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Deveres Humanos

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NÃO AUTORIZO A PUBLICAÇÃO E/OU ANALISE DESTE TEXTO EM SALA DE AULA. 
Matheus da Cunha R. 
Deveres Humanos. 
É muito lindo falar da carta dos “Direitos Humanos”, promulgada em 10 de dezembro de 1948 
pelas nações unidas. É muito interessante de se ler seus trinta artigos que garantem a dignidade 
básica do ser humano e deveria delimitar onde encerra-se o direito de um e começa o direito 
d’outro. Contudo ela não faz isso, ou pelo menos não deixa expressamente claro de forma 
alguma sobre os deveres dos mesmos seres humanos a que delega direitos. 
Mas primeiramente, vamos começar pela raiz do problema, o sentido das palavras e da frase 
“Direitos Humanos”, mais especificamente o “direito”. 
Utilizando-se o dicionário Aulete edição de 2013, se constata a existência de 87 tipos de 
significados para a palavra “direito”. É uma gama muito vasta de interpretação que vai desde 
direito civil até direito de sangue, entre outros. Todavia, a palavra seguinte no dicionário é: 
“Direito-Dever”. Muito mais simples pois existe apenas uma definição: 
(di.rei.to-de.ver) 
sm. 
1. Associação da prerrogativa de ter o direito com a obrigação e a necessidade de 
exercer esse poder: "Indiscutível, atualmente, a necessidade de os 
jornalistas......refletirem até que ponto suas informações e opiniões afetam as 
pessoas na sua imagem e direitos, sempre pautando-se pelos limites contitucionais 
e legais do direito-dever de informar." 
 
Eu me pergunto, por que diabos não usaram “‘Direito-Dever’ Humano”. Acho que o hífen estraga 
a composição da sentença. 
Direito, é uma palavra ambígua geradora de problemas sociais ao invés de ser solucionadora dos 
mesmos. Além disso, fazer uma análise do sentido e das limitações do direito é algo perverso 
para qualquer ser humano, tanto consigo mesmo quanto com os outros. Nós deveríamos ter 
começado com os deveres, pois ninguém iria prejudicar-se tanto ao ponto de virar uma galhofa 
ao contrário, fomos definir primeiramente os direitos e virou o que virou. 
Uma breve historinha: “Dois guris estão andando na rua, eles estão retornando para casa da 
escola, estão cansado e é um dia quente. Lá pelas tantas eles se deparam com uma nota de dois 
reais e uma moeda de um real. Um dos garotos repara primeiro nos objetos, e se apressa a 
recolher. Ele pega a nota de dois para si e entrega a de um para o seu colega. O colega fica 
irritado e exclama ‘isso não é justo, tu pegou a nota de dois para ti e me deu a moeda de um’, o 
outro então pergunta, ‘se tu tivesse visto e pego elas primeiro o que terias feito?’, o reclamante 
diz então, ‘teria dado te a de dois e ficaria com a de um para mim!’, o primeiro então diz, ‘pois 
então o que está reclamando, foi exatamente isso o que fiz!’. 
Quem pode dizer que o primeiro garoto estava errado? Tanto a respeito do que fez quanto da 
lógica empregada no discurso? Era o direito dele! Não era? 
Quem foi que definiu que esse era o direito dele? 
Nós mesmos, nós definimos os nossos direitos - que chegam a ser infinitos – e fizemos as demais 
pessoas aceitarem isso como uma verdade universal. A falha não está nos direitos humanos está 
na falta dos deveres. Dever impune em limites, limites que não desejamos para nós mas ao 
contrário não vemos problemas em impor aos outros. Por isso repito, deveríamos ter começado 
com os deveres dos seres humanos. 
Art. 1º: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade com ‘deveres’ e direitos. São 
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de 
fraternidade, respeitando o direito dos demais, cumprindo e fazendo cumprir os deveres 
assegurados para dessa forma usufruir dos direitos. 
Art. 2º: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta 
Declaração, da mesma forma tem o dever de garantir que esses direitos e deveres sejam 
cumpridos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião 
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra 
condição. 
Parágrafo único: É dever de todo ser humano respeitar ao seu semelhante em todas as 
condições citadas acima e aquelas ainda por vir. 
Art. 3º: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Da mesma forma 
deve assegurar esses direitos aos outros, não podendo de forma alguma prejudicar, negar ou 
sonegar esse direito sem sofrer as consequências por tal. 
 Fazendo desses três artigos os artigos fundamentais dos deveres e direitos humanos o restante 
viraria consequência, pois os três primeiros se completam, como em um círculo. Pesando os três 
a primeira tem maior influência sobre a segunda e a terceira fazendo as seguintes serem 
cumpridas. Essa ordem segue nas restantes, uma vez que o segundo for cumprido o primeiro já 
foi cumprido o que obriga o cumprimento do terceiro artigo. E ao se chegar no terceiro, os dois 
primeiros artigos tendo sido cumpridos, garantirão o cumprimento do terceiro. 
Uma vez que os três primeiros artigos sejam respeitados pelas pessoas físicas e jurídicas, os 
seguintes artigos da carta dos direitos humanos deverão ser cumpridos por consequência, como 
uma reação em cadeia. 
Digo mais, os três primeiros artigos deveriam ser denominados “Leis dos Deveres e Direitos 
Humanos”, porque em sua completude fazem garantir os direitos e deveres restantes. 
As pessoas, hoje, vivem um terror imposto pelos direitos dos outros esquecendo que possuem 
seus direitos de maneira igual. “Não vou fazer pois fere o direito do outro!” Isso é errado! 
Deveria ser: “Não vou fazer pois é meu dever não fazer aos outros o que não desejo a mim! 
Sabendo que o descumprimento dessa premissa acarretara em sansão contra mim.” 
Direitos sem deveres possuem o mesmo que as cinzas do papel possuem com relação ao papel-
dinheiro. 
Devemos nos conscientizar dos nossos deveres primeiramente e a partir deles procurar os 
direitos garantidos pelo cumprimento do dever! 
Não sou contra os ‘direitos humanos’, sou apenas favorável a aplicação e cumprimento dos 
deveres antes de sair gritando pelas ruas, “eu tenho direitos...”.

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