). Tratamento: A cicatrização por segunda intenção é recomendada em função do tempo decorrido, do grau de contaminação e da perda de tecido lesado (Hussni et al., 2004). O tratamento baseia-se na higienização da lesão e consequentemente o curativo local com pomadas que favorecem a cicatrização. A escolha e composição do fármaco a ser usada deve ser avaliada criteriosamente, já que muitos destes produtos são ineficientes e caros, ou prejudiciais à cicatrização, por serem irritativos ou estimularem a proliferação de tecido de granulação exuberante. O aspecto mais importante na preparação de feridas traumáticas para cicatrização é o debridamento cirúrgico, o qual consiste na remoção de tecido morto e desvitalizado para reduzir os níveis de bactérias patogênicas e oportunistas. A irrigação ou lavagem é um meio comum para limpeza de feridas traumáticas, os benefícios gerais da lavagem da ferida incluem a remoção de pequenas e grandes partículas endógenas, bactérias e tecido desvitalizado (Auer e Stick, 1999). O uso de bandagens ou gesso minimiza a formação de tecido exuberante de granulação pelo seu efeito de imobilização e por evitar contaminações. O enfaixamento da ferida ainda protege contra traumas e dissecação, além de aplicar pressão superficial e manter o medicamento tópico na área lesionada. As combinações de anti-inflamatórios esteróides e antibióticos tópicos diminuem marcantemente a produção de líquidos, permitindo trocas menos frequentes de bandagens. � Emergências Gastrointestinais Uma das principais emergências gastrointestinais que acometem os equinos é a Síndrome Cólica. Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, a espécie equina apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis por sinais de dores abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen agudo (PEIRÓ & MENDES, 2004). A diminuição ou variação no nível de atividade física, alterações súbitas na dieta, alterações nas condições de estabulação, dieta rica em concentrados, volumoso ou concentrado de má qualidade, consumo excessivamente rápido da ração concentrada, privação de água e o transporte em viagens podem influenciar a ocorrência de Síndrome Cólica (HILLYER et al., 2001). A cólica equina é uma síndrome que cursa com dor abdominal, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base e disfunção de órgãos vitais como pulmões e coração. Em equinos com cólica, as alterações ocorridas nas alças intestinais repercutem diretamente na composição dos fluidos orgânicos (VALADÃO et al., 1996), alterando-os na dependência do tempo, localização e gravidade do processo obstrutivo (NAPPERT & JOHNSON, 2001). Os sinais clínicos mais evidentes são inquietação do animal, que passa a realizar movimentos de raspar o chão, sapatear, escoicear o ventre ou por deitar e levantar frequentemente. Passa a olhar o flanco, rolar no chão, deitar de costas, passando a sentar de forma semelhante ao cão por um longo período de tempo. Adota uma postura anormal, que recebe o nome de “cavalo pensador”. Em casos de animais castrados, eles passam a expor o pênis sem urinar; urinam mais frequentemente e em pequenas quantidades; bate continuamente na água sem bebê-la. Durante um episódio de cólica o cavalo apresenta distensão intestinal, isquemia intestinal, reperfusão dos tecidos, necrose, inflamação, apoptose, e mudanças na flora bacteriana. Estes eventos provocam alterações na motilidade intestinal, nos processos de absorção e secreção de água e eletrólitos, na permeabilidade vascular, ativação de células inflamatórias, e por último, na estrutura dos tecidos. Os tipos de cólicas que mais afetam os equinos são:• Cólica de impacto: quando há uma obstrução, geralmente no intestino grosso, por uma sobrecarga de alimento fibroso não digerível. • Cólica por gases: ocorre mais frequentemente no intestino grosso, devido ao estiramento do intestino, que leva à dor abdominal. • Cólica espasmódica: quando há exacerbada contração peristáltica no sistema gastrointestinal dos equinos, devido à um acúmulo de gás dentro do aparelho digestivo destes animais • Cólica causada por parasitas: quando há uma obstrução devido a um grande número de parasitas, como o Parascaris equorum. • Colite: quando há