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Desenvolvimento Humano e Social Psicologia - Aula 03

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Aula 1: Processos de aprendizagem e modificação do 
comportamento - A contribuição da teoria comportamental
Desenvolvimento Humano e Social
Psicologia
Profª. Denise M. F. Romero
Aula 2: Qualidade de vida e a prevenção do stress - lazer 
 e saúde mental
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento�
Introdução
 
Aula 1: Processos de aprendizagem e modificação do comportamento 
A contribuição da teoria comportamental 
Nesta aula vamos analisar de que maneira o ambiente e os processos de aprendizagem 
social influenciam no modo de ser e de agir de um indivíduo. 
Este texto irá permitir que você identifique os principais recursos utilizados nos processos 
de condicionamento e de que maneira se processa a modificação do comportamento a 
partir da utilização dos esquemas de reforçamento. 
Com este estudo você vai reconhecer os aspectos que mais influenciam na estruturação 
da personalidade, segundo a teoria comportamental. 
 
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento�
Texto 1 - “Processos de Aprendizagem e Modificação do Comportamento” - A Contribuição da 
 Teoria Comportamental
O estudo do comportamento humano pode ser realizado a partir de diferentes pers-
pectivas. A concepção comportamentalista defende a idéia de que o comportamento é 
resultado da necessidade de adaptação do indivíduo ao meio em que vive e, em função 
disso, através de procedimentos específicos, poderemos aumentar, diminuir ou eliminar 
a ocorrência de algumas reações. 
Para que possamos aplicar concretamente esta premissa, os teóricos dessa abordagem 
consideram que somente poderão ser estudados os comportamentos que apresentarem 
três características: deverão ser observáveis, mensuráveis e passíveis de reprodução em 
diferentes situações. Dessa forma, a experiência emocional de uma pessoa, por exem-
plo, só pode ser avaliada a partir da manifestação concreta da emoção (por exemplo, 
o choro, o riso, etc.), da intensidade com que essa emoção se expressa e da freqüência 
com que a pessoa reage dessa maneira.
Portanto, quando se pretende modificar um comportamento devemos analisá-lo detalha-
damente, considerando: o histórico de condicionamento associado ao comportamento a 
ser modificado; descrevendo minuciosamente o comportamento a ser alterado, buscan-
do a maior objetividade possível e deve-se analisar as conseqüências que a conduta da 
pessoa acarreta para ela mesma e para os demais. 
Na intenção de familiarizar o leitor com esta abordagem, iniciaremos a partir de agora, 
uma breve retrospectiva histórica sobre a teoria comportamental, destacando-se a apli-
cabilidade deste conhecimento no cotidiano.
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento�
Breve Histórico da Teoria Comportamental
Os principais teóricos dessa abordagem são John B. Watson (que em 1913 empregava 
o termo Behaviorismo para identificar sua teoria), I.P.Pavlov (que definiu o conceito de 
condicionamento em 1927) e B.F. Skinner (defensor da Análise Experimental do Compor-
tamento - 1938).
A concepção comportamentalista influenciou a Psicologia americana, que até hoje de-
senvolve muitos trabalhos baseados nessas teorias no setor educacional, na área clíni-
ca e na psicologia do trabalho. Como qualquer formulação teórica, apresenta pontos 
positivos e limitações. Em relação às vantagens dessa teoria, destaca-se a possibilidade 
de modificação de alguns comportamentos, utilizando-se procedimentos simples e de 
pequena duração; através dos princípios do condicionamento, torna-se possível eliminar 
algumas reações desagradáveis (como alguns sintomas fóbicos, por exemplo) e oferecer 
ao indivíduo a possibilidade de experimentar condições emocionais mais adequadas 
para um outro tipo de tratamento psicológico, de maior profundidade. Outra vantagem 
é o controle experimental dos estudos, que oferecem provas concretas das medidas apli-
cadas para modificar o comportamento.
Já as críticas em relação a essa concepção destacam o reducionismo do comportamento 
humano; na medida em que os pesquisadores procuram identificar apenas as relações 
objetivas que causam certos comportamentos, ignoram muitas variáveis que também 
interferem na maneira como o indivíduo age (seus valores, por exemplo). Há também o 
receio de que essa teoria possa incentivar o controle do comportamento humano, in-
dependentemente da vontade da pessoa. Devemos assinalar que, nesse sentido, vários 
John B. Watson
I. P. Pavlov
B.F. Skinner
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento�
estudos têm demonstrado que não é possível comandar e prever totalmente as reações 
das pessoas.
Descreveremos a seguir as principais proposições teóricas dos estudiosos da concepção 
ambientalista.
