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Gestão e Gerenciamento de Obras

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O BOM ALUNO DE CURSOS À DISTÂNCIA: 
 
• Nunca se esquece que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não 
apenas terminar o curso. Qualquer um termina, só os determinados 
aprendem! 
 
• Lê cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando 
dominar pela pressa. 
 
• Sabe que as atividades propostas são fundamentais para o entendimento do 
conteúdo e não realizá-las é deixar de aproveitar todo o potencial daquele 
momento de aprendizagem. 
 
• Explora profundamente as ilustrações explicativas disponíveis, pois sabe que 
elas têm uma função bem mais importante que embelezar o texto, são 
fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo. 
 
• Realiza todos os jogos didáticos disponíveis durante o curso e entende que 
eles são momentos de reforço do aprendizado e de descanso do processo de 
leitura e estudo. Você aprende enquanto descansa e se diverte! 
 
• Executa todas as atividades extras sugeridas pelo monitor, pois sabe que 
quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferencia dos demais 
alunos dos cursos. Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o 
aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem 
diferencia os “alunos certificados” dos “alunos capacitados”. 
 
• Busca complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o 
curso, buscando novas informações e leituras extras, e quando necessário 
procurando executar atividades práticas que não são possíveis de serem feitas 
durante as aulas. (Ex.: uso de softwares aprendidos.) 
 
• Entende que a aprendizagem não se faz apenas no momento em que está 
realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas 
que estão à sua volta permite encontrar elementos para reforçar aquilo que 
foi aprendido. 
 
• Critica o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo 
no dia-a-dia. O aprendizado só tem sentido quando pode efetivamente ser 
colocado em prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aproveite o seu 
aprendizado. 
 
 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
4 
 
Conteúdo 
 
ORÇAMENTO 
 
1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................... 8 
2. COMO FAZÊ-LO ...................................................................................................... 8 
 
 
2.1 – Ferramentas .................................................................................................... 8 
 
 
2.1.1 – Projetos ..................................................................................................... 8 
 
 
2.1.2 – Memorial Descritivo / Caderno de Encargos ............................................. 8 
2.1.3 – Especificações Complementares .............................................................. 8 
2.1.4 – Informática ................................................................................................. 8 
2.2 – Etapas de Trabalho ............................................................................................ 8 
2.2.1 – Integração dos Projetos ............................................................................ 8 
2.2.2 – Estudo das Especificações e Memorial Descritivo ................................... 8 
2.2.3 – Conciliação Projeto x Especificações ....................................................... 9 
2.2.4 – Levantamento de Quantitativos ............................................................... 9 
2.2.5 – Planilha Orçamentária .............................................................................. 9 
2.2.6 – Coleta de Preços ...................................................................................... 9 
2.2.7 – Escolha das Composições de Custo......................................................... 9 
2.2.8 – Orçamento Propriamente Dito .................................................................. 9 
3. DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO .......................... 9 
3.1 – Projeto ........................................................................................................... 9 
3.1.1 – Projeto Executivo ..................................................................................... 9 
3.1.2 – Projetos Complementares ....................................................................... 9 
3.2 – Memorial Descritivo / Caderno de Encargos .................................................. 9 
3.3 – Especificações Complementares .................................................................. 10 
3.4 – Planilhas e o Uso da Informática .................................................................. 10 
3.5 – Integração ou Conciliação de Projetos ......................................................... 10 
3.6 – Estudo das Especificações e Memorial Descritivo ....................................... 11 
3.7 – Conciliação Projeto x Especificação ............................................................. 11 
3.8 – Levantamento de Quantitativos ................................................................... 11 
3.9 – Planilha Orçamentária.................................................................................. 11
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
5 
 
3.10 – Coleta de Preços ....................................................................................... 11 
3.11 – Orçamento Propriamente Dito ................................................................... 11 
4. NBR 12721 (Antiga NB140) ..................................................................................... 13 
4.1 – Objetivos .......................................................................................................... 13 
4.2 – Definições ........................................................................................................ 13 
4.3 – Cálculo do CUB (Custo Unitário Básico) ......................................................... 13 
4.4 – Áreas de Edificação ......................................................................................... 14 
4.5 – Discriminação Orçamentária ........................................................................... 15 
5. MODELOS DE PLANILHAS E CRITÉRIOS PARA LEVANTAMENTO ..................... 
16 
5.1 – Limpeza do Terreno .......................................................................................... 17 
5.2 – Volumes de Escavação de Subsolos ................................................................ 17 
5.3 – Fundações ......................................................................................................... 17 
5.4 – Estrutura............................................................................................................ 17 
5.4.1 – Aço .............................................................................................................. 18 
5.4.2 – Formas........................................................................................................ 18 
5.4.3 – Concreto ...................................................................................................... 18 
5.5 – Alvenaria .......................................................................................................... 18 
5.6 – Acabamentos Internos , Acabamento Externos ................................................ 19 
5.7 – Esquadrias ....................................................................................................... 19 
5.7.1 – Portas ou Janelas ....................................................................................... 19 
5.7.2 – Qual o tipo do material (metal, madeira, alumínio ou PVC)? ...................... 19 
5.7.3 – Qual o tipo e espessura do vidro ................................................................19 
5.7.4 – Recebe pintura? ......................................................................................... 19 
5.7.5 – Vergas ou Contra-vergas .......................................................................... 19 
5.8 – Tratamentos ................................................................................................... 20 
 
 
5.9 – Telhados ........................................................................................................ 20 
5.10 – Pintura ......................................................................................................... 20 
5.11 – Louças, Metais, Interruptores e Tomadas ................................................... 20 
5.12 – Instalações ................................................................................................... 20 
 
 
5.12.1 – Elétricas ................................................................................................. 20 
5.12.2 – Hidráulicas, Sanitárias e Incêndio ........................................................... 21
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
6 
 
5.13 – Gesso .......................................................................................................... 21 
6. COMPOSIÇÕES DE CUSTO ................................................................................... 22 
 
 
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 23 
 
 
PLANEJAMENTO 
 
1. DEFINIÇÃO ........................................................................................................................ 24 
2. CONSIDERAÇÕES .......................................................................................................... 24 
3. FATORES IMPORTANTES DE DEFINIÇÃO .................................................................... 25 
4. CRONOGRAMA FÍSICO ................................................................................................... 25 
4.1. – Cronograma de Barras Horizontais .......................................................................... 25 
4.2 – PERT / CPM .............................................................................................. ….............26 
4.3 – MS Project ………………………………....................................................................... 28 
4.4 – Cronograma de Barras Inclinadas ............................................................................ 29 
5. CRONOGRAMA FINANCEIRO OU DE DESEMBOLSO ................................................... 31 
6. CONTROLE FINANCEIRO (ANEXO 14) .......................................................................... 33 
7. DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE (ANEXO 15) ............................................................. 33 
A. Pelas composições temos os seguintes índices de consumo ..................................... 34 
B. Pelos Índices Médios de Produtividade temos ............................................................. 35 
C. Comparando os cálculos ............................................................................................... 36 
D. Cronograma de Equipes ............................................................................................... 36 
8. CÁLCULOS DE TAREFAS ............................................................................................... 37 
9. TABELAS A X B X C GLOBAL E PARCIAIS .................................................................... 39 
9.1. Tabela A x B x C Global Geral ................................................................................. 39 
9.2. Tabela A x B x C Global Mensal .............................................................................. 39 
9.3. Tabela Global em ordem alfabética ......................................................................... 39 
9.4. Tabela A x B x C de mão de obra (geral e mensal) ................................................ 39 
9.5. Tabela A x B x C de materiais (geral e mensal) ..................................................... 39 
9.6. Tabela A x B x C de empreiteiros (geral e mensal) ................................................ 39 
9.7. Tabela A x B x C de máquinas e ferramentas (geral e mensal) ............................. 39 
9.8. Tabelas de classificação por cento de custos ........................................................ 40 
9.9. Tabela A x B x C de despesas operacionais ......................................................... 40 
9.10. Tabela A x B x C de outras despesas ................................................................. 40 
10. ANÁLISE DO PLANEJAMENTO X EXECUTADO ....................................................... 40 
10.1. Medições da obra ............................................................................................... 40 
10.2. Obra a realizar (obra nova) ................................................................................ 40
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
7 
 
10.3. Novo Cronograma .............................................................................................. 41 
10.4. Dados Comparativos ........................................................................................ 41 
11. SUGESTÃO DE FLUXO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE ................................. 42 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO DE OBRAS 
 
 
 
1 - DEFINIÇÃO 
 
 
É a soma de todos os custos diretos e indiretos de uma construção ou obra. 
Este somatório determina o quanto deve custar uma obra. Os custos são compostos 
basicamente de Materiais, Mão de Obra, Verbas, Leis Sociais e BDI, os quais serão 
definidos posteriormente. 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
8 
 
 
“Documento onde se registram as operações de cálculo de custo da 
construção, somando todas as despesas correspondentes à execução de todos 
os serviços previstos nas especificações técnicas e constantes da 
discriminação orçamentária apresentada no anexo D.” (NBR 12721/2000, p. 24, 
item 4.5.2.1). 
 