inflamação do intestino grosso. • Deslocamento ou torção gástrica: quando o intestino localiza-se em uma posição anormal do abdômen, podendo muitas vezes torcer, isto recebe o nome de vólvulo. Tratamento: O tratamento específico de cada caso de cólica varia e depende da natureza e severidade da lesão. Contudo, existem alguns princípios terapêuticos comuns à maioria das cólicas, como analgesia e sedação, reposição de fluidos, correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base, além da lubrificação gastrointestinal ou administração de laxantes, e posteriormente o tratamento específico da doença em causa. A intervenção cirúrgica é indicada: • Quando é possível diagnosticar a causa exata da cólica e a lesão obstrutiva requer correção cirúrgica, como por exemplo o caso das obstruções por estrangulação; • Quando não foi efetuado um diagnóstico específico, mas existem evidências suficientes que indicam a necessidade de realização de cirurgia; • Quando os pacientes com cólica recorrente, que se mantém durante dias ou semanas, são suspeitos de sofrerem de uma lesão obstrutiva parcial devido a aderências, neoplasias, etc. (Edwards, 1998). Primeiros Socorros: • Sonda Nasogástrica: O primeiro procedimento deve ser a sondagem nasogástrica, objetivando a evacuação de gás ou refluxo, impedindo a possibilidade de ruptura do estômago (THOMASSIAN, 2000). Deve-se medir o PH do refluxo, o pH é um parâmetro importante para o clínico, pois permite que a origem do refluxo seja identificada. • Tricotomia: A tricotomia deve ser feita na região da calha da jugular para uso do cateter. • Hidratação: A hidratação deverá ser instituída prontamente e ser mantida até a resolução do caso. A via intravenosa deve ser utilizada em desidratação moderada a severa, em que grandes volumes de fluído devam ser infundidos em poucas horas, ou até que se tenha o quadro volêmico sob controle e seja avaliada a capacidade de trânsito de fluídos pela parede do intestino. Deve-se evitar fluidoterapia enteral na presença de íleo adinâmico ou obstruções localizadas no intestino delgado (THOMASSIAN, 2000). • Aferir parâmetros vitais: Aferir frequência cardíaca e respiratória, temperatura retal e auscultação dos quadrantes. • Paracentese abdominal: A avaliação físico-química e citológica do líquido peritoneal é um método auxiliar importante no diagnóstico das doenças abdominais nos equinos, utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e assépticas. • Palpação Retal: A palpação retal é um exame de fundamental importância em algumas enfermidades que acometem o sistema digestório dos equinos, tendo a mesma utilidade que o exame radiográfico nos pequenos animais, pois, em alguns casos, é o procedimento que vai dar o diagnóstico definitivo ou uma forte suspeita se aquele paciente tem ou não indicação cirúrgica. II. RUMINANTES Ruminantes são animais cujo aparelho digestivo é dotado de um estômago duplo, com quatro cavidades. Esse sistema de digestão constitui um complexo laboratório, cujo principal objetivo é melhor assimilar os escassos nutrientes da pastagem. As quatro cavidades denominam-se rúmen, retículo, omaso e abomaso. Na primeira delas, o alimento ingerido é armazenado e fermentado por ação de certas bactérias que ali vivem como organismos simbióticos e que, com suas enzimas, degrada a celulose, componente fundamental da pastagem. Tal característica permite que esses herbívoros sobrevivam quase exclusivamente à base de plantas. Do rúmen, o alimento fermentado passa ao retículo e é regurgitado, ou seja, volta para a cavidade bucal, onde é mastigado novamente. Esse processo é denominado ruminação e dá origem ao nome da subordem. Posteriormente, o alimento ruminado chega ao omaso. É no abomaso que finalmente se realiza a digestão propriamente dita, ou degradação dos principais componentes do alimento. De acordo com as famílias, o ruminante pode apresentar dois ou quatro dedos. As diferenças quanto ao tamanho e corpulência são notáveis: os ruminantes abrangem desde as girafas até os dik-dik, antílopes africanos de apenas trinta centímetros de altura. Nessa subordem, incluem-se animais tão fortes quanto os búfalos e tão graciosos quanto os antílopes e gazelas. Também são ruminantes espécies