• John B. Watson: utilizava o paradigma da relação estímulo - resposta para explicar 
as razões de um comportamento; assim sendo, para compreender as atitudes de 
uma pessoa devemos conhecer o que antecedeu a sua reação. Por exemplo: rea-
gir de modo explosivo após uma situação de frustração; compreender as reações 
violentas de uma criança na escola, uma vez que ela presencia atos de violência 
doméstica diariamente. Graças ao trabalho de Watson começaram os estudos 
sobre o processo de aprendizagem do indivíduo, valorizando-se, principalmente, as 
experiências da infância, enquanto determinantes de uma boa parcela do compor-
tamento do adulto.
• I.P. Pavlov: formulou as bases para o estudo do condicionamento respondente; esse 
paradigma analisa de que maneira o comportamento involuntário (reações orgâni-
cas produzidas pelo sistema nervoso autônomo) podem ser produzidas ou elimina-
das através de estímulos aprendidos (condicionados). Atualmente esses estudos têm 
sido úteis para se compreender as reações orgânicas causadas por modificações 
ambientais (tais como as reações de stress), que podem ser modificadas através de 
um novo condicionamento. Por exemplo: imaginemos uma pessoa extremamente 
ansiosa que, diante de uma situação de avaliação, apresenta uma crise de asma. 
Para modificar essa reação é necessário conhecer todos os elementos que a pro-
duzem (medo do fracasso, experiências dolorosas anteriores, etc) e promover uma 
nova forma de reagir (por exemplo, ensinando uma técnica de relaxamento para 
diminuir a excitação do sistema respiratório; posteriormente, essa pessoa deverá 
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento6
ser estimulada a adotar uma nova postura diante dessas situações ansiógenas). 
Com a associação constante entre esses elementos, é provável que a pessoa redu-
za ou elimine totalmente esse desconforto físico e torne-se mais auto confiante.
• B.F. Skinner: desenvolveu os princípios do condicionamento operante, que analisa 
o comportamento voluntário (aquele que é intencional e tem como objetivo causar 
alguma alteração no ambiente) e os efeitos que este sofre a partir das modificações 
de algumas condições ambientais.
A partir deste tipo de condicionamento, tornou-se possível identificar quatro esquemas de 
condicionamento (conseqüências ambientais que visam modificar certos comportamen-
tos). São eles: o reforço positivo, o reforço negativo, a punição e a extinção.
O reforço positivo deve ser utilizado sempre que desejamos aumentar a ocorrência de 
um comportamento; é utilizado após a emissão do comportamento que desejamos for-
talecer. Exemplo: incentivar o funcionário a realizar o seu trabalho corretamente, dando-
lhe uma promoção; elogiá-lo; no ensino, destacar como monitores os alunos quedomi-
nam melhor o conteúdo.
No reforço negativo um elemento punitivo é adicionado ao ambiente e quando o 
comportamento desejado é alcançado este, é retirado. A punição é muitas vezes con-
fundida com o refoço negativo pois o elemento punitivo encontra-se inserido neste. 
Porém, ao contrário do reforçamento negativo, o objetivo da punição é levar à extinção 
do comportamento, ou seja, com o passar do tempo, a probabilidade de ele ocorrer 
novamente diminui. 
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento7
Finalmente a extinção visa a eliminação lenta de um comportamento; implica na ausên-
cia de qualquer conseqüência para o comportamento emitido. Exemplo: não retornar 
uma ligação, quando não estamos interessados no que a pessoa tem para nos dizer; 
não reconhecer o esforço de um funcionário, que necessita de um aumento salarial; 
ignorar as colocações inconvenientes de uma pessoa, durante uma reunião.
Podemos constatar, portanto, que as contingências ambientais exercem uma podero-
sa influência sobre a maneira como uma pessoa age em diversas situações. Contudo, 
como poderemos explicar a formação da personalidade do indivíduo, a partir da teoria 
comportamental?
O estudo da personalidade segundo a concepção Comportamentalista
O estudo da personalidade é desenvolvido pelos teóricos da aprendizagem social. Esses 
estudiosos consideram que a personalidade se desenvolve a partir dos modelos de con-
duta que as outras pessoas nos oferecem. Ao longo do nosso desenvolvimento iremos 
apreender determinados comportamentos, que se tornarão habituais e que terão como 
finalidade, satisfazer as nossas necessidades ao longo da vida. O ajustamento da perso-
nalidade dependerá então da nossa possibilidade de descobrir os meios mais adequa-
dos socialmente para satisfazer as nossas necessidades.