 
 
2 - COMO FAZÊ-LO 
 
Para a perfeita execução de um orçamento, várias etapas e ferramentas 
de trabalho devem ser consideradas.Estas componentes podem ser assim 
divididas: 
 
 
2.1 – Ferramentas 
2.1.1 – Projetos 
2.1.2 – Memorial Descritivo / Caderno de Encargos 
2.1.3 – Especificações Complementares 
2.1.4 – Planilhas e Uso de Informática 
 
 
2.2 – Etapas de Trabalho 
2.2.1 – Integração dos Projetos 
2.2.2 – Estudo das Especificações e Memorial Descritivo 
2.2.3 – Conciliação Projeto x Especificações 
2.2.4 – Levantamento de Quantitativos 
2.2.5 – Planilha Orçamentária 
2.2.6 – Coleta de Preços 
2.2.7 – Escolha das Composições de Custo 
2.2.8 – Orçamento Propriamente Dito 
 
 
3 - DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
 
3.1 – Projeto 
É o conjunto de informações necessárias e suficientes à perfeita realização dos 
serviços de execução de uma obra. Para um perfeito entendimento dividiremos em 
duas categorias de projetos: 
 
3.1.1 – Projeto Executivo
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
9 
 
É o projeto de arquitetura (projeto legal) mais o projeto de detalhamento 
construtivo, onde se encontram a concepção do produto, as marcações de alvenaria, 
paginações de pisos e paredes, bancadas, alturas de peitoris, enfim, todas as 
informações arquitetônicas e detalhes necessários à perfeita execução da obra. 
 
3.1.2 – Projetos Complementares 
São os demais projetos de uma obra, executados a partir do projeto de 
arquitetura, ou seja: Sondagens, Fundações, Estrutura, Elétrico Telefônico, Hidro- 
Sanitário, Incêndio, Impermeabilização, Paisagismo, etc. 
 
 
 
3.2 – Memorial Descritivo / Caderno de EncargosNo memorial são definidos e descritos os métodos a serem usados na 
execução dos serviços, assim como as características dos materiais a serem 
empregados para tanto. O memorial especifica os métodos de construção. 
De acordo com a NBR-12721: 
 
“...é feito o memorial descritivo da edificação objeto da incorporação e dos 
seus acabamentos de forma sucinta e com emprego de terminologia 
adequada a sua apreciação pelos futuros adquirentes de unidades 
autônomas, em estreita vinculação com desenhos do projeto. O memorial 
descritivo dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificações 
técnicas, obedecendo aos limites impostos pelos quadros que devem ser 
preenchidos.” (NBR-12721/2000, p. 22, item 4.4.1) 
 
O caderno de Encargos tem um sentido mais amplo, englobando a descrição 
de vários tipos de serviços, independentemente da obra que será executada, 
determinando o padrão e as normas de execução, específicos a um órgão 
contratante qualquer, para os serviços da construção civil. 
No Caderno de Encargos encontram-se, inclusive, a especificação dos 
materiais básicos a serem aplicados. O mesmo deve seguir as orientações das 
normas técnicas de execução de serviços da ABNT. 
 
 
 
3.3 – Especificações Complementares 
Define o tipo, marca, modelo e quantidade dos materiais a serem empregados 
na construção. Especifica com o que será construída a obra. Alguns dados da 
especificação podem ser complementados no projeto de arquitetura, neste caso são 
chamadas especificações complementares. 
Em caso de dúvidas, ou de sobreposição de informações, prevalecem as 
informações das especificações. 
Este documento deve fazer parte da pasta do cliente, no ato da compra, e 
qualquer modificação, por falta do produto no mercado ou por opção da empresa, deve 
ser negociada.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
10 
 
3.4 – Planilhas e o Uso da Informática 
O uso de programas ou software específicos, planilhas eletrônicas e editores 
de texto, auxilia na elaboração de orçamentos e propostas, assim como no 
levantamento de quantitativos e planejamentos. 
Dentre eles podemos citar: Tron-Orc, Rm-Orc, Volare (Pini), Mm-Orc, Excel, 
Word, Autocad, etc. 
A organização e elaboração de planilhas para quantitativos devem levar em 
consideração a sua finalidade, que vai muito além de uma mera ferramenta de 
quantificação de projetos, devendo ser considerada como de grande utilidade para o 
gerenciamento do empreendimento, tanto no planejamento quanto na execução das 
obras. Estes aspectos serão destacados posteriormente. 
 
 
 
3.5 – Integração ou Conciliação de Projetos 
Permite a visualização da interdependência de um projeto para com os demais. 
Este estudo cria soluções preventivas às etapas de serviço, propiciando a programação 
das mesmas, obedecendo uma seqüência lógica de execução das obras, de modo que 
os serviços atuais não inviabilizem as futuras frentes de trabalho. Como por exemplo: 
 Passagens nas lajes em locais pré-determinados às locações de prumadas elétricas 
ou hidro-sanitárias, na época da estrutura. 
 Definição de linhas de eixos para locação da estrutura e alvenaria, etc. 
 Descontos, vãos e aberturas, interferência da estrutura nas alvenarias, etc. 
 
3.6 – Estudo das Especificações e Memorial Descritivo 
Permitem a definição dos materiais a serem aplicados, nos processos 
construtivos, assim com os processos e as normas de execução, auxiliando na 
elaboração da planilha orçamentária e na escolha das composições de custo. 
 
 
 
3.7 – Conciliação Projeto x Especificação 
Esta etapa se faz necessária, para se dirimirem as divergências que porventura 
possam existir entre os mesmos. 
 
 
 
3.8 – Levantamento de Quantitativos 
É a quantificação de um determinado serviço dentro da obra a ser executada. 
Para o seu levantamento se faz necessária a aplicação de planilhas próprias, que têm 
por objetivo simplificar os cálculos, facilitarem as totalizações e a organização dos 
dados, que são de suma importância à elaboração do orçamento. 
Os critérios de levantamento e as planilhas serão apresentados 
posteriormente.
 
 
 
 
 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
11 
 
3.9 – Planilha Orçamentária 
É a relação detalhada de todos os serviços a serem executados em uma obra. 
A cada serviço, correspondem uma unidade de medida, o consumo unitário, a 
quantidade e o preço total parcial do mesmo, como no exemplo a seguir: 
 
 
3.10 – Coleta de Preços 
Visa determinar o custo de cada insumo necessário para o cálculo do preço 
dos serviços em questão. O critério de coleta de preços pode optar entre duas formas 
de pagamentos, ou seja, a vista ou a prazo. Esta definição parte do critério empresarial, 
tendo como variantes os juros de mercado, prazo da obra, critérios de pagamentos, 
dentre outros. 
 
 
 
3.11 – Orçamento Propriamente Dito 
Já definido anteriormente, acrescenta-se que sua elaboração é precedida das 
etapas já expostas e que sua execução através de software específico, confere à 
mesma, maiores exatidão de cálculo e flexibilidade de alterações.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – NBR 12721 (antiga NB 140) 
 
 
4.1 - Objetivo 
Esta norma trata, basicamente, de três grandes áreas: 
 Avaliação de custos unitários de construção 
 Orçamento de construção 
 Incorporação de edifícios 
A mesma determina as condições exigíveis, para a obtenção dos itens acima 
dispostos. 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
13 
 
4.2 – Definições 
Vários conceitos, necessários à elaboração da incorporação de um edifício, são 
fixados e padronizados pela NBR 12721, visando uma linguagem única para os que 
fazem uso da mesma. Tais definições são de extrema importância para os cálculos 
executados nos quadros de I a VIII, que resultam em informações necessárias ao 
arquivo de Registros de Imóveis (lei 4591 – 16/12/64). Vemos a seguir o que é 
abordado em cada quadro: 
 
 Quadro I – Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas globais 
 Quadro II – Cálculo das áreas da unidade autônomas 
 Quadro III – Avaliação do custo global e do preço por m² da construção 
 Quadro IV – Avaliação do custo da construção de cada unidade autônoma 
 Quadro V – Informações gerais 
 Quadro VI – Memorial descritivo dos equipamentos 
 Quadro VII – Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso 
privativo 
 Quadro VIII – Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso 
comum 
 
 
 
4.3 – Cálculo do C.U.B (custo unitário básico) 
Para este cálculo, a norma oferece quatro tabelas, onde encontramos os 
consumos unitários, por metro quadrado, dos materiais pertencentes a um lote básico, 
específico aos tipos de projetos padrão (H4, H8, H12), conforme o número de 
pavimentos, número de quartos e padrão de qualidade (baixo, médio, alto). A mesma 
análise é realizada para a mão-de-obra. 
Com estes dados, aplicando aos mesmos os custos respectivos, específicos à 
cada região, de acordo com o mercado vigente, obteremos o C.U.B relativo à região 
em foco. Para estes cálculos usamos a tabela modelo, fornecida pela norma. 
As leis sociais devem conter os encargos sociais, incluindo um percentual para 
atender às legislações federal, estadual e municipal, em vigor na região. 
Nestes custos não são considerados os seguintes itens: 
 Fundações especiais; 
 Elevadores; 
 Instalações especiais; 
 Terraplenagem, urbanização, recreação, jardins, etc; 
 Despesas com instalação, funcionamento e regulamentação de condomínios; 
 Impostos e taxas; 
 Projetos; 
 Remuneração da construtora; 
 Remuneração do incorporador; 
 Outras despesas indiretas. 
 
