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O bilinguismo não se limita à educação

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O bilinguismo não se limita à educação, ou seja, à sala de aula, mas sim a todo o universo da vida do surdo. Colocar a criança surda em contato com alguns sinais soltos durante a aula não implica ter um bilinguismo eficaz (prof. WALDETE CARLETTI)
Dentre os recursos educacionais nas quais o Governo do Estado de São Paulo propõe para uma ação prática inclusiva, o interlocutor de libras em sala de aula, é uma das propostas, mas que devido às situações apresentadas das dificuldades de aprendizagem dos alunos, torna inviável em relação alguns fatores citados. Nesse aspecto, entende-se que o processo de aprendizagem e o desenvolvimento da linguagem da criança com necessidade educacional especial auditiva ocorrem por dois processos: o primeiro sendo a aprendizagem da língua de sinais na qual também denominamos de língua gestual, e a segunda a aprendizagem da língua portuguesa (aquisição da produção escrita).
Dessa forma, colocamos em questionamento alguns pontos importantes para serem estudados e analisados na proposta seguinte:
O interlocutor não pode ensinar língua de sinais para o aluno surdo, enquanto em sala de aula, pois suas funções é somente interpretar o que o professor da disciplina específica esta dizendo, (ou seja, não se podem ensinar LIBRAS). ·
 A sala multifuncional é para todos os alunos com diferentes necessidades educacionais especiais, nas quais encontramos alunos com: deficiência auditiva, deficiência visual, deficiência intelectual, entre outras, sendo que cada aluno aprende de uma forma diferente. Também nesse ambiente não é possível ensinar libras, considerando que o aluno surdo é “visual”, precisa de um espaço livre de outras coisas que distraíam sua atenção e ate mesmo as pessoas (ouvintes) interferem nesse ambiente, pois o surdo precisa de um ambiente silencioso para que possa aprender. Não basta inserir um aluno com surdez ou deficiência auditiva numa sala de aula regular junto com ouvintes e esperar que ele aprenda com o auxilio de um interprete se ele não souber língua de sinais.
Não adiantará, pois sua aprendizagem requer um duplo conhecimento, uma aprendizagem bilíngue, na qual lhe proporcione conhecer seu mundo (meio de comunicação com outros surdos) e o outro mundo (meio de comunicação com ouvintes). Pois a língua de sinais já foi considerada o segundo idioma obrigatório, o que não se tornou via de regra, foi não possibilitar o meio de aprendizagem para que ela aconteça.

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