O reforçamento negativo, passa a idéia de uma obrigação: um rato pode puxar uma 
alavanca (comportamento) para desligar uma corrente elétrica que o esteja infligindo 
um desconforto (reforço negativo). O reforçamento negativo, não é um evento punitivo: 
é a remoção de um evento punitivo. Ambos utilizam de estímulos aversivos.
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento�
Para se avaliar as possibilidades de ajustamento da personalidade de uma pessoa, de-
vemos levar em consideração os seguintes aspectos:
• A natureza da necessidade bloqueada: quando a pessoa encontra-se privada de 
satisfação de necessidades básicas (segurança, afeto, auto-estima), terá maiores 
dificuldades para o ajustamento às exigências ambientais.
• A intensidade das demais necessidades bloqueadas: quando a necessidade de 
auto-estima de uma pessoa não é basicamente satisfeita, será difícil para ela de-
senvolver recursos para satisfazer a necessidade de aprimoramento intelectual, por 
exemplo.
• As possibilidades de encontrar formas substitutivas para satisfazer as necessidades: 
quanto maior for a facilidade da pessoa para modificar a sua maneira de agir, 
será mais provável que ela possa obter a gratificação que necessita. Por exemplo: 
saber tolerar certo nível de frustração e adiar ou modificar a maneira de atingir o 
objetivo que desejamos pode ser uma atitude melhor do que insistir na realização 
imediata de uma necessidade.
• O grau de segurança e auto-confiança que a pessoa possui para alcançar o que 
deseja: ser perseverante não significa “cruzar os braços” e esperar que as coisas 
caiam do céu. Se a pessoa acreditar no seu potencial (intelectual, emocional, etc.) 
poderá “arriscar” diferentes modos de agir, até encontrar aquele que melhor lhe 
possibilite atingir a sua meta. Nesse caso se mostrará capaz de definir claramente 
o que se deseja e tal atitude será também um passo importante para obter sucesso.
 
Devemos salientar, entretanto, que não podemos assegurar sucesso em todas as nos-
sas realizações e estaremos sujeitos a algumas situações desagradáveis. Nesse caso, a 
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento�
ansiedade poderá surgir, especialmente quando a pessoa se vê diante de situações em 
que tenha sido punida ou frustrada anteriormente. Para que ela possa compreender essa 
situação será necessário conhecer o seu histórico de vida e o seu processo de aprendi-
zagem. É importante destacar também que diante de uma situação ansiógena, a pessoa 
tem a tendência de apegar-se a qualquer coisa que reduza o seu desconforto, mesmo 
que momentaneamente. Algumas pessoas, por exemplo, buscam alívio da tensão ou 
procuram esquecer dificuldades emocionais através do consumo de álcool ou drogas. 
Ao se observar com maior cuidado a real motivação dessa atitude, podemos identificar 
que o verdadeiro objetivo desses comportamentos é buscar recompensas (reforço positi-
vo) ou alívio (reforço negativo) diante do sofrimento. 
No caso do consumo de álcool ou drogas, particularmente, a sensação física que essas 
substâncias produzem poderá ser um facilitador para que a pessoa adote determinados 
comportamentos que sem o efeito dessas substâncias, talvez não se sinta capaz de mani-
festar. Por exemplo, há pessoas tímidas e retraídas que buscam no álcool a liberação da 
auto-censura e desse modo será mais fácil agir de modo extrovertido. Outras pessoas 
usam o álcool ou outros tipos de droga, para sentirem-se mais corajosos, podendo até 
reagir de modo violento em algumas ocasiões; acredita-se, inclusive, que algumas pes-
soas jamais agiriam de uma determinada maneira, caso não estivessem sob o efeito da 
droga. Podemos identificar que o comportamento de esquiva se revela, quando a pessoa 
alega que “não sabia o que estava fazendo” sob o efeito da droga, eximindo-se, assim, 
da responsabilidade pelo que fez e isentando-se da merecida punição.
 
Observamos, portanto, que a personalidade e as atitudes do indivíduo sofrem e exercem 
influência no ambiente em que a pessoa vive. Aprofundando-se a análise desses aspec-
tos, caberia uma breve reflexão sobre a formação moral do indivíduo e os aspectos que 
mais influenciam no comportamento ético da pessoa.
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento10
A questão do desenvolvimento moral segundo a teoria Comportamentalista
Segundo os teóricos da aprendizagem social, as regras morais são assimiladas a partir 
dos princípios de discriminação e generalização, ou seja: a maneira como iremos agir, 
irá depender do ambiente em que nos encontramos. Assim sendo, iremos discriminar 
como devemos nos comportar, dependendo das características do meio em que estiver-
mos inseridos. Por outro lado, as nossas experiências anteriores também nos induzirão a 
manter certas condutas, em diferentes ambientes. Por exemplo: algumas famílias tole-
ram que os filhos falem palavrões, desde que não seja no ambiente escolar e diante de 
pessoas idosas; contudo, essas mesmas crianças são proibidas de apropriarem-se de 
qualquer objeto que não lhes pertença, em qualquer circunstância. 