 
 
4.4 – Áreas da Edificação 
As áreasda edificação recebem, segundo a NBR – 12721, as seguintes 
denominações:
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
14 
 
 
 Área de Divisão Proporcional; 
 Área de Divisão não Proporcional; 
 Área de Uso Comum; 
 Área de Uso Privativo; 
 Área Coberta Padrão (de construção); 
 Área Coberta Padrão Diferente (equivalente); 
 Área Descoberta (equivalente). 
 
Estas equivalências de área, segundo o Manual Técnico do Empresário da 
C.E.F e a NBR - 12721, devem ser calculadas em relação ao custo das áreas de 
construção, observando os seguintes fatores de equivalência: 
 
- EDIFÍCIOS DE APARTAMENTOS: 
 
1.1 Garagens: 
a) Cobertas no térreo ou pavimento acima do terreno natural: 
Sobre laje de transição 0,50 
Sobre camada regularizadora até 0,25 
b) Coberta e abaixo do terreno natural: 
Com 1 subsolo até 0,70 
Com 2 subsolos até 0,85 
Com mais de 2 subsolos até 1,00 
 
Os pesos aqui adotados referem-se a subsolos que possuam o seguinte padrão de 
acabamento/execução: Escavação total do pavimento; piso acabado, padrão cimentado queimado; 
vagas demarcadas; pintura a óleo até 1,00m, nas paredes e pilares; tratamento e pintura de paredes, 
pilares, vigas e tetos; e luminárias. 
 
c) Descobertas: 
Pavimentação sobre laje 0,20 
Pavimentação com tratamento betuminoso 0,10 
Pavimentação sobre terra 0,05 
 
 
 
 
 
 
1.2 Pavimento térreo: 
a) Fechado: 1,00 a 1,10 
b) Sob pilotis: 0,50 
c) Ajardinamento, pavimentação e playground: 
Sobre laje até 0,25 
Com tratamento betuminoso 0,10 
Sobre terra (lastro) 0,05 
 
1.3 Pavimento tipo: 
a) Apartamento tipo ou outras cobertas padrão: 1,00 
b) Sacadas e terraços cobertos: 0,75 
c) Floreiras: 0,10 a 0,50 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
15 
 
 
1.4 Áticos: 
a) Terraço superior descoberto até: 0,50 
b) Casa de máquinas, barrilete e caixa d’água: 0,75 
 
1.5 Escaninhos: 
a) No subsolo até: 0,75 
b) No térreo até: 0,50 
 
1.6 Piscinas: 1,00 
 
 
 
2 - PARA CASAS: 
 
2.1 Corpo principal 1,00 
 
2.2 Edículas (quarto de empregada, WC, garagens, lavanderias, etc., isoladas ou ligadas ao corpo 
principal): 0,60 a 1,00 
 
 
 
 
 
4.5 – Discriminação Orçamentária 
Visa sistematizar o roteiro a ser seguido na execução de um orçamento, 
descrevendo cada etapa de serviços, de maneira geral e abrangente. Caracteriza-se 
pela flexibilidade. Uma referência para sua elaboração encontra-se detalhada no anexo 
“D” da NBR 12721. 
 
 
 
 
 
5 – MODELOS DE PLANILHAS E CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO 
Antes de especificar os critérios de quantificação e os modelos de planilhas, 
faz-se necessário observar aspectos de alta relevância deste tópico em relação a sua 
integração com o planejamento físico e o controle de obras. 
A quantificação, assim como o orçamento, deve seguir os princípios de 
execução da obra, ou seja: “Quantificar e orçar como se executa no canteiro de obras”. 
A quantificação, como uma das ferramentas mais importantes para o planejamento e 
controle, deve obedecer a alguns preceitos, como por exemplo: 
 O detalhamento das quantidades de um serviço deve ser feito de acordo 
com a seqüência de execução do ser viço. Por exemplo, as tubulações das 
instalações elétrico-telefônicas, representam serviços diferentes e são 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
16 
 
executadas parte embutidas nas lajes (antes do concreto) e outra parte 
embutidas nas paredes (logo após o chapisco e aperto), caracterizando portanto 
datas diferentes de execução ; 
 Os quantitativos devem servir de base para o planejamento de compra de 
insumos; 
 Serviços compostos de sub-serviços, devem seguir o nível de 
detalhamento dos sub-serviços. Por exemplo, o serviço de estrutura de concreto 
é composto de concreto, forma e aço, devendo assim ser detalhado. Sendo 
ainda mais específico e detalhista, as formas devem ser detalhadas segundo as 
peças estruturais (pilares, vigas, lajes, etc.) e segundo o processo de confecção 
ou de aplicação de formas, valendo a mesma regra para o concreto e o aço; 
 As planilhas são instrumentos de controle e medição de obra, devendo 
para tanto possuir colunas reservadas o acompanhamento da evolução e das 
medições periódicas da obra, tanto em serviços executados com mão de obra 
direta como de empreiteiros; 
 No caso de empreiteiros, a planilha poder ser o fator gerador do 
faturamento dos serviços executados por parte dos empreiteiros, no final de um 
período; 
 O nível de detalhamento dos quantitativos tem influência decisiva sobre 
os resultados obtidos, ou seja, quanto maior o nível de detalhes melhores serão 
os resultados obtidos; 
 Etc.; 
5.1 – Limpeza do Terreno 
Todo terreno onde será construída uma obra, deverá ser limpo, manual ou 
mecanicamente. A medida a ser considerada deverá contemplar no mínimo a área a 
ser edificada. Porem, na maioria dos casos, esta obra ocupa apenas parte do terreno, 
sendo o restante do mesmo usado como canteiro de obras e/ou depósitos. Portanto 
devemos considerar o total do terreno para limpeza. 
 
 
5.2 – Volumes de Escavação de Subsolos 
Normalmente é calculado pelo produto da área de ocupação do subsolo pelo 
pé direito enterrado do mesmo. Porem duas situações específicas podem influenciar o 
cálculo, são elas: 
 Edificações Vizinhas: neste caso as escavações sofrem a interferência das divisas 
de terreno, devendo prever taludes inclinados, com ângulos de aproximadamente 
60º. Estes taludes inclinados serão removidos, a medida que forem sendo
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
17 
 
executadas as cortinas de contenção, podendo ser reaterrados no piso do sub- 
solo, ou removidos, influenciando o cálculo do volume escavado; 
 Tipo de Fundações: em algumas situações (sapatas, tubulões, blocos e outros), o 
volume escavado precisa ser necessariamente reaproveitado, em face à 
dificuldade de sua remoção; 
 Em ambos os casos, o volume sofre o processo de empolamento; 
 
 
 
 
5.3 – Fundações 
Normalmente esta quantificação já se encontrava especificada em projeto, 
tanto para volumes de escavação, concreto e pedra, quanto para a armação 
necessária. 
Caso se faça necessário o levantamento, usamos fórmulas matemáticas para 
obtenção de volumes de cilindros (fustes) e troncos de cone (base). 
É importante lembrar que, como neste cálculo, o volume é considerado na 
caixa, o seu reaproveitamento implica num aumento do mesmo, da ordem de 30%, ou 
seja, se fossemos colocar a terra escavada de volta ao tubulão, haveria uma sobra 
considerável devido ao fenômeno do empolamento. 
 
 
 
5.4 – Estrutura 
Este levantamento tem como objetivo, obter as quantidades de aço, formas e 
concreto. 
 
 
 
 
 
5.4.1 – Aço 
Através do quadro resumo dos projetos de estrutura, separamos as 
quantidades de aço por tipo (CA50, CA60, etc), por bitola (6.3mm, 8.0mm, etc.), 
preferencialmente, por pavimento (caso das edificações verticais), ou por etapas, 
separando também vigas, pilares, lajes e fundações, o que facilita a programação de 
cortes, compras e tarefas. 
É importante verificar se os quadros resumo são fiéis aos respectivos detalhes 
da prancha do projeto em questão. Resumindo, confira por amostragem, 
principalmente escadas e pilares. 
Certifique-se, quanto as previsões de perdas em função dos cortes (10%) e se 
o índice de quilos por metro, para cada bitola, estão coerentes. 
 
5.4.2 - Formas
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
18 
 
Pilares – É a soma das áreas das superfícies laterais do mesmo (pé direito x 
altura). O pé direito é medido até o fundo da viga ou da laje (caso específico), o que 
facilita o cálculo de formas das vigas. 
Vigas – Calculado multiplicando-se o comprimento das mesmas pela altura de 
seus painéis laterais,acrescidos da área do fundo. O comprimento das vigas é 
determinado de face a face dos pilares ou eixo a eixo, dependendo do critério de 
medida adotado. No caso de cruzamento de vigas, uma delas deve ser medida apenas 
até a face interna da outra. Para facilitar podemos pré-determinar um sentido para 
assim diferenciá-las. 
A altura dos painéis laterais de vigas onde se apoiam lajes, é calculada pela 
altura nominal da referida viga (projeto), menos a espessura das lajes. 
As vigas periféricas ou extremas, possuem o painel externo mais alto que o 
interno, pois as mesmas só recebem laje de um dos lados, portanto, externamente 
medida nominal, internamente medida nominal menos a espessura da laje. 
As vigas isoladas, ou seja, que não recebem lajes, a medida dos painéis 
laterais é sempre a nominal. 
Lajes – É a área compreendida entre as faces internas das vigas de contorno. 
 