domésticas como a ovelha, a vaca e a cabra, que tiveram grande importância na formação e no progresso da civilização humana. Os ruminantes compreendem cinco famílias: tragulídeos, girafídeos, cervídeos, bovídeos e antilocaprídeos. � Nomenclatura Zootécnica � Métodos de Contenção A prática de contenção de bovinos é extremamente necessária todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos veterinários ou qualquer um que necessite que o imobilizados, terão que adotar A contenção é um procedimento realizado em qualquer animal, para os mais diversos fins, que vão desde a necessidade de um simples exame, aplicação de medicamentos, abate e muitos outros. É claro que, em animais menores, a cont bem mais simples. Em um grande bovino ou mesmo em bezerros, estes procedimentos requerem técnicas mais específicas. No caso dos bovinos, os métodos de contenção mais utilizados são aqueles destinados à prevenção de coices, imobilização para a descorna, para a coleta de sêmen, castração, entre outros Muitas vezes, como no caso de exames mais detalhados, a contenção é relativamente simples, ficando o animal em pé. Entretanto, em outras ocasiões, é necessário Nomenclatura Zootécnica do Bovino Métodos de Contenção A prática de contenção de bovinos é extremamente necessária e utilizada regularmente em todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos veterinários ou qualquer um que necessite que os animais fiquem total ou parcialmente contidos ou imobilizados, terão que adotar procedimentos de contenção. A contenção é um procedimento realizado em qualquer animal, para os mais diversos fins, que vão desde a necessidade de um simples exame, aplicação de medicamentos, abate e muitos outros. É claro que, em animais menores, a contenção, imobilização ou derrubamento são tarefas bem mais simples. Em um grande bovino ou mesmo em bezerros, estes procedimentos requerem No caso dos bovinos, os métodos de contenção mais utilizados são aqueles destinados à nção de coices, imobilização para a descorna, para a coleta de sêmen, castração, entre outros Muitas vezes, como no caso de exames mais detalhados, a contenção é relativamente simples, ficando o animal em pé. Entretanto, em outras ocasiões, é necessário e utilizada regularmente em todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos animais fiquem total ou parcialmente contidos ou A contenção é um procedimento realizado em qualquer animal, para os mais diversos fins, que vão desde a necessidade de um simples exame, aplicaçãode medicamentos, abate e muitos enção, imobilização ou derrubamento são tarefas bem mais simples. Em um grande bovino ou mesmo em bezerros, estes procedimentos requerem No caso dos bovinos, os métodos de contenção mais utilizados são aqueles destinados à nção de coices, imobilização para a descorna, para a coleta de sêmen, castração, entre outros. Muitas vezes, como no caso de exames mais detalhados, a contenção é relativamente simples, ficando o animal em pé. Entretanto, em outras ocasiões, é necessário que o animal seja derrubado e contido, isto é, amarrado, para que se mantenha em uma determinada posição. Em geral, no caso dos animais leiteiros, devido ao temperamento dócil desses bovinos, a contenção e o derrubamento acontecem de uma maneira relativamente fácil, sem que seja necessária a aplicação de medidas mais enérgicas. A contenção mais simples é a da cabeça, que pode ser feita até mesmo com as mãos ou com a utilização de cabrestos ou cordas. Os métodos mais utilizados em ruminantes são: • Tronco de Contenção • Peia • Derrubamento lateral • Sentado (Ovinos) Para derrubamento de bovinos, • Método de Rueff: É mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é na região do pênis e do prepúcio - Fixam-se ambas as extremidades dos chifres escorregadio. - Com uma das mãos, se segura região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo, levando por dentro da parte da corda que está sendo segura. - Repete-se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás. - Faz-se a tração firme, lenta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia vagarosamente, acompanhado por um • Formiga Derrubamento lateral (caprinos) Para derrubamento de bovinos, utilizam-se os seguintes