A aplicação dos esquemas de reforçamento discutidos anteriormente irá fortalecer a 
ocorrência dos comportamentos desejáveis e coibir as condutas inaceitáveis. É importan-
te salientar também que a imitação será um dos principais veículos para a assimilação 
do comportamento social (adequado ou não).
Nesse sentido, alguns modelos de conduta irão exercer uma influência mais decisiva 
sobre o comportamento, principalmente na infância e adolescência. São eles:
• os modelos da vida real: esses serão assimilados através da imitação do comporta-
mento das pessoas mais importantes para a criança e exercerão a maior influência 
sobre o seu comportamento. Exemplos:o modelo de lealdade que algumas famílias 
propagam entre os seus integrantes impedirá que um deles seja capaz de delatar 
uma pessoa; a franqueza ao emitir uma opinião pode fazer com que as pessoas 
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento11
digam exatamente o que pensam sobre o comportamento de um amigo. Porém, 
nem sempre a modelagem do comportamento produz resultados favoráveis. Há 
também a possibilidade de adotarmos condutas inadequadas, como por exemplo: 
os atos de violência doméstica, freqüentemente ocorrem porque os agressores ou 
as vítimas possuem antecedentes na infância – pessoas significativas praticavam 
atos semelhantes e apesar do sofrimento que esta situação causava ao indivíduo, 
diante de uma situação crítica, reagirá da mesma maneira, caso não reflita melhor 
sobre outras alternativas. 
• os modelos simbólicos: estes podem ser identificados através dos personagens das 
histórias infantis, dos desenhos animados, dos filmes e seriados que a criança ado-
ta como modelos (inclusive, copiando a vestimenta, os hábitos e a linguagem). Já 
na adolescência, destaca-se a influência que os ídolos exercem sobre o indivíduo 
e seus grupos (bandas musicais, jogadores de diversas modalidades de esporte, 
atores e atrizes, etc.). O jovem manifesta a necessidade de adotar uma referência 
para o seu comportamento e não só “imita” as características exteriores, como assi-
mila valores e modos de agir dos ídolos que admira.
• os modelos exemplares: são aqueles que o adulto identifica como um “modelo” a 
ser ou não seguido. Este tipo de modelos pode ser observado nas fábulas infantis, 
nas campanhas publicitárias educativas e têm como objetivo direcionar a escolha 
e a identificação do público com alguns personagens. É importante observar cui-
dadosamente como essas imagens são veiculadas, pois nunca saberemos, de fato, 
com que tipo de “herói” a criança ou o adolescente irá se identificar.
 
Finalmente, podemos concluir que a teoria comportamental pode ser um veículo impor-
tante para que as pessoas identifiquem as origens de alguns comportamentos que manifes-
tam e adotem medidas eficazes para a manutenção ou modificação de algumas atitudes.
Universidade Anhembi Morumbi
Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
Introdução
Aula 2: Qualidade de vida e a prevenção do stress - lazer e saúde mental 
Neste texto você vai identificar quais são as principais características que contribuem 
para o surgimento dos sintomas do stress.
No estudo é dado destaque à influência dos estados emocionais e aos processos de 
aprendizagem na decorrência desse problema. 
Ao final do estudo você deverá ser capaz de descrever os recursos necessários para uma 
boa qualidade de vida e a importância da prática do lazer nesse contexto. 
Vai identificar em que sentido o lazer pode contribuir para a prevenção e para a redu-
ção dos efeitos nocivos causados pelo stress. 
 
Universidade Anhembi Morumbi
Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
Texto 2 - Qualidade de Vida e a Prevenção do Stress - Lazer e Saúde Mental
Muito se fala a respeito da importância de uma boa qualidade de vida para o bem estar 
físico e psíquico do indivíduo, como também, para que se obtenham bons índices de 
produtividade no ambiente profissional. Contudo, as condições objetivas em que vive-
mos e a diversidade de problemas que temos que enfrentar no dia a dia para assegurar 
a nossa sobrevivência, limitam as nossas chances de colocar em prática um estilo de 
vida mais adequado.De certo modo, tornou-se banal dizer-se “estou estressado !”; “não 
estressa”, dentre outros.
Já estamos familiarizados com alguns conceitos da teoria comportamental e já podemos 
identificar algumas condições ambientais que induzem modificações (nem sempre bené-
ficas) no nosso comportamento.