5.4.3 – Concreto (Anexo 3) 
Pilares – Produto das dimensões laterais dos mesmos, vezes o pé direito. 
Vigas – Comprimento vezes a altura nominal, vezes a largura. 
Lajes – Produto da área, calculada anteriormente, pela espessura da mesma. 
 
Estes cálculos devem ser feitos por pavimentos em separado, e por tipo de 
materiais tais como, formas de tábua, compensado comum ou plastificado (forma 
aparente). 
 
 
 
5.5 - Alvenaria 
Deve ser feita por parede, multiplicando-se o comprimento da mesma pela 
altura (pé-direito). 
Esta altura pode ser de piso a fundo de viga ou fundo de laje conforme a 
localização da parede. Em caso de haver marcação de alvenaria, a primeira fiada deve 
ser descontada na área da parede. 
Descontar todos os vãos (janelas, portas, etc.). Deve-se ter atenção para as 
paredes divisórias de ambientes, para que não sejam levantadas em dobro. 
Preferencialmente, enumere as paredes, obedecendo às numerações das 
vigas do projeto de estrutura. 
Separar as paredes por material e por espessura. Nesta mesma planilha 
levanta-se o aperto (acunhamento). 
 
 
 
5.6 – Acabamentos Internos, Acabamento externos 
Nesta planilha, aproveitamos todos os dados, para os cálculos simultâneos de 
pisos, tetos, paredes, rodapés e soleiras. 
Para os revestimentos de paredes (chapiscos, emboço , reboco e revestimento 
cerâmico), devemos descontar todos os vãos maiores ou iguais a 01 (um) M2.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
19 
 
Separe os revestimentos de teto, paredes internas e externas. Revestimentos 
de fachada, em obras verticais, executados em balancinho ou andaimes fechadeiros, 
merecem maior cuidado no orçamento. 
Soleiras e Rodapés, são medidos por metro linear. 
Nos encontros da alvenaria com a estrutura antes do revestimento, são 
aplicadas telas de estuque, para prevenção de trincas, devendo ser levantadas por 
metro linear, com largura em torno de 20 cm. 
Nas tubulações de prumadas, também são aplicadas as mesmas telas, para 
fixar os tubos, aplicando massa forte, facilitando a sua aderência às alvenarias e aos 
demais revestimentos (a largura da tela depende da prumada). 
Os revestimentos cerâmicos devem ser separados por tipo do produto, 
tamanho e acabamento. 
 
 
 
5.7 – Esquadrias 
Nesta etapa, faz-se necessário uma diferenciação minuciosa, sob os seguintes 
aspectos: 
 
5.7.1 – Portas e Janelas. 
 
5.7.2 – Qual o tipo do material (metal, madeira, alumínio ou PVC)? 
 
5.7.3 – Qual o tipo e espessura do vidro? 
 
5.7.4 – Recebe pintura? 
 
5.7.5 – Vergas ou Contra-vergas. 
 
No caso de portas de madeira, devemos levantá-las por unidade ou por M2, 
juntamente com as ferragens. As esquadrias de alumínio ou de ferro, quantificadas por 
M2. 
Vidros são quantificados na mesma área das esquadrias que os recebem, 
quando toda a área de esquadria recebe vidro, em outros casos deve-se levantar 
apenas o vão que recebe o vidro. 
Vergas / Contra-vergas são levantadas por metro linear. 
 
 
 
5.8 – Tratamentos 
Separar por tipo de Impermeabilizantes, calculando a área a ser tratada. Para 
as mantas aplicadas em floreiras, lajes, caixas e outros locais, as mesmas deverão ser 
aplicadas na horizontal e vertical, nos encontros com paredes ou pilares, por exemplo. 
 
 
 
5.9 – Telhados 
Quantificado pela área da projeção horizontal a ser coberta, separando-se por 
tipo de telha, inclinação, e se a estrutura de apoio é metálica ou de madeira.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
20 
 
 
 
 
 
5.10 – Pintura 
Quantificar a massa PVA e a pintura separadamente, estando atentos para o 
tipo de pintura (óleo, esmalte, acrílica, p.v.a), local de aplicação (parede, teto, interna 
ou externa) e se haverá a aplicação de liquibrilho. 
As planilhas de alvenaria e de acabamentos internos e externos, fornecem as 
áreas para a quantificação destes serviços. 
Para as esquadrias que recebem pintura, ou qualquer outro tipo de tratamento, 
as respectivas áreas são encontradas na planilha específica de esquadrias. 
 
 
 
5.11 – Louças, Metais, Interruptores e Tomadas 
 
Quantificados por unidade, tipo, modelo, locais de aplicação, etc. 
 
 
 
5.12 – Instalações 
 
 
5.12.1 – Elétricas 
Quantificar pelo projeto em escala, separadamente por pavimentos ou aptos, 
separando as prumadas e os fechamentos de quadros. 
No levantamento da fiação separar as que passem pelo piso, parede e teto, 
não se esquecendo dos acréscimos (+ 20 cm por perna) para fechamento nas caixas 
de tomadas, interruptores e luminárias, deixando para os quadros pelo menos 50 cm 
por perna. 
Separar os acessórios da área de uso comum e dos apartamentos, por tipo e 
função. 
 
5.12.2 – Hidráulicas, Sanitárias e Incêndio 
Os bons projetos, já fornecem uma listagem de materiais por pavimento, onde 
são quantificados as tubulações, conexões e registros por tipo de Instalações, Materiais 
e Aplicação. 
Caso não sejam fornecidas, o levantamento obedece o mesmo padrão 
especificado para Instalações Elétricas. 
 
 
 
5.13 – Gesso: 
Quantificados na planilha de acabamentos internos, especificamente nos 
revestimentos de tetos.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
 
 
Numa composição é que encontramos os insumos necessários à execução de 
um determinado serviço, com seus respectivos consumos por unidade produzida. 
Após a coleta dos preços destes insumos, aplicamos os mesmos à composição 
em questão, obtendo o preço unitário deste serviço. 
A composição nos permite avaliar, primeiramente, o gasto de um determinado 
material ou mão de obra, para uma quantidade específica de serviço. 
O confronto entre os consumos propostos por uma composição e os índices 
coletados no canteiro de obras, provoca a reavaliação dos orçamentos e de nossas 
composições, propiciando sempre uma aproximação cada vez mais fiel entre o orçado 
e o realizado em uma obra. 
Para cada serviço de uma obra deve existir uma composição de custos 
específica, que retrate o mais fielmente possível a sua execução no canteiro de obras. 
Porem nem sempre encontramos, nos softwares existentes no mercado, todas as 
composições que necessitamos, devendo em alguns casos serem criadas novas 
composições que atendam as particularidades de cada orçamento. 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
22 
 
Exemplo de uma composição: 
 
 
Forma Convencional Resinado 12 mm. M2 1,0 R$ 28,19 
 
Item Unid. Quant. Custo 
Unitário 
Custo 
Total 
% 
 
Servente hs 0,250 0,60 0,15 0,530 
Carpinteiro hs 1.200 1,28 1,54 5,460 
Tábua 2,5 x 30,0 cm (terceira m 3.200 1,20 3,84 13,620 
Pontalete Pinho 7,5 x 5,5 (de terceiro) m 7.600 0,80 6,08 21,570 
Madeira Comp. Resinada 12 mm M² 1.150 12,49 14,36 50,930 
Prego 15 x 15 KG 0,50 1,05 0,525 1,860 
Prego 17 x21 KG 0,100 1,05 0,05 0,370 
DESMOLDANTE LT 0,010 3,35 0,033 0,120 
LEIS SOCIAIS % 92,6 1,56 5,540 
Total da Composição R$ 28,19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 – CONCLUSÃO: 
 
Ressaltamos a importância do uso de planilhas, visando obter uma perfeita 
organização dos dados, não se esquecendo que as mesmas serão instrumentos de 
planejamento, medições e controles, durante a execução da obra. Esta metodologia 
facilita o manuseio, a pesquisa e o entendimento dos dados por parte da equipe de 
obra, que raramente é a mesma que orça. 
O retorno de informações (feed-back), a experiência de canteiro, é fundamental 
para a orçamentação. Os orçamentistas devem manter constantemente o contato com 
a obra, buscando retorno e aperfeiçoamento de seu trabalho. Trancados em uma sala, 
seus trabalhos serão desconexos com a realidade e sem sentido prático. 
O detalhamento e organização dos dados são fundamentais para a perfeita 
execução do planejamento físico e financeiro. Qualquer critério adotado, no momento 
do orçamento, deve ser oficializado, para facilitar o trabalho dos demais profissionais 
que tiverem contato com os dados armazenados. 
Finalizando, um orçamento nunca é uma verdade absoluta, e nunca se tornará 
estanque. Ao contrário, deverá ser considerado como uma ferramenta dinâmica e com 
necessidade de constantes atualizações, tanto em função do tempo, das conjunturas 
econômicas, quanto das possíveis alterações que o empreendimento possa sofrer. 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO DE OBRAS 
 
 
 
 
 
1. DEFINIÇÕES 
 
 
1.1 – É o estabelecimento de uma seqüência lógica, entre as diversas etapas ou fases 
de execução de um empreendimento, definindo o que, quando e como fazer. 
1.2 - É o estudo detalhado de uma obra, em função de um intervalo de tempo, 
partindo-se de um orçamento base. 
 