métodos: mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é na região do pênis e do prepúcio. se ambas as extremidades dos chifres em suas bases ou no pescoço por um laço com nó se segura a corda sobre o tórax, passando-se a extremidade região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo, levando-a, em seguida, novamente por cima e tro da parte da corda que está sendo segura. se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás. enta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia vagarosamente, acompanhado por um ajudante em sua cabeça. mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é traumático em suas bases ou no pescoço por um laço com nó extremidade por baixo da a, em seguida, novamente por cima e se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás. enta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia • Método Italiano: Pode ser aplicado tanto em fêmeas como em machos e animais descornados, pois não constringirá mama ou pênis. - Passa-se metade de uma corda comprida pelo pescoço, na frente da cernelha. - Cruzam-se ambas as extremidades das cordas por baixo do pescoço e, mais uma vez, por sobre a região torácica, passando as pontas das cordas por entre os membros posteriores. - Cada extremidade livre é puxada por um homem enquanto um terceiro assistente segura a cabeça do animal. • Método de Almeida e Barros: A vantagem deste método é a de que sua execução é simples, pois necessita apenas de uma corda com argola e pode ser executado tanto em machos como em fêmeas, dispensando a peia. � Histórico, Anamnese e Exame Físico em Ruminantes O exame clínico é composto de Identificação, Anamnese e Exame físico. • Identificação: O paciente é identificado por suas características externas, utilizando-se aspectos como idade, sexo, cor, raça, entre outros. • Anamnese (História Clínica): Uma das etapas mais importantes para o diagnóstico, envolve a colheita e a avaliação de todos os dados relevantes do histórico do animal. • Exame Físico: É necessário que se faça uma avaliação geral do paciente, entre as quais consiste: − Inspeção − Palpação − Auscultação − Percussão − Olfação − Funções Vitais Parâmetros Vitais Espécie Parâmetros normais Frequência cardíaca Bovinos Adultos 50 a 70 bpm Jovens 60 a 90 bpm Caprinos e Ovinos 70 a 110 bpm Suínos Adultos 60 a 90 bpm Jovens 100 a 130 bpm Frequência Respiratória Bovinos Adultos 10 a 30 mpm Jovens 20 a 50 mpm Caprinos 20 a 40 mpm Ovinos 12 a 22 mpm Suínos 8 a 18 mpm Temperatura retal Bovinos Adultos 37,5 a 39,5°C Jovens 38,5 a 39,5°C Ovinos e Caprinos Adultos 38,3 a 39,5°C Jovens 38,6 a 40,3°C Lanados até 40°C Suínos 39 a 40°C Movimentos Ruminais Bovinos 7 a 10 mr a cada 5 minutos ou 1 a 2 mr por minuto III. FONTES DE PESQUISA http://www.brasilescola.com/animais/cavalo.htm http://www.manera.feis.unesp.br/fazenda%20escola/equinos.htm http://coisasgauchescas.blogspot.com.br/2009/07/nomenclatura-do-corpo-do-cavalo.html http://marcianotomi.webs.com/tecn/contencao.pdf http://www.revistaveterinaria.com.br/2012/03/22/a-importancia-da-semiologia-veterinaria/ http://www.oocities.org/gepsaude/PS/curativos.htm http://www.slideshare.net/CharlesBigFoot/aula-imobilizaes http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/Veterinarios/Home/ProdutoSolucoes/BandagemE lastica/ http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf12_2009/13-18.pdf http://blog.ourofino.com/equinos/2011/02/14/feridas-nos-equinos/ http://www.slideshare.net/MarieneGarciadeFreitas/sndrome-clica-equina http://search.4shared.com/postDownload/Wb4yVP0w/SNDROME_CLICA_EM_EQUINOS.html http://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/colica-equina/ http://www.editora.ufrrj.br/rcv2/vida%2028-1/64-78.pdf http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL03.pdf http://byvet.blogspot.com.br/2010/07/sindrome-colica-em-equinos.html http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3406 http://www.infoescola.com/animais/ruminantes/ http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=8674 Semiologia Veterinária: A Arte do Diagnóstico (Semiologia do Sistema Digestório de Equinos - Luiz Cláudio Nogueira Mendes e Juliana Regina Peiró).
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