 
Vejamos de que maneira este conhecimento também pode ser útil para que reconheça-
mos as origens de algumas reações do stress e quais são as possibilidades efetivas para 
que se reduzam os efeitos danosos que esta condição produz nas nossas vidas.
Universidade Anhembi Morumbi
Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
O Mecanismo Psicofisiológico do Stress: Determinantes Psicossociais.
Diversos problemas do cotidiano têm contribuído para o aumento da ocorrência de sin-
tomas do stress, acreditando-se que apenas as pessoas que possuem muitas atividades 
profissionais é que podem sofrer stress. Na verdade, todas as pessoas, por uma razão 
ou outra, estão sujeitas ao stress. Em alguns casos, inclusive, a ausência de atividades, o 
ócio, é tão prejudicial quanto o excesso de trabalho. 
Para exemplificar este processo, podemos observar um elevado índice de pessoas que 
revelam o surgimento de sérias doenças após a aposentadoria ou quando não conse-
guem obter ou permanecer num emprego. É comum também que as pessoas conside-
rem que somente os adultos estão sujeitos a esse problema e que os sintomas físicos do 
stress são “doenças fictícias”, de origem meramente psicológica. 
Na verdade, crianças, adolescentes e adultos podem sofrer de stress crônico, apresen-
tando uma infinidade de sintomas físicos e psicológicos, que comprometerão o desen-
volvimento de suas potencialidades e prejudicarão seriamente o seu rendimento nos 
estudos e na atividade profissional. Diante desses aspectos, o diagnóstico e tratamento 
do stress devem levar em conta a interação de aspectos físicos (devido à pré-disposição 
do indivíduo), as condições emocionais e os fatores sociais que desencadeiam e agra-
vam os distúrbios do stress.
Portanto, para que se possa combater (e prevenir) esses problemas, é imprescindível: 
conhecer alguns princípios da abordagem psicossomática; saber identificar os mecanismos 
psicofisiológicos que determinam a ocorrência do stress e refletir sobre a importância do la-
zer, enquanto um dos recursos importantes para a prevenção e tratamento desses distúrbios.
Universidade Anhembi Morumbi
Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
Breve histórico e principais aplicações da psicossomática nos dias de hoje
O termo “psicossomática” surgiu em 1818 e destacava a necessidade de se reconhecer 
a interação constante entre três sistemas: o corpo, a mente e o contexto social em que 
o indivíduo vive. O principal objetivo da abordagem psicossomática é a promoção da 
saúde, detalhando-se a causalidade da doença, o que requer o manejo dos seguintes 
aspectos:
• A identificação correta da etiologia orgânica e psicológica dos distúrbios.
• A identificação dos aspectos psicossociais envolvidos com a queixa do paciente.
• A ação humanista do profissional da saúde ao enfocar a pessoa do doente e não 
apenas a sua patologia.
 
A partir desta perspectiva poderemos compreender de modo mais abrangente, os fenô-
menos envolvidos com fato da pessoa adoecer. Ao se lidar com um indivíduo estressado, 
portanto, devemos compreender a sua biografia e as possíveis relações entre os sinto-
mas apresentados e o seu histórico de vida. Diante desta perspectiva, devemos observar 
que ficar doente também se deve a ocorrência de emoções desprazeirosas e que retra-
tam as dificuldades que existem entre o organismo da pessoa e o seu ambiente psicos-
social. Sendo assim, a doença é uma reação ativa e não apenas um efeito causado por 
estímulos prejudiciais; além disso, devemos reconhecer também que o indivíduo reage 
às ameaças simbólicas e não apenas aos agentes patogênicos
Universidade Anhembi Morumbi
Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
A caracterização do stress: a importânciada expressão emocional na manifestação dos 
sintomas do stress
Antes de prosseguirmos na análise do stress, cabe uma reflexão a respeito do comporta-
mento emocional propriamente dito. A emoção envolve uma reação física que pode ser 
controlada apenas parcialmente e que sofre a ação educativa do convívio social. Pode-
mos discriminar alguns estados emocionais, embora a experiência individual não nos 
permita distinguir objetivamente cada emoção enquanto elas estejam se manifestando 
no nosso comportamento. 
Vejamos quais são as peculiaridades do medo, ansiedade e angústia.
• O medo é um estado de alerta diante de um perigo, real ou não e que estimula o 
indivíduo a reagir, buscando proteger-se ou atacar para se defender;
• A ansiedade é um estado de expectativa positiva ou negativa, que pode estimular 
ou bloquear um comportamento;
• A angústia ocorre pela incapacidade de manifestar a agressividade ou o medo ou 
também pela impossibilidade de se entregar ao prazer, em decorrência do senti-
mento de culpa. Esta emoção impede que a pessoa reaja diante da situação que a 
produz.