 
“A função do planejamento prévio é a de planejar os trabalhos da obra antes de 
seu início, de tal forma que sejam escolhidos os métodos construtivos e os meios 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
24 
 
de produção mais adequados e estes sejam coordenados entre si, considerando- 
se todo quadro de condicionantes internos e externos à empresa. O objetivo deste 
planejamento é obter o maior rendimento possível com custos de execução os 
menores possíveis.” (Fritz Gehbauer et all, 2002, p. 271) 
 
 
 
 
2. CONSIDERAÇÕES 
 
 
2.1 - O planejamento na verdade, se inicia bem antes do projeto, continua com este e 
depois deste. É o fator condicionante de todas as outras fases, distribuindo-se 
durante o tempo. 
 
2.2 - Nesse intervalo de tempo, podemos propor o andamento da obra, o 
caminhamento lógico e crítico dos serviços, dimensionando a equipe de operários e 
os suprimentos, em subintervalos pré-determinados. 
 
2.3 - Como resultado desta programação, pode-se obter um cronograma de 
desembolso financeiro, que comparado a uma dotação orçamentária prévia, gera as 
possíveis variantes do planejado, ou os replanejamentos. 
 
2.4 - Este estudo tem como principais características a flexibilidade e a riqueza de 
dados que resultam do mesmo. Quanto mais detalhado, maior será a clareza das 
informações e a sua proximidade com o real. 
 
 
 
Segundo Fritz (2002) o planejamento pode ser subdividido em: 
 
 
 Planejamento dos métodos de execução: 
o Métodos construtivos, técnica empregada, custos; 
 Planejamento físico da obra: 
o Cronograma detalhado; 
 Planejamento dos recursos operacionais e financeiros: 
o Mão-de-obra, materiais, máquinas e equipamentos, em níveis físicos 
e financeiros; 
 Planejamento do canteiro de obras. 
 
 
3. FATORES IMPORTANTES DE DEFINIÇÃO
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
25 
 
3.1 – Prazo da Obra ; 
3.2 - Índices de Produtividade; 
3.3 - Equipe Disponível ou Necessária; 
3.4 - Quantitativo de Serviços; 
3.5 – Dotação Orçamentária; 
 
 
 
 
4. CRONOGRAMA FÍSICO 
Partindo-se sempre de uma hipótese (planejamento ideal), em que não existam 
limites de dotação orçamentária, o primeiro e mais importante passo é definir o prazo 
de execução da obra, propondo então um cronograma físico, raiz de todas as 
informações subseqüentes. 
Dentre os tipos de cronogramas físicos mais conhecidos, podemos citar: 
 Cronograma de Barras Horizontais (Gant); 
 Pert/CPM e/ou Project; 
 Cronograma de Barras Inclinadas (linha de balanço). 
 
 
4.1 Cronograma de barras horizontais 
Largamente utilizado propõe a distribuição das etapas de serviço, ao longo do 
tempo, marcados de maneira linear em retas paralelas e horizontais. É indicado para 
obras de pequena complexidade, pois a visualização da interdependência dos serviços 
fica prejudicada para obras maiores e diversificadas. 
 
 
Agosto / xx 
ITEM ATIVIDADES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 
1.0.0 Estrutura do 8º Pavimento 
1.1.0 Pilares 
1.1.1 Planta de eixos 
1.1.2 Armação 
1.1.3 Formas 
1.1.4 Concreto 
1.1.5 Desmontagem das formas 
1.2.0 Vigas e Lajes 
1.2.1 Desmontagem das formas do pavimento inferior 
1.2.2 Formas 
1.2.3 Armação 
1.2.4 Concretagem 
 
 
 
4.2 PERT / CPM
1
5
1
5
 
4
In
st
.E
m
b
u
ti
d
a
s 
3
E
st
ru
tu
ra
 
9
 
4
 
6
6
 3
 
9
 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
26 
 
PERT - Program Evaluation And Reviem Tecnique, (Técnica de Avaliação e 
Revisão das Técnicas), CPM – Critical Path Method (Método do Caminho Crítico), pode 
ser aplicado a qualquer tipo de obra, com maiores vantagens para obras de grande 
porte. A sua complexidade exige maior especialização e tempo para sua elaboração. 
Como no modelo brasileiro da construção civil o tempo é sempre escasso, a sua 
aplicação é pequena e pouca difundida, apesar de ser um excelente método. 
O diagrama PERT / CPM tem como um de seus princípios básicos a definição 
das atividades, sejam elas antecessoras, sucessoras ou paralelas de cada serviço ou 
atividade. Assim sendo, este modelo se caracteriza por ser um método de 
planejamento, replanejamento e de avaliação do progresso das atividades ou serviços, 
proporcionando uma estrutura lógica de tarefas a serem executadas, suas 
interdependências e durações ao longo do tempo. 
Os passos que precedem a montagem da rede PERT / CPM são: 
 
 Execução da lista das atividades que serão executadas na obra; 
 Montagem da seqüência lógica das atividades; 
 Considerar as interdependências das atividades; 
 Calcular o tempo necessário para a execução de cada atividade. 
 
Os principais elementos que formam a rede são representados pelas 
Atividades e pelos Eventos, sendo: 
 
 Atividade – Graficamente representadas por linhas orientadas e 
significam a execução de uma tarefa, consumindo tempo e recursos; 
 Evento – Graficamente representados por círculos ou nós e significam o 
instante inicial ou final de uma ou mais atividades, não consumindo 
recursos ou tempo; 
 
A sua representação gráfica pode ser assim demonstrada:
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
 
 
 D – Duração do evento; 
 
 TCi – Tempo Cedo do Início é o tempo necessário para se iniciar uma atividade, 
considerando que não houve atrasos imprevistos nas atividades antecedentes; 
 
 TCj – Tempo Cedo do Término é o tempo necessário para se concluir uma 
atividade, considerando que não houve atrasos imprevistos nas atividades 
antecedentes, nem houve atrasos na atividade em consideração; 
 
 TTi – Tempo Tarde do Início é a data limite de início da atividade, considerandoas folgas existentes.Qualquer atraso no término da atividade após o Tempo 
Tarde de Início desta atividade vai atrasar o projeto, mesmo que esta duração e 
as demais sejam obedecidas; 
 
 TTj – Tempo Tarde de Término é a data limite de término da atividade, 
considerando as folgas existentes.Um atraso no Tempo Tarde de Início pode ser 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
28 
 
compensado com a redução da duração da atividade, porem um atraso no 
Tempo Tarde de Término provoca um atraso no projeto, que poderá ou não ser 
corrigido com as compensações das atividades sucessoras; 
 
 
 
 
DURAÇÃO DA ATIVIDADE 
 
FOLGA FOLGA 
 
 
TCi TCj T Ti T Tj 
 
 
 
 
 
 
4.3 MS Project 
Aplicativo da Microsoft, para elaboração de projetos e cronogramas, 
caracterizando-se por ser uma excelente ferramenta de gerenciamento, planejamento, 
controle e de atualização de informações. Trabalha as datas, tarefas, vínculos, 
interdependência de tarefas e recursos, a serem alocados para o perfeito andamento 
do empreendimento. Permite o acompanhamento do planejado com a fase atual do 
empreendimento, detectando as divergências para que possam ser solucionadas. Usa 
os princípios do PERT-CPM. 
 
 
 
 
 
 
 
4.4 Cronograma de Barras Inclinadas (L.O.B - line of balance) 
É uma especialização das barras horizontais. Trabalha com barras inclinadas 
em relação à linha do tempo (eixo x), e de quantidades (eixo y). Este modelo por sua 
agilidade, flexibilidade e rapidez de execução, adequa-se melhor a nossa realidade, 
além de propiciar uma excelente visualização da interdependência dos serviços. Sua 
aplicação é ideal para obras repetitivas. 
As etapas de serviços são determinadas por retas inclinadas em relação aos 
eixo x (tempo) e eixo y (quant.), onde o ângulo em relação ao eixo x determina a 
velocidade de execução dos serviços (ritmo), ou seja: 
 
- Quanto maior o ângulo em relação à X, menor o tempo de execução, maior 
a velocidade ou ritmo; 
 
- Quanto menor o ângulo em relação à X, maior o tempo de execução, menor 
a velocidade ou o ritmo. 
 
Para facilitar o entendimento faremos sempre comparações com um plano 
cartesiano (eixo X e Y) 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
29 
 
O início de todos os serviços ou etapas, ponto de partida de uma reta, tem 
como coordenadas: 
 
X 0 = uma data definida pelo planejamento 
 
Y 0 = zero (pois não existe quantidade executada) 
 
O término de uma etapa, ponto final de uma reta, tem como coordenadas: 
 
X 1= data limite para execução da etapa (= X 0 + prazo da etapa) 
 
Y 1 = quantidade total da etapa ou serviço 
 
Mas como calcular cada um destes pontos? O ponto inicial fica a critério do 
planejamento, de acordo com o contrato da obra ou definição da empresa, para a data 
de início da mesma, devendo também respeitar o intervalo mínimo de tempo entre o 
término de uma etapa e o início de outra. 
 
A quantidade total de um serviço é fornecida pelo levantamento de 
quantitativos, executado no momento que antecede a orçamentação. 
 
A data final é obtida através da seguinte equação: 
 
 
 
 
 
 
P=Qx(I/N) 
 
 
 
 
 
 
onde: 
P = prazo para execução dos serviços 
Q = quantidade total dos serviços 
I = índice de produtividade de um operário 
N = nº de operários disponíveis para realizar o serviço 
 
As datas limites então: 
 
 
 
 
DL = Di + P 
 
 
onde: 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
30 
 
DI = data limite de serviço 
Di = data inicial do serviço 
P = prazo para a execução do serviço 
 
As datas limites acumuladas não podem exceder o prazo final da obra. O que 
determina e pode variar uma data limite, é o binômio da produtividade e do número de 
operários disponíveis. 
Os índices de produtividade são obtidos através de médias históricas de 
produções dos operários nas obras, em cada frente de serviço, cabendo a cada 
empresa montar o seu banco de dados. 
Normalmente, a primeira reta é que determina como se posicionarão as 
demais, dentro do caminhamento lógico dos serviços. 
Para uma edificação vertical, por exemplo, iniciamos pela estrutura da obra, 
sem no entanto, nos esquecermos das escavações e fundações, que por serem 
executadas em prazos relativamente curtos, podem aparecer representadas por 
pequenas retas horizontais. Neste caso o eixo Y representará os pavimentos da 
edificação. 
Para um conjunto habitacional, as escavações e fundações aparecem em retas 
inclinadas. No eixo Y o nº de casas. Caso o número de casas seja muito grande, 
devemos dividir o conjunto em quadras menores e iguais, confeccionando um 
cronograma para 01 (uma) quadra, repetindo-o para as demais quadras (desde que o 
número de casas por quadra e as casas sejam iguais), porém com datas de início e 
término diferentes.
L
A
J
E
S
 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
31 
 
 
 
 
 
6 
 
5 
 
4 
 
3 
 
2 
 
1 
 
 
PRAZO 
Estrutura 
Alvenaria 
Chapisco 
Reboco 
Azulejo 
 
 
 
 
5 CRONOGRAMA FINANCEIRO OU DE DESEMBOLSO 
 
 
Nasce em função de um cronograma físico e da disponibilidade financeira da 
empresa, para um empreendimento específico. Quando abordamos o tema 
cronograma financeiro, devemos mostrar claramente a diferença entre Receitas e 
Despesas, porém ressaltamos a importância da análise sempre conjunta dos mesmos, 
no sentido de viabilizar economicamente o empreendimento. 
 
O cronograma de receitas é determinado por algumas variáveis, tais como: 
 
A – Valor da Obra (venda, ou contrato de empreitada); 
B – Forma de Pagamento (prazo e reajuste); 
C – Disponibilidade de Caixa da Empresa etc. 
 
No entanto, definidos os custos e prazo do empreendimento, a programação ou 
obtenção da receita deve satisfazer a um fluxo de caixa, preferencialmente positivo 
(Receita – Despesa > 0). 
Para agilidade do processo, o primeiro passo seria a obtenção dos custos do 
empreendimento ao longo do prazo da execução do mesmo, que pode vir através de 
relatórios dos softwares de orçamento (informática) ou pelo cálculo manual. 
Daremos um exemplo do caminho mais árduo, executado manualmente. 
Supondo que em 01 (um) mês qualquer, fosse necessário ao cumprimento do 
cronograma físico, executarmos: 
A – 100 m² de alvenaria, tijolo furado ½ vez 
B – 50 m² de chapisco interno
 
 
 
 
 
 
 
1 2 3 4 
Mês 1 
5 6 7 8 
Mês 2 
9 10 11 12 
Mês 3 
13 14 15 16 
Mês 4 
17 18 19 20 
Mês 5 
21 22 23 24 
Mês 6 
25 26 27 28 
Mês 7 
29 30 31 32 
Mês 8 
33 34 35 36 
Mês 9 
37 38 39 40 
Mês 10 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
32 
 
Usaríamos para o cálculo das despesas as composições de custo, base do 
orçamento da obra, aqui descritas: 
 
 
Cálculos dos Custos da Alvenaria: 
 
SERVENTE 0.40 h/m² 0.69 R$/h 
Pedreiro 0.52 h/m² 0.90 R$/h 
Operador Bet. 0.010 h/m² 0.72 R$/h 
Cimento 1.02 Kg/m² 0.12 R$/Kg 
CAL HIDRATADA 1.196 Kg/m² 0.09 R$/Kg 
Areia média 0.011 m³/m² 12.00 R$/m³ 
Tijolo furado 10x20x20 24 Un/m² 0.10 R$/m² 
Leis sociais 92.6% 
 
 
Cálculo dos Custos do Chapisco Interno: 
SERVENTE 0.03 h/m² 0.69 R$/h 
Pedreiro 0.03 h/m² 0.90 R$/h 
Operador Bet. 0.04 h/m² 0.72 R$/h 
Cimento 2,24Kg/m² 0.12 R$/Kg 
Areia média 0.06 m³/m² 12.00 R$/m³ 
Leis sociais 92.6% 
 
Nestes exemplos teríamos os custos para mão-de-obra, encargos e materiais, 
calculados distintamente dando o seguinte resultado: 
 
M. O = R$ 
 
MAT = R$ 
 
L. S = R$ 
 
Total Parcial = R$ 
 
 
Chamamos de total parcial,pois ao mesmo precisam ser acrescidos os custos 
fixos de administração da obra, equipamentos e ferramentas, consumos (energia 
elétrica, água, telefone, material de escritório, etc), refeições, transportes, etc. que 
podem ser obtidos da mesma forma com base em suas composições unitárias. 
Caso tenhamos o limite de dotação orçamentária para o mês corrente (muito 
comum hoje), traçamos o processo inverso, para assim obtermos qual a quantidade 
possível de serviços e frentes a serem atacadas, dentro desta limitação, priorizando o 
caminhamento crítico destes serviços.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
33 
 
6 CONTROLE FINANCEIRO 
 
 
Visa manter, sob estreita observação, o movimento financeiro do 
empreendimento, apurando a entrada de receitas e o desembolso, mês a mês. 
Este acompanhamento permite obter o equilíbrio financeiro desejado, 
mantendo uma velocidade de desembolso coerente com a entrada de receita, 
programando e executando um fluxo ideal. 
Um cronograma financeiro bem elaborado, se não for bem executado e 
controlado, ou seja, buscando variantes de fluxo, apropriando corretamente os custos, 
inclusive por tipo de custos, o prejuízo será certo. Atualmente as margens de lucro são 
extremamente pequenas, não permitindo incompetência, gastos desnecessários e fora 
de hora (Just in Time). 
Este processo deve ser necessariamente informatizado, separado por 
empreendimento e por custos diferentes, dado à sua extrema importância no resultado 
final à sua complexidade e à enorme gama de dados a apropriar. 
Dentre destes custos é essencial que se separem os de origem os de origem 
direta (obra propriamente dita), dos indiretos (taxas, impostos, rateio, etc), para 
obtenção de custos reais de construção efetiva e de índices de gastos para se manter 
a estrutura de apoio indispensável a execução do empreendimento. 
Tornam-se imprescindíveis duas ferramentas de trabalho: o fluxo de caixa para 
cada empreendimento (se possível por centro de custos) e o cronograma detalhado de 
compras, contendo datas de fechamento dos negócios e entregas nas obras. 
 
 
 
7 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE 
 
 
Está intimamente ligado ao cálculo das datas limites de cada etapa de serviço 
(item 5), podendo ser executado em duas linhas de raciocínio, tendo como base as 
composições unitárias ou os índices médios de produtividade. 
No primeiro caso, teremos uma previsão de equipe baseada no orçamento 
proposto. Já no segundo, a equipe dimensionada será o espelho da necessidade real 
da obra, desde que os índices de produção sejam confiáveis. 
A comparação entre os mesmos, nos permite corrigir as nossas composições, 
evitando-se erros futuros, no cálculo da mão-de-obra e encargos dos orçamentos. 
Para tanto devemos ter claro o conceito de horas efetivas trabalhadas, que 
difere do conceito sindical de 220 horas mês, onde são incluídos descansos 
remunerados. 
As horas efetivamente trabalhadas em um mês, são aqui demonstradas: 
- horas trabalhadas por semana 44 h 
- semanas por mês 4,28 
- horas efetivas no mês = 44 x 4,28 = 188h/mês. 
 
Mas como fazê-lo? Tomemos como referência o seguinte exemplo: 
 
 
Calcule a equipe necessária para executar: 
5.000 m² de alvenaria de tijolo furado ½ vez, em três meses (jan, fev, mar).
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
34 
 
3.000 m² de azulejo (20x20) em argamassa especial, em quatro meses (mar, 
abr, mai, jun). 
7.000 m² de textura externa, em balancinho em três meses (mai, jun, jul). 
400 Un de portas (completas), em um mês (mai). 
 