O stress ocorre sempre que o indivíduo sofre um estado de alerta que o prepara para 
uma determinada reação, sendo que a liberação desta energia acumulada (física e 
mental) não ocorre de modo suficiente para que a pessoa sinta-se aliviada. Existem dois 
tipos de stress: o positivo que é produzido por reações emocionais agradáveis e o nega-
tivo que é produzido por reações de medo, ansiedade e angústia. 
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Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
Os sintomas orgânicos revelam a superestimulação ou bloqueio de órgãos importantes 
para o equilíbrio das funções do corpo. Diante de uma situação estressante, há uma 
ativação das reações musculares, que preparam o indivíduo para o ataque ou fuga; em 
alguns casos, essas reações podem inibir a ação, através da paralisia muscular, sendo 
que tais manifestações ocorrem devido ao funcionamento do sistema neurovegetativo 
(sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático).
O sistema parassimpático é o responsável pelas reações de prazer e o funcionamento 
inadequado desse sistema gera sintomas como a úlcera gástrica, as colites, a diarréia, 
asma etc.
Já o sistema nervoso simpático é o responsável pelas reações de defesa; quando ocor-
rem distúrbios em relação a esse aspecto (por inibição ou hiperatividade) a pessoa pode 
sofrer de hipertensão, enxaqueca, problemas cardíacos, diabete etc.
A angústia é o estado emocional mais freqüente numa situação de stress negativo e está 
presente em todos os processos psicossomáticos. As situações de angústia fazem parte 
do desenvolvimento emocional de qualquer pessoa (o nascimento, o desmame e o pri-
meiro afastamento da mãe são as primeiras experiências angustiantes que vivenciamos). 
Entretanto, a manutenção cotidiana desse estado emocional poderá contribuir para um 
estado de sofrimento psicológico crônico, acompanhado ou não por distúrbios orgânicos. 
Sendo assim, ao se definir um sintoma físico do stress como de origem exclusivamente 
psicológica não significa dizer que se trata de uma doença “inventada”. As doenças psi-
cossomáticas revelam a interação entre aspectos ambientais e a pré-disposição orgânica 
e emocional do indivíduo. 
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Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
Para que possamos compreender melhor este processo, é importante abordar o meca-
nismo psicofisiológico do stress. Ao nível cerebral existem duas estruturas neurológicas 
imprescindíveis para o comportamento emocional: a córtex cerebral (estrutura mais 
desenvolvida do cérebro, responsável pela identificação dos estímulos internos e exter-
nos ao organismo) e o hipotálamo, que é o centro fisiológico das emoções; graças a ele 
somos capazes de distinguir a reação física da raiva, medo, alegria. 
O hipotálamo é o responsável pela ativação do sistema nervoso autônomo, que irá 
estimular a produção de substâncias importantes para o organismo (como a adrenalina, 
por exemplo). Numa situação de stress, por exemplo, há uma sobrecarga do córtex ce-
rebral, que estimulará excessivamente o hipotálamo; esse irá ativar desordenadamente 
o sistema nervoso autônomo, o que irá acarretar uma disfunção dos órgãos. A cronici-
dade desse estado poderá lesar os tecidos e as estruturas orgânicas, causando úlceras, 
taquicardia, problemas circulatórios, respiratórios, alergias, disfunções sexuais e outros. 
Podemos mencionar também a Síndrome de Adaptação Geral, que revela o tipo de 
interação que ocorre entre o organismo e o comportamento do indivíduo. Este processo 
acontece em três etapas:
• Alarme: percebe-se a sobrecarga e o início do desgaste.
• Resistência: o organismo já revela a necessidade de uma redução do desgaste; 
neste estágio é importante buscar alternativas para aliviar o stress para que não 
ocorram seqüelas fisiológicas ou comportamentais crônicas.
• Exaustão: ocorre o colapso diante da continuidade do stress, acarretando doenças 
e estados de sofrimento emocional contínuo.
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Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental�
Algumas condições psicodinâmicas também podem contribuir para a ocorrência do 
stress, tais como a frustração, que revela um impedimento para que a pessoa conquiste 
um objetivo importante, devido a causas internas ou externas. Tal condição pode estimu-
lar algumas reações emocionais e cognitivas, como a auto censura, a tristeza, o aborre-
cimento, a apreensão, o pesar, o desalento. 