 
 
A – Pelas composições temos os seguintes índices de consumo: 
 
- Alvenaria tijolo furado de ½ vez: 
* Pedreiro = 0.52 h/m², servente = 0.40 h/m²; 
 
- Azulejo (20x20) em argamassa especial: 
 
* azulejista = 0.40 h/m², servente = 0.40 h/m²; 
 
- Textura externa em balancinho: 
* pintor = 0.20 h/m²; 
 
- Assentamento de portas: 
* servente = 1.80 h/un, pedreiro 1.80 h/un, marceneiro = 1.00 h/un + 1,30 h/un; 
 
 
Cálculos: 
 
 
SERVIÇO Quantidade Prazo (h) Índice Dimensionamento 
Alvenaria 5.000 m² 3 x 188 Pedreiro 0,52 h/un 5,0 Pedreiros 
Servente0,40 h/un 4,0 Serventes 
 
Azulejo 3.000 m² 4 x 188 Pedreiro 0,40 h/un 2,0 Pedreiros 
Servente0,40 h/un 2,0 Serventes 
 
Textura 7.000 m² 3 x 188 Pintor 0,20 h/m² 3,0 Pintores 
 
Portas 400 Un 1 x 188 Pedreiro 1,80 h/un 4,0 Pedreiros 
Servente1,80 h/un 4,0 Serventes 
Marcen 2,30 h/un 5,0 Marceneiros 
 
 
 
Equação: N = Q x I/P, onde: 
N = nº de operários 
Q = quantidade de serviço 
I = índice de produtividade 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
35 
 
P = prazo em horas 
 
 
B– Pelos Índices Médios de Produtividade temos: 
 
- Alvenaria tijolo furado ½ vez: 
* pedreiro = 0,33 h/m² (inclusive vergas); 
 
 
- Azulejo (20x20) em argamassa especial 
* pedreiro = 0,45 h/m²; 
 
 
- Textura externa em balancinho 
* pintor = 0,18 h/m² (inclusive selador); 
 
 
- Assentamento de portas 
* pedreiro = 1,24 h/un, marceneiro 2,24 h/um (inclusive alizar e fechadura); 
 
 
Cálculos: 
 
Serviço Quantidad Prazo (h) Índices Dimensionamento 
e 
Alvenaria 5.000 m² 3 x 188 Pedreiro 0,33 h/m² 3,00 Pedreiros 
 
Azulejos 3.000 m² 4 x 188 Azulejista 0,45 h/m² 2,0 Azulejistas 
 
Textura 7.000 m² 3 x 188 Pintor 0,18 h/m² 2,0 Pintores 
 
Portas 400 m² 1 x 188 Pedreiro 1,24 h/un 3,0 Pedreiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
C– Comparando os cálculos 
 
 
 
 
Dimensionamento: 
 
 
Serviço Função Por Composição Por Produtividade 
 
 
 
ALVENARIA Pedreiro 
Servente 
 
Azulejo Pedreiro 
SERVENTE 
 
 
 
5,0 Pedreiros 
4,0 Serventes 
 
2,0 Pedreiros 
2,0 Serventes 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
36 
 
3,0 Pedreiros 
2,0 Serventes 
 
2,0 Pedreiros 
1,0 Serventes 
 
Textura Pintor 3,0 Pintores 2,0 Pintores 
 
Portas Pedreiro 
Servente 
Marceneiro 
4,0 Pedreiros 
4,0 Serventes 
3,0 Marceneiros 
3,0 Pedreiros 
2,0 Serventes 
5,0 Marceneiros 
 
 
 
A composição acima, mostra que o dimensionamento por produtividade 
espelha um resultado bem mais próximo da realidade, com equipes mais enxutas, 
efetivamente melhor distribuídas. 
No caso dos serventes, devemos alocar os profissionais, de uma mesma frente 
de serviços (exemplo: Alvenaria), trabalhando sempre próximos, de modo que 1 (um) 
servente atenda a pelo menos dois profissionais de uma só vez, sempre que possível. 
 
 
 
D– Cronograma de Equipes 
 
 
 
Funções Meses 
 
jan Fev mar abr mai jun jul 
 
Pedreiro 3,0 3,0 3,0 3,0 
 
Servente 3,0 3,0 3,0 2,0 
 
Pintor 2,0 2,0 2,0 
 
Marceneiro 5,0 
 
Azulejista 2,0 2,0 2,0 2,0 
 
Total efetivo 6,0 6,0 8,0 2,0 14,0 4,0 2,0 
 
Percebemos que os serviços foram mal programados em suas datas, pois no 
mês de abril seriam necessários apenas 2 (dois) operários, e já no mês seguinte um 
efetivo de 14 (quatorze) elementos. 
Se seguirmos a risca este cronograma, demitiríamos 3 (três) pedreiros em 
março e recontrataríamos em maio, o que demonstra uma total incoerência, onerando 
as leis sociais com verbas rescisórias. No entanto para se evitar um problema, pode-se 
criar outro de ordem técnica e física, levando-se em conta a lógica de execução dos 
serviços. 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
37 
 
Portanto, o ideal para um cronograma de pessoal é atender às exigências 
físicas da obra sem comprometer o desembolso, bastando para isso uma coerência de 
datas de início e término de serviços que necessitem do mesmo tipo de profissional, 
visando a sua utilização pelo maior tempo possível. 
Um bom planejamento de pessoal, deve prever o aproveitamento de uma 
equipe, ao término de uma frente de serviço em uma obra, para o início da mesma em 
outra. Isto evita, ou diminui, sensivelmente a rotatividade, assim como permite a 
obtençãode equipes bem treinadas e comprometidas com os resultados. 
 
 
 
 
8 CÁLCULOS DE TAREFAS 
 
 
A tarefa é caracterizada, quando uma frente de serviço é designada, ou 
contratada, a um operário ou a uma equipe, por um preço global a ser pago pela 
mesma, quando do ser término. Neste preço devem estar inclusas as horas normais e 
extras trabalhadas, os descansos remunerados e os saldos de produção. 
A sua aplicação visa estimular a produção pois, ao término de uma tarefa, o 
valor acertado estará garantido ao operário, independente do tempo gasto. 
O estímulo à produção deve estar sempre vinculado à manutenção da 
qualidade, um dos maiores riscos de perdas nesta modalidade de trabalho. Portanto, 
um dos parâmetros de recebimento de uma tarefa concluída é necessariamente a 
qualidade do serviço pronto, dentre outras, como por exemplo: 
 Terminalidade do serviço; 
 Retirada e guarda da sobra de material; 
 Limpeza e guarda de ferramentas/equipamentos; 
 Limpeza do local de trabalho; 
 Uso constante do equipamento de segurança, etc. 
 
Por lei, caso o valor da produção de uma tarefa, dentro de um mês específico, 
seja menor que o salário do operário envolvido, é garantido ao mesmo este último. 
Existem procedimentos a serem adotados na negociação de uma tarefa, que 
selam a garantia de sucesso da mesma. São eles: 
 
A – A explicação clara, objetiva e detalhada do padrão, tipo e qualidade do 
serviço a ser executado. Enquanto existir a menor dúvida, o processo deve ser 
repetido, se preciso à exaustão; 
B – A anotação diária das horas em que o operário está envolvido no 
cumprimento da tarefa; 
C – A observação rigorosa dos critérios de recebimento das tarefas; 
D – A elaboração de um formulário simples, porém completo, que contenha os 
dados acima, campo para assinatura do operário, cálculo da produtividade, 
quantidade de serviço e observações gerais. 
 
Todo o cálculo de uma tarefa é baseado em variáveis de suma importância: 
Índices de Produtividade, Salário de Mercado e Hora Efetiva de Trabalho, já 
demonstrado anteriormente.
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
38 
 
Com estes conceitos definidos, vamos calcular a tarefa de confecção e 
montagem de 1.000 m² de forma, laje tipo, no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
 índice de produtividade confecção = 0,65 h/m² 
 índice de produtividade montagem = 0,33 h/m² 
 
Calculando: 
 
- confecção: 
 
1.000 m² x 0,65 h/m² = 650h para 01 (um) homem 
como 01 (um) mês = 188h efetivas, 650h / 188h/mês = 3,45 meses para 01 (um) 
homem. 
 
- montagem: 
 
1.000 m² x 0,33 h/m² = 330h para 01 (um) homem 
como 01 (um) mês = 188h efetivas, 330h / 188h/mês = 1,75 meses para 01 (um) 
homem. 
 
- total: 
 
330h + 650h = 980h 
980h / 188h/mês = 5,20 meses para 01 (um) homem 
como temos 15 (quinze) dias = 0,5 mês 
5,20 meses/homem/0,5 mês = 10 (dez) carpinteiros 
 
- preço da tarefa: 
 
supondo um salário de mercado para carpinteiro de R$ 400,00/mês 
R$ 400,00 / 188h/mês = 2,13 R$/h (valor da hora efetiva) 
 
- somando-se 0,33h/m² + 0,65h/m² = 0,98h/m²: 
 
o valor do metro quadrado de forma é 0,98 x 2,13 = 2.087 R$/m² 
valor total 1.000 m² x 2,087 R$/m² = R$ 2.087,00 ou seja, 
R$ 703,00 para montagem e desforma 
R$ 1.384,00 para confecção ou ainda, 
R$ 208,70 por carpinteiro 
 
 
 
Uma tarefa nunca deve ser acertada em horas e sim em valor global (dinheiro). 
Assim estaremos criando um aspecto psicológico favorável quando mostramos um 
montante em dinheiro, não correndo o risco de termos o valor hora reajustado por um 
acordo de sindicatos, mudando o preço final da tarefa. 
 
 
9 TABELAS A X B X C GLOBAL E PARCIAIS
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
39 
 
Recurso obtido através dos programas de orçamento e planejamento. Nestas 
tabelas, são relacionados todos os insumos por grau de participação no custo da 
mesma. 
Esta ordenação explica a denominação de tabelas A x B x C, ou seja: 
 
Insumos A: aqueles de maior importância que, apesar de em menor número, 
representam, em geral, 80% (oitenta por cento) do custo de uma obra (engenheiro / 
empresa). 
Insumos B: grande número de insumos que, no entanto, representam apenas 
15% (quinze por cento) do custo da obra (comprador). 
Insumos C: em número excessivamente grande, com participação em apenas 
5% (cinco por cento) do custo da obra (apontador/almoxarife). 
 
A Tabela Global de uma edificação vertical, tem aproximadamente 15 (quinze) 
páginas. Destas apenas 2 (duas) representam algo em torno de 85% (oitenta e cinco 
por cento) dos custos de uma obra, onde estão incluídos 100 (cem) insumos, de um 
total de 750 (setecentos e cinqüenta). 
O nosso poder de fogo, de negociação, deve estar mais centrado nestas duas 
primeiras páginas. Não que devamos desprezar as demais, mas apenas concentrar os 
esforços no prato de balança de maior peso e consequentemente, com maior retorno 
em função do maior risco. 
Estes relatórios apresentam a quantidade total de consumo de cada item, o seu 
preço unitário orçado e a descrição do insumo, o que facilita sobremaneira a 
elaboração de um pedido de compra ou de uma coleta. 
No momento de processar estas tabelas, temos diversas opções de lay-out 
portanto várias formas de emiti-las. 
 
9.1– Tabela A x B x C Global Geral 
9.2 – Tabela A x B x C Global Mensal 
9.3 – Tabela Global em ordem alfabética 
9.4 – Tabela A x B x C de mão-de-obra (geral e mensal) 
9.5 – Tabela A x B x C de materiais (geral e mensal) 
9.6 – Tabela A x B x C de empreiteiros (geral e mensal) 
9.7 – Tabela A x B x C de máquinas e ferramentas (geral e mensal) 
9.8 – Tabelas de classificação por centro de custos 
9.9 – Tabela A x B x C de despesas operacionais 
9.10 – Tabela A x B x C de outras despesas 
 
Para cada modelo, uma análise específica, dentro de períodos pré- 
estabelecidos, com uma gama de dados infindável, propiciando simulações das mais 
diversas, no transcorrer do empreendimento. 
A mão-de-obra, consequentemente as leis sociais normalmente mal 
controladas, aparecem sempre nas duas ou três primeiras páginas de uma tabela 
global. As leis sociais, na grande e imensa maioria das vezes, aparecem como o
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
40 
 
primeiro item (item A) da tabela, e quase nunca é objeto de um controle mais efetivo, 
assim como a categoria servente. 
Uma variação destas tabelas permite a emissão de cronogramas mensais de 
insumos, com quantidade por período e data de aplicação, permitindo a programação 
antecipada, facilitando o trabalho dos departamentos de compra, pessoal e contas a 
pagar, assim como serve de subsídio ao critério empresário a ser definido, afim de 
dotar a empresa dos recursos necessários à execução de um empreendimento. 
 
 
 
10 ANÁLISE DO PLANEJADO X EXECUTADO 
 
 
Esta etapa tem como objetivo o acompanhamento periódico (quinzenal ou 
mensal) do andamento do empreendimento, visando uma análise comparativa entre o 
planejado e executado. 
Esta análise, verifica a evolução tanto física quanto financeira da obra, nos 
fornecendo assim parâmetros reais em contrapartida ao previsto anteriormente. 
 
 
10.1 – Medições da obra 
Este procedimento nos informa o percentual de obra pronta, como um todo ou 
por tipo de frente de serviço, sempre em relação ao quantitativo orçado inicialmente. 
Aqui temos tanto a evolução do cronograma físico, como o desembolso financeiro 
acumulado, este medido em relação ao orçamento inicial (Po). 
A medição pode ser feita em percentual ou por quantitativos realizados, sendo 
que a segunda opção é mais precisa. 
A ferramenta ideal para as medições são as planilhas de quantitativos, 
elaboradas no momento da orçamentação do empreendimento. 
 
 
10.2 – Obra a realizar (obra nova) 
O orçamento inicial, possui as quantidades totais de serviços a realizar.Portanto se subtrairmos destes, as quantidades medidas, teremos como resultado, 
quais os serviços que faltam para a conclusão de obra. Estes podem ser reorçados a 
(Po) ou com preços atuais, gerando os custos para o término do empreendimento. 
 
10.3 – Novo cronograma 
Indicamos quais as datas de início e fim dos serviços restantes, o que implicará 
na geração de um novo cronograma físico e de desembolso financeiro. 
10.4 – Dados comparativos 
Com os dados obtidos, nos procedimentos anteriores, partimos para a análise 
propriamente dita. 
Torna-se importante, a totalização dos gastos efetivamente realizados, feita 
através de um software de contas a pagar ou pagas, para compará-los com o valor 
orçado correspondente à medição efetuada (retroanálize).
 
 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
41 
 
A checagem destes dados, mostra o histórico do empreendimento e define o 
ponto de partida para o replanejamento, oportunidade para as correções e alterações 
necessárias que permitem vislumbrar o resultado positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Sugestão de Fluxo de planejamento e Controle: 
 
OBRA NOVA 
 
 
 
 
ORÇAMENTO 
2 
 
 
 
 
MEDIR A OBRA 
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
42
 
 
 
 
 
ANEXO - Exemplo de Planilha de Cálculos de Tempos para PERT – CPM. 
 
 
D Duração da atividade, prazo requerido para se executar a atividade. 
TCi Menor data de ocorrência do evento inicial, desde que as atividades anteriores se desenvolvam nas durações previstas. 
TCj Menor data de ocorrência do evento final (fim da atividade). 
TTi Maior data em que o evento inicial pode ocorrer sem atrasar a conclusão do projeto. 
TTj Maior data em que o evento final pode ocorrer sem atrasar a conclusão do projeto. 
PDI Data em que a atividade pode ser iniciada, caso sejam obedecidas as durações estimadas de todas as atividades antecessoras. 
PDT Data de término de uma atividade, que se inicia em PDI, e sua duração estimadas seja obedecida. 
FL Folga disponível a uma atividade, sem prejudicar a PDI das atividades sucessoras. 
UDI Última data em que a atividade deve ser iniciada, sob pena de atrazo para o projeto como um todo. 
UDT Data de término de uma atividade, que se inicia em UDI, e sua duração estimadas seja obedecida. 
FT Folga disponível a uma atividade, sem prejudicar a UDI das atividades sucessoras. 
Evento ATIVIDADE SERVIÇOS 
DURAÇÃO 
( D) 
TCi TCj 
(TCi + D) 
TTi 
(TTj - D) 
TTj PDI 
(TCi + 1 ) 
PDT 
(PDI + D- 1) 
FL 
(TCj - PDT) 
UDT 
(TTj) 
UDI 
(UDT - D+ 1) 
FT 
(UDT - PDT) 
1 1 Serv. Preliminares 2 0 2 0 2 1 2 0 2 1 0 
2 2 Fundações 4 2 6 2 6 3 6 0 6 3 0 
3 3 Estrutura 9 6 15 6 15 7 15 0 15 7 0 
3 4 Inst. Embutidas na Estrutura 9 6 15 6 15 7 15 0 15 7 0 
4 5 Chapisco 4 15 19 15 19 16 19 0 19 16 0 
4 6 Cobertura 4 15 19 15 19 16 19 0 19 16 0 
5 7 Vedações 9 19 28 19 28 20 28 0 28 20 0 
6 8 Esq. de Madeira Caixilho 1 28 29 31 32 29 29 0 32 32 3 
6 9 Esq. de Alumínio Caixilho 2 28 30 30 32 29 30 0 32 31 2 
6 10 Inst. Elétrica Embut. Alven. 4 28 32 28 32 29 32 0 32 29 0 
6 11 Inst. Hidro-Sanitárias 4 28 32 28 32 29 32 0 32 29 0 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
CD - Sinduscon Goiás / D.T.C. - Modernização do Processo Construtivo – 
Sinduscon -GO, 2002. 
DAFICO, Dario A & MACHADO, Ricardo L. Planejamento e Controle de Obras com 
Modelo Ampliado da Linha de Balanço. Trabalho de disciplina apresentado ao 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade 
Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, 1995. 
FRITZ GEHBAUER...[ et al ]. Planejamento e gestão de obras: um exemplo prático 
da cooperação Brasil – Alemanha. Curitiba, CEFET – PR, 2002. 
HEINIECK, Luiz Fernando M.. Dados básicos para a programação de edifícios altos 
por linha de balanço. Congresso Técnico-Científico de Engenharia Civil. 
Florianópolis – SC, UFSC, 1996, Vol. 2, p. 167-173. 
ILMA SILVA...[ et al ]. Planejamento e Controle de Obras. Trabalho apresentado para 
conclusão de curso da Universidade Federal do Pará, como parte dos requisitos 
para Exame de Conclusão, Belém – PA, 1996. 
MENDES JR, Ricardo. Programação de produção da construção de edifícios de 
múltiplos pavimentos usando linha de balanço. Trabalho apresentado ao 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade 
Federal de Santa Catarina como parte dos requisitos para Exame de Qualificação, 
Florianópolis – SC, Julho de 1998. 
NBR-12721 – Avaliação de Custos Unitários e Preparo de Orçamento para 
Incorporação de Edifícios em Condomínio – ABNT – 1992. 
SOUZA, R...[ et al ]. Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras. 
São Paulo, PINI, 1996. 
TCPO – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos. PINI, São Paulo.

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