Algumas características de personalidade também favorecem a ocorrência dessas dificul-
dades, tais como:
• o excesso de competitividade: as pessoas altamente competitivas estão mais sujei-
tas ao desgaste emocional, pois revelam um nível de cobranças e de exigências em 
relação ao próprio desempenho muito elevado;
• as pessoas impacientes, que manifestam raiva e hostilidade de forma exagerada 
estão mais sujeitas à ocorrência do stress.
Tais condições também podem gerar reações específicas diante dos conflitos, tais como:
• Reações de aproximação-aproximação: a pessoa deve escolher entre duas situ-
ações vistas como positivas para o indivíduo, precisando decidir-se pela melhor 
alternativa.
• Reações de esquiva-esquiva: a pessoa deve decidir entre duas situações desagra-
dáveis e deve escolher a que for “menos pior”.
• Reações de aproximação-esquiva: a pessoa tem a oportunidade de conquistar uma 
meta importante, porém há riscos de fracasso e poderá de enfrentar também situa-
ções desagradáveis.
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Qualidade de vida e a prevenção do stress
lazer e saúde mental10
Já de acordo com Lazarus, ocorre uma avaliação constante do que ocorre a nossa volta 
e a atitude que adotamos diante da vida pode facilitar a solução do problema ou man-
tê-lo sob controle. Neste sentido, a pessoa pode agir através da:
• Solução deliberada do problema: adotando-se atitudes concretas para resolver a 
dificuldade.
• Buscar apoio ou catarse (procurando liberar as emoções associadas ao problema).
• A expressão da agressividade ao nível individual ou coletivo.
• As condutas regressivas (que são mais comuns em crianças).
• O retraimento: a síndrome do desamparo adquirido se revelará através do com-
portamento apático, da passividade e tal condição se agravará se a pessoa se 
detiver em observar apenas os eventos aversivos imutáveis. Tal condição também 
dependerá da interpretação cognitiva que a pessoa elaborar a respeito da situação.
• Esquiva física: que se expressa através do afastamento da situação ou de um es-
tado permanente de distração, desinteresse, desligamento. Neste caso o indivíduopoderá adiar o enfretamento da situação ou recorrer ao abuso químico para dimi-
nuir o impacto do problema.
 
Finalmente, algumas dessas reações emocionais mais freqüentes revelam também 
mecanismos de defesa universais tais como: a repressão ou esquecimento (amnésia); a 
esquiva cognitiva (não querer pensar sobre o problema); o princípio de “Poliana” (que 
se manifesta através do excesso de otimismo que leva a pessoa a camuflar o que real-
mente está ocorrendo e a impede de enfrentar objetivamente a dificuldade, subestiman-
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do a real gravidade do problema). Há também pessoas que recorrem à negação, aos 
devaneios, à racionalização (o que diminui a dor diante de eventos desagradáveis) ou à 
formação reativa e a projeção.
Os recursos utilizados para se combater os sintomas do stress
Uma vez identificados os sintomas físicos do stress, podem ser prescritos medicamentos 
específicos como os calmantes ou antidepressivos e estes visam reduzir a estimulação 
excessiva do córtex cerebral. É comum também que o indivíduo procure adotar novos 
hábitos de vida: que modifique a sua alimentação; diminua o ritmo de trabalho; reduza 
ou elimine o cigarro, o álcool ou pratique exercícios físicos, principalmente quando já 
tiver sofrido uma conseqüência mais séria em função do stress, como um enfarte, por 
exemplo. 
Além disso, é importante mencionar também que, muitas vezes, o tratamento limita-
se apenas à ingestão dos medicamentos, que atuarão apenas sobre os sintomas, sem 
eliminar as causas dos problemas. Outro aspecto que deve ser lembrado é que o uso in-
discriminado dessas drogas se torna prejudicial também pelo risco da dependência física 
e psicológica; algumas pessoas, inclusive, tornam-se dependentes de drogas - lícitas ou 
ilícitas – buscando desse modo uma forma de reduzir o desconforto causado pelo stress. 
Portanto, o tratamento desses problemas deve levar em conta a interação de aspectos 
físicos, psicológicos e sociais, evitando-se assim a reincidência de diversas patologias.
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A questão do lazer e da qualidade de vida
A prática do lazer é sem dúvida alguma uma necessidade cada vez maior, principalmen-
te para as pessoas que vivem nas áreas urbanas e que sofrem os efeitos da poluição, 
da violência, da má distribuição de renda, da competitividade no mercado de trabalho, 
dentre outras razões. Embora diversas pesquisas venham comprovando os efeitos bené-
ficos que a prática do lazer pode oferecer para as pessoas, na realidade pouco se usu-
frui desse aspecto das nossas vidas.
Um fator que pode explicar o precário investimento nas atividades de lazer é o aspecto 
valorativo diferenciado que se atribui ao trabalho, a aprendizagem e ao lazer. O con-
ceito de trabalho pressupõe seriedade, compromisso, sacrifício, obrigação. A aprendi-
zagem também é socialmente valorizada uma vez que é considerada uma “preparação 
para uma vida melhor”. Já o lazer é conceituado por algumas pessoas, como ócio, per-
da de tempo, improdutividade, preguiça. Além disso, alguns preconceitos prejudicam a 
reformulação dessas concepções errôneas a respeito da importância do lazer, tais como: 
somente pessoas com boa condição sócio-econômica podem praticar o lazer; é neces-
sário dispor de muito tempo livre para essa atividade; o lazer só pode ser agradável se 
praticado num local específico, que disponha de todos os recursos necessários. 
Contudo, na prática, muitas pessoas que poderiam despender qualquer valor monetário 
para aproveitar plenamente as atividades de lazer, são aquelas que menor exercitam 
esse aspecto, em função de uma tendência de valorizar apenas o trabalho como o ele-
mento mais importante de suas vidas.
O lazer não se restringe a um espaço geográfico pré-determinado, que deva ser fre-
qüentado apenas por um período de tempo determinado, envolvendo um alto custo 
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financeiro. Praticar o lazer significa ser capaz de descobrir atividades prazerosas para o 
indivíduo como a leitura de um livro, ir ao cinema, ouvir música, ir a uma festa, ações 
que podem produzir reações emocionais totalmente diferentes nas pessoas. O grande 
desafio consiste em descobrir o que realmente gostamos de fazer; o que nos dá prazer, 
independentemente do custo e do “modismo”. É necessário aprender a valorizar o lazer; 
a escola, a família, a sociedade de modo geral devem assumir essa responsabilidade, 
visando oferecer uma melhor qualidade de vida para todos.
Constatamos que a prática do lazer pode contribuir para a conquista da cidadania de 
uma parcela significativa da nossa sociedade; é um espaço para a pessoa expressar a 
sua individualidade, criatividade. Porém, apesar de todos estes aspectos positivos, quan-
do o lazer for mal utilizado, pode gerar violência, vandalismo e conformismo.
Possibilidades de intervenção que podem contribuir para uma prática mais adequada do lazer
Para se modificar as atitudes das pessoas diante do lazer é necessário:
• considerar o lazer “realmente” importante, procurando identificar quais são as 
atividades mais adequadas às necessidades do indivíduo e desenvolver as habilida-
des necessárias para a prática efetiva dessas atividades.
• planejar o investimento nas atividades de lazer, priorizando as oportunidades de 
interação social.
• demonstrar para as pessoas que praticar lazer significa “executar algo pelo prazer 
de realizar o ato em si”.
 
Vemos, portanto, que investir em atividades de lazer, além de ampliar as oportunidades 
de trabalho e contribuir para o desenvolvimento do país, também poderá auxiliar as 
pessoas a obterem de fato uma melhor qualidade de vida, aspecto imprescindível para 
a conquista da cidadania.
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Bibliografia
AURIOL, B. Introdução aos métodos de relaxamento: técnicas e orientações para facilitar 
o relaxamento e a boa disposição. Tradução: Marisa L.F. Guimarães. São Paulo: Manole 
Ltda: 1985.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: 
Artes Médicas Sul, 2000.
DAVIDOFF, L.L. Introdução à Psicologia. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
LOUREIRO, S.M.M Aprendizagem e lazer. In Psicologia da Aprendizagem: áreas de apli-
cação. vol. 9. São Paulo: EPU, 1987. 
MELLO FILHO, J. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1992.
Leituras Sugeridas 
O que é stress - Maria Luiza Silveira Teles - Editora Brasiliense (Coleção Primeiros Passos) 
1993.
O que é alcoolismo - Jandira Mansur - Editora Brasiliense (Coleção Primeiros Passos) 
2004.
Drogas: subsídios para uma discussão - Jandira Mansur e Elisaldo Carlini - Editora
Brasiliense. 2004
 
Sites Recomendados 
Ambulatório de Ansiedade: www.amban.org.br
Aplicar: Ciência do comportamento aplicada www.aplicarciencia.org.br
Universidade Anhembi Morumbi
Processos de aprendizagem e 
modificação do comportamento1�
Bibliografia
BOCK, A.M.B., FURTADO. O., TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao estudo de 
Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1988.
CÓRIA-SABINI, M.A. Psicologia aplicada à educação. São Paulo: EPU, 1986. 
EVANS, R. Construtores da Psicologia. São Paulo: Summus, 1979. 
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